Deixe o Amor mostrar o caminho

Um conto erótico de Lhótus
Categoria: Homossexual
Contém 1356 palavras
Data: 31/08/2006 18:45:21

Daniela estava feliz naquela noite. Olhava a cidade de Salvador da varanda do seu quarto de hotel e nem o burburinho da cidade lá embaixo conseguia tirá-la de seus devaneios. Tudo começara há alguns meses atrás. Conhecera Deise em um bate-papo na internet e apesar de esconder sua identidade real da garota por um bom tempo, a afinidade e a culpa eram tantas, que se tornou necessário contar a verdade. Mágoas à parte, o relacionamento das duas parecia ter ficado mais intimo após as revelações de Daniela. Talvez por isso elas teclassem todos os dias e por um longo tempo, sem que o papo acabasse. Há alguns dias o desejo de ambas falara mais alto e decidiram que estava na hora de se conhecer. Por isso Daniela estava em Salvador. A necessidade de estar perto de Deise se fizera maior do que os compromissos com a faculdade ou com qualquer outra coisa. A garota sorria ao se lembrar do encontro das duas no aeroporto. Tinha sido estranho e ao mesmo tempo muito engraçado. A formalidade foi necessária, devido a multidão de gente que havia em volta, mas a carência de uma pela outra era tamanha, que as duas praticamente voaram para o banheiro do aeroporto a fim de um mínimo de privacidade. O primeiro beijo ocorreu em um box apertado de um banheiro, não exatamente o lugar que as duas sonhavam, mas tão perfeito como tinham imaginado. As bocas se procuravam sedentas uma pela outra, os lábios macios e tão desejados fundiam-se numa harmonia completa. Havia desejo, tesão, mas acima de tudo havia o carinho que nutriam entre si. Daniela sonhara muito com aquilo. Estar ali com Deise ao alcance de seus braços, boca, e carícias era como estar em um paraíso. E a garota se sentia atraída e inebriada pelo perfume suave e adocicado que emanava do corpo de Deise. Depois daquele primeiro momento, as duas tinha conversado. Passado o dia juntas, Deise mostrando a cidade a sua visitante, mas ambas ansiosas pela noite que se aproximava. As desculpas foram inventadas aos pais de Deise na hora do jantar em que Daniela conheceu a família da amiga. Dormiriam no hotel, porque sairiam cedo para as praias na manhã seguinte. A mãe de Deise ainda disse alguma coisa sobre não perder aula na faculdade, mas acabou aceitando. Afinal, era a primeira vez que a amiga de sua filha os visitava! Enquanto pensava nisso, Daniela sentiu os braços de Deise a enlaçarem por trás e só então voltou à realidade. -Você já ligou pra sua mãe?  perguntou encaixando as mãos da amiga as suas e virando-se para encará-la. -Já. Ela ficou tranqüila ao saber que já chegamos ao hotel! Não me quer zanzando pela cidade à noite! Daniela sorriu com malícia. -Ela deve achar que você está segura aqui!  disse sorrindo. Deise sorriu também. -Coitada! Se ela soubesse que aqui é que mora o perigo, não tinha me deixado vir! -Ah, então aqui mora o perigo é? Deise fez que sim. -Você é o perigo, Daniela!  disse sorrindo. -Um perigo de que você gosta, eu espero! A garota fez que sim. -Muito! As duas se beijaram ali mesmo na varanda. Deise sentada na amurada e Daniela em pé na frente dela. Beijos de início meio inocente, e que aos poucos evidenciavam o desejo de uma pela outra. -O que você me diria se eu te convidasse pra entrar?  perguntou Daniela entre um beijo e outro  Ta ficando frio aqui! Deise sorriu. -Eu diria que aceito, se você encontrar uma desculpa melhor! As duas riram e entraram da varanda para o quarto de dormir. Daniela sentou na beira da cama imensa, mas Deise permaneceu de pé. -Tudo bem?  perguntou Daniela. -Tudo, só estou um pouco nervosa! A garota sorriu e puxou a amiga pela mão para perto de si. -Não precisa sentir medo! Sou eu que estou aqui com você! Deise sorriu. -Cê sabe que eu nunca fiz isso antes! Daniela se levantou e segurou o rosto de Deise entre as mãos. Beijou-a delicadamente e depois sorriu. -Se não tiver preparada, tudo bem tá? A gente não precisa fazer nada! Mas se tiver a fim, fica calma e relaxe! Você vai gostar! Como resposta a pergunta de Daniela, Deise a beijou e a fez deitar na cama, subindo sobre seu corpo. -Creio que isso foi um sim?  perguntou Daniela sorrindo surpresa. Deise sorriu afirmativamente e as duas se beijaram novamente. Daniela se viu refém dos beijos de sua amiga, que ora a beijava, ora se afastava, fazendo a garota buscar sua boca, enquanto seus braços estavam seguros sob o peso das pernas de Deise. -Você não devia me provocar assim, sabia?  