Helena

Um conto erótico de Alfoncine Condé
Categoria: Heterossexual
Contém 2511 palavras
Data: 19/03/2007 11:06:23
Assuntos: Heterossexual

Helena virou o copo de wisky de uma vez, sentiu o liquido agressivo queimar sua garganta e uma falta de ar momentânea. Seu corpo se aqueceu, e imediatamente uma leve tontura tomou conta de seu cérebro. “Este é apenas o primeiro”. Pensou enquanto de inclinava ainda mais sobre o balcão.

Olhou para o barman, um jovem de seus 23 anos de idade. Com uma expressão gentil no rosto. Era um rapaz bonito. Passou alguns instantes olhando-o fixamente, ele a olhava também, mas logo desviava o olhar. Helena logo desistiu, não estava com cabeça para flertar com crianças. Pediu mais uma dose, e se reclinou mais ainda. Tentava a todo custo se diminuir. Não queria que a vissem, ao menos não naquele momento. De vez em quando olhava em volta, para ver se encontrava algum conhecido, mas nada. Escolhera o lugar certo para se esconder.

Lembrou-se dos últimos dois dias da sua vida. Era impressionante como uma ilusão poderia ruir a qualquer momento. Cometera o erro de se apaixonar, “Meu Deus que tolice”.

Ela Helena Cetuat, se apaixonar?! Sabia que isso era o caminho mais curto para a desgraça de uma pessoa e de uma carreira. Já estava com seus 45 anos contados. E não escondia de ninguém. Absolutamente nada na vida de Helena vinha fácil. Apenas uma coisa que lhe foi entregue de graça e que tem sido seu maior aliado e ao mesmo tempo seu grande infortúnio. A beleza. Sim, Helena era a representação perfeita da beleza.

Não seria difícil descreve-la fisicamente, tinha 1,80 de altura por onde eram distribuídos belíssimos 59kg, Nada em seu corpo era exagerado, era tudo absolutamente na medida, formando um conjunto em completa harmonia. Seus cabelos eram de um louro prateado e desciam em grandes cachos até um pouco abaixo da cintura. Sua pele parecia feita de porcelana, não existia qualquer insinuação de falhas. Seus olhos eram grandes e negros, De um preto brilhante e intimidador. Mas esses componentes nada teriam de magníficos se não fosse a “alma” que habitava aquele corpo. Helena brilhava, sua força e sua personalidade eram como um ponto de maximização de sua beleza. Sua sensualidade era vibrante e a sua volta sempre parecia que tudo estava quente. E tudo isso dotado de uma inteligência aguda e perspicaz.

E ser bonita e muito inteligente realmente não foram uma das coisas mais fáceis do mundo. Sua vida toda sofrera por isso. Agora aos 45 anos, estava mais linda do que antes. Quanto mais os dias passavam mais linda ela ficava. Como se o tempo fosse esculpindo cada vez mais aquela beleza incomum. E aquela alma cheia de surpresas, foi contaminada pelo sentimento mais maligno que pessoas assim poderiam ter. A paixão. E agora ela estava ali naquele bar, sozinha. E sabia que ninguém ali poderia ama-la de verdade.

Os copos foram se esvaziando e ela sempre na mesma posição. Desmaiou ali no balcão mesmo. Com a cabeça sobre os braços.

Acordou no dia seguinte, com a maior dor de cabeça que poderia sentir na vida. Sua vista estava embaçada e uma dor aguda tomava conta de um só lado de sua cabeça. Fechou os olhos novamente, respirou fundo lutando contra uma onda de náusea. Passaram-se cerca de 15 mim, até que conseguisse se sentar na cama. Sentiu sua roupas meio molhadas. Queria saber quem foi o inútil que lhe dissera que wisky não dava ressaca. Olhou em volta e não reconheceu o lugar. “Onde será que eu me meti?” Pensou em quanto se levantava o mais devagar possível.

O quarto era enorme, e o único móvel era a grande cama e um carpete preto. Haviam cortinas brancas nas janelas e uma porta. Helena se dirigiu a ela. Estava destrancada graças a Deus. Abriu vagarosamente, com certo receio, o lugar estava vazio e era semelhante ao quarto. Exceto por uma enorme mesa cheia de computadores, papéis e fios embolados. Ouviu um barulho atrás de si. Seu corpo paralisou e foi com muita dificuldade que conseguiu se virar.

Atrás de um balcão onde certamente seria a cozinha, estava um rapaz, moreno, alto, com o rosto largo e comprido. Poderia ser descrito com todo grande. Seus olhos eram castanhos e meio puxados. Lábios grossos. O cabelo estava com um corte estilo militar. Este olhava pacientemente para ela. Helena o reconheceu no ato. Era o barman! O que será que ele havia feito?

Quando abriu a boca para falar, Helena desistiu. Os dois ficaram em silêncio um olhando para o outro como se estivessem esperando reações violentas. Descrevendo assim parece ridículo, mas a tensão era quase palpável. Não sei se passaram minutos ou segundos. Mas o rapaz finalmente se manifestou:A senhora dormiu bem? – Disse com uma voz baixa e vacilanteNão sei – respondeu Helena apreensiva – Como vim parar nesta casa?Eu a trouxe, a senhora estava um pouco bêbada e não pode falar onde morava e saiu na chuva. Então tive que traze-la pra cáE você trouxe pra cá e fez mais o que?O que eu fiz? – A expressão do rapaz de apreensiva se tornou um pouco divertida.- A deitei na cama e terei seus sapatos. A senhora dormiu no carro durante o trajeto.

Helena assentiu com a cabeça. Ele não fez nada, dava para ver que era verdadeEu preciso trocar estas roupas e de um banho tambémAh! Tem um banheiro ali perto da porta. Se quiser eu tenho algumas roupas femininas, minha irmã costuma dormir aqui de vez em quando, mas acho que ficará um pouco pequena na senhoraSem problemas.

O jovem entrou no quarto de onde Helena saíra e voltou logo depois com um vestido amarelo e meio puído. Helena entrou no banheiro. E tomou uma ducha bastante demorada. O vestido realmente ficava pequeno e um pouco colado no corpo. Quando saiu do banheiro viu o tal rapaz, que ainda estava na cozinha só que desta vez preparando alguma coisa. Helena sentiu o cheiro gostoso. Estava faminta, era uma das poucas pessoas que necessitavam de muita comida quando estavam com ressaca.

Quando o rapaz se virou e se deparou com Helena, ficou visivelmente impressionando. Mas desviou os olhos e continuou o que estava fazendo. Helena pensou que no mínimo ele era gay. Chegou perto e limpando a garganta falou:Posso perguntar qual é o seu nome?Marcos – Respondeu rapidamente sem olhar para elaPrazer me nome é Helena.

Disse estendendo a mão para o rapaz. Este não teve escolha, teve que olhar para ela. O aperto de mãos foi mais como um choque do que qualquer outra coisa. Marcos demorou-se mais do que o necessário.

- Prazer em conhece-la.

Helena ficou impressionada com a nítida timidez do rapaz. Afinal isto não era comum em um rapaz tão jovem e ainda por cima barman.

-Posso fazer outra pergunta? – Disse Helena de maneira curiosa

- Claro.

- Que idade você tem?

- 28 anos

Helena não esperava tanto, ele parecia bem mais jovem e como se estivesse lendo seus pensamentos o rapaz deu um sorriso um pouco mais relaxado e falou:

- Pareço mais novo não é?

- Sim, bem mais novo. – respondeu sem graça.

- Não se preocupe é uma herança de família, todos parecem mais novos do que realmente são, uns três anos atrás eu sofria muito com a policia, era parado em todo as blitz e barrado em todas as festas,

- Posso imaginar.

