A professora que me ensinou tudo sobre sexo (8ª parte)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 3562 palavras
Data: 21/12/2025 13:26:44

Ao ouvi-la dizer:

-Vem...eu vou cuidar de você.

Eu simplesmente entrei, completamente hipnotizado. Nos beijamos de maneira feroz, eu a imprensei contra a parede, Vanessa ergueu a perna direita até o meu quadril. Eu ajudei, joguei no chão, e logo em seguida arranquei a parte de cima do seu baby-doll. Os seios lindos dela apareceram, os mamilos já durinhos. Abaixei a boca, chupei forte o direito enquanto apertava o esquerdo com a mão.

-Ah, Play! Que saudades disso! -ela gemeu no meu ouvido.

A gente cambaleou para o quarto dela, se atracando o caminho todo – eu mordendo o pescoço dela, ela arranhando meu peito. No quarto, ela abriu meu cinto com dedos ansiosos, baixou o zíper e puxou a calça molhada junto com a cueca, me deixando nu, o pau já duro.

Fique questão de ficar de joelhos para olhar bem de perto aquela bocetona, puxei a parte de baixo do seu baby-doll e a vi, beijei na altura dos pelos, depois cheirei e beijei já mais para baixo. Em seguida, a fiz se deitar na cama e comecei a fazer o que tinha aprendido muito bem com minha professora, chupar, chupar, chupar. Seu clitóris enorme tremeu em minha língua, seu mel farto se espalhou por meu rosto.

Vanessa decidiu me puxar para fazermos um 69. Como sabia chupar aquela mulata. Pouco tempo depois, estávamos trepando após tanto tempo, começamos na posição de frango assado, eu metendo de maneira cadenciada, sentindo o calor daquela boceta. Aos poucos foi socando mais forte. Trocamos de lugar, ela veio por cima e deu um show de cavalgada. Eu agarrava a bunda dela com as duas mãos, abrindo as nádegas, os dedos roçando o cu dela de leve enquanto ajudava a quicar. Os peitos balançavam na minha cara.

Vanessa passou a quicar mais forte como uma louca e não aguentamos mais, explodimos juntos num gozo delicioso.

Passamos aquela noite trepando como nos velhos tempos. Entretanto eu não tinha certeza se queria voltar para Vanessa, a traição, ainda pesava, mas a verdade é que a amava e ao vê-la chorar novamente, me pedindo uma chance, acabei dizendo:

-Preciso pensar, Vanessa. Não nego que ainda sinto algo por você, mas estou curtindo ficar com Gisele. Ela não é experiente como você, mas é uma garota bacana.

-Isso! Pensa com carinho, mas se você gosta mesmo de mim, esquece esse orgulho bobo, prometo que não vou mais te decepcionar, ainda que a gente fique junto por um mês, dois ou 10 anos, prefiro isso do que nada.

Conversamos mais um pouco. Sobre o que cada um fez nesse tempo em que estivemos afastados e quando vi já eram altas horas da madrugada. Me despedi, pois dali a poucas horas tinha que ir para a universidade.

Minha cabeça ficou um trevo –eu amava a Vanessa de verdade. O jeito dela, o fogo, a conexão que a gente tinha era algo que eu nunca senti com ninguém. Mas como terminar com a Gisele do nada? Ela era ótima, carinhosa, a gente estava bem, apesar de seu ciúme e uma certa marra. Terminar sem motivo ia magoá-la para caralho.

Adiei a decisão por uns dias. No dia seguinte, marquei com a Vanessa de novo – não resisti. Fui à casa dela à noite, e a gente transou novamente. Porém, na noite seguinte, lá estava eu com Gisele. Apesar de termos transado legal, ela percebeu que eu estava distante durante a conversa e perguntou:

-Você está calado hoje. Algum problema no mercado?

- Não. Talvez só cansado.

Ter Vanessa e Gisele para transar era como ganhar duas vezes na mega-sena, mas sabia que aquilo não poderia continuar, estava certo que o melhor era ficar com a mulata que me ensinou tudo sobre sexo, mas tava foda terminar com a namorada.

Até que exatamente nove dias depois daquela primeira noite de reconciliação com a Vanessa. Estava num começo de noite, tomando cerveja com alguns amigos na padaria central da Vila Antonieta, quando Gisele aparece de cara feia, me chama para fora e começa a soltar os cachorros

-Ricardo, eu vi muito bem você olhando para a bunda da moça que acabou de passar, chegou até a falar alguma gracinha para os seus amigos enquanto olhavam, mas para o seu azar eu estava atravessando e vi.

Eu não estava olhando para mulher nenhuma, mas Gisele tinha delírios desse tipo. No começo, tentei dizer que ela viu errado, pois estávamos rindo sobre coisas de futebol, mas ela insistiu, cruzou os braços, o rosto vermelho.

-Ah, para de graça? Eu vi sim! Você sempre faz isso, olha para as outras na minha frente e agora que pensou que estava livre, foi ainda mais ousado. Tô cansada disso, é melhor a gente terminar.

Eu já estava de saco cheio daqueles ciúmes e daquela panca dela de ameaçar terminar por qualquer coisa, antes mesmo de me reconciliar com Vanessa, mas agora, com ela, não tive paciência e mandei logo:

-Olha aqui, Gisele, quer saber a real? Cansei! Melhor é a gente terminar mesmo, não tô com saco mais para briguinha infantil. Foi legal em muitos momentos, mas vamos dar um tempo.

Gisele ficou pálida e engoliu seco:

-O quê? Você tá terminando comigo por causa disso? Ricardo, por favor, não... eu.. só foi um ciúme bobo, não precisa de tanto drama também.

Refleti um pouco e decidi que seria canalhice terminar assim. Ia doer de toda forma para ela, mas o melhor era ao menos ser honesto. Levei Gisele para o meu carro e tive uma longa conversa com ela.

-Desculpa, Gisele, mas você precisa saber a verdade...eu...eu...gosto muito de você...mas não consigo tirar a Vanessa da cabeça...talvez eu fique com ela...talvez logo não dê certo, mas o melhor é terminarmos e sei que logo você vai arrumar um cara bem melhor.

Gisele parecia não acreditar no que estava ouvido, ficou me olhando espantada por um longo tempo, até que desabou a chorar. Tentei consolá-la, mas o que poderia fazer?

Foi foda vê-la implorando, as lágrimas escorrendo, mas não havia sentido continuar com Gisele sendo que eu amava Vanessa. O melhor era cortar logo e não ficar namorando-a e tendo a outra como amante.

Gisele tentou me fazer desistir da ideia por um bom tempo dentro do carro, foi uma choradeira, mas acabamos terminando.

Nos 15 dias seguintes, eu e Vanessa nos encontramos quase todas as noites. Sem o velho Evair pra encher o saco –era como se o mundo fosse só nosso. Muito sexo, luxúria pura. Voltamos a ver nossos filmes como antes, brincávamos sempre, ela adorava que eu corresse atrás dela, gritava e gargalhava quando eu a agarrava. Certa noite, ela me disse:

-Não sei se você vai acreditar, Play. Eu me apaixonei algumas vezes. Um namorado de adolescência, um ator que me conheceu na quadra de escola de samba que eu desfilava em 79, um outro antes, mas tenho certeza, nunca amei um homem como você. Sei que isso pode durar pouco tempo, mas quero aproveitar.

-Nós vamos ficar juntos, Vanessa. Eu também te amo.

Vanessa arrumou emprego como cabeleireira no salão da rua de baixo – um lugar bacana, mas ela já fazia planos:

-Logo vou ter o meu próprio salão. Quero algo maior, com manicure, tudo. Você me ajuda a planejar?

-Claro que ajudo, a gente vai fazer isso junto.

Pela primeira vez em meses, eu me sentia completo – amando-a, sem culpa, só pensando no futuro que a gente podia ter.

Vinte dias depois de terminar com a Gisele, cheguei em casa exausto. Tinha sido um dia daqueles: dupla jornada na universidade de manhã, estudando que nem doido e à tarde no mercado, resolvendo toda sorte de problemas.. Mas aí vejo Gisele plantada na porta da frente da casa, os braços cruzados, o rosto sério sob a luz fraca da rua. Na hora deduzi: "Caramba! Ela ainda não desistiu".

Desci do carro e me aproximei. Ela não sorriu, só me olhou tensa. Antes que eu pudesse dizer oi, ela se aproximou e abriu a porta do passageiro do meu carro.

-Entra aqui, Ricardo. Preciso falar com você.

Eu hesitei, mas entrei de volta no carro, sentando no banco do motorista. Ela se sentou ao meu lado, fechou a porta e virou pra mim, as mãos no colo, tremendo um pouco.

-Gisele, eu realmente não queria que você estivesse sofrendo, mas a minha decisão continua a mesma. Acha que você merece isso? Uma relação pela metade, cheia de mentiras?

