A NOVINHA SAFADA E O VÉIO TARADO

Um conto erótico de Rico Belmontã
Categoria: Heterossexual
Contém 1531 palavras
Data: 19/11/2025 12:41:13

O prédio fedia. Um cheiro de gás encanado que parecia ovo podre, daqueles que grudam na roupa e no juízo. O corredor do terceiro andar era pior: azulejos rachados, lâmpadas piscando prestes a queimar, e um rastro pegajoso de sujeira no chão que ninguém limpava. Júlia, 18 anos recém completados, morava no 304 há dois meses. Estudava Letras numa faculdade de merda, pagava as contas com um estágio que a tratava como lixo e marmitas frias com miojo e ovo frito que engolia correndo entre um turno e outro. O apê era herança da avó, mas as contas de consumo atrasadas e as mensalidades da faculdade a sufocavam. O medo de ter a água, luz e internet cortadas era um peso constante, como uma pedra no peito. E os caras com quem saía? Uns merdinhas que gozavam mais rápido que coelho e a deixavam com tesão acumulado e um vazio existencial.

No 302, morava o velho. Ninguém sabia o nome dele. Uns diziam que foi policial nos anos 80, que matou um cara por ciúmes da mulher. Outros juravam que a esposa se matou no banheiro, cortando os pulsos em cima dos azulejos amarelados, deixando manchas que nunca saíram. A única certeza era o fedor que vazava da porta: urina azeda, cigarro, sabão de coco rançoso. Ele aparecia às vezes no corredor, cuspindo no chão, com uma cueca bege encardida, a braguilha aberta mostrando um saco murcho e peludo. Arrastava chinelos furados pelo corredor enquanto falava num celular antigo como se discutisse com fantasmas.

Júlia evitava o cara. Até o dia em que esqueceu o saco de lixo na frente da porta. Era fim de mês, ela tava exausta, o saco cheio de absorventes usados, cascas de laranja podres e restos de miojo. No dia seguinte, o lixo sumiu. No lugar, um bilhete em papel amarelado, escrito com garranchos:

“Se quiser me agradecer, traga sua calcinha usada.”

Júlia engasgou com o café frio, riu alto, achando que era piada. Guardou o bilhete no bolso, pensando em mostrar pras amigas. Mas algo no texto, naquelas letras horrendas, acendeu um calor estranho no meio das pernas. Era nojento, mas... excitante. Como se alguém finalmente tivesse notado o corpo dela, suado, pegajoso, humano, e não a aluna certinha que tentava ser.

No terceiro dia, outro saco de lixo sumiu. Outro bilhete:

“Pago R$ 50. Só quero cheirar.”

Ela pensou em chamar a polícia. Pensou em contar pras amigas. Mas o recibo da água tava atrasado, a geladeira vazia, e a internet cobrando juros. E, puta merda, aquele calor de novo, subindo do ventre até a garganta. Na sexta-feira, ela fez o impensável. Pegou uma calcinha preta, usada por dois dias, com uma crosta seca de corrimento e o cheiro forte da buceta suada. Colocou num saquinho de supermercado, amarrou com nozinho e pendurou na maçaneta do 302. Desceu correndo, coração na boca, rindo de nervoso.

No dia seguinte, um envelope amassado apareceu na porta dela. Dentro, R$ 100 em notas amarfanhadas. E outro bilhete:

“Tem gosto de moça malvada. Quer mostrar mais?”

Júlia ficou olhando pro papel, a letra tremida, imaginando o velho cheirando a calcinha, a respiração pesada, as mãos calejadas segurando o pano. Ela se trancou no quarto, abriu as pernas e tocou uma siririca pensando no nojo, no dinheiro, no segredo. Gozou rápido, com força, a xoxota ensopada de fluidos, de orgasmo urgente, gemendo baixo pra vizinhança não ouvir.

Começou assim. Primeiro, fotos. Ela tirava com o celular, sem rosto, só o corpo: os peitos pequenos com os mamilos duros que ela estimulava antes, a buceta com pelinhos mal aparados que ela abria com dois dedos até mostrar o seu orifício sedento, acarinhava o clitóris até umedecer a entrada da xoxota. Tirava a foto com um fio de visgo grudando nos dedos. Mandava por um e-mail que ele passou num bilhete, nunca respondia. Só entregava mais dinheiro e bilhetes cada vez mais sujos: “Esfregue no suvaco. Durma sem tomar banho. Mije um pouquinho em cima antes de mandar.” Ela obedecia. Deixava de tomar banho, passava dias com a mesma calcinha, sentia o cheiro azedo do próprio corpo e gostava. O envelope vinha mais gordo. R$ 200, R$ 300. Ela se masturbava pensando nos olhos úmidos do velho, na respiração ofegante, nas mãos trêmulas enquanto ele cheirava.

Um dia, o bilhete mudou:

“Quero te ver. Não vou tocar. Só olhar. Você pelada na minha sala. Nada mais.”

Júlia hesitou. Mas o IPTU tava atrasado, e o tesão já era maior que o medo. Ela bateu na porta do 302 numa sexta-feira à noite, vestindo uma camiseta surrada e uma saia curta, sem calcinha. O velho abriu a porta, o fedor de nicotina e velharia batendo como um soco. Ele usava a mesma cueca bege, agora com manchas amareladas na frente. A sala era um nojo: cortinas marrons encardidas, copos de extrato com fungos esverdeados na pia, um sofá manchado de algo que Júlia preferiu não saber o que era. Mas ele tinha limpado um canto. Uma poltrona vermelha de couro descascado, uma mesinha com velas acesas, cheiro de cera barata misturado com o ranço do lugar.

“Pode tirar”, ele disse com a voz rouca, sentando na poltrona. Os olhos brilhavam, úmidos, famintos.

Júlia tirou a roupa devagar, sentindo o ódio e o tesão se misturarem. A regata caiu, mostrando os peitinhos suados, os mamilos inchados. A saia desceu, revelando a buceta delicada, lábios pequenos, os pelinhos nascendo. Ela sentou e abriu as pernas colocando-as sobre os braços da poltrona e abrindo a buceta com os dedos, deixando-a completamente exposta. O velho chorou. Pegou o pau murcho, meio duro, e começou a se tocar, gemendo baixo, cuspindo saliva grossa no chão. Gozou rápido, um jato fraco e ralo que escorreu pelos pés artríticos e cheios de calos.

Ela saiu rindo, com R$ 500 no bolso.

Na semana seguinte, foi ela quem bateu na porta. Virou rotina. Toda sexta, ela entrava, tirava a roupa, dançava, se masturbava, enfiava o cabo da escova na buceta, às vezes uma cenoura no cu. Às vezes chorava, sentindo o nojo e o prazer brigarem dentro dela. Ele gravava tudo com uma câmera VHS velha, o som do motorzinho misturado com os gemidos dela e os grunhidos dele. Nunca se tocavam. Até que ele pediu.

“Deixa eu te tocar. Só os dedos.”

Ela disse não. Ele aceitou, sem insistir. Na semana seguinte, ela deixou. Os dedos dele, ásperos, com unhas amareladas, roçaram a buceta dela por fora, depois por dentro, o clitóris inchado, o polegar inteiro no seu cu apertado. Ela gozou gritando, o corpo tremendo, o cheiro nojento dele impregnado na pele. O velho lambia os dedos como se fosse uma laranja doce.

Depois, ele pediu pra por a língua. Ela deixou. A boca do velho, enegrecida de tabaco e cheia de dentes podres, chupou a buceta dela, lambeu o corrimento persistente até limpá-la por completo, o suor da virilha, um rastro de merda que ainda estava grudado nas pregas do cu. Ela gozava com nojo, com ódio, com tesão. Depois, ele pediu pra ela abrir o cu com os dedos pra ele gozar dentro. Ela enfiou dois dedos e abriu o orifício anal o mais que pode, ainda fedido pelo cocô que fizera mais cedo na faculdade. A porra quente e rala escorreu pelos reto adentro, ela sentia o líquido invadindo o seu rabo, lá no fundo, escorrendo para dentro das suas entranhas. Ela fazia um vai e vem com o dedo dentro do cu, empurrando a porra para dentro, rindo, chorando, sentindo o fedor dele dominar tudo.

O sexo virou um rito. Um mergulho na podridão. Ela parou de sair com os caras da faculdade. Não respondia mais às amigas. Começava a sentir tesão pelo fedor pútrido do velho, pelo cheiro de urina e cigarro. Pelo cheiro do papel higiênico usado no cesto do banheiro, melado com restos de diarréia. Cheirava as roupas dele escondido, fedidas a cecê, cuecas encardidas, camisas manchadas com restos de comida e vômito. Dormia com as cuecas com fedor de mijo entre as pernas, o cheiro azedo a levando ao orgasmo.

Um dia, ele não respondeu. A porta do 302 ficou fechada. Nenhum bilhete. Nenhum envelope. Silêncio. Júlia bateu, gritou, esperou. Nada. Na semana seguinte, chegou um pacote pelo correio. Sem remetente. Dentro, um DVD. Ela colocou no notebook velho, o coração disparado.

Era ela. Nua, gemendo, abrindo as pernas, se masturbando. Vídeos de todas as sextas, ângulos diferentes, a câmera VHS capturando cada detalhe: o suor, o corrimento, os gemidos roucos, os dedos dele entrando no seu cu e buceta. No final, uma legenda em letras brancas:

“Você agora é a minha eternidade. E do mundo.”

Júlia assistiu de novo. E de novo. O nojo e o tesão a consumiam. Ela se trancou no quarto, pegou o celular e começou a se filmar. Nua, suja, se tocando, gemendo alto, enfiando um pepino amarelado na xoxota e o cabo da escova no cu. Ela gozava enquanto arrombava seus orifícios com violência, tirava os objetos dos buracos e cheirava, lambia, e enfiava outra vez, e gozava de novo, imaginando os olhos do velho, o fedor dele, o caos que ele deixou.

Fim.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Rico Belmontã a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários