A Puta da Família - Parte 11

Um conto erótico de AuroraMaris
Categoria: Heterossexual
Contém 4396 palavras
Data: 10/12/2025 15:17:13

Os dias que se seguiram àquela noite carregada de gemidos se arrastaram sob um manto de normalidade. Eu ainda não sabia como Sr. Carlos tinha escapado do jantar com Dona Rosa para voltar pra casa e me foder, mas não me importei tanto a ponto de perguntar.

A única pessoa que poderia desfiar todo o nosso frágil equilíbrio, Camila, havia se tornado um fantasma silencioso. Após a tempestade inicial de ligações e ameaças, Arthur agiu rápido. Ele foi até a casa da irmã no dia seguinte, sozinho. O que disseram, nunca me contou com detalhes, mas ele voltou com o rosto cansado.

- Ela não vai espalhar - ele me disse, a voz neutra. - Fiz ela ver que expor você seria expor o Jorge, o casamento dela e manchar o nome da família toda. Nosso pai nunca aceitaria isso, e tiraria todas as regalias que ela tem. Ela sabe que não pode perder isso.

Eu não ousei perguntar o que mais eles conversaram. O importante era que Camila havia sido contida pelo próprio instinto egoísta. As mensagens permaneceriam um segredo podre entre nós quatro.

Eu flagrava Arthur às vezes parado em algum canto da casa, olhando para o nada, o isqueiro de metal prateado girando lentamente entre seus dedos. Ele não tocava no assunto, não me confrontava de novo. Mas a dúvida estava implantada como um parasita silencioso. E, por incrível que pareça, ele estava cada vez mais carinhoso comigo. Tudo que eu pedia, falava sim. Se eu não pedia nada, ele me oferecia.

Em uma noite, o ar no quarto de Arthur estava pesado, carregado não só do calor úmido, mas de tudo que não era dito. Quando ele me puxou para a cama, seu beijo foi diferente. Não era a curiosidade excitada do spa, nem uma posse violenta.

- Conta de novo, amor... - ele pediu, entrando em mim. Já não era a primeira vez que queria relembrar o que tinha acontecido.

Ele se apoiou nos cotovelos, envolvendo meu rosto com as mãos, seus olhos buscando os meus no escuro enquanto seus quadris moviam num ritmo suave.

- Quando ele abriu aquela porta... - ele sussurrou. - meu coração até doeu, amor. Mas depois quando você começou a chupar ele... Você ficou molhadinha, não foi?

Eu gemi, um som entre o prazer e a confissão.

- Fiquei... Não consegui controlar, amor - eu disse com sinceridade. - A rola dele era tão gostosa!

Ele fechou os olhos por um segundo, como se revivesse a cena.

- Eu sei, amorzinho, eu sei. Mas foi ali que eu entendi. Você não estava só fazendo aquilo por mim. Você... Você ama ser assim, não é? Minha namoradinha que gosta de me colocar chifre - seus olhos brilhavam enquanto ele me fodia.

- Eu... Eu gosto - admiti, minha voz fraca.

- Gosta de quê, amor? Me fala - seu movimento parou, ele queria a verdade ali, na intimidade do quarto escuro.

- Gosto de... De dar pra outro macho. De saber que você fica de pau duro com isso - as palavras saíram como um segredo compartilhado.

Um sorriso triste e encantado iluminou o rosto dele.

- Eu amei ouvir você, sabia? Foi a coisa mais linda e mais doente que eu já vivi. Ouvir minha futura esposa gemendo, gozando... Sendo uma putinha maravilhosa na rola de outro homem - ele enterrou o rosto no meu pescoço, e senti um calafrio percorrer sua espinha.

Seus quadris recomeçaram a se mover, agora com mais urgência, guiados pela memória. - E sabe o que eu mais quero agora, amorzinho? - ele sussurrou, quente no meu ouvido, sua mão acariciando meu rosto com ternura. - Da próxima vez... Eu quero ver. Quero ver o macho que tem a sorte de comer você. Quero ver o rosto da pessoa que faz minha namorada virar essa deusa safada. Você deixaria, amorzinho? Você faria isso pelo seu corninho?

A súplica era doce, carregada de amor e de uma perversão que agora nós dois abraçávamos.