Ela ignorou meu tom e foi direto ao ponto:

-Eu sei que você já tá quase morando com aquela lá, a Vanessa. Você nem disfarça mais. Mas precisamos conversar. Não é sobre nós, ou sobre o que você fez comigo. É sobre algo maior.

Ela me olhou séria:

-É, as coisas mudaram de figura, Ricardo. Mudaram completamente. Eu tô grávida!

Foi como se uma bomba explodisse bem do lado dos meus ouvidos. Meu coração disparou, eu gritei sem pensar:

-Grávida!? Como assim, grávida!? Você tá brincando comigo, né? Isso não pode ser verdade!

Ela balançou a cabeça devagar negativamente:

-Não tô brincando, Ricardo. São dois meses e meio. Eu tava desconfiada antes de a gente terminar, mas como às vezes atrasa mesmo, por estresse ou sei lá, eu achei que tava tudo ok. Fiz um teste hoje de manhã no laboratório, e deu positivo. É real, Ricardo. Eu tô grávida de você.

Meu mundo desabou ali mesmo, no banco do carro. A cabeça girava, as mãos suavam no volante, e eu senti um pânico tomando conta.

-Puta que pariu, Gisele! Você falou que tomava remédio! Todo dia, sem falhar! Como isso aconteceu? Eu confiei em você, caralho!

Ela ergueu a voz um pouco, defensiva, as lágrimas agora escorrendo devagar pelas bochechas.

-E eu tomo, Ricardo! Todo dia, na mesma hora! Mas às vezes essas coisas dão errado, sabe? Pode ser um problema com a pílula, ou eu ter esquecido uma vez sem notar, ou até o corpo reagir diferente. A médica disse que acontece em 1% dos casos, mesmo com uso perfeito.

Em pânico, uma ideia louca me veio à cabeça – paranoia pura, mas eu não conseguia controlar.

-Pois eu acho que você armou isso, Gisele! Você tava morrendo de medo de eu te deixar antes mesmo desse rolo todo com a Vanessa. Eu via nos seus olhos, nas suas conversas cobrando mais compromisso, falando em noivado até. Vai ver que você nem tomou o remédio direito, pulou uns dias pra me prender!

Ela arregalou os olhos, chocada:

-Como você pode pensar uma loucura dessas, Ricardo? Eu nunca faria isso! Essa gravidez agora vai mudar muito a minha vida, e a sua também! Eu tô apavorada, caralho! Tô aqui sozinha, pensando no que vou fazer, como vou criar uma criança sem um pai por perto e você me joga na cara que eu armei?

Fiquei em silêncio um tempo, olhando pro para-brisa embaçado, o coração ainda acelerado, tentando processar tudo. O carro parecia pequeno demais, sufocante. Meu cérebro gritava pra correr, pra negar, mas eu sabia que não dava. Finalmente, respirei fundo e disse, tentando soar calmo:

-Tá bem, Gisele... me desculpa, estou aéreo, mas fique tranquila. Eu vou assumir a criança. Não sou desses que fogem da raia. Te pago uma boa quantia todo mês, ajudo com as despesas, médico, tudo. E serei um pai presente – visitas, fins de semana, o que for preciso. A criança não vai crescer sem mim e durante a sua gravidez, estarei sempre por perto, para ir a um médico, comprar o que for necessário.

Ela começou a chorar de verdade agora, os soluços ecoando no carro, as mãos cobrindo o rosto.

-Como você acha que meu pai vai reagir ao saber que a filha dele vai ser uma mãe solteira? Ele é conservador pra caramba, Ricardo! Vive no mundo dele, achando que mulher tem que casar virgem, ter filhos no casamento, tudo certinho como no tempo dele. Ele vai me deserdar, me botar pra fora de casa! Eu não aguento isso sozinha... por favor, pensa no que você tá dizendo.

Comecei a entender que o problema era sério mesmo – não era só sobre dinheiro ou visitas. O pai dela não ia aceitar isso de boa.

-Olha, Gisele, a gente conversa com ele juntos. Eu vou lá, explico tudo, assumo a responsabilidade. Estamos em 1988, não nos anos 50 ou 60, onde gravidez fora do casamento era uma desonra total, tipo escândalo na família inteira. Hoje ninguém mais liga tanto pra isso – quer dizer, só a gente com a cabeça parada no tempo, como o seu pai. Mas eu explico a ele, me comprometo a ficar perto de você em todos os momentos: consultas, parto, tudo. Não vai ser mãe solteira de verdade, eu vou estar ali.