Daniela disse. -E por que não?  murmurou Deise em seu ouvido. -Por depois não vai ter volta!  disse Daniela conseguindo se soltar e invertendo a posição com Deise. A garota baiana sorriu. -E quem disse que eu quero que tenha volta? Daniela sorriu. Aquilo com certeza fora mais que um sim. Os beijos eram mais quentes e cheios de paixão. As mãos de Deise já tinham tirado a blusa que Daniela usava e esta desabotoava a de sua companheira. Livraram-se da blusa e do soutien com uma agilidade incrível. E pela primeira vez Daniela viu e tocou os seios de Deise, que de olhos fechados, acariciava-lhe os cabelos. As mãos e dos dedos de Daniela passeavam por toda a extensão dos seios e seu toque era macio, suave. O ar quente da respiração e da boca da garota provocou um arrepio por todo corpo de Deise, antes mesmo que ela os tomasse na boca. Logo lábios e a língua de Daniela festejavam sobre os mamilos eriçados de Deise, que sentia um formigamento estranho e uma umidade crescente entre suas pernas. Daniela se sentia extasiada por acariciar aquele corpo pelo qual o seu parecia ansiar. Sentir o cheiro de Deise, a maciez de sua pele, os desejos contidos até então. Tudo aumentava ainda mais sua necessidade de amá-la. Ainda acariciando os seios de Deise com uma das mãos, Daniela desceu sua boca pelo corpo da garota. Beijou-lhe o pescoço, entre os seios, todo o abdômen, e inevitavelmente chegou ao sexo de sua companheira. Tirou-lhe a calça jeans que ela usava, ambas se encarando com um sorriso maroto nos lábios. Depois tirou seu próprio soutien, e sua calça, ficando as duas de calcinha. Daniela encaixou seu corpo sobre o de Deise e o prazer que ambas sentiram ao sentir seus corpo juntos foi indescritível. Os seios se tocavam, e as duas abriam bem a boca e jogavam uma língua contra a outra. Voltou a percorrer todo o corpo de Deise até que nem uma parte deste ficasse sem ter sido beijado e tocado. Parou exatamente sobre o sexo de sua companheira. Daniela queria provocá-la ao máximo e começou beijando a parte interna das coxas, atrás dos joelhos, sempre se aproximando e fugindo do contato direto. Isso fez com que Deise a encarasse com um olhar e um sorriso pidão. Daniela sorriu e começou então a explorar toda a feminilidade de sua companheira. Primeiro com os lábios, depois com os dedos e seguidamente com a língua, percorrendo cada pedaço, penetrando delicadamente, ora com vagar, ora com vigor. O gozo foi algo mais que inevitável para Deise. O corpo todo tremia, os gemidos foram liberados, o desejo de continuidade daquela sensação maravilhosa e todos os músculos do corpo se enrijecendo, relaxando, sem que o tesão a deixasse, sem que Daniela parasse. A noite avançou enquanto as duas se amavam diversas vezes. E cada uma delas foi revelador e perfeito. Daniela redescobria os caminhos e Deise descobria os dela. As duas se ajudando, ansiosas uma pelo corpo da outra, como se quisessem realmente se fundir e ser um só. Quando o Sol nasceu, Deise ressonava baixinho, acalentada pelo calor do corpo de Daniela. Esta olhava radiante o novo dia que surgia convidativo a um passeio. Mas ao tornar a olhar Deise ali deitada nua perto de seu corpo, sorriu com a certeza de que as praias ficariam para os próximos dias. Por enquanto, elas tinham muito a fazer.

E-mail= danah_muller@hotmail.com

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