Minha buceta melava a rola fina dele, não por sentir ele me comer, mas por saber que o homem que me amava, agora amava meu lado verdadeiro. Arthur não queria mais a Eduarda certinha e fiel. Ele queria a Eduarda vagabunda, que é viciada em pica.

- Deixo, meu corninho lindo - gemi no ouvido dele, enterrando as unhas em suas costas. - Deixo você ver tudo. Vou fazer tudo que eu puder pra te deixar feliz.

Ele gemeu, um som longo e entregue, e gozou dentro de mim com um tremor que parecia vir da alma. E então deixei meu próprio orgasmo vir, um espasmo silencioso e eficiente, mais de triunfo do que êxtase.

Na noite seguinte, o pedido dele ainda ecoava na minha cabeça. A necessidade de ser vista por ele, de tornar real o espetáculo que até então era apenas som, virou uma ansiedade sem tamanho.

Arthur e eu estávamos no sofá assistindo um filme. O relógio na parede marcava quase meia noite quando a silhueta alta do Sr. Carlos surgiu na porta da sala.

- Desculpem interromper - disse ele, a voz suave. - Quando terminarem, poderiam dar uma palavrinha comigo no escritório? Algo importante.

Arthur assentiu, tenso, e eu senti um frio percorrer minha espinha, seguido de um calor imediato e traiçoeiro na virilha.

Alguns minutos depois, estávamos sentados nas cadeiras no escritório, o ar já impregnado do aroma do tabaco antes mesmo de Sr. Carlos acender o charuto. Ele procurou algo na gaveta, com uma lentidão calculada.

- Onde está aquele isqueiro... Ah, aqui - ele acendeu um isqueiro comum, barato, e a chama iluminou por um segundo seu rosto impassível. - Acabei perdendo o antigo, acredita, filho?

Arthur ficou petrificado. Seus olhos se fixaram no isqueiro novo como se fosse uma serpente. A mão dele foi instintivamente ao bolso, onde eu sabia que ele ainda carregava o de prata, a prova física de sua dúvida angustiante. O comentário casual do pai foi um golpe de mestre.

Expelindo uma baforada lenta de fumaça azulada, Sr. Carlos nos fitou, alternando o olhar entre nós dois.

- Bem. Vamos ao que interessa - começou ele, com o tom de quem discute um negócio rotineiro. - Quero um feedback detalhado. Arthur, você primeiro: como foi exatamente para você a experiência?

- Pai, acho... Acho melhor a gente conversar sobre isso só nós dois. Homens, sabe? A Eduarda não precisa...

- Bobagem, filho - retrucou Sr. Carlos com um sorriso amplo. - A Eduarda é parte central dessa fantasia, não é? Ela precisa estar presente, opinar. Só quero ajudar vocês dois, facilitar as coisas. Nada de tabus ou vergonhas aqui - seu olhar pousou em mim, pesado, desafiador. - Norinha? E você? Ficou satisfeita com como as coisas se desenrolaram?

Minha buceta latejava. Baixei os olhos, torci os dedos no colo, fingindo um constrangimento por falar esses assuntos com meu próprio sogro.

- Fiquei sim, sogrinho... Eu gostei bastante - minha voz saiu em um sussurro rouco.

- Ah, fico muito feliz! E você, filho? Foi como esperava?

Arthur, pressionado, engoliu seco e murmurou, olhando para o chão:

- Eu... Eu gostei. Foi... Intenso.

Ele fez uma pausa, o silêncio pesando. Quando ergueu os olhos, havia uma determinação nova neles, uma coragem frágil nascida da excitação acumulada.

- Mas... - ele começou, a voz um pouco mais firme. - Da próxima vez... Eu não quero ficar só ouvindo.

Sr. Carlos inclinou a cabeça, curioso, um leve sorriso nos lábios.

Arthur respirou fundo, como se arrancasse as palavras do fundo do peito.

- Quero ver. Tudo. Quero ver quem é... Quero ver a reação dela. Quero... Quero ver o rosto do cara que tem a sorte de comer a minha namorada bem na minha frente.

A confissão, crua e direta, ecoou na sala. Meu coração acelerou, e minha buceta latejou ainda mais. Eu conseguia sentir meu grelinho inchado.

Sr. Carlos ficou em silêncio por um momento, observando o filho, depois lentamente assentiu.

- Entendo. É um passo natural. E você, norinha? Estaria disposta a fazer isso na frente dele?