A tenção entre os dois havia diminuído era uma situação bem estranha e um tanto quanto incomum. Ela ali na casa de um estranho, vestindo as roupas da irmã dele, depois de uma bebedeira fenomenal. E ainda por cima se sentindo a vontade. Realmente as coisas não estavam em sua ordem normal. O garoto ainda estava bem constrangido e Helena olhando mais atentamente para o que estava vestindo entendeu um pouco a timidez do rapaz.

A comida que ele estava fazendo já tinha ficado pronta e ele estava servindo os pratos no balcão. Os dois procuravam conversar certas trivialidades, mas isto estava se tornando cada vez mais difícil. É difícil descrever e cena, seria mais fácil senti-la. A tensão entre os dois era tangível e pesada. Havia uma sensualidade contida nos, suas respirações estavam ligeiramente pesadas e a simples consciência da presença um do outro provocava uma espécie de calor, uma ansiedade na pele. Como se esta ansiasse desesperadamente por um toque.

Os dois se olhavam sorrateiramente, não deixando que um percebesse o outro. O constrangimento era visível, mas os dois tentavam a todo custo travar uma conversa trivial, que logo caia em um abismo de silêncio e os dois passavam longos momentos tentando encontrar na confusão de seus próprios desejos e pensamentos algo em que pudessem falar. Helena como sempre impetuosa já achando difícil suportar toda aquela situação para lá de absurda. Finalmente tomou coragem para fazer a pergunta que tanto martelava sua cabeça:

- Porque você está assim tão nervoso?

Marcos a olhou surpreso. Não esperava esta pergunta de jeito nenhum.

- Como assim nervoso? – indagou com a voz subitamente baixa e vacilante.

- Você sabe, mal me olha nos olhos e parece que a qualquer momento vai sair correndo daqui.

Os dois estavam um na frente do outro, separados apenas pelo balcão. Marcos se demorou em contemplar o rosto, os traços delicados de Helena e a imensidão negra de seus olhos. Acho que neste momento não seria preciso mais palavras, pois o desejo de ambos era tão escancarado que até a pessoa mais distraída do mundo perceberia de imediato. Lutando contra um sentimento que não era de sua natureza comum, Marcos tomou fôlego e falando o mais rápido que foi capaz disse:

- È que nunca estive frente a frente com uma mulher como você.

- Como eu? Em que sentido? – Helena perguntou já sabendo a resposta.

Marcos abaixou os olhos e os pousou delicadamente nos seios firmes e disse em um tom de veneração:

- Qualquer explicação é desnecessária.

Pronto tudo estava armado, só faltava um dos dois tomar a iniciativa. O absurdo daquela situação pouco importava para os dois. Helena estava praguejando contra aquele balcão que com certeza impedia o fluxo leve de toda a cena. Mas teria que haver alguma solução.

Helena se levantou, Marcos contemplou todo seu corpo, de uma maneira obscena, quando o desejo é tão absolutamente avassalador que é dado uma certa licença poética para a introdução das coisas não tão belas do sexo. Enquanto isso Helena dava a volta, com passos seguros e leves. A tensão pesada de antes havia dado lugar, a uma leveza perfumada.

Finalmente ela chega até ele, que a enlaça pela cintura e a faz sentar-se em seu colo. Já podia sentir a carne dura e latente em baixo de si. As mãos ágeis traçavam caminhos em sua pele. As bocas se encontraram numa explosão sensual. Já não havia o momento leve e inesperado. E sim um desespero de se consumirem.

O beijo era frenético e forte, As línguas se entrelaçavam e disputavam espaço na boca um do outro. Seus lábios doíam. Suas respirações estavam ofegantes. Suas mãos se moviam com impaciência na tentativa desesperada de encontrar algum balsamo para todo aquele desejo que pareciam queimar a pele de ambos.

Marcos abaixou a parte de cima do pequeno vestido e não se preocupou em admirar sua beleza. Logo seus lábios circundaram o ponto róseo e quente de seus mamilos. Sugando-os sem a mínima gentileza fazendo com que Helena se agarrasse em seu pescoço e jogasse o corpo para trás de maneira que seus seios ficassem a interia disposição.

Uma das mãos de Marcos subiam pelas longas coxas de Helena, chegando até a carne úmida e pulsante entre elas. Seus dedos percorreram sua extensão por cima da fina calcinha de renda. Helena apoiou uma das pernas em cima do balcão de maneira que ficassem bem abertas. Marcos não parava de intercalar entre um seio e outro. Seria impossível colocar em palavras o tesão que cada um sentia.

Com uma força inesperada Marcos ergueu Helena a colocou sobre o Balcão. Mais uma vez seus lábios se encontraram e ele foi descendo marcando uma trilha de beijos e de chupões deixando marcas avermelhadas em sua pele. Ele circundava seu umbigo com a pontinha da língua. Enquanto suas mãos tentavam segurar o máximo possível de seu corpo. Até a hora em que tendo tirado sua calcinha ele depositou um beijo leve, como um selinho naquela buceta quente e completamente molhada, na hora ele arrancou um gemido dos lábios de Helena. Repetiu o beijo e fez isso várias e várias vezes, cada vez mais pressionando seus lábios contra aquela umidade convidativa. Seu cheiro era doce e forte. Seu gosto ao contrário era leve e sensível. Marcos fazia com que sua língua passeasse pelos grandes lábios, chupava seu clitóris que estava rígido e inchado sorvia o liquido que jorrava vagarosamente.

Não é preciso dizer que não demorou muito tempo para que Helena explodisse em um gozo desesperado, alucinante. E depois todas as suas forças se esvaíram. Ela ficou ali parada, meio adormecida, Enquanto Marco bebia seu gozo, e fazia despertar mais uma vez o desejo a pouco adormecido. Só que desta vez com mais intensidade. Helena o puxou pelos cabelos e lhe deu um beijo na boca, sentindo seu gosto naqueles lábios inchados e deliciosos. O Beijo foi demorado e desta vez calmo e intenso. Helena tirou com todo carinho o pênis rígido e melado de Marcos para fora. Era grande para os padrões. Mas não me perguntem os centímetros.

Ela saltou do balcão e se ajoelhou na frente dele. Podia sentir aquele mastro pulsando entre seus dedos. E passou a língua de leve pela cabeça avermelhada. Percorreu toda a extensão com a pontinha da língua. Colocou a língua bem para fora e lambeu a parte interna da coxa e foi subindo até que encontrou uma das bolas e a colocou delicadamente na boca para que pudesse suga-la. Enquanto isso masturbava Marcos que estava a ponto de gozar. Mas se conteve e fez com que Helena se levantasse. Mais uma vez os dois de beijaram intensamente. E suspendendo o corpo de Helena, Marcos fez com que ela passasse as pernas em volta de sua cintura. A penetração foi imediata, fácil e profunda. Ele a imprensou contra a parede e cobriu seus lábios. Seus movimentos eram fortes, quase violentos, suas carnes se friccionavam e seus gemidos já haviam se transformado em gritos. Pareciam dois animais sedentos querendo consumir um ao outro. Marcos segurava Helena e esta se agarrava a ele. Sentindo todo seu corpo entrar mais uma vez num estado de letargia e mais uma vez aquela onda inesperada percorrer seu corpo. A fez gritar, com força e Marcos, acompanhou gemendo e perdendo completamente a força das pernas. Os dois escorregaram até o chão de maneira que ele ainda ficasse dentro dela. Os corações de ambos estavam super acelerados, seus copos estavam suados e os dois tentavam a todo custo encher os pulmões de ar. Permaneceram abraçados não sei quanto tempo e acabaram adormecendo, ali no chão da cozinha como se fossem dois velhos conhecidos, amantes de décadas que se amaram depois de um longo tempo de distância.

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Comentários

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Porque não escrever uísque se não se sabe escrever whisky ou whiskey??? No mais o conto é muito bom, porém grande demais...

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Meu querido... vc é um fenômeno literário... poderia escrever um livro e eu, seria a primeira a comprar... é doce, e ao mesmo tempo forte e cheio de desejo....

me add no msn se assim o quiser...

um bjo

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