SE DESCOBRINDO

Um conto erótico de MALDOSO
Categoria: Heterossexual
Contém 1956 palavras
Data: 13/11/2006 10:00:37
Assuntos: Heterossexual

Algo a incomodava: o que seria o prazer? O que seria esta capacidade que algumas mulheres diziam ter de conseguir orgasmos múltiplos? Onde estaria o danado do ponto G? Escondido no armário, camuflado, ou simplesmente não existia e ela era uma anormalidade, segundo as idéias que tanto vendem hoje as revistas? Porque ela por vezes sentia sensações tão diversas com homens diferentes? Seria o pénis assim tão importante? Seria ela capaz de gozar sem o pénis? Porque ela parecia gozar com alguns homens e não com outros? Por que, conversando com algumas mulheres, as definições e opiniões pareciam diferentes, ou por que algumas tinham mais facilidades que as outras para atingir o orgasmo? Por que, por vezes, ser chupada lhe dava mais prazer que a penetração? Ou porque, com alguns, ela sentia mais a necessidade da penetração do que dos preliminares? E se um dia ela tivesse vontade de gozar e não tivesse um homem do seu lado?

Tantas perguntas, tão poucas respostas sensatas. Ou respostas tão bem definidas, mas que não se encaixavam na prática. Sexo estudado cientificamente. Sexo na teoria. Sexo explicado por psicólogos de maneira tão distante e formal, como se eles também não fizessem sexo. Como se não fosse através do sexo que eles tivessem nascido.

Foi então que ela decidiu que só poderia haver uma coisa a fazer: descobrir o desconhecido. Melhor dizendo, masturbar-se.

Começou por acariciar o seu corpo, de cima a baixo. Qual seria a intensidade que ela gostava de ser tocada? Primeiro toques leves, depois toques mais intensos, enquanto se despia em frente ao espelho pendurado na parede. Com 4 velas aromáticas acesas, além da sua imagem à meia-luz ela também via as suas sombras, e isto começou a lhe excitar.

Desceu seu corpo até os pés, sem dobrar os joelhos, e desamarrou suas sandálias. Tirando pé por pé de dentro daquele salto que lhe fazia tão mais alta, jogou as sandálias para o canto da parede. As calças escorregavam, mas não as tirou completamente. Sentiu o tecido a deslizar, os seus pêlos a se arrepiarem. Deslizou suas mãos, tomando o cuidado de também ir tirando seus pesados anéis dos dedos. Ficou de costas para o espelho, segurando um outro espelho menor na sua mão. Como ela era vista de costas? Como lhe viam? Quais os ângulos e movimentos que mais lhe favoreciam, ou que faziam que ela parecesse mais sensual? Tinha mesmo um belo rabo. Começou ali a sentir atração pelo seu corpo. Quase teve uma relação lésbica consigo mesma.

O pequeno espelho ficou no chão, num canto da parede, enquanto continuava a se conhecer. «Olá, muito prazer» - ela dizia. «Hoje você será toda minha». Não havia som como resposta. Não ouvia o seu próprio eco. Mas conseguia ler os seus lábios. Não tinha uma resposta verbal, mas os olhos que via só diziam uma coisa: «eu te desejo».

Era o momento ideal. Química havia entre ela e o espelho. Desabotoou cada botão do seu short. Não queria tirar tudo de uma vez. Ela queria seduzir-se. Ainda com o sutien, continuou a acariciar todo o seu corpo, e a rebolar no ritmo dos toques que ela se dava. Uma música lenta no fundo fazia com que seu corpo dançasse.

Enfiou a mão por dentro do sutien, puxando um peito para fora. Era lindo. Começou a tocá-lo com a intensidade que lhe fazia sentir prazer. Tirou o sutien. Deu vontade de chupá-los, mas o máximo que conseguia era passar a ponta da sua língua nos biquinhos dos mamilos. Então umedeceu dois dedos e ficou a brincar com os bicos dos seus peitos, que logo ficavam arrepiados.

Ali tinha encontrado sua primeira zona erógena. Até os pêlos do seu pescoço se arrepiavam.

Tirou a calcinha. Estava ali, completamente nua, completamente desejosa. Voltou a pegar no espelho menor, que deixou encostado na parede. Colocou debaixo das suas pernas. Colocou em várias posições. Queria ver o que o homem via em cada posição que lhe fodia. Voltou a colocar o espelho no chão do canto da parede e retornou para o espelho grande pendurado. Começou a tocar-se na frente do espelho. Movimentos horizontais ou verticais no grelo? Notou que os movimentos horizontais lhe pareciam mais excitantes. Continuou a masturbar-se em frente ao espelho. O que ela sentia e pensava? Sentia que estava entregue, pensava que estava a ser fodida. Um eco dentro dela dizia: «”Caralho, eu sou mesmo muito boa!.”.»