A resposta estava na minha pele corada, na minha respiração ofegante que eu tentava controlar. Mas eu mantive a fachada de constrangimento, mordendo levemente o lábio inferior antes de sussurrar:

- Se for o que o Arthur quer... Eu aceito, sogrinho.

- Muito bom! - exclamou Sr. Carlos, esfregando as mãos como um empresário que acabou de fechar um ótimo negócio. - Por uma feliz coincidência, talvez eu já tenha o candidato perfeito em mente.

- Quem? - Arthur arregalou os olhos, mal esperando que o pai terminasse a frase.

- Davi - disse Sr. Carlos.

O nome pairou no ar do escritório, e eu vi o rosto de Arthur congelar numa expressão complexa que ia muito além do ciúme ou da excitação. Era um misto de reconhecimento amargo e desalento profundo. Eu vim a saber depois que Davi era o afilhado de Sr. Carlos, que ele tratava mais como filho do que os próprios filhos. Sucessor do cargo de CEO da empresa e extremamente focado no trabalho. Além disso, tinha engravidado e casado com uma das ex-namoradas de Arthur, Isabel.

- Davi? - disse Arthur, descrente. - O Davi?! - a voz de Arthur estourou no escritório, um grito rouco de fúria. Ele se levantou tão rápido que a poltrona quase tombou para trás. - Aquele filho da... Pai, você tá de brincadeira? Ele já me... - O resto da frase engasgou, preso na garganta junto com o gosto amargo da lembrança: “ele já me levou a Isabel”.

Sr. Carlos não pestanejou. Apenas apoiou o queixo na mão entrelaçada, observando a fúria do filho.

- Exatamente, Arthur - disse ele, a voz um contraponto gelado ao calor da raiva do filho. - Ele já demonstrou ser... Eficaz em circunstâncias semelhantes, você deve lembrar bem. E a Isabel era uma mulher simples, sem sal - seus olhos, então, deslizaram para mim, pesados e avaliativos. - Bem diferente da minha norinha. Então imagine o que um homem com a determinação do Davi fará com ela.

A raiva no rosto de Arthur não se dissipou, mas seu corpo, antes tenso, pareceu desinflar um pouco. A fúria deu lugar a uma confusão mais profunda, onde o ódio se embolava com uma curiosidade doentia e uma humilhação que, inexplicavelmente, gerava calor. Ele olhou para mim, e eu baixei os olhos, mas não a tempo de esconder o brilho de interesse que a ideia acendera em mim. Davi não era um desconhecido. Era o favorito do pai, o homem que roubou sua ex, o “vencedor”.

A resistência de Arthur murchou. Ele se deixou cair de volta na poltrona, com o olhar baixo.

- Ele... Toparia uma coisa dessas? - a pergunta saiu mais como um sussurro derrotado do que um questionamento.

Sr. Carlos soltou uma baforada lenta, um sorriso satisfeito nos lábios.

- O Davi faria qualquer coisa que eu mandasse. Ele sabe que me deve tudo. E além disso, - seu olhar posou em mim. - Davi jamais rejeitaria a oportunidade de ter uma mulher como a Eduarda.

- Então... Tá bom... Eu aceito - ele disse, a palavra saindo como um suspiro preso.

- Excelente! - concluiu Sr. Carlos. - Agora vejamos... Acho que vou marcar um jantar com ele aqui em casa mesmo, amanhã. Sua mãe felizmente não vai ser um empecilho, providenciei uma viagem pra ela descansar a cabeça. Ela vai sair amanhã de manhã e só volta na semana que vem - ele falou sem olhar para nós, organizando alguns papéis em cima da mesa.

Arthur assentiu, mudo, e fomos dormir depois que Sr. Carlos nos liberou.

No dia seguinte, uma tensão eletrizante pairava na casa. Dona Rosa havia partido cedinho, ainda agradecendo a Sr. Carlos pelo "presente maravilhoso" com um sorriso inocente. O vazio que ela deixou era preenchido pela expectativa do que viria à noite.

Pouco antes do horário do jantar, quando eu já começava a me arrumar, batidas suaves na porta do meu quarto me interromperam.

Arthur entrou e fechou a porta atrás de si, ficando parado ali, com o ar de um homem prestes a pular de um precipício. Ele carregava uma sacolinha na mão, e seus olhos estavam vermelhos, não de sono, mas de uma agonia contida.

