O início da submissão - Parte 1

Um conto erótico de Estrelinhas
Categoria: Crossdresser
Contém 452 palavras
Data: 23/12/2025 18:50:24

O calor do Norte parecia colar a roupa ao corpo de Lucas todos os dias. A empresa funcionava como uma pequena cidade: setores separados, rotinas rígidas, pessoas que se cruzavam sem realmente se ver. Até Suzana.

Ela não trabalhava com ele. Suzana comandava — mesmo sem estar acima na hierarquia formal. Havia algo em sua postura: o olhar firme, a voz baixa e segura, o jeito de observar como quem já sabe o que quer. Lucas sentia isso sempre que a encontrava nos corredores, nos cafés rápidos, nas reuniões em que seus caminhos se cruzavam por acaso.

O acaso virou conversa.

A conversa virou troca de olhares demorados demais.

E o clima… era impossível de ignorar.

Suzana percebeu antes dele. Percebeu o nervosismo discreto, a forma como Lucas desviava o olhar e depois voltava, como se pedisse permissão sem saber. Aquilo a excitava de um jeito silencioso, profundo. Ela gostava de homens assim — ainda inteiros, ainda inconscientes do quanto podiam se entregar.

Foi ela quem tomou a iniciativa.

Um convite simples. Um jantar depois do expediente. Nada que parecesse perigoso… à primeira vista.

No apartamento dela, o ar era diferente. Mais pesado. Mais íntimo. Suzana se movia com naturalidade, guiando tudo sem precisar explicar. Lucas sentia o coração acelerar, não só pelo desejo, mas por algo novo — uma expectativa estranha, como se estivesse prestes a atravessar uma porta que nunca havia notado antes.

Quando o beijo aconteceu, não foi apressado. Suzana conduziu, explorou, testou. Suas mãos não pediam permissão — ensinavam. Lucas respondeu instintivamente, mas logo percebeu: ela não queria pressa, nem força. Queria atenção. Entrega.

Em determinado momento, Suzana o fez sentar. Apenas isso. Um gesto simples… que mudou tudo.

Ela o olhou de cima para baixo, com um leve sorriso nos lábios.

— Relaxa — disse, quase num sussurro. — Confia em mim.

O toque dela foi curioso, explorador, indo além do que Lucas estava acostumado a receber. Um arrepio percorreu seu corpo quando Suzana ousou mais, provocando uma região que ele jamais havia permitido que alguém explorasse. O choque inicial deu lugar a algo inesperado: prazer misturado com vulnerabilidade.

Ela percebeu.

Suzana sempre percebia.

— Você não precisa controlar tudo — murmurou, aproximando-se do ouvido dele. — Às vezes… ser guiado também é prazer.

Lucas fechou os olhos. Seu corpo reagia antes da mente. A sensação era nova, intensa, quase proibida — e exatamente por isso, irresistível. Ele não sabia explicar, mas algo dentro dele cedia, suavemente, como se estivesse descobrindo uma parte esquecida de si mesmo.

Suzana sorriu, satisfeita.

Aquela noite não foi apenas sexo.

Foi o primeiro passo.

Lucas ainda não sabia, mas aquele homem que entrou no apartamento não sairia o mesmo. A semente da submissão havia sido plantada — e Suzana sabia exatamente como cultivá-la.

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