Teve vontade de ir movimentando as ancas para frente, coisa que ainda não tinha feito com ninguém durante o ato sexual. Aquilo lhe deu cada vez maior prazer. Começou a sentir-se cada vez mais excitada, a cada vez que aumentava o ritmo, que quase já o fazia involuntariamente. Seus dedos faziam movimentos a correr na horizontal, de um lado ao outro do grelo. Não era um movimento muito forte nem muito leve. Era o movimento que ela acabava de descobrir que lhe dava prazer. Sentiu o ritmo cardíaco acelerar. Suas pernas estão eretas, mas ela tinha vontade de curvá-las, mas não fazia, porque tudo o que pensava é «Quero gozar, quero gozar, quero gozar.» De repente, sentiu um prazer enorme se possuir, como se um ar quente estivesse dentro dela . Começou a se contorcer, tanto que acabou tirando os dedos do grelo e curva a barriga para frente. Acabava de ter, sozinha, o seu primeiro orgasmo. Acabava de recebê-lo, ao mesmo tempo que acabava de dá-lo a si mesma. Colocou um dedo perto da sua buceta e viu que ela está muito molhada. Viciou-se na masturbação, tanto que passou a praticá-la todos os dias. Como ela não tinha descoberto isto antes?

Passou a se masturbar fazendo variações. De princípio, variando as posições. Sua segunda masturbação foi deitada na cama. Tirou a sua roupa, depois de ter tomado um banho e ter se perfumado. Preparou-se para si. Se o fazia para os homens com quem se deitava, porque não faria por si mesma? Colocou um lençol de seda, que, apesar de deslizar, era delicioso ter por debaixo da pele. Passeou suas costas pelo lençol. Virou-se de barriga para baixo e deslizou todo o seu corpo ali. Em dado momento, simulou que tinha um homem por baixo dela, e começou a bater com a sua cona no lençol. Os bicos do seu peito se arrepiavam toda vez que ela os passava no lençol, de leve, quase que como fosse sem querer.

Deitou-se novamente com as costas no lençol e começou a se tocar. Nuca, rosto, pescoço, mãos cruzadas sob o peito para tocar nos ombros, uma mão em cada peito, uma mão no peito e outra fazendo movimentos circulares na barriga, até chegar onde queria: o seu grelo.

Experimentou também se masturbar virada para o lençol, com o braço espremido debaixo do seu corpo, sua mão desesperada a tocar seu grelo. Sempre sensações diferentes, mas que sempre lhe garantiram um novo orgasmo.

Um dia ela quis saber como funcionava o seu corpo por dentro quando atingia o orgasmo. Conhecia o que acontecia por fora: ritmo cardíaco acelerado, calor, contorcia o corpo, quase como se tivesse epilepsia, tremia, sentia a boca seca, enquanto a buceta parecia molhada, uma vontade desesperada de fechar as pernas. Então, enquanto com uma mão ela se masturbava, um dedo da outra mão ela enfiava na buceta. No momento do orgasmo ela sentiu: latejava por dentro, quase que como se fosse espremer o seu próprio dedo. Sem ter qualquer tipo de nojo de si mesma, colocou o dedo na sua boca: seu orgasmo era doce.

Também experimentou se masturbar com o seu vibrador. Tocava seu grelo enquanto deixava o vibrador dentro de si. Vibração ligada, uma mão ajudando a enfiar e tirar. Outra mão no grelo, fazendo os movimentos que tanto lhe deliravam.

Quis também experimentar masturbar-se com pensamentos diferentes, daqueles que a gente não confessa para ninguém, ou aqueles que a gente só se excita enquanto fantasia, mas que não teria coragem de realizar. Pensou que estava sendo fodida de forma selvagem. Noutro dia, pensou que fazia amor, criando toda a história na sua cabeça. Em outra altura, pensou que um homem lhe fodia de quatro, enquanto uma mulher, deitada por baixo dela e com a cabeça virada para as suas pernas, lambia o seu grelo. Fez caras e bocas enquanto chupava o seu vibrador, enquanto imaginava que chupava um homem que estava em pé na sua frente, enquanto outro, ajoelhado no tapete de frente da cama, lhe chupava o grelo. Chegou mesmo a se masturbar de pé, pensando que ela era um homem e alguém lhe fazia um boquete. Fodeu com a fria parede do seu quarto, ralando seu corpo nela, enquanto se masturbava. Encostava e fugia da parede, mas sempre lá voltava, mais cheia de tesão.

Mudou também os ambientes. Se masturbou na sala, enquanto assistia um filme erótico. Masturbou-se no box , usando a velocidade da água do chuveirinho. Masturbou-se dentro do metrô, tomando o cuidado de colocar um grande casaco por cima das suas pernas.

Descobriu que a masturbação e o sexo com alguém eram coisas paralelas, mas que mesmo assim se complementavam. Depois da masturbação, conseguiu conduzir um homem para que lhe tocasse das formas que ela gostava, ou conseguir incentivá-lo a dar-lhe mais prazer. Conseguiu soltar-se mais, porque ela viu que, nas outras vezes, parecia sempre que o prazer dele era mais importante que o seu. Como não havia qualquer tipo de pressão, e conhecia bem o seu corpo, era muito mais fácil ter orgasmo com outros homens. O que não impedia que, com um egoísta ou outro, ela não conseguisse chegar ao orgasmo. Mas não se importava. Ia para o banheiro e se masturbava, quando não se masturbava ali, à frente dele. Ensinou alguns a se masturbarem. Ensinou que, se encontrarem o ponto certo, a velocidade e intensidade certa, deveriam manter o mesmo ritmo. Senão, era o mesmo que, caso ela fosse um homem, seu pau caísse e já não conseguisse se levantar, por mais que toda a cena fosse apelativa ao tesão.

Tinha alturas em que ficava tão excitada que acabava sendo natural conseguir orgasmos múltiplos. As sensações continuaram a ser diversas, por vezes até mais intensas, de acordo com a forma que era tocada e explorada. Viu que o pénis era sim importante, mas não era essencial. Se não fosse importante, ela viveria de masturbação. Se fosse essencial, ela não conseguiria um orgasmo sem o pénis. Viu que o mais importante no sexo não era a penetração, mas todo aquele jogo de sedução, todo o ato de querer proporcionar prazer um ao outro, toda uma entrega, os toques, os cheiros, as sensações, o carinho, a sedução. Descobriu que, se com alguns homens ela tinha sensações diferentes, era simplesmente porque a abordagem ao sexo tinha sido diferente. Ou porque havia ou faltava química. Ou porque havia mais entrega de um do que do outro. Ou porque uns conseguiam tocar suas zonas erógenas enquanto outros lhe tocavam em áreas em que eles acreditavam serem estas suas zonas erógenas. Ou porque lhe tocavam em zonas que apenas davam prazer para eles, e não para ela. Não importa qual a razão. O importante era ela saber identificar a razão do prazer com cada tipo de parceiro. Alguns, com um simples toque, quando dado na intensidade certa ou no local certo, ou às vezes apenas um olhar provocante, fazia com que ela sentisse tesão. Enquanto com outros o processo era mais lento, porque envolve um aprendizado sobre o corpo do outro.

Em relação às outras mulheres, nunca pode haver uma comparação. Cada uma tem um corpo diferente, sentimentos, desejos, formas de explorá-lo.

E o melhor atributo que a masturbação lhe conferiu foi este: como ela poderia exigir que conhecessem o seu corpo, antes dela mesma conhecê-lo?

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Comentários

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...Homens que não sabem nada de prazer feminino...

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Gostei do conto! nem sempre é necessário um homem para nos dar prazer, e as vezes dependendo do homem sentimos mais prazer sozinhas mesmo.

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cara, vc acha mesmo que escrever um conto com um mulher se masturbando o tempo inteiro daria tesão? Sei naum... de qualquer maneira esse "MALDOSO" pelo menos bota a cara a tapa quando não está só distrbuindo zeros nos outros contos.. e esse "wil df" aí.. que bichinha fudida.

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Wilzinho, calma Wilzinho. Não fique nervosa pois você nervosa é um perigo. Ainda vou falar pro Mário dar um jeito em você.

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vc me decepciona cada vez mais com esse estilo barroco cavernal e sem magica, sem sentimento,sem ênfase,vai dormir caralho e par de postar merda aqui seu viado encubado. não deu a bundinha hoje não tá carente, eu resolvo teu problema com um cabo de vassoura ou entãoextintor de incêndio não sei como esta a situação ai nessa bunda suja....rsrs

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pow naum to aki pra ler essa merda kero ler o algo melhor naum uma mulher se masturbando pode ser 2 lesbicas um casal naum importa cotanto q naum seja 2 bixas e gente se masturbando nota 0!

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