- Amorzinho... - a voz dele saiu rouca. - Eu... Eu não sei se isso é uma boa ideia. O Davi... - Ele engoliu seco, olhando para as mãos. - Com a minha ex... Não foi só um chifre, um caso. Eu estava com ela há dois anos, a gente falava em casar. Aí o Davi apareceu. Na época, ele nem era o sucessor do meu pai ainda, mas já era o afilhado perfeito, o que sabia falar com todo mundo... - Arthur fez uma pausa, a dor antiga renovada no rosto. - Ele seduziu ela. Uns meses depois, ela veio me dizer que estava grávida. Do Davi.

Eu parei de me arrumar, me virando para ele. O ar parecia ter saído do quarto.

- Eles se casaram dois meses depois - ele continuou, a voz agora plana, como se recitasse uma sentença. - Meu pai financiou o casamento todo. Disse que era "o certo a se fazer". Eu fiquei sendo o ex-namorado otário, o que não foi bom o suficiente. E eu tenho medo, amor. Medo de ver ele te tocando, te comendo... E de você gostar tanto a ponto de me deixar. Porque ele já ganhou uma vez.

A confissão dele era um buraco aberto no chão. Não era mais sobre tesão ou humilhação consensual. Era sobre o pavor primordial de ser deixado, de ser insuficiente. De perder, para o mesmo homem, pela segunda vez.

Cruzei o quarto em três passos e o envolvi em um abraço. Ele se agarrou a mim com uma força desesperada, enterrando o rosto no meu pescoço.

- Você não precisa ter medo. Ouça bem o que eu vou dizer - o soltei o suficiente para olhar em seus olhos. - Ninguém me ama como você ama, Arthur. Ninguém me entende como você está entendendo agora. O que a gente está fazendo... Isso aqui, entre nós, é nosso. O Davi? - fiz uma expressão de desdém, genuína naquele momento. - O Davi é só uma ferramenta. Ele pode ter levado a Isabel, mas ele não me leva. Porque eu já sou sua, e você é meu.

Era a verdade mais perversa e mais real que eu poderia oferecer. Eu não amava o Arthur com o amor puro de antes. Mas ele era meu cúmplice, meu espectador, meu corninho. Era a pessoa que havia aceitado a Eduarda vagabunda e ainda me amava, me incentivava a ser assim. Nesse universo paralelo que criamos, ele era meu porto seguro.

Arthur olhou para mim por um longo momento, buscando mentira nos meus olhos. E encontrou, creio eu, uma verdade que servia para

nós dois. Seus ombros relaxaram um pouco. O desespero deu lugar a uma resignação mais tranquila, quase solene.

Ele assentiu, devagar, e me puxou para um beijo. Era um beijo diferente, agradecido, necessitado, selando um pacto sujo e inquebrável.

- Obrigado, amor - ele sussurrou contra meus lábios. - Por tudo - ele se afastou um pouco, e seu olhar ganhou um brilho novo, uma decisão estranha. - Eu... Preparei algo. Para hoje.

Arthur ergueu a sacola e me entregou.

- É pra você. Para usar no jantar.

Dentro da sacola, uma legging preta e uma regata de alças finas. Olhei para ele com curiosidade nos olhos.

- Não quero que use nada por baixo. Veste para mim? - ele pediu. - Deixa eu ver a mulher mais linda do mundo, vestida pelo homem que mais a ama.

Virei as costas, minhas mãos trêmulas abrindo o zíper da minha calça. Deixei tudo cair no chão e fiquei pelada no meio do quarto, sentindo o olhar de Arthur me queimando. A legging deixava marcado o contorno perfeito da minha bunda, com a costura enterrada. Na frente, o tecido fino esticava e moldava, deixando os lábios inchados da minha buceta perfeitamente delineados em um relevo obsceno.

A regata tinha o tecido quase transparente, e as alças finas mal aguentavam o peso dos meus peitos.

Me virei para Arthur. Seu rosto passou por uma transformação rápida: choque, dor, um desejo profundo e, por fim, uma aceitação serena e perversa.

- Eu te amo assim - ele confessou. - Completamente minha. E completamente... Oferecida. É um presente que eu embrulho com as minhas próprias mãos. E você volta. Você sempre volta pra mim, não é, amorzinho?

Havia uma fissura na voz dele, uma necessidade profunda de confirmação no meio daquele teatro doentio.

