"Aumenta o volume", ela pediu, com um sorriso que só eu conhecia. Meu laptop estava aberto na mesa da sala, a tela dividida em quadrados de colegas entediados enquanto o chefe falava sobre metas trimestrais. Ana, de pernas cruzadas no sofá de linho branco, observava-me com os olhos meio fechados, a ponta da língua pressionando o canto dos lábios. Eu sabia o que aquilo significava—e sabia também que, em algum momento, ela faria algo impensável.
Seus dedos começaram a percorrer a borda da saia, subindo devagar, quase acidentais, como se fossem apenas um ajuste no tecido. Mas eu via a dilatação das pupilas dela, a respiração que se aprofundava enquanto a ponta dos dedos esbarrava na cueca por baixo do tecido. O ar-condicionado zumbia, mas eu já sentia o calor irradiando do corpo dela, misturado ao cheiro do perfume que ela passara atrás das orelhas antes da reunião.
"Você vai responder ou não?" O chefe apontou pra mim na tela. Ana soltou uma risadinha abafada, os dedos agora pressionando levemente o próprio quadril, como se estivesse apenas alongando os músculos. "Sim, claro", eu disse, tentando focar nas palavras enquanto via, pelo canto do olho, a mão esquerda dela deslizar por dentro da blusa, os dedos se contorcendo sob o tecido. A reunião continuava, mas meu pulso já acelerava, a garganta seca.
Ela então esticou as pernas, os pés descalços encontrando o meu joelho debaixo da mesa. Os dedos dos pés dela subiram pela minha calça, devagar, enquanto a outra mão—a que eu não conseguia ver direito—desaparecia por completo sob a saia. Ana mordeu o lábio inferior, os olhos fixos nos meus, e eu sabia exatamente o que ela estava fazendo. O pulso, o ritmo, a pressão. Tinha aprendido tudo aquilo comigo. "Alguma dúvida?", perguntou alguém no Zoom. Só consegui balançar a cabeça.
Entre um slide e outro, Ana afundou-se um pouco mais no sofá, a respiração dela mais audível agora, quase saindo em suspiros curtos. O pé esquerdo dela agarrou a barra da minha calça, puxando levemente enquanto os dedos da mão direita—eu jurava que conseguia ouvir—esfregavam algo úmido por baixo do tecido. A boca dela se abriu, só um pouco, e eu senti o meu próprio corpo responder, o sangue correndo para onde não devia enquanto eu tentava manter a expressão neutra.
"Você tá prestando atenção?", ela sussurrou, fingindo ajustar um brinco. A voz dela vinha carregada de desafio, e eu vi, então, a ponta dos dedos dela emergirem por um instante—brilhantes—antes de sumirem de novo. Meu quadrículo na tela do Zoom devia parecer normal, mas eu sentia cada músculo do meu corpo tenso, cada fio de atenção dividido entre a apresentação inútil e o espetáculo silencioso a meio metro de mim.
Foi quando ela arqueou as costas, só um pouco, quase imperceptível, e eu vi a contração nos músculos da coxa dela. Seu pé pressionou o meu joelho com mais força, os dedos dos pés se agarrando como se quisessem enterrar-se na minha pele. Ela prendeu a respiração por um segundo longo demais—e então soltou, devagar, os lábios formando uma palavra que eu li mais do que ouvi: "*Seu*". O resto ficou no ar, mas eu sabia o que significava. Sabia, e queria.
A blusa dela subiu um pouco, revelando uma faixa de pele logo acima da saia, e ali, onde o ventre encontrava o quadril, vi o movimento rápido dos músculos sob a pele, a tensão ritmada que ela não conseguia mais esconder. A mão dela desaparecia sob o tecido, indo e vindo com uma urgência que me fez engolir seco. Alguém na tela falou algo sobre "indicadores chave", mas tudo o que eu conseguia pensar era nos dedos dela, na forma como deviam estar entrando e saindo agora, úmidos, rápidos, tão próximos de mim e tão longe.
Ana fechou os olhos por um instante, e quando os abriu de novo, havia algo selvagem neles, uma fome que me deixou sem ar. Seu pé subiu pela minha perna, o dedão desenhando círculos no meu quadril por cima do tecido, enquanto a outra mão—Deus, eu podia *ouvir* o som abafado agora—se movia mais rápido. Ela mordeu os lábios, impedindo um gemido, mas não conseguiu evitar que os seios subissem e descessem com a respiração acelerada. A saia se agitou, revelando um instante de coxa tensa antes que o tecido caísse de novo.
O chefe perguntou algo direto pra mim. Ana olhou, esperando. Eu abri a boca, sem saber se ia conseguir falar, quando ela—com um movimento calculado—puxou a saia para o lado, só o suficiente para eu ver o que estava acontecendo por baixo. O flash de pele, os dedos dela mergulhando, a umidade escorrendo pela coxa. E então, antes que eu pudesse reagir, ela pressionou dois dedos contra os lábios e os levou à boca, os olhos nunca deixando os meus. "Sim, concordo plenamente", eu disse, a voz rouca, enquanto ela sorria e começava tudo de novo.
A reunião continuava, mas eu já não via os slides, só o pulso acelerado no pescoço dela, a veia saltando levemente enquanto ela se apertava por dentro. Seu pé deslizou pela minha coxa até o meu colo, pressionando exatamente onde eu mais queria—e ela sabia disso, sabia que eu não podia me mexer, que estava preso naquela cadeira, naquela tela, naquela mentira de profissionalismo. "Precisamos do seu input", alguém disse, e eu só conseguia pensar em como o corpo dela devia estar quente por dentro, como devia estar latejando contra os próprios dedos.
Ana então arqueou as costas de novo, mais desta vez, os seios se projetando contra a blusa, os mamilos duros sob o tecido. Eu via a contração do abdômen dela, os músculos se tensionando a cada movimento interno. Ela segurou o próprio pescoço, os dedos da outra mão acelerando—e eu juro que ouvi, mesmo que fosse só na minha cabeça, o som úmido e insistente que ela fazia consigo mesma. Seus lábios se separaram num suspiro que quase chegou a ser um gemido, mas ela mordeu o ar, contendo-se no último instante.
Foi quando ela fechou os olhos de repente, a boca se abrindo num "oh" silencioso, as pernas se esticando até ficarem quase retas. O corpo dela tremeu por um segundo, os músculos todos se contraindo de uma vez, e então—de forma quase cruel—ela parou. Abriu os olhos, molhados, e me olhou como se eu fosse a única pessoa no mundo. Seu pé apertou meu colo, prometendo coisas, enquanto ela começava tudo de novo, devagar agora, torturantemente devagar. "Você tá com a cara estranha", sussurrou, maliciosa. Eu não respondi. Não conseguia.
Ela então afundou os dedos com mais força, a saia se agitando levemente enquanto o quadril dela se movia num ritmo que eu conhecia melhor que minha própria assinatura. A pele do ventre dela estava corada, marcada pelas próprias unhas, e eu conseguia ver—entre as brechas do tecido—o reflexo úmido dos dedos dela indo e vindo. O cheiro dela, doce e ácido, me alcançou mesmo com o ar-condicionado ligado, e minha mão se fechou sozinha na borda da mesa, as articulações brancas. "Precisamos finalizar", disse alguém no Zoom, e eu quase ri. Ana também ouviu. Sua boca se curvou enquanto ela acelerava.
Agora era incontrolável. Seu corpo todo se contraía a cada pequeno movimento interno, os músculos das coxas saltando, os seios subindo e descendo rápido demais para fingir normalidade. Ela deixou escapar um som—um "ah" abafado e rouco—e então mordeu o pulso para silenciá-lo. Seus olhos se perderam por um segundo, a respiração presa, e eu sabia que ela estava lá, lá quase, quase lá. Seu pé me puxou de novo, exigindo atenção, enquanto os quadros no Zoom começavam a sair um a um, as despedidas profissionais ecoando como piada de mau gosto.
Foi então que ela me olhou fixo e—num ato de absoluta crueldade—levantou os dedos lentamente, molhados e brilhantes, e os passou ao longo do próprio pescoço, deixando um rastro úmido até a clavícula. Seus olhos não saíam dos meus enquanto fazia isso, os lábios entreabertos, o corpo ainda tremendo com os espasmos que ela tentava controlar. "Encerramos aqui", anunciou o chefe. Ana sorriu, os dedos ainda no próprio pescoço, e eu percebi, então, que a reunião tinha acabado—mas o jogo dela, não. Nunca.