A nossa casa tinha virado um templo de perversão, sim. Mas templos, às vezes, ficam silenciosos demais. A gente tinha a cinta, tinha os meus amantes ocasionais (que Ricardo sabia e adorava saber), mas faltava... o cheiro de novidade. Faltava o público. Faltava a validação externa de que nós éramos, de fato, o casal mais sujo da cidade.
Numa sexta-feira à noite, decidimos não ficar em casa.
"Vamos sair," eu disse, terminando de passar o rímel no espelho do banheiro.
Ricardo apareceu na porta. Ele estava nervoso, ajeitando a camisa social preta que eu tinha escolhido para ele.
"Sair? Pra jantar, amor?"
"Não, boneca. Pra caçar. Eu reservei um nome na de uma casa de swing. Aquela casa de swing no bairro nobre."
Os olhos dele brilharam. Medo e excitação. A mistura perfeita.
"Você tem certeza, Luana? Lá... lá tem profissionais. Tem gente experiente."
"E nós somos o quê, Ricardo? Amadores?" Eu ri, me virando.
O queixo dele caiu.
Eu estava vestida para matar. E para morrer, se fosse preciso.
Eu escolhi um vestido de látex preto. Colado. Tão justo que parecia uma segunda pele, brilhante e líquida. Ele ia até o meio da coxa. O decote era profundo, exibindo o vale dos meus seios brancos e fartos. Nas costas, um zíper prateado que ia da nuca até o cós da bunda. E, claro, o detalhe mais importante: eu não usava calcinha. O látex roçava direto na minha buceta depilada, mantendo-me úmida a cada passo.
Nos pés, um salto agulha vermelho sangue. Eu era a Dona do Bordel.
"Você tá... divina," ele sussurrou.
"Eu sei. Agora vamos. Nós precismos de sangue novo."
Chegamos ao clube perto da meia-noite. O lugar era discreto por fora, um casarão antigo murado. Mas lá dentro... era um universo paralelo.
Luzes vermelhas e roxas banhavam o ambiente. O som era um deep house elegante, grave, que batia no peito como um segundo coração. Sofás de veludo, casais se beijando nos cantos, garçons servindo champanhe. O cheiro era inconfundível: perfume caro, álcool e feromônios.
Entramos de mãos dadas. Mas a dinâmica era clara. Eu andava um passo à frente. Ricardo, minha boneca, vinha logo atrás, olhando para os lados, admirado e submisso.
Nós atraímos olhares imediatamente. Uma mulher de látex preto e salto vermelho não passa despercebida. Eu vi homens cutucando suas esposas. Vi casais pararem de conversar.
Sentamos num sofá estratégico, com visão para a pista de dança e para o bar. Pedimos um gin.
"O que a gente tá procurando, patroa?" Ricardo perguntou, a mão suada na minha coxa.
Eu girei o gelo no copo, meus olhos varrendo o salão como um radar.
"A gente não quer casal hoje, Ricardo. Casal dá trabalho. A mulher tem ciúmes, o cara é broxa... não."
Eu tomei um gole.
"Hoje eu quero um Single. Um touro. Alguém pra usar a gente."
"Do jeito que a gente gosta?" ele perguntou.
"Do jeito que a gente gosta."
Eu recusei dois candidatos na primeira meia hora. Um executivo engomadinho que parecia o Ricardo antes da transformação ("Muito fraco", eu disse) e um garotão bombado de academia que se achava demais ("Muito ego, pouco pau", decretei).
Eu estava quase ficando entediada, quando ele entrou.
Ele veio do bar. Sozinho. Caminhando com uma calma predadora que fez minha buceta piscar no látex.
Ele era o arquétipo do nosso desejo.
Negro. A pele dele era da cor de obsidiana polida sob a luz roxa do clube. Alto, devia ter quase dois metros. Ele usava uma regata branca que parecia que ia estourar nos braços e no peito, e uma calça jeans escura. A cabeça raspada, um cavanhaque desenhado.
Ele não era apenas grande. Ele era denso. Ele exalava uma energia bruta, mas controlada. Ele não olhava para as mulheres com desespero. Ele olhava como quem escolhe o prato principal.
"Ali," eu sussurrei para o Ricardo.
