Risos em Copacabana

Um conto erótico de Sr.Cócegas nos Pés
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2145 palavras
Data: 24/12/2025 11:35:56
Última revisão: 24/12/2025 11:45:22

O quarto 402 do hotel em Copacabana parecia pequeno demais para a personalidade — e para as curvas — de Silvinha. Ela era uma mulher de presença solar, com o tipo de corpo que os poetas antigos chamariam de "violão", mas que a musculação moderna apenas deixou mais firme e imponente. Seus quadris eram largos, sustentando uma cintura que, embora marcada, era macia e convidativa. Ela exibia pernas potentes e torneadas, que terminavam em pés proporcionalmente grandes e largos, com solas morenas de pele impecável. Seus cabelos castanhos eram volumosos, emoldurando um rosto de traços cheios, lábios carnudos e olhos que estavam sempre prontos para uma travessura.

​Ao lado dela, Afonso parecia ter sido desenhado com uma régua. Ele era um homem de meia-idade magro, com ombros levemente caídos e uma postura rígida de quem carregava o peso de todos os impostos do país nas costas. Seu rosto era longo, com um nariz aquilino onde óculos de leitura viviam empoleirados. Ele usava um pijama de linho cinza, engomado e abotoado até o último milímetro sob o queixo, escondendo uma pele pálida que raramente via a luz do dia.

​— "Silvinha, você notou que nos cobraram dois mixes de castanhas, mas só consumimos um? Isso é uma inconsistência de 15% na margem de gastos extras," — disse ele, ajeitando os óculos com o dedo indicador.

​Silvinha, que estava terminando de calçar uma sandália rasteira que mal continha a largura de seus pés, soltou uma risada que fez as cortinas do quarto balançarem.

​— "Ah, Afonsinho! Deixa as castanhas pra lá!" — Ela se levantou, a saída de praia neon contrastando com a palidez do marido. — "Eu vou descer para a piscina. O hotel está vazio e eu quero ver se o meu bronzeado de 'picolé de manga' finalmente aparece."

​Ela deu um beijo barulhento na bochecha de Afonso e saiu rebolando, cada passo fazendo o chão vibrar levemente, enquanto o marido suspirava, voltando para suas notas fiscais.

​O bar da piscina era um oásis de mármore e palha, exalando um perfume de cloro misturado com hortelã. Silvinha chegou fazendo barulho; o som de suas rasteiras batendo contra o piso de pedra era como um metrônomo que anunciava a chegada de uma rainha tropical. Ela se acomodou em um banco alto, suas coxas fartas e firmes pressionando levemente o assento de couro, enquanto pedia uma água de coco gelada.

​Ao seu lado, um senhor que parecia ter saído de um comercial de aveia observava o horizonte. Seu Juvêncio era a imagem da inocência: um homem pequeno, de ombros estreitos cobertos por uma camisa de algodão branca, óculos de grau que aumentavam seus olhos gentis e um ralo de cabelos brancos que pareciam nuvens de algodão.

​— "O dia está radiante, não é, minha filha?" — ele disse, com uma voz trêmula e acolhedora, típica de quem passou a vida distribuindo balas para os netos.

​Silvinha, que tinha um coração maior que seus quadris, sorriu de orelha a orelha.

— "Maravilhoso, Seu...?"

​— "Juvêncio. Só um velho turista tentando não derreter sob o sol do Rio," — ele respondeu, com um ar tão inofensivo que Silvinha relaxou os ombros na mesma hora.

​— "Pois o senhor está certíssimo! Eu sou a Silvinha. Vim com meu marido, o Afonso, mas ele ficou lá em cima contando os clipes de papel do hotel, se deixar!" — Ela soltou uma gargalhada vibrante, fazendo o balcão tremer levemente.

​— "Ah, a juventude... sempre tão preocupada com números! A vida é feita de momentos, Silvinha. Momentos de... alegria!" — No que ele disse isso, Seu Juvêncio esticou uma mão que parecia frágil, mas que tinha pontas de dedos estranhamente ágeis.

​Com um movimento de "pinça" rápido e preciso, ele deu dois toques curtos nas costelas de Silvinha, bem no vão da cintura onde o biquíni encontrava a pele morena.

​— "HIHIHI!" — Silvinha deu um solavanco lateral, quase derrubando a água de coco. — "Ai, Seu Juvêncio! O senhor é uma figura! Que susto!"

​— "Ora, um pouquinho de cócega não mata ninguém! Só para testar se essa moça bonita é tão bem-humorada quanto parece," — ele piscou, com um olhar de "vovô travesso" que desarmou qualquer desconfiança de Silvinha.

​Ela riu, achando a brincadeira inofensiva e até carinhosa. Mal sabia ela que aquele toque na cintura fora apenas um "reconhecimento de território". Seu Juvêncio já tinha notado, com olhos clínicos, a sensibilidade extrema daquela mulher exuberante.

​— "Vou ali tomar meu sol, Seu Juvêncio. Se o senhor ver um contador pálido procurando por mim, diga que eu estou mergulhada na paz!"

