A Noite na Fazenda - Entre o Desejo e o Medo

Um conto erótico de Mateus
Categoria: Gay
Contém 2337 palavras
Data: 20/11/2025 02:07:45
Última revisão: 20/11/2025 02:21:37
Assuntos: dotado, Gay, Oral, Traição

O retorno da trilha no fim daquele sábado parecia o fim de um sonho, o peso do desejo saciado pendendo sobre nós como uma nuvem escura.

Na estrada de chão, ainda sujos de barro seco e solados pela tarde, nós mal falamos, mas ficávamos nos olhando como se temêssemos que, ao pisar de volta na cidade, tudo se desfizesse no ar. O silêncio entre nós era cheio de coisas não ditas, de perguntas que nenhum dos dois tinha coragem de fazer.

Eu cheguei em casa primeiro. Leandro ficou me olhando, um garoto empurrando a sua bike até o portão de casa. Havia algo de solitário na minha figura pequena e magra, com a mochila pendendo do ombro, iluminado pelo poste fraco da rua.

E aquilo doeu profundamente em Leandro.

Os dias seguintes confirmaram o que nós dois temíamos, embora, no fundo, já soubéssemos: não havia espaço para aquele amor acontecer.

Não havia lugar. Não havia hora. Não havia desculpa.

Nossas rotinas nos sufocavam, nos apertando em uma garra de obrigações e medos.

Eu vivia com os meus pais, que me cercavam de cuidados às vezes exagerados, quase sufocantes. Era raro ficar sozinho. Quando não estava na escola, estava estudando na sala de casa, com o barulho constante da rotina doméstica ao redor. Meu quarto, sempre tão seguro, não servia para nada além de aumentar a minha tristeza, o refúgio que deveria me proteger agora parecia uma cela.

E eu sentia falta de Leandro com a mesma intensidade com que respirava.

Leandro, por sua vez, tentava seguir a vida normal, equilibrando-se entre o trabalho exaustivo e a vida familiar, mas tudo ao seu redor parecia carregado de um peso invisível.

A esposa trabalhando, o filho correndo pela casa, o jantar sendo preparado… tudo isso, que antes fazia parte de uma vida tranquila e ordinária, agora o deixava inquieto, ansioso, dividido.

Ele não tinha para onde ir. Não havia justificativa plausível para sair à noite. Não havia casas vazias. Não havia amigos que pudessem servir de desculpa. O bairro inteiro parecia pequeno demais, vigilante demais.

E, acima de tudo, ele tinha medo, medo de machucar a mim, o filho pequeno, a esposa, a própria imagem, a vida inteira construída tão cedo.

E, ainda assim, todas as noites, quando se deitava ao lado da esposa, era eu que surgia em sua mente. A minha voz. O meu cheiro. A água da cachoeira escorrendo pelos meus cabelos castanhos claros. As minhas mãos entrelaçadas às dele.

A tensão entre nós crescia, alimentada pela falta de espaço e tempo para nos encontrarmos. O anseio pelo outro era quase palpável, mas a realidade dura nos matinha distantes, presos em um limbo perigoso. Era uma tortura doce. Um desejo impossível de apagar.

De vez em quando, quando o clima conspirava, quando acontecia de eu inventar uma saída e Leandro arranjar um intervalo entre o trabalho e as obrigações de casa, nós escapávamos para algum lugar afastado.

Leandro não tinha carro, nem moto, o que nós tínhamos eram bicicletas (de fato, eu sequer tinha idade legal para dirigir). Assim, as opções eram mínimas, quase ridículas na nossa precariedade, mas eram o suficiente, eram o que dava.

A maior parte das vezes, ficávamos escondidos em uma pedreira abandonada, nos limites da cidade. Um lugar seco, cheio de pedras enormes e caminhos estreitos, onde ninguém ia a não ser uns poucos ciclistas. Lá havia sombra, vento e silêncio.

