Foda em Atibaia

Um conto erótico de Seu Saraiva
Categoria: Heterossexual
Contém 1306 palavras
Data: 27/02/2007 10:11:52
Assuntos: Heterossexual

O céu está cinzento em Atibaia. Tudo faz parte de um jogo. A viagem foi cansativa... Estou na Rua Benedito de Almeida Bueno e olho curioso a biblioteca municipal da cidade. Avisto um cartaz anunciando a Festa da Uva de Atibaia e imediatamente me sinto no Rio Grande do Sul. Estranho, pensava que Atibaia fosse a cidade do morango. Peço informação a uma pessoa que está passando. Mostro um pedaço de papel com um endereço. A moça atenciosa explica com calma e paciência as ruas que devo seguir e dobrar para alcançar meu destino.

Sigo meu caminho na expectativa do que está me aguardando. Passo pela Igreja da Matriz e prossigo no meu dever de te achar.

Finalmente chego ao endereço. Estou diante de um bar. Pergunto pelo teu nome e recebo um envelope. Nele está um número. Utilizo o telefone do bar e ligo para você. A mensagem é curta, devo me deslocar mais uma quadra e entrar na casa de número 158. A porta estará destrancada. Agradeço o dono do estabelecimento e vou ansioso ao teu encontro esperando não haver mais surpresas.

Abro a porta e a casa parece vazia. A sala é ampla e confortável, vejo fotos gigantes do seu rosto por todas as paredes. Diversas poses provocantes em preto e branco. Um som parece surgir bem ao longe... Sigo este sinal e consigo entender. The torture never stops de Frank Zappa preenche o ambiente. A porta do quarto está entreaberta.

Vejo você nua na cama, suas mãos percorrem todo o corpo. Massageiam caprichosamente os seios, deslizam pela pele morena e entram no vulcão flamejante. Ouço seus suspiros e gemidos... Você olha para mim e sussurra “padre’”... Fico na mesma posição, procurando jogar conforme as regras não estabelecidas, porém assimiladas. Escondido debaixo do lençol seu primeiro brinquedinho. Um vibrador. Os movimentos continuam sem perder a habilidade com seu objeto. O corpo se contorce, a respiração aumenta, os gemidos se tornam mais altos. Eu ali, parado, meio bobão. A calça já não suporta mais o volume crescente do meu cacete.

O amiguinho entra e sai sem piedade, enquanto uma mão segura o vibrador a outra se move desesperadamente pela boca, rosto, cabelo, seios. Os olhos ora abertos, ora fechados refletem o estado de êxtase na qual você se encontra. Um transe sensacionalmente carnal que busca forças primitivas no mais ínfimo pedaço de sua existência.

Não suportando mais esta tortura deliciosa resolvo entrar no quarto. Paredes rosa, uma imensa almofada em forma de coração adormece no canto esquerdo e na frente da cama um microcomputador. Os lençóis são de cetim negro e a cama está salpicada de pétalas de rosas amarelas. Um cheiro agradável habita o recinto e tudo parece convidativo.

Aproximo-me da cama, sua mão toca minhas calças e tenta desesperadamente abrir o zíper. Sem hesitar ajudo rapidamente e me livro da vestimenta. Você acaricia meu órgão rijo e coloca tudo na boca de uma só vez. Sem contudo parar com o árduo trabalho com o vibrador. Seus lábios sugam, chupam, fazem fricção e me levam ao delírio quando, com todo membro dentro da boca, você começa a fazer pressão na base do pênis. Quem pensa que a sensibilidade está toda concentrada na cabeça engana-se... a base pode oferecer tanto, ou até mais, prazer que a glande. Com movimentos cadenciados você parece docemente querer arrancar meu membro do corpo, me separar em dois.

Concentro-me, reteso meus músculos. O prazer é imenso. Novamente você começa os movimentos. Adoro quando você sobe, enlouqueço enquanto você desce. Vou para a cama. As pétalas amarelas voam para todo lado. Com um cachecol você me amarra os punhos na cabeceira de metal da cama. Rasga com ira minha camisa e exposta fica a marca do lobo. Você ri e fala que adora minha tatuagem. Como que imitando uma faca ou algo do gênero você começa a me ameaçar com o vibrador. Passa ele na minha cara e coloca-o dentro da minha boca. Posso sentir que ele ainda possui seu gosto. Suas unhas arranham meu peito. Pergunta se eu estou malhando, ao que respondo que apenas gasto algumas horas praticando boxe.

Você se dirige para a cômoda e retira de lá um chicotinho. Não gosto muito de seu olhar e sem pestanejar você bate com violência na cabeceira da cama quase acertando o meu rosto. Levo chicotadas no abdômen, nas pernas e no peito. Rasgo o cachecol que me prende e com fúria e desejo retiro o maldito chicote das tuas mãos.

Ergo-te com meus braços, você coloca as coxas nos meus ombros e minha boca se delicia com sua xana já molhadérrima de excitação. Juntos nesta posição parecemos ter três metros e meio de altura. Indago se você gosta de brincar e te coloco na cama, você reage e lutamos passivamente pelo domínio da posição. Você acaba ficando por cima, agarro teus cabelos e enfio minha língua na tua garganta enquanto te penetro numa explosão de prazer. Você galopa como uma louca, minha mão tateia e encontra seu brinquedinho esquecido. Penso: “e aí parceiro, vamos nessa?” coloco ele dentro de seu cuzinho. Eu na frente ele atrás. Seu galope aumenta, o cavalo corre para vencer. "Meio corpo, dois corpos, três corpos de vantagem..." Você berra! Gritos ecoam por todo o quarteirão. Com um tesão incontrolável viro as cartas e passo a ficar por cima. Amasso suas tetas e faço delas meu prazer. Coloco meu membro entre elas. O pau vai e vem e gozo na tua cara. O que você consegue pegar engole vorazmente. Caio suado ao seu lado. Certamente você me fará apodrecer no inferno...

Vamos para o chuveiro... Seu corpo me provoca e novamente estou duro. Existe um arsenal a minha disposição na sua prateleira. Pego KY passo no seu orifício mais desejado e te como por trás. Chega de só o vibrador entrar por aí. A ducha quente se manifesta arduamente enquanto realizo estocadas cada vez mais fortes. Te jogo contra a parede do banheiro, amasso, quero botar tudo. Cravo os dentes em teu ombro. Sua voz soa rouca. Manipulo seu clitóris enquanto sua bunda rebola num samba do inferno. Ah. Tua bunda. Peça maravilhosa esculpida nos mínimos detalhes, obra de arte mitológica que faz minha razão se perder num labirinto de desejos e frenesi. Gozo, explosão, tiros de festim na virada do milênio. A água escorre levando embora a prova do nosso ato de amor.

Nos vestimos e você finalmente me pergunta como foi a viagem. Falamos trivialidades e você me convida para tomar um café. Bom para repor as energias. Você sabe que gosto de bem forte e com bastante açúcar. Corto uma fatia de pão e passo margarina. Seu cabelo úmido, a saia curtíssima, os seios à mostra. Tudo isso me excita de uma forma não esperada. Você começa a rir... Prendo-a no meu abraço te coloco sobre a pia da cozinha e começamos novamente. Copos vão para o chão e panos de prato são testemunhas de nossa devassidão. Inúmeras estocadas... Pego você no colo e numa nova posição te ajeito no banquinho da cozinha. Está difícil então o que tem mais a mão é utilizado. Margarina por trás, leve lubrificação para um imenso prazer. Você protesta, mas já é tarde demais já está tudo lá dentro. Vamos até o fim.

Esgotou-se a última gota de porra. E chega a hora de ir embora. Antes você me mostra a web cam no quarto e nossa cena de amor transmitida pela internet. Que toda minha paróquia veja a putaria que eu fiz. Estou muito cansado para fazer qualquer protesto.

Volto para Porto Alegre e largo a batina. Entre a fé e o pecado você venceu.

Um dia navegando na frente do computador encontro um site chamado Casa dos Contos. Penso em escrever esta aventura em Atibaia... Foda em Atibaia, parace ser um bom título.

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