​— "Pode ir, minha filha... aproveite a paz enquanto ela dura," — ele murmurou com um sorrisinho enigmático, observando Silvinha caminhar em direção às espreguiçadeiras com seus passos largos e pés pesados, deixando a pegada úmida no chão.

A piscina estava mergulhada em um silêncio absoluto de baixa temporada. Silvinha estava em sua glória, esparramada na espreguiçadeira de vime como uma rainha tropical em repouso. O sol do meio-dia fazia sua pele morena brilhar, mas o verdadeiro espetáculo visual estava na extremidade da espreguiçadeira.

​Seus pés eram obras de arte da anatomia exuberante. Grandes e largos, possuíam curvas acentuadas, com arcos altos que formavam pontes elegantes. O que mais fascinava Seu Juvêncio, porém, era a cor: as solas eram de um tom rosa intenso, uma pele viva e carnuda que contrastava magnificamente com o bronzeado do restante do corpo. Os calcanhares eram macios, arredondados e sem uma única marca de aspereza, enquanto os dedos eram vividos, gordinhos e inquietos, com unhas coral que pareciam joias sobre a carne rosada. Para o olhar clínico do idoso, aquela era a "plataforma de sensibilidade" mais perfeita que ele já vira.

​Ele se aproximou sorrateiramente, deslizando pelo piso de pedra. Ao chegar à base da espreguiçadeira, admirou por um segundo a vulnerabilidade daquelas solas vibrantes. Sem aviso, Seu Juvêncio esticou as mãos e cravou as pontas dos dedos exatamente no centro daquele arco rosado e macio.

​— "A-HA-HA-HA! MEU DEUS!" — O grito de Silvinha cortou o ar. Ela deu um solavanco, as pernas disparando para cima. Ao ver o vovô simpático, ela relaxou a guarda, embora o corpo ainda vibrasse. — "Aiai! Seu Juvêncio... HAHAHA! O senhor quer me matar? Olha que eu não aguento cosquinha no pé!"

​— "Ora, Silvinha, é só um exame de alegria!" — Ele respondeu, mas suas mãos não recuaram. Pelo contrário: ele agarrou os calcanhares macios com firmeza, sentindo a textura aveludada da pele.

​Com os polegares, ele começou a fazer movimentos circulares, afundando-os na carne rosada e fofa das solas.

​— "A-HA-HA-HA-HA! PARA! HA-HA-HA! TÁ DANDO MUITA... HIHIHI... MUITA COSQUINHA!" — O riso de Silvinha subiu duas oitavas. Ela tentava recolher os pés, mas as mãos do idoso eram como tenazes.

​Seu Juvêncio intensificou o ritmo, "escavando" o arco sensível e subindo para a base dos dedos. A reação foi imediata: os dez dedos vividos abriram-se em um leque perfeito, esticando-se ao máximo antes de se contraírem em espasmos frenéticos.

​— "NÃO! HAHAHAHA! NOS DEDINHOS NÃO! SEU JUVÊNCIO... SOCORRO! HA-HA-HA-HA!" — Ela jogou a cabeça para trás, o corpo todo sacudindo, enquanto as solas morenas de fundo rosa intenso recebiam o ataque impiedoso do "vovô" que agora usava as pontas das unhas para riscar a pele carnuda, fazendo Silvinha perder totalmente o fôlego.

O "vovô" simpático revelou uma técnica de mestre que Silvinha jamais poderia prever. Percebendo que ela tentava recolher as pernas potentes em um movimento reflexo, Seu Juvêncio agiu com a precisão de um especialista: ele se curvou e abraçou os pés dela, prendendo os calcanhares contra o próprio peito com o braço esquerdo, imobilizando as pernas daquela mulher exuberante como se as tivesse travado em uma morsa de veludo.

​Com a mão direita agora livre e as solas rosadas e carnudas totalmente expostas e rendidas diante de seu rosto, ele iniciou o ataque final.

​— "HAHAHA! NÃO! SEU JUVÊNCIO, ASSIM NÃO VALE! HAHAHAHA!" — Silvinha gritava, sacudindo os ombros e a cabeça, mas seus pés estavam ancorados.

​O idoso começou a passear com as pontas dos dedos pelas curvas acentuadas do arco do pé dela, em um movimento de "aranha" leve e arrepiante que fazia a pele de Silvinha se encher de arrepios. Logo em seguida, ele mudou o ritmo para um "tocar piano" frenético, batucando com as pontas das unhas na polpa macia das solas.

​— "A-HA-HA-HA-HA! SOCORRO! AFONSO! HA-HA-HA-HA!" — As gargalhadas de Silvinha agora eram viscerais, profundas. Ela não tinha mais forças para lutar. Suas pernas, embora fortes o suficiente para agachar com pesos pesados na academia, pareciam ter virado gelatina sob o domínio dos dedos do idoso.

​Seu Juvêncio, então, focou no ponto crítico: ele começou a coçar entre os dedos de Silvinha, um por um. Os dedos vividos dela reagiram violentamente, abrindo-se em leque e tentando "agarrar" o ar, enquanto ela convulsionava na espreguiçadeira. O contraste era absoluto: a Rainha Tropical, imensa e poderosa, estava completamente entregue e "desmontada" pelos dedos ágeis de um senhor que ela julgava inofensivo.

​— "EU ME RENDO! HAHAHAHA! PARA! EU NÃO... HAHA... NÃO AGUENTO MAIS!" — Lágrimas de puro riso escorriam por trás dos óculos escuros dela. Ela estava em um transe de cócegas, o abdômen contraído em espasmos rítmicos.

​E então, tão subitamente quanto começou, o contato cessou.

​O silêncio voltou a reinar na piscina deserta. Silvinha ficou ali, imóvel, sentindo as solas ainda pulsarem e "queimarem" com o formigamento residual. Ela levou alguns longos segundos para reencontrar o fôlego, o peito subindo e descendo debaixo do biquíni. Quando ela finalmente conseguiu se sentar, limpando as lágrimas do rosto e ajeitando o cabelo bagunçado, olhou em volta.

​Seu Juvêncio tinha sumido. Não havia sinal do idoso, nem do seu guia turístico, nem de sua camisa amassada. Era como se ele tivesse sido uma alucinação provocada pelo sol — se não fosse pela sensação elétrica que ainda percorria cada nervo de seus pés rosados.

Afonso desceu os corredores do hotel em um ritmo que sua planilha de "Caminhada Saudável" jamais previra. Seus dedos apertavam o binóculo contra a lateral da coxa, e seu rosto, geralmente pálido como um papel de ofício, exibia manchas de um vermelho vivo nas bochechas. Ao chegar à área da piscina, ele encontrou Silvinha exatamente como o binóculo havia mostrado: desfeita.

​Ela estava sentada na borda da espreguiçadeira, os cabelos castanhos escapando do coque e o peito ainda subindo e descendo em arfadas profundas. Seus pés rosados e carnudos ainda estavam fora das sandálias, e ela os encarava como se fossem membros estranhos que não pertenciam ao seu corpo.

​— "Silvinha... você está... operante?" — Afonso perguntou, a voz saindo uma oitava acima do normal. Ele estava trêmulo, um misto vulcânico de ciúme possessivo e uma excitação que ele tentava esconder atrás de sua postura rígida.

​— "Afonso... eu... eu juro que tive uma alucinação de calor," — ela murmurou, a voz rouca de tanto gargalhar. — "Aquele velhinho... o Seu Juvêncio... ele me pegou e... eu não conseguia me mexer. Foi como se meus pés tivessem virado dinamite!"

​Afonso engoliu em seco. Ele sabia que não fora alucinação. Ele tinha visto cada segundo pelo binóculo; tinha visto o vulto de camisa amassada sumir sorrateiramente por trás da sauna e tinha ouvido o som do riso dela quebrar o silêncio do hotel. Ver a esposa naquele estado de rendição total, suada e vulnerável, despertava nele um instinto que nenhum curso de auditoria ensinava.

​Na manhã seguinte, o salão do café da manhã estava repleto. O aroma de pão de queijo e café fresco pairava no ar. Afonso e Silvinha estavam sentados em uma mesa de canto. Ele, impecável em sua camisa polo passada a ferro; ela, radiante em um vestido amarelo, embora desse pequenos chutes nervosos por baixo da mesa, sentindo as solas ainda hipersensíveis ao toque do piso frio.

​— "Olha lá, Afonso! É ele!" — Silvinha sussurrou, apontando discretamente com o queixo para a mesa central.

​Lá estava Seu Juvêncio. Mas ele não estava sozinho. Estava cercado por um grupo de seis idosas animadas, todas rindo de suas histórias. Ele parecia o mesmo vovô inofensivo de antes, servindo geleia para uma das senhoras com uma mão trêmula.

​Afonso sentiu o coração disparar. A pulsação batia forte em suas têmporas. O ciúme o queimava por ver o homem que "dominara" sua esposa, mas a lembrança da cena na piscina — das solas rosadas sendo fustigadas — trazia uma excitação que ele mal conseguia conter sob o guardanapo de pano.

​Percebendo o olhar do casal, Seu Juvêncio interrompeu sua conversa. Ele lentamente virou o rosto na direção deles. Não houve surpresa, nem vergonha. O idoso apenas inclinou levemente a cabeça e, com uma expressão maliciosa que contrastava totalmente com sua aura paterna, piscou um olho só para o casal, antes de voltar a dar um toque brincalhão no braço de uma das idosas à mesa.

​Silvinha soltou uma risadinha nervosa, escondendo o rosto na xícara. Afonso, por outro lado, permaneceu estático, sentindo que aquele café da manhã era apenas o início de uma nova e perigosa "contabilidade" de fantasias que sua vida de casado acabara de inaugurar.

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