Eu sempre soube. Desde o início.
No começo, achei que era só impressão minha. Sofia, minha filha única, sempre tão apegada à memória da mãe, começou a tratar Carla com uma hostilidade que beirava o exagero. Comentários ácidos, olhares cortantes, portas batidas. Eu fingia não perceber, porque não queria brigas em casa, e Carla lidava com tudo com uma paciência que eu admirava. Mas, com o tempo, notei algo mais nos olhos da minha filha quando olhava para a minha mulher: não era só raiva. Era fogo. Um desejo confuso, reprimido, que ela mascarava com provocação.
E Carla... ah, Carla percebia tudo. Eu via o jeito como ela sorria de canto quando Sofia passava rebolando de short curto pela sala, ou como os olhos dela acompanhavam o corpo da minha filha com uma intensidade que não era materna. Eu deveria ter ficado com ciúmes. Deveria ter sentido raiva. Mas não. Sentia outra coisa. Um calor lento, profundo, que subia pelo meu peito e descia direto para o pau toda vez que eu imaginava o que poderia estar acontecendo quando eu não estava em casa.
Naquela viagem a trabalho, eu voltei um dia mais cedo. Não avisei ninguém. Cheguei tarde da noite, entrei pela porta dos fundos em silêncio. A casa estava iluminada apenas pela luz da sala. E lá estavam elas: Sofia deitada no sofá, pernas abertas, Carla entre elas, a cabeça enterrada entre as coxas da minha filha, lambendo com uma fome que eu nunca tinha visto nela comigo. Sofia gemia alto, as mãos puxando os cabelos loiros da minha mulher, o corpo arqueando enquanto gozava na boca dela.
Eu fiquei parado na sombra do corredor, o coração batendo forte, o pau endurecendo instantaneamente dentro da calça. Eu deveria ter interrompido. Deveria ter gritado. Mas não consegui. Fiquei ali, assistindo tudo: Carla subindo e montando no rosto da Sofia, rebolando devagar enquanto minha filha a chupava com desespero. Ouvi Sofia chamá-la de "mamãe" numa voz rouca de tesão, e aquilo me acertou como um soco no estômago – de excitação pura.
Eu me toquei ali mesmo, em silêncio, gozando na mão enquanto via minha mulher e minha filha se fodendo como amantes há anos reprimidas. Depois, saí de fininho, entrei no carro e fiquei rodando pela cidade até a hora que eu originalmente deveria chegar. Quando entrei em casa, elas estavam normais: Sofia no quarto, Carla me recebendo com um beijo casto e um "sentimos sua falta".
Eu nunca disse nada. Nem uma palavra.
Mas tudo mudou para mim depois daquela noite.
Eu comecei a observar mais. Percebia os olhares cúmplices, os toques disfarçados na cozinha, o jeito como Sofia corava quando Carla passava a mão nas costas dela "sem querer". Eu via Carla sair do quarto da Sofia de manhã cedo, com o cabelo bagunçado e um sorriso satisfeito. Eu encontrava calcinhas da minha filha na nossa cama, manchas suspeitas nos lençóis. E cada descoberta, cada suspeita confirmada, me deixava louco de tesão.
Eu nunca confrontei. Nunca perguntei. Mas usei tudo isso na cama com Carla.
Quando ficávamos sozinhos, eu a possuía com uma intensidade que nem eu sabia que tinha. Eu a pegava de surpresa contra a parede, enfiava o pau fundo sem preliminares, mordia o pescoço dela enquanto metia forte, dizendo coisas que eu nunca tinha dito antes: "Você é uma safada, não é? Adora provocar, adora ser desejada..." Ela gemia mais alto do que nunca, gozando rápido, o corpo tremendo como se eu estivesse acertando um ponto que só eu conhecia.
Eu imaginava tudo enquanto a fodia. Imaginava a boca dela na boceta da Sofia. Imaginava minha filha gemendo para a minha mulher. E isso me fazia meter mais fundo, mais bruto, segurando os quadris dela com força até deixar marcas. Carla adorava. Ela gozava gritando meu nome, me arranhando, pedindo mais – e eu dava, canalizando toda aquela excitação proibida que eu carregava em silêncio.
Às vezes, eu chegava mais cedo do trabalho de propósito, me escondia e assistia. Via Carla fodendo Sofia com o strap-on na nossa cama, minha filha de quatro, implorando para ser chamada de putinha. Via Sofia chupando os seios da minha mulher enquanto se esfregavam uma na outra. E depois, à noite, eu transava com Carla como um animal, como se quisesse marcar território – mas na verdade, era gratidão. Gratidão por ela ter transformado minha filha naquela mulher entregue, e por me dar, sem saber, o maior tesão da minha vida.
Eu finjo que não sei de nada. Sorrio no jantar, converso sobre o dia, sou o pai e marido perfeito. Mas dentro de mim, eu guardo cada imagem, cada gemido que ouvi escondido, e uso tudo quando estou só com Carla na cama.
Ela é minha mulher. Sofia é minha filha. E o segredo delas é o combustível que mantém meu desejo por Carla mais vivo do que nunca.
Eu nunca vou contar que sei.
Só vou continuar assistindo. E fodendo minha mulher com toda a força que esse segredo me dá.