Ricardo seguiu meu olhar. Ele viu o gigante negro encostado no balcão, bebendo uma cerveja long neck, a mão dele fazendo a garrafa parecer um brinquedo.
Ricardo estremeceu. "Meu Deus, Luana... ele é... imenso."
"É o nosso touro," eu disse.
Eu não esperei ele vir. A Patroa não espera. A Patroa convoca.
Eu levantei o olhar e fixei no dele. A distância era de uns dez metros. Ele sentiu. Ele virou a cabeça devagar e encontrou meus olhos. Eu não desviei. Eu sorri. Um sorriso lento, sujo, mordendo o lábio inferior. E abri as pernas levemente, só o suficiente para ele imaginar o que estava por baixo do látex.
Ele entendeu o recado.
Ele largou a cerveja. Ele caminhou até nós. A cada passo, ele crescia. Quando ele parou na frente da nossa mesa, ele bloqueou a luz do clube.
"Boa noite," ele disse. A voz dele era um retumbar grave, parecia vir do chão.
"Boa noite," eu respondi, olhando para cima. "Qual o seu nome?"
"Kaio."
"Kaio," eu testei o nome na língua. "Eu sou a Luana. E essa..." apontei para o Ricardo, que estava encolhido no sofá, olhando para o volume na calça do Kaio, "...essa é a minha boneca, o Ricardo."
Kaio olhou para o Ricardo. Ele não sorriu. Ele apenas avaliou. Ele viu a submissão, a fraqueza, o desejo.
"A boneca gosta de brincar?" Kaio perguntou, olhando para mim.
"A boneca faz o que eu mando. E o que eu mando... é ela servir homens como você."
Kaio sorriu. Dentes brancos, perfeitos.
"E você, Luana? Você só manda... ou você aguenta também?"
"Eu aguento mais do que você imagina, Kaio. A questão é... você tem ferramenta pra isso?"
O desafio foi lançado.
"Vamos pro quarto," ele disse. "O número 7. Tem espelhos."
Nós o seguimos. Como dois súditos atrás de um novo rei temporário.
O quarto número 7 era pequeno, escuro, forrado de espelhos nas paredes e no teto. Havia uma cama redonda enorme no centro.
Fechamos a porta. O som da música lá fora ficou abafado.
"Tira a roupa," Kaio ordenou. Para os dois.
Eu fiquei de pé. Ricardo ficou de joelhos para me ajudar. Ele baixou o zíper das minhas costas. O som do zíper descendo foi alto. O látex caiu.
Fiquei nua. De salto vermelho.
Kaio me olhou. Ele lambeu os lábios. "Caralho. Que mulher."
Ricardo se despiu rápido, nervoso, ficando nu no canto, branco e mole.
Kaio tirou a regata. O tronco dele era uma escultura de músculos definidos. Ele abriu a calça.
Quando ele tirou o pau para fora, Ricardo soltou um gemido involuntário. "Uhh..."
Era... colossal. Maior que o do Paulo. Maior que a minha cinta. Era uma jiboia preta, grossa, pesada, que batia na coxa dele quando ele se mexia.
"Vem, boneca," Kaio disse, sentando-se na borda da cama, as pernas abertas. "Prepara o terreno pra tua mulher."
Ricardo nem olhou para mim. Ele rastejou pelo chão. Ele foi direto para o meio das pernas do Kaio. Ele segurou aquela tora com as duas mãos, como se fosse um totem sagrado.
Ele começou a chupar.
Eu me sentei na poltrona de veludo no canto, assistindo. Era a minha visão favorita. Meu marido, de joelhos, servindo um macho alfa desconhecido, preparando o pau que ia me arrombar.
Kaio segurava a cabeça do Ricardo, forçando a garganta dele.
"Isso... engole tudo... chupa as bolas..."
Ricardo mamava com vontade, fazendo barulhos molhados, os olhos fechados em devoção. O pau do Kaio brilhava de saliva, ficando cada vez mais duro, pulsando veias que pareciam cordas.
Kaio olhou para mim. "Tá pronta, gostosa?"
Eu me levantei. Caminhei até a cama.
"Sai, Ricardo," eu disse.
Ricardo parou de chupar, relutante, a boca cheia de baba. Ele se afastou, ficando de quatro no chão, observando.
Eu subi na cama. Fiquei de quatro, de frente para o espelho, empinando a bunda para o Kaio.
