Camisola rosa-Traí meu marido com dois part. 1
Uma série de H.C. CavalcantiTraí meu marido por dois anos. Traí com força. Só me arrependo de ter feito isso tarde demais— dezessete anos, exatamente. Vivíamos numa cidadezinha minúscula no cu do Nordeste, doze mil habitantes, um peido e todo mundo ficava sabendo de tudo que você faz. Casei com dezesseis anos, na flor da idade, lindíssima e virgem, como manda o arcaísmo da região. Casei para poder sair da casa de meus pais, foi com o primeiro que me tirou de lá. E logo embuchei. Nos primeiros meses de casada já batia o arrependimento, mas como iria me separar com um moleque de colo e sem trabalho, dinheiro ou onde cair morta? Fiquei. Três anos depois veio o segundo filho. Meu Deus! Entrei em desespero. Quase tive depressão. Ter mais um filho daquele traste – traste é pouco: um merda mesmo. Não daquelas merdas que fazemos de adubo e florescem flores, não, daquelas merdas fétidas, aquosas, parecendo sopa rala. Era daqueles homens criados achando que são donos de suas mulheres, como se fossem gados, suas propriedades e não esposas. Boçal, estúpido, cheio de si mesmo, faltava afogar no próprio orgulho. Típico homem que víamos em novelas de época. Quando transávamos, não sentia mais do que asco e dor. Lembro-me da primeira noite nossa, quando me desvirginou, nada mais que dor. Ele gozou umas quinze vezes, no mínimo e sempre se gabou para os outros disso — e também, era acostumado com puta, quando pegou uma coisinha fechadinha se acabou, não o culpo. Uma das coisas que inflava seu ego era o tamanho do seu pau— tinha uns vinte centímetros. Grande bosta! Minha boceta nunca molhou pra ele. Nunca, era sempre aquela coisa meio seca, ardida. Muitas vezes quando transávamos, eu chorava. Chegamos a um ponto que ele nem me beijava mais. Fui ter o primeiro orgasmo depois de dois anos casada. Juro, só depois de dois anos! Como dizia ele, "tivemos o mesmo tempo pra gozar, se você não gozou é problema seu." Filha da puta! Esse mereceu cada centímetro de chifre que botei naquela testa. Cada galho foi muitíssimo mais que merecido na cabeça desse Traste. Nunca fui de tocar-me, até hoje com quarenta e um anos creio que fiz isso no máximo duas, três vezes. Meu prazer é por pau. Claro, gosto de umas coisinhas com a língua, dedos, mas o que me satisfaz totalmente é pau. A vida foi seguindo e o tempo voando, quando se percebe já se passaram seis, sete, quinze anos e você acaba acostumando a viver sem alegria. Trabalho, cuidar de moleque, problemas, você se esquece de si mesma e segue em frente. Como não tínhamos tempo pra nos ver, ficou mais suportável a convivência. Mas ainda sentia aquele amargor, frustação, tristeza, toda aquela onda de sentimentos que vem quando não somos amadas, respeitadas, desejadas como mulher. Sentia um vazio emocional e sexual gigantescos, via em filmes aquela química entre os amantes, toda aquela paixão, desejo cheio de tesão que arde os corpos até sobrar as cinzas de seus esqueletos. Pensava que jamais sentiria isso. Muitas vezes eu chorava me perguntando por que não experimentava esse sentimento. Depois de um tempo sabia que com ele não sentiria isso. Porque não traí antes? Pelos meus filhos, morria de medo de fazer algo que pudesse humilhar eles. Ainda mais numa cidadezinha de merda daquela, onde todo mundo conhece todo mundo. Mas pretendentes não faltavam, onde quer que eu passasse, olhos masculinos me seguiam, até mesmo amigos do Traste me cobiçavam— bem debaixo do nariz dele, o corno nem desconfiava. Mas não traí— não naquela terra. Digam o que quiserem, mas sempre fiz meu papel de mulher, mesmo ele não merecendo. Eu que fui criada como católica, sempre