Capítulo 1 = Medo e Liberdade: Amores Escondidos.

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Homossexual
Contém 1572 palavras
Data: 18/11/2025 00:48:48
Última revisão: 18/11/2025 04:58:53

Não sei como dizer isso… Mas essa gostosa no espelho ontem era homem… Pois é, eu fui transformado por magia, veja, não que eu não quisesse, não que eu não sempre desejei algo assim, mas ter tudo isso assim, dá medo, dá bastante medo, porque o mundo é diferente quando se é uma mulher e eu… Não sei…

Tudo começou anos atrás, estávamos nos começo dos anos 90…

“DANIEL HORA DE ACORDAR”... O sol mal tinha saído e meu pai já me acordava aos berros, filho de pescador, eu aprendi a pescar ainda criança, tinha acabado de terminar o ensino médio, um ano adiantado inclusive, mas a faculdade, era algo que não estava no radar dos meus pais.

Família católica devota, eu sempre ouvia o quanto tudo era pecado, principalmente, o meu segredo…

Como dizer isso… De todas as coisas que eu não me considerava, hétero era a principal, o que se minha família soubesse seria um escânda-lo, mas meu primeiro beijo foi com um garoto, a primeira vez, foi com um garoto, sempre sofri de amores, como todos os garotos, mas sempre foi por garotos…

Não é tão difícil de explicar…

Mas confesso que nunca fui do tipo que se veste de menina, ou que pensa em si mesmo como menina, isso é o mais chocante dessa história toda… Eu… Enfim, vamos continuar contando a história.

Aquele dia me levantei e fui me arrumar, meu pai não aceitaria não como resposta, eu vou para o carro dele e entro no carro, ele me olha como sempre olhou, como se eu fosse uma decepção, por não ser um machão com cara de mal, que ele via em mim… Mas já tinha se acostumado que Deus não me deu essa personalidade.

A única coisa é que ele não imaginava o que mais Deus não me deu… Tipo… Tesão por mulher…

A questão é, chegar na praia de onde os barcos partiam para o mar, puxados por tratores, ver aquele monte de homem bruto, pescadores, seus braços fortes, seus corpos morenos molhados de suor ou de mar, por mais que meu pai tivesse que gritar comigo sempre porque ficava a noite acordado até tarde era de longe o melhor momento do meu dia.

Eu subi no barco do meu pai e lá fomos nós pescar…

O trabalho no barco era fácil, jogar a rede, esperar, puxar a rede, mudar a posição do barco repetir a operação, ao longo da manhã inteira e o começo da tarde, no final da tarde, vínhamos de novo para a praia, o barco é puxado pelos tratores areia adentro por causa das ondas violentas.

Limpar os peixes, vender os peixes no pesqueiro… Simples.. Trabalhoso e fedido, mas simples, depois disso ajudar as vendas dos meus pais, vender os peixes, separar os nossos, separar os que meu pai usa para trocar por outras coisas com amigos, depois disso, estou livre para ir curtir com meus amigos, coisa que meus pais já estão acostumados.

Eu tenho 3 amigos, Fábio, André e César, nós somos inseparáveis desde o 8° ano, sempre fomos amigos, André e César dois safados, vivem cercados de meninas, Fábio e eu já somos mais na nossa, eu sou bonito e até chamo atenção de meninas, só não me interesso, a fama, vem crescendo desde então.

Claro que meus amigos, praticamente sabem que eu sou Gay, ninguém finge que não, ninguém espera que não, só não falamos no assunto.

“E aí Daniel chega aí.”, estávamos na praça, perto da rodoviária, com uma quadra, que estava ocupada por outros jovens, me sento com eles, André e César com suas namoradas, eu e Fábio, estávamos todos conversando sobre o dia, tomando cerveja e comendo petiscos.

Eu e Fábio éramos filhos de pescadores, André e César filhos de comerciantes locais, não era exatamente uma vida cheia de dinheiro, mas tínhamos mais dinheiro que a média das pessoas na comunidade pesqueira a beira mar, aliás, uma praia que fica bem cheia no verão, mas é uma praia brava que dá pouca chance de mar seguro.

Basicamente, esse era um dia comum para mim desde que começaram as férias, logo após completar meus estudos, as coisas estavam divertidas, mas havia uma nova tensão no ar, algo que não era todos que pegaram, porque essa é uma comunidade pequena, Praia de São Tomé, possui uma população de menos dehabitantes, suficiente para todo mundo se conhecer.

Se houvesse bandeira de mais, virava notícias, não havia como impedir.

Após ficarmos por lá por tempo suficiente, conversando, se divertindo, com jogo de cartas, resolvemos ir para casa, André e César nunca iam direto para casa, eles levavam Camila e Ana para casa, o que geralmente significava um desvio para diversão do casal eu e Fábio, que não tínhamos namoradas íamos sozinhos em outra direção.

Ao virar em uma rua, Fábio me puxa pelo colarinho e me taca um beijo na boca, nos beijamos com força, com vontade, tudo escondido, o medo da violência, de estupro, histórias que ouvíamos falar que acontecia com outros como nós, mas nessa rua escura, onde carro nem um passa essa hora, era seguro.

“Cara eu estou louco pela sua boca.”, ele me fala, eu estremeço, arrepiado, mordo o lábio e faço que sim com a cabeça, ele me empurra para baixo, enquanto libera o caralho grosso já duro, não é tão grande, mas é grosso, bem grosso, eu coloco na boca com alguma dificuldade e começo a chupar, com fome, com vontade.

Usando a língua e pressionando os lábios, fazendo um vai e vem forte e rápido, enquanto ouço seus gemidos de tesão, a adrenalina e o medo de sermos pegos, fazia com que tudo tivesse que ser bem rápido, ele sabe, eu sei, não há espaço para que a gente se sinta seguro suficiente.

Eu sou magro e alto 1,80, com pele morena, queimada de sol pelo trabalho no barco, os olhos negros e os cabelos os traços indígenas, o que inclui uma falta de pelos flagrante, herdado do sangue da minha mãe, olhos puxados, apesar de magro, forte, pelo trabalho braçal diário.

Fábio completamente diferente, um pouco mais baixo 1,75, ombros largos, pernas grossas e musculosas, corpo peludo com barba crespa e cabelos cacheados, olhos castanhos, um homem definitivamente lindo.

Ele goza com um gemido alto, eu engulo tudo, mas quem disse que já acabou ele me puxa e me empurra de frente para a parede de costas para ele, eu quero, claro que quero, quero gozar também ele sabe e ele têm fôlego para mais isso, então ele encaixa na minha bunda e empurra, me arrancando um gemido alto de dor e prazer.

Ele soca fundo, bem fundo, mas só o que consigo sentir é a grossura, me abrindo bastante, me fazendo sentir preenchido, dolorido, arrombado, gemendo com a cara na parede enquanto tomo no cu, ele mete com força, mas devagar, fundo, mas com algum cuidado, alisando minha cintura, beijando meu pescoço, mordendo meu ombro.

Me entrego há um prazer, que mal consigo descrever em palavras, enquanto sinto o seu membro se movendo dentro de mim, eu estremeço inteiro gozando, gozando com força, tremendo, sentindo minhas pernas bambas e logo sinto o caralho me enchendo o intestino…

“Caralho que delícia é você Daniel.”, eu respirando fundo, descompassado me recuperando.

“Isso é meio loucura, você sabe né?”, eu comento sentindo a pontada de medo…

“Ninguém vai pegar a gente.”, ambos arrumando as roupas, para chegar em casa e correr direto para um banho…

“Você sabe que a gente pode tipo, se assumir e ir morar em outro lugar né?”, olhando para ele.

“Morar onde Daniel, com que dinheiro?”.

“Sei lá velho, capital, Rio de Janeiro é bem mais tolerante que esse fim de mundo.”, eu olho nos olhos dele, praticamente uma súplica para irmos para um lugar seguro, para homens como nós podermos ter uma vida mais fácil.

“Dan, não temos dinheiro, esse é o principal problema, nem como trabalhar de outra coisa, a gente vai começar uma faculdade, aí depois tudo vai ficar mais fácil.”, eu fico olhando para ele, olhos nos olhos, eu sei que ele me ama tanto quanto eu o amo, mas, ambos sabemos que o que ele fala é o sensato e seguro a se fazer, mesmo que seja doloroso.

“Acho que meu velho não vai deixar eu fazer a faculdade, ele vai querer que eu trabalhe com ele no barco.”, eu respondo em fim, me sentindo triste, cabisbaixo.

“Vai dar certo Dan, a Petrobras está investindo pesado na Bacia de Campos, a gente só precisa surfar nessa onda, só precisa ser especializado em uma área que compense…”, eu respiro fundo, a promessa parecia bem distante, mas o que tínhamos além de esperança.

“Espero que esteja correto.”, “Vai dar certo amor eu juro.”, trocamos um último beijo e fomos para casa, ainda mantendo nossos segredos, nossos medos…

Naquela noite dormi inquieto, acordei sem lembrar do que sonhei, mas sabia que era algo diferente, sabia que havia o mar e outras coisas, fui me arrumar, havia acordado antes de toda a família, quando cheguei no banheiro me olhei no espelho, pela primeira vez um pensamento passou pela minha cabeça.

E se eu fosse uma mulher…

======== …FIM… ========

Essa é a minha primeira aventura no mundo da magia, contos de feminilização e etc, eu espero que gostem, espero que gostem dos meus personagens e comentem, deixem suas estrelas... Eu sempre respondo quem comenta.

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Foto de perfil de Dani Pimentinha CDDani Pimentinha CDContos: 21Seguidores: 84Seguindo: 21Mensagem Sou cd sou trans, sou queer, não consigo mais me definir por rótulos, sou ela, dela para ela, por escolha e preferência, não sou operada, não sei se faria, mas sou feminina, delicada, ousada, dane-se o mundo, dane-se o que pensam de mim, sou Dani.

Comentários

Foto de perfil de Amandha CD Putinha Sul de Minas

Que delííííciaaaaa... gozei muuuito... conta mais dessa história... que tesão

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Foto de perfil de Tito JC

"mas o que tínhamos além da esperança"... Gostei demais dessa frase. Ela diz tanto sobre tanta coisa. Muita vezes só temos esperança e um desejo enorme que tudo mude e, às vezes, muda mesmo.

Gostei do texto Dani, achei profundo e reflexivo. Vamos ver onde essa viagem que começa agora vai nos levar. Abraços!!!...⭐⭐⭐

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Foto de perfil de Dani Pimentinha CD

Sim as vezes a esperança é que nos move… Espero que goste dessa série, vou me esforçar. Mesmo por ser algo que eu nunca tentei.

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