-Não, Ricardo... não é suficiente. O certo é a gente casar. É o que minha família espera, o que eu esperava da vida. Essa criança merece um lar completo, pais casados, uma família de verdade. Por favor, pensa nisso. Eu ainda te amo, apesar de tudo. A gente pode tentar de novo, por causa do bebê.

Conversamos mais um pouco ali no carro. Eu tentava acalmar os ânimos.

-Gisele, escuta... vamos fazer assim: espera um pouco pra contar pro seu pai. Eu vou junto com você, a gente explica tudo de uma vez, assim eu ajudo a aguentar o rojão.

-Tá bom, Ricardo... mas eu tô apavorada. Ele vai surtar, você sabe como ele é. E se ele me botar pra fora?

-Não vai acontecer isso. Eu tô aqui, lembra? A gente resolve junto.

Liguei o carro e a levei até a casa dela. Nem tive coragem de ir pra casa da Vanessa depois daquilo. Como eu ia contar uma bomba dessas? Voltei pra minha casa, joguei as chaves na mesa e desabei na cama, mas o sono não veio. Passei a noite inteira rolando de um lado pro outro. Além da responsabilidade de ter um filho, tinha o pai dela, o Dr. Homero, um sujeito excêntrico, mas que era esquentado. E pior: eu ia perder a Vanessa de novo. Ela não ia aceitar uma coisa dessas, mesmo me amando.

No dia seguinte, faltei na universidade – não tinha cabeça pra sentar numa sala ouvindo sobre leis, processos civis, códigos que pareciam escritos em outra língua. Fui para o mercado. No meio da tarde, o telefone tocou, e era Gisele:

-Ricardo, eu... eu contei tudo pro meu pai. Ele quer conversar com você hoje à noite.

Eu dei um pulo.

-Quê? A gente não combinou de contar juntos? Porra, você disse que ia esperar!

Ela soou arrependida,

-Eu não aguentei. Comecei a chorar na cozinha, e ele perguntou o que era. Saiu tudo de uma vez. Desculpa...

Respirei fundo:

-Ok. Vou falar com ele.

Chamei meu pai e contei tudo, sem rodeios: a gravidez, a conversa no carro, o pai dela querendo me ver, a minha volta para Vanessa. Ele era bonachão, mas sabia falar sério:

-Eu só espero que você resolva isso como um homem. Não pense apenas no que é bom para você. Tem uma criança no meio agora, e uma moça que tá dependendo de como você vai agir. Ficaria muito decepcionado se agisse como um moleque.

Aquilo me deixou com um peso ainda maior.

À noite, em casa, entrei no banho tentando lavar o estresse, mas ouvi vozes lá fora. Reconheci na hora: era o Dr. Homero e a Gisele chegando. Minha irmã, esperta como sempre, decidiu se trancar no quarto dela, fingindo estudar ou sei lá o quê. Saí do banho enrolado na toalha, vesti uma camisa e calça rápido, e fui pra sala. Lá estavam eles: o Dr. Homero sentado no sofá, com aquela peruca ridícula, o rosto vermelho como um tomate maduro; a Gisele ao lado dele, olhos baixos, torcendo as mãos; meu pai na poltrona, sério; e minha mãe na ponta do sofá, servindo café pra disfarçar o clima.

O Dr. Homero nem esperou eu sentar. Levantou o dedo indicador, tremendo de raiva, e mandou ver:

-Escuta aqui, rapaz. A Gisele me contou da gravidez e da conversa de vocês ontem, e eu não gostei nada da sua proposta. Você acha que pode resolver isso com dinheiro? Isso é insulto! Você fez mal à minha filha, a engravidou fora do casamento, e agora vai ter que se casar com ela. Não quero o seu dinheirinho, quero que repare o erro. Não vou deixar minha filha, que é quase uma criança ainda, ser mal falada na família, no bairro, por todos que a conhecem. E sou um homem de vida pública, um político! Casamento, e ponto final!

Eu respirei fundo, sentei no sofá em frente, tentando manter a calma.

-Dr. Homero, eu entendo sua posição, e respeito. O senhor tem razões para estar assim, preocupado com a Gisele e com a reputação dela. Mas me ouve, por favor. A gente mal se conhece direito – namoramos pouco tempo e não deu certo. Casar agora seria péssimo pra todo mundo. Imagina: morando juntos, brigando por bobagens, desentendimentos cada vez maiores. A criança ia sofrer no meio disso. Eu prometo que vou estar sempre presente, não só financeiramente, mas como pai de verdade, levando pra passear, ajudando nas lições, sendo parte da vida dela. E com a Gisele, a gente pode ter um bom relacionamento, como amigos criando um filho. Isso não é melhor que um casamento forçado?

Falei por um bom tempo, tentando argumentar com lógica, dando exemplos de casais que eu conhecia que se separaram rápido e viraram inimigos. Mas via nos olhos dele que nada entrava. O Dr. Homero começou a se irritar ainda mais, o rosto ficando roxo, as veias no pescoço pulsando.

-Você é um moleque sem-vergonha! Acha que sabe da vida? Minha filha merece um marido, não um pai de fim de semana que manda cheque!

Meu pai interveio, a voz baixa, mas autoritária:

-Calma, doutor Homero. Vamos conversar sem ofensas.

Aquilo me irritou num determinado momento – o jeito dele me tratar como lixo, ignorando tudo que eu dizia. Mas o estopim veio quando ele passou a gritar, cuspindo saliva, os olhos injetados:

-Quer saber de uma coisa? Vai tomar no cu! Se você não se casar com ela vai me pagar caro! Eu vou te foder legal!

Eu me levantei devagar, sentindo o sangue subir:

-Olha aqui, Dr. Homero, eu entendo sua raiva, mas modere essa linguagem. Aqui é a casa dos meus pais, respeite.

Ele riu sarcástico, se levantando também, a peruca escorregando um pouco:

-Ou o quê, seu vagabundinho? Pensa que não sei de tudo? Você tá lá quase amasiado com aquela mulata biscateira, tiveram um caso longo, depois veio enrolar minha filha, com promessas, carinha de bom moço, e agora volta pra nega vagabunda e acha que vai ficar assim? Sem consequência?

-Olha aqui, não fale mal da Vanessa. Ela não tem nada a ver com isso.

Ele se aproximou mais, valentão, o dedo no meu peito:

-Pois eu falo sim! Aquela mulher é uma puta que se envolveu com você quando ainda era quase um garoto, uma puta de merda!

Eu perdi o controle total, os narizes quase se tocando. Meu pai tentou se meter no meio, as mãos nos nossos ombros:

-Parem com isso, os dois!

Mas eu tava fora de mim, empurrei o Dr. Homero com as duas mãos, forte o suficiente pra ele tropeçar para trás, batendo no braço do sofá e se estatelando no chão como um saco de batatas A peruca voou, caindo de lado, revelando a careca brilhante embaixo. Minha mãe gritou, a Gisele cobriu a boca, chocada.

Mas o mais impactante veio em seguida: ele se levantou devagar, passou a mão por trás na cintura e sacou uma arma – um revólver 38, daqueles velhos, apontando direto pro meu peito. Todo mundo congelou, o ar da sala virando gelo.

-Seu filho da puta, eu te mato aqui mesmo!

A Gisele pulou na frente, os braços abertos:

-Pai, pelo amor de Deus, para! Não faz isso, por favor! Pensa em mim, no bebê!"

Meu pai e minha mãe imploraram juntos, as vozes sobrepostas:

-Doutor, abaixa isso agora! Não cometa uma loucura!

Minha mãe chorava:

-Pelo amor de Deus, homem, guarda isso!

Ele hesitou, os olhos loucos varrendo a sala, mas baixou um pouco a arma.

-Eu não vou estragar minha vida por causa de um pedaço de merda como você, rapaz. Mas isso não acaba aqui.

Depois virou pro chão, caçando a peruca com uma mão enquanto ainda segurava o revólver na outra. Encontrou, enfiou na cabeça toda torta, o cabelo falso virado pro lado errado, e apontou pra Gisele:

-E você, moça, pode arrumar um lugar pra morar. Não quero mãe solteira na minha casa.

Saiu pisando forte, batendo a porta com força, deixando um silêncio ensurdecedor pra trás. Eu desabei no sofá, as pernas moles, o coração ainda disparado, pensando como minha vida tinha virado esse caos armado.

Era muita pica pra um cu só, como se diz. Justo agora que eu tava feliz de novo com a Vanessa, vivendo aquelas noites loucas de sexo e planos, sem pressão, só nós dois. Casar? Com a Gisele?

Acalmamos Gisele dizendo que o pai estava só falando da boca para fora. Depois a levei até a sua casa.

E pensar que ainda tinha que contar a Vanessa, que estava toda feliz com a nossa volta.

Muita confusão ainda iria rolar.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 300Seguidores: 797Seguindo: 12Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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Eita confusão esta ficando bom

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