O Início das Mudanças.

Da série Eu e Mamãe
Um conto erótico de Anakin
Categoria: Heterossexual
Contém 2338 palavras
Data: 06/12/2025 17:03:38

### Capítulo 1

Meu nome é Lucas, tenho 22 anos agora, e vivo com minha mãe, Ana, em uma casa simples no subúrbio de São Paulo. É uma casa velha, com paredes descascando um pouco nas bordas e um quintal pequeno onde ela tenta manter um jardim de flores que sempre luta contra o sol forte. Meu pai nos abandonou quando eu tinha apenas 5 anos. Lembro vagamente dele: um homem alto, com bigode grosso, que cheirava a cigarro e óleo de motor, trabalhando como mecânico em uma oficina barulhenta. Um dia, ele discutiu feio com a mamãe sobre dinheiro – gritos ecoando pela casa pequena, pratos batendo na mesa –, pegou uma mala velha e surrada e saiu porta afora sem olhar para trás, o motor do carro velho tossindo enquanto se afastava pela rua empoeirada. Nunca mais voltou, nem mandou uma carta, um telefonema ou um centavo. Cresci ouvindo dela que "ele não era homem para nós", com uma voz que misturava raiva contida e tristeza profunda, e com o tempo, parei de perguntar. Era só nós dois contra o mundo, e ela se tornou minha âncora, minha heroína, o farol que me guiava em noites escuras de dúvida.

Desde pequeno, mamãe foi tudo para mim. Aos 45 anos hoje, ela ainda é uma mulher impressionante: cabelos castanhos ondulados que caem até os ombros, com alguns fios brancos que ela pinta de vez em quando para "manter a juventude", olhos verdes que parecem ler minha alma, e um corpo curvilíneo que carrega as marcas de uma vida dura – quadris largos de quem carregou o peso da casa sozinha, seios fartos que ela disfarça com blusas soltas no dia a dia, e uma pele morena que bronzeia fácil no sol brasileiro. Ela trabalha como professora de português em uma escola pública, acordando às 6 da manhã todos os dias para preparar aulas, corrigir provas e lidar com alunos barulhentos. Lembro de quando eu era criança, com 6 ou 7 anos, voltando da escola com a mochila pesada nas costas, o cheiro de giz e suor infantil grudado na roupa, e encontrando-a na mesa da cozinha, rodeada de cadernos amontoados, com um café forte na xícara velha lascada e um sorriso cansado, mas sempre genuíno, só para mim. "Como foi o dia, meu amorzinho?", ela perguntava, me puxando para um abraço apertado que cheirava a giz, perfume barato de lavanda e um toque sutil de suor do dia exaustivo. Eu me aninhava no colo dela, sentindo o calor macio da sua barriga contra minha bochecha, o coração batendo ritmado como uma canção de ninar, e contava sobre as brincadeiras no recreio ou as lições chatas de matemática. Aqueles momentos me faziam sentir seguro, amado incondicionalmente, como se o mundo lá fora – com suas ruas barulhentas de carros buzinando e vizinhos gritando – não pudesse nos tocar.

Naqueles tempos de infância inocente, nosso vínculo era puro e profundo. Eu era um menino magrinho, com joelhos esfolados de jogar bola na rua de terra, o sol queimando a pele e o suor escorrendo pelos olhos enquanto corria atrás da bola velha. Mamãe me via da janela, rindo e acenando, e à noite, depois do jantar simples – arroz cozido no fogão a gás, feijão temperado com alho frito cujo aroma preenchia a casa inteira, e talvez uma carne moída se o dinheiro desse –, ela me contava histórias de fadas ou lia livros velhos que pegava na biblioteca da escola, as páginas amareladas cheirando a mofo e aventura. Eu deitava a cabeça no colo dela no sofá puído, sentindo o tecido áspero contra a pele, o calor do corpo dela me envolvendo como um cobertor, e adormecia ali, com ela passando os dedos suaves no meu cabelo desgrenhado, cantando baixinho uma música antiga que falava de amor eterno. Não havia nada de estranho nisso; era só amor de mãe e filho, um laço forjado na ausência do pai, cheio de emoção crua – eu me sentia o centro do universo dela, e ela, o meu tudo.

Mas conforme eu crescia, as coisas mudavam devagar, quase imperceptivelmente, especialmente durante a puberdade. Aos 12 anos, comecei a mudar: a voz engrossando de forma irregular, espinhas surgindo no rosto como intrusos indesejados, e um crescimento repentino que me deixava desajeitado, tropeçando nos próprios pés. O corpo se transformava, e com ele, vinham sensações novas – um formigamento constante, sonhos estranhos à noite que me faziam acordar suado e confuso, lençóis úmidos de algo que eu mal entendia. Comecei a notar as meninas na escola: o jeito como riam, o perfume doce que usavam, as curvas se formando sob as blusas do uniforme. E, inevitavelmente, comecei a notar mamãe também, de um jeito que me enchia de culpa. Uma vez, aos 13 anos, flagrei-a trocando de roupa no quarto dela, a porta entreaberta por acidente – o rangido da madeira velha me alertou, mas eu parei no corredor escuro. Vi o contorno das suas curvas nuas por um segundo: a pele morena brilhando à luz fraca da lâmpada, os seios pesados balançando levemente enquanto ela vestia uma camisola fina, o cheiro de sabonete floral vazando pelo ar. Meu coração disparou, um calor subindo pelo peito e descendo para a virilha, e eu senti uma ereção involuntária, dura e insistente contra a calça. Corri para o banheiro e me tranquei lá, a respiração ofegante, o espelho embaçado refletindo meu rosto vermelho de vergonha. "É normal, Lucas, todo mundo passa por isso", eu me convencia, lavando o rosto com água fria que picava na pele, mas evitava pensar nela desse jeito, reprimindo os pensamentos com força, focando nos estudos ou nos amigos. Emocionalmente, era uma montanha-russa: eu me sentia culpado por esses vislumbres, mas também mais próximo dela, como se compartilhássemos um segredo involuntário na casa apertada.

Aos 16, veio meu primeiro namoro de verdade, com uma menina da turma chamada Sofia – uma garota de cabelos pretos cacheados, olhos castanhos curiosos e um sorriso tímido que me fazia derreter. Nós nos conhecemos na aula de matemática, trocando olhares durante as explicações chatas do professor, e um dia, no recreio, sob o sol quente que fazia o pátio cheirar a asfalto aquecido, eu reuni coragem e a convidei para um sorvete na lanchonete da esquina. Nosso primeiro beijo foi desajeitado, atrás da quadra da escola, com gosto de chiclete de menta e nervosismo, minhas mãos suadas segurando as dela. Namoramos por uns seis meses: passeios no parque, onde sentávamos em bancos de madeira lascada, conversando sobre sonhos – eu falava de querer estudar programação, fascinado por computadores desde que mamãe comprou um PC velho para eu brincar, codificando joguinhos simples em Python que piscavam na tela verde; ela sonhava em ser artista. Fazíamos amor pela primeira vez em um motel barato, aos 17, o quarto cheirando a cigarro velho e lençóis lavados com sabão em pó, corpos desajeitados explorando um ao outro com toques hesitantes, o coração batendo forte de excitação e medo. Mas mamãe... ah, mamãe percebia tudo. Ela aprovava superficialmente, com um sorriso forçado quando eu contava sobre Sofia, dizendo "Que bom, filho, ela parece uma menina legal", mas eu via um ciúme sutil nos olhos verdes dela, uma sombra de possessividade. Quando eu saía para passear, ela ficava mais quieta em casa, o jantar pronto mais cedo, como se quisesse me prender com o aroma acolhedor de comida caseira. Uma vez, depois de uma briga com Sofia, voltei para casa chorando, e mamãe me abraçou forte no sofá, o corpo dela pressionado contra o meu, sussurrando "Você merece alguém que te valorize de verdade, meu amor", com uma emoção profunda na voz, como se aliviada por eu estar de volta só para ela. Emocionalmente, aquilo me confundia: eu amava Sofia, mas o laço com mamãe era mais profundo, enraizado em anos de dependência mútua.

Nossa casa era pequena, só dois quartos, uma sala-cozinha e um banheiro, então a privacidade era mínima. Eu ouvia ela se movimentando à noite, o ranger da cama velha, e às vezes imaginava o que ela fazia sozinha, aqueles suspiros baixos que ecoavam pelo corredor fino. Mas reprimia esses pensamentos, focando nos estudos para entrar na faculdade de ciência da computação. Ela me incentivava tanto: "Você vai ser o primeiro da família a se formar, filho. Um programador brilhante! Vou me orgulhar tanto!", dizia, os olhos brilhando de orgulho misturado a uma ponta de melancolia, como se soubesse que eu crescia e me afastava. E eu me formei aos 22, graças aos sacrifícios dela – noites sem dormir corrigindo provas extras para pagar as mensalidades da faculdade particular, onde aprendi a codificar algoritmos complexos, debuggar códigos que travavam à meia-noite, o brilho da tela do laptop iluminando meu quarto escuro.

Não sei exatamente quando esses sentimentos proibidos começaram a brotar de verdade, mas foi nos últimos meses, depois da formatura. Admito, comecei a notar mamãe de um jeito diferente, mais intenso. Talvez fosse a proximidade forçada, com eu em casa o dia todo procurando emprego online como programador júnior, enviando currículos para vagas em startups de tech que prometiam home office e salários razoáveis, o clique do mouse ecoando no silêncio da casa. Ou talvez fosse a idade: eu, um jovem adulto, cheio de hormônios e frustrações de rejeições em entrevistas; ela, uma mulher madura, sozinha há anos, sem namorados que eu soubesse, dedicando-se inteiramente a mim. Tudo mudou de vez no verão passado, há uns seis meses. O calor em São Paulo era infernal, daqueles que fazem o asfalto derreter e o ar ficar pesado como uma manta úmida, o suor grudando na pele como uma segunda camada. Nossa casa não tinha ar-condicionado – luxo que não cabia no orçamento –, só um ventilador velho que zumbia como um enxame de abelhas irritadas, soprando ar quente e reciclado. Mamãe usava roupas leves para aguentar: shorts curtos de algodão que subiam nas coxas quando ela se movia, regatas finas que grudavam na pele suada, revelando o contorno do sutiã ou, às vezes, sem ele nos dias mais quentes, o tecido úmido marcando os mamilos de forma sutil.

Eu tentava ignorar, me distraindo com códigos no laptop – escrevendo scripts em Python para automatizar tarefas bobas, o teclado clicando ritmadamente –, ou séries na TV velha da sala, mas era difícil. Um dia, cheguei da rua depois de uma entrevista de emprego frustrante – o recrutador disse que eu era "jovem demais" para o cargo de desenvolvedor full-stack, apesar do meu portfólio de projetos open-source. O sol batia forte, e eu suava em bicas, o cheiro de poluição urbana grudado na camisa. Entrei pela porta dos fundos e a encontrei na cozinha, inclinada sobre a pia lavando a louça do almoço. Seu short jeans apertado realçava as curvas das nádegas, firmes apesar da idade, com uma marquinha de sol aparecendo na borda, o tecido esticado emitindo um leve rangido ao se mover. A regata branca estava úmida de suor, colando no corpo e tornando o tecido quase transparente nas costas, mostrando a linha da coluna e as alças do sutiã, o aroma de detergente de limão misturado ao suor dela – um cheiro terroso, feminino – enchia o ar úmido. Meu coração acelerou de repente, como se eu tivesse corrido uma maratona, um calor estranho no estômago subindo como uma onda de náusea misturada a desejo, a respiração ficando curta. "Ei, filho, chegou cedo hoje? Como foi a entrevista?", ela disse, virando-se com um sorriso inocente, limpando as mãos no pano de prato desgastado, os olhos verdes cheios de esperança e preocupação maternal. Seus cabelos úmidos grudavam na nuca, e eu mal conseguia responder, o peito apertado de emoção confusa. Murmurei algo incoerente sobre o trânsito engarrafado na Marginal, os carros buzinando na memória, e subi correndo as escadas rangentes para o meu quarto, trancando a porta atrás de mim com um clique seco. Deitei na cama desarrumada, o coração ainda disparado, confuso com o que sentia – uma mistura de excitação proibida e culpa profunda, como se traísse o laço sagrado que nos unia. "Por que isso agora? Ela é minha mãe, caramba", pensei, apertando os punhos contra o colchão macio, tentando acalmar a respiração acelerada.

Naquela noite, jantei com ela como sempre fazíamos – uma rotina sagrada, sentados à mesa de madeira gasta, com o ventilador zumbindo e soprando ar quente. Ela preparou macarrão com molho de tomate caseiro, o cheiro ácido e acolhedor preenchendo a casa inteira, misturando-se ao suor do dia. Conversamos sobre o dia: eu contei da entrevista ruim, a voz trêmula de frustração; ela reclamou dos alunos bagunceiros na escola, mas rimos de uma piada boba que passou na TV durante o jornal, o som da risada dela ecoando como música. Mas enquanto ela falava, animada com as mãos gesticulando – mãos delicadas, com unhas curtas e práticas, sem esmalte, veias sutis aparecendo na pele morena –, eu observava seus lábios se movendo, cheios e rosados, imaginando o gosto deles, macio e quente. O modo como ela mordia o lábio inferior quando pensava, ou como ria jogando a cabeça para trás, expondo o pescoço suave com gotas de suor brilhando. Depois do jantar, ajudei a lavar a louça, roçando acidentalmente no braço dela, sentindo a pele quente e macia, um choque elétrico subindo pelo meu braço. Ela foi tomar banho, e eu ouvi a água correndo no banheiro apertado, o som ecoando pela casa fina como um sussurro tentador. Imaginei-a ali, nua sob o chuveiro fraco, a água escorrendo pelos cabelos molhados, descendo pelos seios, pela barriga levemente arredondada, entre as pernas... Sacudi a cabeça com força, me sentindo culpado como nunca, o peito apertado de remorso emocional. "Isso é loucura, Lucas. Ela é sua mãe, a mulher que te criou sozinha", pensei, apertando os olhos fechados no escuro do quarto. Mas o pensamento persistia, como uma semente plantada no fundo da mente, regada pelo calor do verão, pela solidão compartilhada e pelas memórias sensoriais que nos ligavam desde a infância. Eu não sabia ainda, mas aquela era só a faísca inicial de algo que mudaria tudo entre nós, um fogo lento acendendo emoções profundas e proibidas.

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