Professora Charlene 8

Um conto erótico de RaskChinaski
Categoria: Heterossexual
Contém 942 palavras
Data: 21/12/2025 17:21:31

Eu sempre ficava nervoso quando Charlene estava prestes a entrar na sala. Aquela mulher me excitava de todas as formas. Naquele dia, porém, recebi uma notícia que não esperava — uma atitude dela que eu jamais imaginaria.

— Comi a professora essa semana. Duas vezes — Renato disse, com um sorriso canalha, esparramado na carteira como se fosse dono do lugar.

A frase me atingiu como um soco, mas disfarcei. Para ele, eu era só mais um aluno excitado com a fantasia de transar com a professora. No meu peito, Charlene já era muito mais. Eu nutria sentimentos profundos por ela, e saber que ela havia se entregado a Renato sem me dizer nada me fazia sentir traído.

Ela entrou na sala com seu vestido longo habitual, sapatos baixos, cabelos grisalhos presos num coque impecável, óculos de armação fina. Elegante, serena, quase intocável. Renato a devorou com os olhos. Senti o ciúme queimar.

Por um segundo, os olhares dela cruzaram os nossos. Ela percebeu que Renato havia falado. Desviei os olhos para o caderno. Charlene começou a aula, e eu não conseguia parar de fitar suas costas, imaginando as mãos dele sobre ela. Queria detalhes, mas não perguntaria. Já tinha um plano.

Durante a semana, não enviei nenhum rascunho do projeto para o e-mail dela. Fiquei em silêncio. Descarreguei o ciúme na escrita de Os Segredos de Júlia. Tudo o que desejava fazer com Charlene eu colocava ali: sujo, intenso, implacável.

Na sexta-feira, antes do nosso encontro marcado para o fim de semana, ela finalmente mandou uma mensagem:

“Essa semana não terá rascunhos?”

Respondi na hora:

—Amanhã precisamos conversar.

Eu estava decidido a afastá-la do projeto.

Aquela imagem de mulher tímida descobrindo o prazer era só fachada. E eu tinha caído nela.

No sábado, Charlene chegou um pouco mais cedo, vestida com um de seus vestidos longos típicos — o uniforme discreto de quem frequenta igreja aos domingos. Meia-calça opaca, sapatinhos fechados. Os olhos baixos, quase tristes. Entrou, foi direto à mesa, abriu a pasta marrom e sentou-se.

— Não escreveu nada essa semana?

Ela me observava, desconfiada. Sabia que eu sabia. Renato não era de guardar segredo.

— Escrevi — respondi, sentando-me ao lado dela e abrindo o notebook. — Só não achei justo compartilhar com você, já que você não tem compartilhado tudo comigo. Pensei que eu fosse especial, Charlene. Vejo que me enganei.

Eu ainda podia tirar algo dela. Mesmo depois de transar duas vezes com Renato naquela semana, ela estava ali: querendo a continuação da história, querendo mais de mim. Não daria nenhuma das duas coisas de graça. Agora era ela quem me devia.

— Para a Júlia fazer sentido — continuei —, preciso te conhecer de verdade. Não dá para escrever uma personagem que eu não entendo. Então me conta: o que te levou a sair com o Renato?

Ela sustentou meu olhar por um instante.

— Sinceramente? O pau dele.

A resposta veio seca, direta. Meu corpo reagiu na hora.

Aquela confissão, dita por uma mulher que sempre se mostrava tão composta, me deixou imediatamente duro. Ajeitei discretamente a calça, pressionando o volume com a palma da mão.

— Só isso? — perguntei, baixando a voz e me inclinando um pouco mais para ela. — Me conta mais, Charlene. Preciso entender… para escrever melhor.

Ela hesitou, o rosto corando, mas não desviou o olhar. Parecia aliviada por eu não ter explodido. Respirou fundo..

— Se eu contar, você me deixa ler a continuação?

Não respondi. Apenas esperei. Ela continuou, a voz quase um sussurro.

— O primeiro foi por acaso. Terça-feira, depois da aula. Eu ia para o estacionamento quando ele veio atrás. Disse que precisava falar do trabalho, mas eu sabia que era mentira. Me encostou no carro, me beijou com força. Eu… não resisti. Abri a porta do banco de trás e entrei com ele.

Enquanto falava, minha mão deslizava devagar sobre a calça, contornando o contorno rígido. Imaginava a cena: o vestido dela subindo, o corpo recatado se rendendo.

— Ele me deitou no banco, levantou o vestido, arrancou minha calcinha. Entrou em mim ali mesmo, rápido, bruto. Gozei em minutos, mordendo o lábio para ninguém ouvir. Ele meteu até gozar dentro, sem camisinha, sem nada. Quando acabou, já tinha ido embora.

O calor subia. Apertei mais firme, sentindo o tecido umedecer com o pré-gozo.

Ela percebeu o movimento sutil da minha mão, mas não comentou. Continuou, os olhos baixos, como se revivesse cada segundo.

— A segunda vez foi na quinta. Ele me mandou mensagem depois da aula. Eu disse que não, mas ele insistiu. Uma rapidinha num motel perto da escola. Fomos de carro separado. No quarto, me jogou na cama, me virou de bruços. Me comeu por trás, puxando meu cabelo, batendo na bunda. Duas vezes, Cláudio. Uma de quatro, outra comigo por cima. Gozei três vezes. Ele é grande, grosso… sabe o que faz.

Fez uma pausa, a respiração alterada. Depois acrescentou, quase inaudível:

— Mas nas duas vezes… eu só pensava na Júlia. Porque ela sou eu, no fundo. Meu passado, tudo o que enterrei. Enquanto ele me fodia, eu fechava os olhos e imaginava que era você. Que era a Júlia sendo libertada. As cenas que você escreveu, as palavras sujas… eram elas que me faziam gozar tão forte.

Aquilo me atravessou como um raio. Minha mão agora se movia com mais urgência, apertando e soltando em ritmo lento, o pau latejando contra o tecido. Soltei um gemido baixo, sem desviar os olhos dela.

— Continua — murmurei, a voz rouca. — Preciso de mais detalhes. Para a Júlia ficar perfeita.

Charlene mordeu o lábio inferior. Seus olhos desceram até minha mão, acompanhando o movimento. Pela primeira vez, um sorriso tímido — e profundamente safado — surgiu no canto da boca dela.

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