"Coloca camisinha," eu avisei.
"Claro," ele concordou.
Ricardo veio rapidamente, deu mais uma chupada rápida e encapou para o Kaio. E então, ele entrou.
Não houve preliminar. Ele segurou minha cintura e enterrou tudo.
"AAAAAAI CARALHO!"
Eu gritei. O quarto de espelhos multiplicou a imagem. Eu via a minha bunda branca sendo invadida por aquele quadril negro. Eu via a rola dele sumindo dentro de mim, me alargando, me preenchendo até a garganta.
Ele fodia devagar, mas com uma potência assustadora. Era fundo. Muito fundo.
"Ricardo!" Kaio chamou, sem parar de meter. "Vem ver a tua mulher sendo comida!"
Ricardo subiu na cama. Ele ficou ao nosso lado, assistindo de perto. Ele via a junção dos nossos corpos. Ele via o pau preto entrando e saindo da minha buceta rosa e molhada.
"Lindo..." Ricardo sussurrava, se masturbando freneticamente. "Que delícia... que homem..."
"Quer participar, boneca?" Kaio perguntou, ofegante.
"Sim... sim senhor..."
"Então lambe. Lambe as bolas enquanto eu como ela."
Ricardo obedeceu. Ele enfiou a cabeça por baixo, entre as pernas do Kaio, e começou a lamber o saco dele, que balançava a cada estocada, batendo na minha bunda e na cara do meu marido. PLAP. PLAP.
Era o quadro perfeito da nossa degeneração. Eu sendo fodida, meu marido embaixo, lambendo as bolas do touro.
Kaio acelerou. Ele era uma máquina. Ele me batia com força.
"Eu vou te arrombar, Luana! Eu vou deixar esse buraco largo!"
"DEIXA! ARROMBA! EU SOU SUA PUTA!"
Ele me virou. De barriga para cima. Ele segurou uma das minhas pernas e colocou no ombro dele. Ricardo ficou de joelhos ao lado da minha cabeça, olhando nos meus olhos enquanto eu era possuída.
Kaio metia olhando para mim. Ele sorria.
"O teu marido é uma ótima putinha," ele disse. "Mas você... você é uma rainha."
"Beija ele!" eu gritei para o Ricardo. "Beija o meu marido enquanto o Negão me fode!"
Ricardo se inclinou e me beijou. Um beijo de língua, apaixonado, enquanto o pau do Kaio destruía minhas entranhas. Era uma mistura de amor e perversão que me deixou tonta.
"VOU LEITAR! VOU LEITAR!" Kaio rugiu.
Ele puxou para fora da minha buceta no último segundo.
"Boca! Abre a boca, Ricardo!"
Ricardo se separou do nosso beijo e abriu a boca, desesperado, esperando a bênção.
Kaio segurou o pau e apontou.
O jato veio como um canhão.
O primeiro jato encheu a boca do Ricardo. Ele engasgou, engolindo.
Mas era muita porra. O segundo jato acertou o nariz dele.
O terceiro voou e caiu no meu peito.
O quarto caiu na minha barriga.
Kaio cobriu nós dois de leite. Ele nos batizou. Ricardo lambia os lábios, tentando pegar cada gota, passando a mão no rosto e chupando os dedos.
"Porra..." Kaio suspirou, caindo sentado na cama, exausto.
Eu estava ofegante, coberta de suor e sêmen. Ricardo estava ao meu lado, a cara pintada de branco, sorrindo como um idiota feliz.
Eu passei a mão no rosto do meu marido, peguei um pouco da porra do Kaio que estava na bochecha dele e levei à minha boca. Provei.
"Gostoso," eu disse, olhando para o Kaio.
O gigante riu. "Vocês são loucos. Eu gostei."
Saímos do clube uma hora depois. Eu, mancando levemente, mas me sentindo poderosa. Ricardo, flutuando, a "boneca" mais feliz do mundo.
No carro, voltando para casa, Ricardo dirigia com uma mão e segurava a minha com a outra.
"Foi a melhor noite da minha vida, amor," ele disse.
Eu sorri, olhando para a cidade passando.
"Foi só o começo, boneca," eu disse. "A gente ainda tem muitos touros pra caçar."
E eu sabia que era verdade. O mundo era o nosso pasto. E nós éramos os predadores mais famintos dele.