O Flagra: Minha Esposa Santa Me Traiu - Cap. 03

Um conto erótico de Ramon66
Categoria: Heterossexual
Contém 1251 palavras
Data: 26/12/2025 07:54:51

A porta de metal pesado fechou com um *clank* seco que abafou o grave da pista como se alguém tivesse afogado o mundo inteiro. O silêncio que veio depois não era silêncio de verdade; era um zumbido de ouvido, um vácuo que fazia a própria pele parecer mais fina. O ar aqui era diferente: mais denso, mais quente, carregado com um cheiro que não era só sexo, mas sexo *velho* — suor seco em couro rachado, desinfetante barato tentando e falhando, e um fundo de mofo de parede que nunca viu sol.

Senti a mão da Estela apertar a minha com força, não de carinho, mas de aviso. *Não faça merda.*

Olhei para ela pela primeira vez desde que entramos. O roupão preto ainda cobria o corpo dela, mas agora parecia uma armadura falsa. O batom vermelho borrado no canto da boca dela brilhava sob a lâmpada fraca do teto — uma lâmpada amarela, suja de insetos mortos, que projetava sombras duras nos cantos do quarto.

O quarto não era um quarto. Era um escritório improvisado. Um sofá de couro marrom, rasgado no assento, expunha a espuma amarelada. Uma mesa de metal dobrável com um cinzeiro cheio de bitucas. Uma pia pequena com torneira pingando — *drip, drip, drip* — e um espelho rachado acima dela. Não havia janelas. O chão era de cimento cru, manchado de coisas que eu não queria identificar.

Douglas estava lá.

Ele estava sentado no sofá, de pernas abertas, as mãos grandes descansando nos joelhos. Usava uma camiseta branca apertada que marcava o peito musculoso e calça jeans preta. O rosto dele era quadrado, barba por fazer, olhos pequenos e frios que me avaliavam como se eu fosse um pedido de delivery complicado. O cheiro dele chegava até a porta — desodorante barato, suor masculino e um toque de maconha.

— Então esse é o marido — Douglas falou, e a voz dele era grave, sem surpresa. Ele já sabia. Claro que sabia.

Estela soltou a minha mão e caminhou até o sofá, sentando-se ao lado de Douglas com uma naturalidade que fez meu estômago se revirar. Ela cruzou as pernas, o roupão abriu um pouco mais, mostrando a coxa lisa e úmida de suor.

— Ele quer ver — Estela disse, e não era uma explicação, era uma sentença.

Douglas riu, um som curto e seco.

— Todo marido quer ver — ele disse. — Até não aguentar mais.

Senti a raiva subir, mas a raiva estava fria agora, calculada. Não era o fogo cego de antes. Era algo que fazia minha mandíbula travar e minhas mãos pararem de tremer. Olhei para Douglas, depois para Estela, depois para o quarto inteiro, e uma ideia começou a se formar — não uma ideia de homem traído, mas de homem que percebeu que ainda tinha uma carta.

Saquei o celular do bolso. A tela acendeu, iluminando meu rosto com uma luz azulada. Abri o aplicativo do banco.

— Quanto ela cobra por hora? — perguntei, e minha voz saiu mais firme do que eu esperava.

Douglas e Estela trocaram um olhar. Foi rápido, mas eu vi: surpresa. Eu tinha pego eles de lado.

— Por que? — Douglas perguntou, desconfiado.

— Porque eu quero comprar uma hora — eu disse. — Mas não dela.

Apontei o dedo para Estela, que recuou como se tivesse sido esbofeteada.

— Eu quero a Luna — completei.

Luna era o nome que eu tinha ouvido no bar. A "Novinha Premium". A de 19 anos, pele de porcelana, cabelo loiro platinado, seios naturais e firmes que desafiavam a gravidade de um jeito que o silicone da Estela nunca conseguiria. Eu a tinha visto dançando no palco principal, usando apenas uma tanga de cristais e salto agulha transparente. Ela era tão jovem que parecia ilegal. E era a mais cara.

— Você não tem dinheiro pra Luna — Estela disse, e a voz dela tinha um tom de deboche, mas havia algo por baixo: medo. Um medo pequeno, mas real.

Mostrei a tela do celular para Douglas. O saldo da minha conta aparecia lá: R$ 15.000,00. Era o dinheiro da reserva de emergência que eu tinha guardado para um carro novo. Agora, serviria para outra coisa.

— Quanto? — perguntei de novo, olhando apenas para Douglas, ignorando Estela completamente.

Douglas estudou a tela, depois me estudou. O homem era um negociador. Ele percebeu que o jogo tinha mudado.

— Mil e quinhentos a hora — Douglas disse. — Mas ela não faz programa. Só dança.

— Todo mundo faz programa pelo preço certo — eu disse, e a frieza da minha própria voz me assustou um pouco. — Eu pago três mil. Mas ela faz tudo. E você faz com ela. E a Estela assiste.

O silêncio que caiu no quarto foi tão denso que o *drip-drip* da torneira parecia um tambor.

Estela se levantou, o roupão abrindo completamente, revelando o baby doll vermelho colado ao suor.

— Você tá louco — ela disse, mas a voz falhou no meio.

— Você disse que isso aqui é trabalho — respondi, e finalmente olhei para ela. — Então vamos trabalhar. Eu sou cliente. Eu pago. Eu mando.

Douglas riu de novo, mas desta vez o riso tinha um tom diferente. Respeito. Ele sacou o próprio celular e digitou algo rápido.

— Vou chamar a Luna — ele disse. — Mas se ela não quiser, a brincadeira acaba aqui.

— Ela vai querer — eu disse. — Três mil reais é três mil reais.

Dois minutos depois, a porta abriu.

Luna entrou como se o quarto fosse dela. Ela usava um roupão branco curto, transparente, e por baixo um conjunto de renda branca que parecia feito de névoa. O cabelo platinado estava preso em um coque alto, deixando o pescoço longo e elegante exposto. Os seios dela eram pequenos, perfeitos, naturais, e os mamilos marcavam o tecido como balas. As pernas eram longas, finas, sem uma única variz, sem uma única estria. Ela tinha 19 anos e parecia 17. O cheiro dela era de maçã verde e álcool em gel — jovem, limpa, inatingível.

Ela olhou para Douglas, depois para Estela, depois para mim. Seus olhos eram verdes, grandes, e não tinham nenhuma emoção além de curiosidade profissional.

— Esse é o cliente? — Luna perguntou, apontando para mim com o queixo.

— Esse é o marido — Douglas corrigiu, e a palavra "marido" saiu como piada interna.

Luna olhou para Estela e um sorriso apareceu nos lábios dela. Um sorriso que não era doce. Era o sorriso de quem acabou de entender a piada e achou engraçado.

— Ah — Luna disse. — A esposa. Entendi.

Ela caminhou até o sofá, passou por Estela como se ela fosse móvel, e sentou-se no colo de Douglas. O movimento foi fluido, natural. Ela era leve como pena. Douglas passou a mão pela cintura dela, e a pele dele contra a pele dela fez um som seco, de atrito.

— Então — Luna disse, olhando para mim. — O que o senhor quer?

Senti o coração bater no peito como um soco. Eu não estava preparado para a beleza dela. Não estava preparado para a juventude. Mas a raiva, a humilhação, o ódio por Estela — tudo isso era um combustível que queimava frio no meu estômago.

— Eu quero que você dance para mim — eu disse. — E eu quero que ele te coma. E eu quero que ela — apontei para Estela, que estava pálida, os olhos arregalados — segure suas pernas abertas para mim.

Luna arqueou uma sobrancelha. Era a primeira emoção real que eu via no rosto dela: interesse.

— Três mil — ela disse. — Mas eu não faço nada com ela. Só com vocês.

— Você não precisa fazer nada com ela — eu disse. — Ela que vai fazer tudo por você.

~~~~~~~~

Continua…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive mandinha a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Caraca mano tensão nas alturas, super ancioso para o proximo capítulo que poderia ser um pouco mais longo rsrsrsr 3 estrelas

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom. Só não entendi o fato dele pagar 3.000 pra outro transar com novinha.

0 0