acreditei que as coisas acontecem como devem acontecer e que Deus sabe o que faz. E fez. Algum tempo depois o Traste recebeu uma proposta de emprego na capital. No início relutou um pouco, mas decidi por nós. Não aguentava mais viver naquele fim de mundo com ele, precisava de algo novo. E Deus, como minha vida mudou, meu mundo se tornou outro! A terra das oportunidades ou como gosto de chamar: a terra dos amantes! Foi aqui que tudo aconteceu. Amantes, marido e nova vida. Após deixar o traste, passei um ano solteira até começar a namorar e cinco anos depois me casai de novo. Aliás, foi meu atual marido que me aconselhou a escrever os chifres que coloquei no corno. Pois estava louca pra jogar na cara dele tudo, tudinho, cada chifrada, todas as vezes que deixei os moleques com ele e dei a boceta até a bichinha inchar e voltar pra casa pingando porra de outro homem. Estava louca pra jogar a merda no ventilador, mas meu marido me convenceu a não fazer isso, pois eu e o Traste ainda temos pendências na justiça e isso poderia dar algum problema. Não falei. Mas precisava tirar esse peso de mim, foi aí que meu marido me aconselhou a escrever está fase da minha vida. No início torci o nariz, mas aos poucos fui escrevendo e escrevendo até ver que tinha umas coisas pra dizer e contar a todo mundo o que foi de chifre que ele tomou, e corno que é corno, tem mesmo que ser o último a saber. Fiquei pensando e pensando por onde começar. "Pelo início," dirá, mas resolvi deixar pra depois minha primeira aventura fora do casamento, começaremos pelo primeiro ménage, o primeiríssimo ménage à trois. E ali estava eu.... Ajoelhada sobre a almofada vermelha com flores bordadas, sua língua envolve a cabeça do pau. Sentindo o gotejar que escorre pelo canto dos lábios — sêmen com saliva. O pênis rígido, com suas veias azuladas pulsando com o aperto das mãos e o contato com as unhas. Suas mãos acompanham o vai e vem dos movimentos do maxilar. Sua boca abocanhando boa parte do membro, até os lábios roçarem seus dedos. A língua passeia pelo pau deslizando do talo até a fissura da glande. As veias se tornam cada vez mais protuberantes com o aperto das mãos. O frio metal do ouro da aliança permeia o falo quente e molhado. Suas mãos passeiam pelo corpo do sujeito— coxas, abdômen, tórax. Num gesto felino, desce arranhando o corpo do homem, com um leve toque. Seus olhos pousados na face dele. Apenas sua cabeça que faz o movimento engolindo o membro até quase devorá-lo. A vasta cabeleira negra, cobre a mão máscula com seus cachos. A mão pousada carinhosamente alisa sua nuca, ora um afago, ora um aperto. O pênis torna-se brilhoso com a saliva que escorre por ele e pinga por seus testículos. Resquícios de batom vermelhos ainda sobrevivem em seus grossos lábios, boa parte da tinta cobre suas bochechas e maxilar. A mão esquerda do macho desliza pela face delicada dela, até alcançar o mamilo. Seus seios são apalpados, o bico protuberante escurecido da fêmea sente as linhas da palma. O pau é expelido da boca, um doce gemido foge por entre os belos lábios. Com a boca entreaberta, projeta-se delicadamente sobre o lábio inferior à pontinha de sua língua. — Gostosa, gosta de sentir um pau duro na boca, hein? Safada. Ele a beija furiosamente — as línguas dançam juntas, percorrendo cada pedaço do interior. Como se fosse engolir um ao outro, suas salivas escorrem pelos cantos, suas línguas são sugadas até o estalo do beijo. Sem desgrudarem seus lábios, ela senta em seu colo, sentindo o pau sobre a nádega. Dos lábios até chegar ao seu lindo pescoço, a língua pincela a pele macia, com beijos que fazem seu corpo esquentar. — Sem marca. Não me marca. — Sussurrou. — Relaxa. — Na bunda pode, ele não vai ver. — Safada. — Um pouquinho. —Riu. — Gosta de foder mulher casada, é? — Muito. Ainda mais gostosa que nem você. — Delícia. Coloca o dedo dentro dela. Vai. Levou os dedos do homem à boca, salivou neles. Sem desviar seus provocantes olhos negros, fixou seu olhar nos castanhos olhos do homem. —Enfia no fundo dela. Sua mão grossa já se encontrava abaixo das coxas, lindas coxas torneadas, que pareciam dois troncos. Com o anelar e o dedo médio, enfiou até um pouco abaixo dos calos dos dedos em sua boceta. Pressionando seus dedos grossos contra a parede vaginal, alternando o ritmo dos movimentos. —isso, enfia no fundo dela. — ordenou. o homem empurrou com força seu punho até sentir a parede do útero, quando tocou-o, continuou com os movimentos, agora com mais força. —Delícia. Assim no fundo dela.... Gemia cheia de tesão sentindo o macho penetrá-la. Seu soro descia pelo pulso dele, escorrendo pelo relógio. —Tá molhadinha, tá? Olha como ela fica. —Disse a fêmea. Pegou o pulso do macho e levou os dedos que fodiam sua boceta até a boca dele. Como um garoto que chupasse um doce, se deliciou com os fluidos que os untava. —Gosta do sabor dela? —Muito. Quero mais, quero lhe chupar todinha, quero por minha língua dentro dela. —Ui, gosta de chupar boceta, é? — Muito. Tô louco pra você gozar na minha boca. Esfregar ela todinha na minha cara. Até sentir seu gozo na língua. —Delícia... beijou-lhe a boca como se quisesse devorá-lo, sugando-o para dentro de seu corpo, unindo a ele em um só. —Deita. O macho obedeceu. Joguei minhas coxas em volta de seu pescoço, agachei em sua face até sentir a ponta de seu nariz tocar em minhas nádegas, esfreguei o quadril até sua boca tocar meus grandes, pequenos lábios e boceta. Sentia sua língua pincelar toda ela até adentrar no orifício. Esfregava em movimentos frente e ré fazendo sua língua lamber e deslizar até o clitóris. Sua barba cerrada roçando, me fazia delirar. Naquele momento em todo planeta, só existia aquela boca e minha boceta, nada mais. Como se estivesse em transe budístico, voava ao nirvana de encontro ao prazer supremo, apenas com aquela boca. Meus olhos se abriram e do reflexo do espelho, via uma mulher de seus quarentas anos em pleno auge de sua feminilidade. Um tesão de mulher! Corpão, daqueles que tem muito que pegar, morder, se esbaldar. Peitos e bunda pequenos, mas coxas e boceta enormes. Pernas torneadas, macias e lisas, igual pele de bebê—nunca tive celulite nenhuma. A boceta, bem, sempre tive um pouco de vergonha dela, pois era enorme— ainda é—podia se encher uma mão toda nela. Parecia um morro, uma montanha de carne. Evito usar calças finas demais, pois fica aquele relevo enorme. Odeio isso, mas meus amantes amavam, não podiam me ver de pernas abertas que já caiam de boca, adorava aquilo, pena que eu não aguentava muito e já pedia por pau. Por alguns instantes esqueci do homem que era sufocado entre minhas pernas, meu foco era apenas o prazer. Creio que como passei muito tempo sem sentir esses prazeres, quando era proporcionado algo assim, eu me dedicava ao máximo, com todo foco e concentração, que nem uma universitária que resolve uma fórmula matemática, sentindo cada vibração de tesão que poderia sentir. Perdida em mim mesma, mergulhava no prazer feito uma criança que nada em um rio de chocolate — até hoje sou assim. O barulho da porta do banheiro me trouxe de volta a terra. Do vapor que fugia pela porta do banheiro, surge um homem nu, que seca seus cabelos com uma toalha pequena de rosto. Alto, parrudo, uma penugem negra de pelos cobria seu tórax até um pouco antes de seu púbis, que era raspado podendo