- Sempre, meu amor - respondi, e naquele instante, era a única verdade inabalável. Ninguém mais me possuía daquele jeito.

Ele puxou meu rosto para um beijo, não de paixão cega, mas de posse solene. Um selo. Quando se afastou, seus olhos estavam límpidos e determinados.

- Então vamos - disse, entrelaçando seus dedos aos meus.

A casa estava silenciosa, o ar pesado com a ausência de Dona Rosa e a expectativa do que viria. Na sala de jantar, a mesa posta com a fina porcelana da família parecia um cenário de peça. Quando a campainha tocou, meu estômago deu um nó.

Davi era alto, mais alto que o Sr. Carlos, com os ombros largos de quem frequenta a academia não por hobby, mas por disciplina. O cabelo era loiro claro, quase platinado, cortado com precisão militar. E os olhos... Olhos verde claros, do tipo que parece ver através de alguém.

- Davi, meu rapaz! - Sr. Carlos o abraçou com uma força que não usava com o próprio filho.

- Tio Carlos! Obrigado pelo convite - a voz de Davi era calma, bem modulada, sem sotaque.

Seus olhos verdes passaram por Arthur com um breve aceno de cabeça, um cumprimento formal, vazio.

Então, os olhos de Davi pousaram em mim. Não foi um olhar de desejo imediato e sujo. Foi uma avaliação. Ele percorreu cada centímetro do meu corpo, da regata transparente que mal continha meus seios até a legging preta que colava como uma segunda pele.

- Você deve ser a Eduarda - disse, estendendo a mão. Sua pele era lisa, a mão grande e forte. - Arthur sempre teve bom gosto.

O aperto foi firme, não prolongado, mas deixou uma marca. Minha buceta começou a latejar ali mesmo, só de estender a mão pra aquele homem.

O jantar começou. Sr. Carlos conduzia a conversa com maestria, falando de negócios, de investimentos, coisas que faziam os olhos de Davi brilharem e os de Arthur se voltarem para o prato. Ao gesticular enquanto contava uma história, Sr. Carlos derrubou o copo de vinho tinto, que caiu ao lado da cadeira de Davi.

- Que descuido! - exclamou ele, sem nenhuma urgência real. - Norinha, querida, você pode trazer um pano pra limpar isso?

Fui até a cozinha, rebolando, minha bunda marcada na legging. Peguei um pano e um balde pequeno, e voltei para a mesa de jantar.

Não havia como fazer isso com dignidade. Sr. Carlos estava fazendo eu oferecer uma visão privilegiada da minha bunda gigante pro Davi. Fiquei de quatro no chão da sala de jantar enquanto limpava o chão.

O silêncio foi absoluto. Eu podia sentir o olhar de Davi fixo no meu rabo empinado a meio metro dele.

Arrisquei um olhar para Arthur. Ele estava sentado à mesa, imóvel. Seu rosto estava pálido, mas seus olhos estavam escuros, dilatados, fixos em mim. Na cena. Na posição. Na humilhação que ele mesmo havia vestido.

Terminei de limpar e me levantei, minhas pernas bambas, evitando o olhar de todos. Quando me sentei, Davi ainda não tinha desviado os olhos. Ele os tinha agora fixos no meu decote, onde meu peito subia e descia ofegante.

Foi então que Sr. Carlos ergueu outra taça de vinho.

- Sabe, Davi... - começou ele, com um tom nostálgico e pesado. - Lembro que você e o Arthur eram inseparáveis. Caçavam passarinhos, jogavam bola no quintal... Era uma amizade linda de se ver.

Arthur franziu a testa, confuso com a direção da conversa. Davi manteve a expressão neutra, mas seus olhos ficaram alertas.

- A vida nos afasta, não é? - continuou meu sogro, com um suspiro teatral. - Desentendimentos... Mulheres... - sua pausa foi carregada, e ele olhou diretamente para Arthur. – Mas eu acredito que está na hora de deixar o passado onde ele deve ficar. No passado. E nada melhor para cicatrizar velhas feridas do que um gesto de confiança total. De generosidade absoluta.

Ele colocou a taça na mesa e se virou para Arthur, seu olhar era uma ordem disfarçada de expectativa paternal.

- Arthur, meu filho. Acho que você, como homem, como anfitrião, e como aquele que superou tudo isso... Deveria ser o primeiro a estender a mão. A oferecer o sinal de que não há mais rancores. O que você acha?

Arthur engoliu em seco. A armadilha estava armada. Ele olhou para mim, seus olhos suplicando uma saída que não existia, e então para Davi. A sala ficou em silêncio. Finalmente, com a voz rouca e tensa, ele falou:

- Davi... O que aconteceu com a Isabel... Está esquecido. Eu... eu quero mostrar que superei. Por isso... - ele fechou os olhos por um segundo, como se buscasse coragem, e então os abriu, fitando o vazio à frente. - Eu te ofereço a Eduarda. Para esta noite. Como um presente. Um gesto de... Boa vontade.

Davi ficou completamente imóvel. Os olhos verdes, antes calculistas, agora estampavam puro choque. Ele olhou para Arthur como se o visse pela primeira vez, depois para o Sr. Carlos, buscando uma piada que não estava lá.

- Arthur, Tio Carlos... - a voz dele perdeu força. – Isto é... Inapropriado. Eu tenho esposa, filhos. Vocês sabem disso.

- Ah, não se preocupe! - disse Sr. Carlos, abanando a mão. - Isso é entre homens, Davi. Discreto. Um acerto de cavalheiros. Me diz, o que achou da Eduarda?

Davi foi pego desprevenido. Seu olhar involuntariamente escorregou para mim, percorrendo a regata transparente, a legging obscena. Ele lutou para manter a compostura.

- Ela é... muito bonita. Obviamente - respondeu, a voz contida, quase ríspida.

- Bonita é pouco, meu rapaz! - riu Sr. Carlos, como se estivessem avaliando um cavalo de corrida. - Vamos aos detalhes, que é onde está o valor. Os seios, por exemplo. Dá pra ver que são grandes, naturais... Você acha que são firmes? Parecem pesados?

Arthur engasgou com seu vinho. Davi ficou ainda mais pálido, seus olhos verdes cravados no sogro, entendendo o jogo perverso. Ele estava sendo forçado a participar.

- São... impressionantes, realmente - Davi forçou as palavras para fora, sua voz agora um sussurro áspero.

- E essa cintura, e o quadril? - Sr. Carlos continuou, seu olho brilhando com malícia. - Você viu a proporção? Acho que você viu, quando ela limpou o chão. A bunda... – ele fez uma pausa dramática, saboreando cada sílaba. - O que você pode dizer sobre a bunda da Eduarda, Davi?

Davi fechou os olhos por um segundo. Quando os abriu, alguma coisa havia mudado. A resistência moral tinha se dissolvido, substituída por uma frieza cínica e um desejo agora liberado pela perversidade da situação. Ele encarou o Sr. Carlos.

- É muito grande. Redonda. Parece... macia. Quando ela se inclinou no chão pra limpar... - a voz dele baixou, tornando-se mais íntima, como se confessasse um pecado só para o Sr. Carlos, mas todos ouviam. - Dava pra ver o contorno perfeito. A costura toda enterrada... E a maneira como balançou quando ela se mexeu para limpar... – ele cortou a frase, como se tivesse ido longe demais, mas o estrago estava feito. Seu rosto estava corado, mas seus olhos brilhavam com a memória vívida.

Arthur parecia estar sufocando, mas minha buceta estava pulsando, latejando de tesão.

- Maravilhoso! A sinceridade é a base de qualquer bom entendimento - declarou, se levantando. - Arthur, meu filho, acho que nossa presença aqui se tornou um pouco desnecessária. Que tal irmos à adega escolher algo para celebrar essa nova fase? Vamos deixar os dois se conhecerem melhor.

Ele colocou a mão no ombro de Arthur, que se levantou como um sonâmbulo, seus olhos vidrados em mim por um último instante, um olhar de dor, de admiração e de uma luxúria profunda. Então, ele se virou e seguiu o pai para fora da sala.

A porta se fechou com um clique suave.

Davi me olhava com curiosidade.

- O que acha de a gente ir pra sala, conversar um pouco? - ele sugeriu.

Eu assenti, e fui andando na frente, fazendo questão de rebolar a bunda que ele com certeza não conseguia parar de olhar.

Nos sentamos no sofá da sala, lado a lado.

- Eu preciso admitir - Davi começou, quebrando o silêncio, seus olhos fixos nos meus. - A oferta do Arthur me surpreendeu. Nunca imaginei que isso poderia acontecer.

Havia uma ponta de genuína perplexidade nele, misturada à cautela de um predador que suspeita de uma armadilha.

- É porque você não entende o jogo ainda, Davi - eu disse. - O Arthur... Ele gosta de me ver com outros homens. De ver os homens me desejando.

Vi o choque passar pelos olhos verdes de Davi, seguido por um rápido processo de raciocínio. A repulsa inicial deu lugar a um fascínio perverso.

- Ele gosta?

- Gosta - confirmei. - Não só isso, ele ama. Fica com o pau latejando só de imaginar. Quanto mais você me quiser, quanto mais você me fizer gemer... Mais ele vai adorar. É o maior tesão dele. Ser... bem, você sabe.

- Um corno - Davi completou, a palavra saindo crua e pesada, mas sem julgamento agora. Era um fato.

- Então... - ele disse, seu sorriso agora largo e desimpedido, um sorriso de quem acabou de ganhar na loteria sem precisar comprar o bilhete. - Se eu te comer até você gritar, se eu deixar essa bunda gigante toda marcada da minha mão... Eu estou fazendo um favor ao Arthur. É isso?

- É exatamente isso - respondi sorrindo maliciosamente.

Foi quando o som de um passo no corredor nos fez congelar. Através da fresta da porta, a silhueta de Arthur, paralisada, ouvindo cada palavra.

- Vem, amor - eu o chamei. - Senta aqui na sala com a gente.

Arthur entrou na sala com os passos arrastados e o volume crescendo em sua calça. Quando se sentou em uma poltrona bem de frente ao sofá, ele não conseguiu tirar os olhos da cena que se desenrolou.

Davi, sem dizer uma palavra, começou a me beijar com intensidade. Seu beijo era molhado, sua língua se enrolava na minha com ferocidade. Uma de suas mãos agarrou minha bunda enquanto a outra abaixou o decote da regata, deixando meus peitos pularem pra fora.

Davi se afastou por um segundo, seus olhos verdes brilhando com malícia. Ele olhou para Arthur, depois de volta para mim.

- Parece que ele está gostando - disse, alto o suficiente para Arthur ouvir. - Vamos dar mais do que ele quer ver.

(N.A.: Eu ia colocar o restante da cena nessa parte, mas achei que já estava muito comprido o capítulo. Arthur está sendo cada vez mais corno, e amando isso cada vez mais. O que estão achando da história até agora?)

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Comentários

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É caminhão sem freio ladeira abaixo...

Nada para até destruir tudo...

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Gostaria que ela ficasse com o Sogro e o cunhado na frente do corno um metendo no rabo dela e outro na buceta deixando ela alagada de gala

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Caminho sem volta....a norinha vai dar faceira e se apaixonar?

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Cada dia melhor !!! 3u me sinto a Eduarda em todos os capítulos amando

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Foda demais ele dar a mulher atual para o cara que roubou a ex-mulher dele, que o fez sofrer. E tudo isso sendo convencido pelo pai, que come a mulher atual dele às escondidas.

É muita humilhação, po. A humilhação dele é o que dá tesão ao pai e ao Davi. Cruel demais.

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A humilhação é o que dá tesão a ele próprio também, kkkkk.

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Sim, mas a humilhação durante o sexo por ele aceitar ser corno, tudo bem.

Só que a humilhação tá sendo além do sexo, é por tudo, é pelo pai que prefere o Davi aos filhos, é pelo pai estar comando a mulher às escondidas sem ele saber, sem ele sonhar. Acho isso foda com nosso protagonista.

Sobre Isabel, eu tenho até uma teoria agora: o pai meio que armou pro Davi roubar Isabel do Arthur pq não gostava dela e não queria ver ela com o filho. Talvez, ele pense diferente em relação a namorada atual.

Em tempo, por favor, isso não foi uma crítica a história. Tô achando ela perfeita.

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A história não está só perfeita, mas esse proibido me dá um tesão danado, admito kkkk

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Eu sinto muito pelo Arthur. Acho que ele está sendo mais que humilhado já, espero que ele consiga sair dessa teia que estão armando pra cima dele e fugir dessa família. Ele vai perder mais uma mulher, só que dessa vez será pro perverso do pai. Lamento por ele.

Em tempo, a história está incrível e excitante. Três estrelas. Ansioso pelo próximo capítulo.

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