Outras vezes, pedalávamos até as margens isoladas do rio, onde apenas pescadores apareciam, e só de manhã.

Raras vezes, nos arriscávamos em uma estrada de terra entre duas fazendas, nos embrenhávamos por uma mata de eucaliptos cuja sombra nos escondia dos olhares curiosos. Lá, entre arvores altas e o som do vento sussurrando através das folhas, nos permitíamos alguns momentos de intimidade, roubados do mundo.

Mas era pouco, sempre muito pouco. Nunca ficávamos muito tempo. Nunca podíamos nos tocar por mais de alguns poucos minutos corridos. Mas cada encontro era tão intenso que parecia alimentar semanas de saudade. Era um romance construído em migalhas de tempo. E, lentamente, esse limbo começou a devorar nós dois.

Nossa rotina mudou no dia em que a esposa de Leandro começou a trabalhar até tarde aos sábados. Era quase nada. Uma minúscula fresta no muro intransponível da vida de ambos. Mas, para nós, significou uma nova possibilidade.

Ainda não era o suficiente, porque Leandro ficava com o filho. E jamais faríamos qualquer coisa com a criança em casa, mesmo que ela estivesse dormindo. Jamais cogitamos isso.

Mas então veio o segundo milagre: em alguns finais de semana, o menino ia para a casa da avó, em outra cidade.

Quando esses dois acontecimentos coincidiam, algo proibido acontecia: um sábado inteiro com Leandro sozinho em casa. Eu quase tremia ao imaginar. Nessas raras oportunidades, nós arriscávamos tudo, nos encontrando na própria casa de Leandro, com o coração acelerado pelo perigo iminente.

O primeiro desses sábados chegou como um trovão silencioso.

Eu saí de casa com uma desculpa frágil, coração acelerado. Andei pela rua com a sensação de que todo mundo sabia, como se cada porta, cada janela, cada latido fosse uma acusação.

Leandro me esperava no portão, sem camisa, o peito nu, só com um fino calção de futebol, sem cueca, me deixando nervoso. Havia algo tremendo nos olhos dele, um misto de medo e desejo, culpa e alívio.

Entrar naquela casa, sabendo o que poderia acontecer, foi como cruzar uma linha invisível. Eu respirava rápido. Leandro fechou a porta devagar, quase em câmera lenta.

Não dissemos nada. Não precisávamos.

O primeiro toque veio como um reencontro urgente: um abraço forte, longo, onde nós dois afundamos os rostos no pescoço um do outro, como se não nos víssemos havia anos. Depois vieram os beijos, doces, demorados, cheios de saudade represada. Leandro passava as mãos pelos meus cabelos com cuidado, como quem tenta gravar o toque na memória. Eu segurava o rosto de Leandro entre as mãos, traçando as pontas dos meus dedos por sua mandíbula, pelos seus lábios, como se tentasse decorar cada linha.

Fomos nos guiando até o quarto de visitas (não o quarto do casal, seria petulância demais), sem pressa e sem razão.

A nossa intimidade cresceu em gestos: mãos entrelaçadas, rostos colados, beijos demorados no pescoço, abraços que envolviam o corpo inteiro. Nós nos deitamos lado a lado, juntos, explorando um ao outro com carinho, desejo e reverência, tocando a pele, o peito, o rosto, sempre com cuidado e paixão, entregues à saudade que nos consumia.

A entrega entre nós foi intensa: carícias profundas, beijos longos, corpos alinhados, respirações pesadas, mãos deslizando pela cintura e pelas costas. Um amor silencioso, tenso, quase desesperado, como se cada segundo pudesse ser o último.

Eu, com uma ousadia que surpreendeu até a mim mesmo, assumi o controle da relação, pela primeira vez. Eu olhei para Leandro, cujo corpo grande e musculoso parecia preencher todo o espaço da cama, e senti uma fome e um desejo que não conseguia conter. Lentamente, subi em cima de Leandro, os olhos brilhando de tesão. Ele, percebendo a mudança, sorriu, um sorriso que misturava expectativa e rendição.

Comecei com beijos suaves, explorando o pescoço de Leandro, descendo pelo peito, onde os mamilos já estavam endurecidos. Eu não resisti ao fascínio do peito musculoso de Leandro, os finos pelos negros contrastando com a pele clara, os mamilos rosados, e chupei com gosto aquelas tetas de macho, saboreando o gosto de sua pele, sentindo Leandro arfar sob meus lábios. Minhas mãos deslizaram pelas costas largas, traçando os músculos tensos, beijei a barriga e as entradas da virilha de Leandro, antes de descer pelas coxas fortes e peludas.

Eu não parei até chegar aos pés, tamanho 44, adorando cada detalhe com a boca ávida. Lambi os dedos, suguei os calcanhares, encontrando um estranho erotismo no ato, e Leandro gemeu, o corpo arqueando levemente.

"Você é incrível", sussurrou Leandro, a voz rouca de prazer.

Eu sorri, subindo novamente, beijando a barriga, lambendo as axilas, onde o cheiro de Leandro era mais intenso. Leandro riu, um som baixo e gutural, enquanto eu explorava cada centímetro de seu corpo. Deslizei o seu fino calção pelas suas pernas e parei um tempo para lhe admirar. Leandro era um homem jovem, de porte robusto, com músculos definidos pelo trabalho árduo, e ele estava nu diante de mim, sua estrutura grande um testemunho de sua força, o pau ereto apontando para o meu rosto.

Quando alcancei o seu saco, grande e peludo, o lambi devagar, sentindo as bolas pesadas contra a minha língua. Em seguida, abocanhei o máximo que pude do pau enorme de Leandro, o que era uma luta, tentando, sem sucesso, engolir o cacete inteiro. Era tão grande que parecia desafiar a minha garganta, mas eu não desisti, chupando com avidez da melhor maneira possível, sentindo Leandro tremer sob minhas mãos.

"Foda, Mateus... você me deixa louco", Leandro gemeu, segurando a minha cabeça, me guiando para cima e para baixo.

Leandro, no entanto, queria mais. Ele queria me ver entregue, queria me mostrar o poder que o corpo de outro homem poderia me dar. Com um empurrão suave, mas firme, ele me deitou na cama, e me posicionou de quatro, arrancando a minha cueca. Eu obedeci, a bunda grande e firme erguida, exposta para Leandro.

Sem hesitar, Leandro mergulhou a língua no meu cuzinho apertado, sua língua uma brasa quente, traçando círculos ao redor do meu orifício, antes de mergulhar para dentro, me fazendo contorcer de puro prazer. Eu arfava, a sensação enviando ondas por todo o meu corpo. Ele deu palmadas na minha bunda, me provocando ainda mais, me fazendo gemer de tesão, enquanto continuava a lamber e chupar, explorando cada dobra, cada centímetro.

"Leandro... isso é bom", eu gemi, as mãos agarrando os lençóis, exposto e completamente submisso ao toque de Leandro.

Leandro sorriu contra a minha pele, sentindo-se vivo como nunca. Ele se levantou e me ergueu sem esforço, posicionando-me em seu colo, meu corpo pequeno se aninhando em seus braços fortes. Eu o montei, nossos paus roçando um no outro enquanto Leandro capturava meus lábios em um beijo quente.

Leandro começou a chupar o meu pescoço, suas mãos percorrendo o meu corpo, brincando com meus mamilos sensíveis, que agora estavam duros e pedindo atenção. Eu me contorcia arrepiado, o corpo respondendo a cada toque, a cada beijo.

"Você me deixa louco, Mateus", Leandro sussurrou, os lábios roçando o meu ouvido, seus dentes mordicando de leve o meu lóbulo, sua língua deslizando pela minha nuca.

Leandro pegou um pequeno tubo de creme, lubrificando os dedos compridos, e começou a explorar o meu cuzinho ansioso, introduzindo um dedo longo e habilidoso de cada vez, tirando e colocando, do mindinho ao polegar, até que dois dedos estivessem simultaneamente enterrados em meu rabinho.

Eu gemi, entregue, sentindo um prazer que só Leandro conseguia proporcionar. Ele moveu os dedos lentamente, enquanto beijava e chupava meu pescoço, minhas orelhas, qualquer parte que pudesse alcançar.

"Mais, Leandro... por favor", supliquei, a voz quebrada.

Leandro obedeceu, alternando os dedos, me dilatando aos poucos, lenta e cuidadosamente. Eu ofegava, o corpo tenso de antecipação pela penetração, meu cuzinho apertava os dedos de Leandro.

Mas Leandro tinha outros planos. Ele me deitou na cama, as pernas abertas, expostas, seu corpo cobrindo o meu, e começou a chupar meus mamilos, sugando e mordendo suavemente, enquanto continuava a me foder com os dedos. Com a outra mão, Leandro começou a me masturbar. Eu arqueei as costas, abafando os meus gemidos, com medo de que algum vizinho ouvisse, o corpo à beira do abismo, meu orgasmo crescendo como uma onda gigante.

"Vem, Mateus... goza para mim", Leandro ordenou, a voz firme.

Eu não precisei de mais incentivo. Com um grito rouco e contido, eu gozei, o corpo tremendo, o esperma jorrando sobre a minha barriga. Leandro sorriu, beijando o meu peito, sentindo o coração de outro homem batendo rápido contra o seu.

Mas Leandro ainda não estava satisfeito. Ele queria mais, queria tudo. Ele não me deu tempo para recuperar e já me posicionou deitado no colchão, a boca aberta e sedenta, e começou a foder minha boca, empurrando sua vara para dentro, sentindo a minha boca úmida e quente envolver seu cacete. Eu chupei com voracidade, como se fosse a última vez, e Leandro gozou, o sêmen inundando a minha boca, que engoli tudo, o sabor salgado do desejo misturado ao prazer.

"Porra, Mateus... você é incrível", Leandro ofegou, caindo ao meu lado, o corpo exausto, mas satisfeito.

Eu sorri, passando a mão pelos cabelos negros e suados de Leandro.

"Você também. Mas... ainda não terminamos."

Leandro olhou para mim, sentindo o coração acelerar. Ele sabia o que eu queria, o que ambos desejávamos. A transa completa, a união total. Mas o medo ainda estava lá, o medo de me machucar fisicamente, que ainda era virgem, o medo de transpor o último limite entre nós. O pênis grande e grosso de 22cm de Leandro permanecia sem me penetrar, um limite que ainda não ousávamos cruzar.

- Eu sei – Leandro sussurrou, me beijando suavemente – Mas hoje... hoje foi perfeito.

Leandro sorriu, me puxando para mais perto.

- Perfeito, mas não completo – retruquei.

- Um dia, Mateus. Um dia – ele respondeu.

Quando terminamos, ofegantes e suados, cobertos de saliva e sêmen, o silencio nos envolveu, pesado como o ar que respirávamos. Ficamos abraçados, respirando devagar, a pele ainda aquecida, ouvindo o próprio coração batendo acelerado.

Sabíamos que o risco era grande, que o futuro era incerto, mas, naquele momento, nada mais importava.

Era perigoso. Era imprudente. Era errado segundo qualquer padrão. Mas ali, naquele quarto, naquela tarde roubada, era tudo o que nós mais queríamos.

O desejo, o medo, a paixão, tudo se entrelaçava, nos deixando suspensos em um limbo perigoso, mas irresistível. E assim, entre o perigo e o desejo, nós continuamos buscando um ao outro nas sombras, sabendo que cada encontro poderia ser o último.

E foi justamente isso que passou a atormentar nós dois: até onde aquele amor poderia existir? E por quanto tempo antes que tudo desabasse?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Matheus Azevedo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários