A conquista despretensiosa do hétero convicto

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 10191 palavras
Data: 15/11/2025 13:52:15

Meu pai brasileiro conseguiu uma bolsa de estudos numa universidade americana e foi lá que conheceu minha mãe, uma americana de Boston. Apaixonaram-se, casaram e tiveram filhos, um casal, minha irmã e em seguida eu, aquele desfecho natural ao qual todo homem e mulher ruma muitas das vezes apenas conduzido pela maré. Sob essas circunstâncias, ele foi perdendo, aos poucos, o contato com os familiares no Brasil. Somente um dos irmãos, com o qual tinha mais afinidade, foi a exceção. Não se visitavam muito, mas mantinham contato frequente, especialmente após o surgimento das atuais tecnologias de comunicação.

Aos vinte e nove anos e, depois de quinze da única vez em que estive no Brasil, morando dos onze aos catorze anos quando meu pai veio assumir um cargo na filial brasileira da empresa na qual trabalhava; eu voltava, a princípio para umas férias de pouco mais de um mês. O convite partiu do meu primo Daniel, primogênito desse meu tio com o qual meu pai mantinha contato. A mesma afinidade dos nossos pais embasava a minha amizade com ele. Nos comunicávamos toda semana e isso reforçava o vínculo e nos mantinha atualizados com o cotidiano de cada um.

O Daniel estava noivo e pretendia se casar dentro em breve. Por tabela e, através das minhas videochamadas com o Daniel, eu acabei me tornando amigo da Mariana. Ao me convidar, a intenção era de passarmos aquele verão na casa de praia no litoral paulista que fora do meu avô e onde passei todos os verões naqueles quatro anos nos quais moramos no Brasil. A ampla residência ficava num condomínio entre umas dunas cobertas de vegetação litorânea numa enseada em forma de ferradura. Com poucas casas no entorno, a praia raramente ficava movimentada, mesmo na temporada.

Tive que ir direto do aeroporto para a cidade na qual o condomínio se localizava, pois todos já haviam descido a serra dias antes. Me enfiei num ônibus e parti rumo ao meu destino. Não me lembrava mais como chegar à casa, e precisei do GPS do celular para encontrá-la, seguindo o endereço que o Daniel me passou.

O Daniel sempre foi muito popular, segundo me lembrava, por isso não estranhei quando encontrei uma galera de amigos dele na casa. A maioria eu desconhecia, exceto a Mariana que estava vendo pessoalmente pela primeira vez, um ex-colega de colégio dele do qual já não me recordava mais o nome, e um de seus melhores amigos, o Jairo, do qual eu guardava lembranças conflitantes.

- Não mudou nada por aqui! – exclamei ao entrar na casa, onde no momento só estavam o Daniel e a Mariana.

- Meus pais têm vindo pouco e estão perdendo o interesse pela casa aos poucos. – retrucou ele.

- É uma pena, ela é muito confortável e tem essa vista para o mar que é simplesmente maravilhosa. Quando penso num lugar para relaxar, lembro dessa paisagem e do pôr do sol por detrás daquele morro. – comentei saudosista. – E o restante do pessoal, onde está?

- Foram até o centro. As garotas queriam comprar biquinis e depois ficaram de ir num barzinho, só devem voltar à noite. – enquanto me respondia, escutei uma camionete estacionando ao lado da casa. – E quem acaba de chegar é o Jairo, lembra dele? – perguntou como quem já sabia a resposta e do nosso relacionamento conturbado.

Fiz que sim com um aceno de cabeça, e tentei manter a calma e o sorriso para não dar bandeira do quanto eu não ia com a cara daquele sujeito. Meu primo apenas riu e tentou justificar a presença dele ali.

- Foi ele quem se convidou, você deve se lembrar do quanto ele consegue ser folgado. Sempre fomos grandes amigos, ficava chato eu lhe negar hospedagem, você entende, não é?

- Sim, claro! Nada a ver! Sou perfeitamente capaz de conviver com ele sem problemas! – respondi, embora não tivesse plena certeza disso.

- Vou te mostrar o quarto onde vai ficar! – retrucou, ao perceber que eu fiquei incomodado com a presença inesperada do Jairo. – É esse aqui, onde você e eu costumávamos ficar no tempo em que morou no Brasil. Dessa vez terá que compartilhá-lo com o Gustavo e o Jairo, pois são os únicos que não tem namoradas e a casa está cheia, tudo bem para você?

- Tudo! Não esquenta!

Da sacada do quarto dava para ver o Jairo colocando umas pranchas de surf na caçamba da camionete. Ele acenou quando me viu e lançou um sorriso que não identifiquei se era de boas-vindas ou de sarcasmo. Em todo caso, devolvi o aceno timidamente.

- Tem certeza que vai ficar bem aqui? Posso pedir para a Mariana se mudar de quarto e trocar com você.

- Não, não precisa! Pela paixão que rola entre vocês e dá na vista, eu não vou querer ser o estorvo que vai impedir vocês de transarem. – afirmei, o que o fez rir, uma vez que ambos mal podiam chegar perto um do outro para o tesão os levar aos amassos e beijos.

- Só estávamos esperando você chegar, a Mariana e eu vamos tomar um sorvete num quiosque perto do centro que você precisa conhecer. Vem conosco? – convidou.

- Hoje não, estou cansado da viagem, prefiro ficar, arrumar minhas coisas e dar um cochilo.

- Você que sabe! Me ligue se precisar ou quiser se juntar a nós mais tarde.

A tarde estava caindo quando saí da ducha, depois de ajeitar minhas coisas e descer para fazer um lanche, pois estava varado de fome. Pela janela da cozinha vi o Jairo voltando sem as pranchas na camionete. Ele havia se transformado num cara bonitão. Musculoso ele já era naquela época, mas agora esses músculos estavam bem maiores e mais insinuantes. Aquela penugem no rosto da adolescência deu lugar a uma barba meio desleixada que lhe dava uma aparência máscula. Debaixo da camiseta regata havia num tronco grande e vigoroso que não existia durante a adolescência, e que lhe dava um ar viril quase estonteante para um gay como eu e, certamente, para as garotas.

Disso ainda me lembrava bem, já naquela época elas davam mole para ele, atraídas por sua sensualidade inata, o que fez dele um tarado inveterado, pois podia escolher entre uma gama de possibilidades aquela na qual queria enfiar a pica. Os demais garotos o invejavam uma vez que nunca fez segredo de suas conquistas nem das bocetas onde meteu o caralho insaciável.

- Bruno! Quem é vivo sempre aparece! Finalmente resolveu dar o ar da graça! Há dias o Daniel não fala noutra coisa! A chegada do priminho sumido. – a ironia estava em cada palavra que pronunciava, o que me fez concluir que ele também não havia mudado em nada, exceto por aquele corpão estupendo.

- Djairrô! Tudo bem com você? – perguntei tímido com o forte sotaque de quem praticamente desaprendeu o pouco de português que meu pai nos ensinou. Fiquei puto comigo mesmo por me deixar abalar com a presença dele.

- Melhor agora que você está aqui! Ainda não aprendeu a pronunciar meu nome? Se diz Jairo e não Djairrô! – respondeu, pegando a metade do sanduiche que eu havia acabado de preparar, enfiando simplesmente a mão e dando uma mordida sem pedir permissão. Estava claro que íamos ter problemas.

Peguei o restante do sanduiche e um suco e fui me sentar na varanda para apreciar aquele pôr do sol do qual senti tanta falta. Não demorou ele se instalou na cadeira ao lado, havia tirado a camiseta regata e eu soube que o fez para me impressionar, o que infelizmente, ele conseguiu, pois era difícil não olhar para aquele peitoral revestido de pelos sensuais nem para aquele abdômen sarado. Ele quebrou o silêncio constrangedor depois de alguns minutos. Creio que ensaiou o que ia dizer para que eu não me zangasse como costumava acontecer quando éramos adolescentes e vivíamos discutindo.

- Quanto tempo vai ficar?

- O verão, eu acho! E você?

- O verão todo! Devo ir apenas alguns poucos dias para casa para resolver uns assuntos. – eu quis perguntar com o que ele trabalhava, mas resolvi não demonstrar interesse em nada que se referisse a ele. – Com o que você trabalha nos Estados Unidos?

- Marketing!

- Legal! Sou consultor jurídico, trabalho remotamente para algumas empresas, o que me permite ficar livre para fazer o que gosto, surfar. – devolveu ele. Nada perguntei, o que o deixou calado por mais uns bons minutos. – Vou pegar uma cerveja, quer?

- Não, obrigado! – minhas respostas quase monossilábicas lhe confirmaram que eu não estava a fim de conversa, particularmente com ele. Voltou com a cerveja, ocupou a mesma cadeira e ficou olhando para o mesmo horizonte que eu.

- O Daniel me disse que você assumiu a sua homossexualidade. – soltou, de repente, o que me fez olhar na direção dele como quem pergunta – e qual seu interesse nisso – embora não tivesse aberto a boca. – Desde que o vi pela primeira vez desconfiei que era gay, ou que ia acabar sendo gay.

- Era por isso que me chamava de frutinha? – perguntei secamente

- Você era uma frutinha! Mimadinho, filhinho da mamãe, cheio de frescuras e não-me-toques e esse sotaque de gringo sempre metido naquelas roupas engomadinhas e de grife que trazia dos Estados Unidos. Sim, você era uma frutinha, um veadinho em formação! – exclamou, sem meias palavras.

- E você era e, ao que ainda parece, um escroto! – revidei.

- Ficou bravo? Não falei para te ofender, juro!

- Falou para que, então!?

- Sei lá! Bobeira minha! – deixei-o na varanda e fui dar uma caminhada na praia, estava escurecendo e eu não estava a fim de me deixar insultar por aquele babaca.

Quando regressei, a galera havia retornado e fui sendo apresentado àqueles que ainda não conhecia. Era uma turma legal, divertida e bem eclética, me entrosei com facilidade. Como de praxe, me fizeram centenas de perguntas que eu respondia com mais ou menos detalhes a depender do quanto estava disposto a me expor. Meu sotaque, que o Jairo criticou, fez sucesso entre a galera que também me ajudou a lembrar de palavras que eu já tinha esquecido e a me explicar o sentido das gírias que eu desconhecia. Todos já sabiam que eu era gay e estavam de boa com isso, o que, confesso, me espantou, pois tinha o Brasil como um país retrógrado, homofóbico e machista, pouco aberto aos novos tempos. Outra surpresa foi saber que entre eles havia um trisal, um cara bem tesudo que se relacionava com duas lésbicas, sendo uma delas a namorada oficial. O Jairo só me observava de longe, disfarçando.

Como não havia conseguido tirar aquele cochilo da tarde, fui cedo para a cama, deixando a galera assistindo uns filmes no streaming. Fazia dias muito quentes e a galera usava um mínimo de roupas cobrindo apenas o essencial, o que me levou a deitar só de cueca. As que eu usava sempre foram minúsculas, cavadas e que minhas nádegas polpudas tinham por costume engolir no rego apertado. Acordei de madrugada e vi que o Gustavo e o Jairo também dormiam de cueca, o Gustavo com uma boxer na qual se notava um volume enorme e o Jairo com uma samba canção de seda também com um volumão solto um tanto quanto excitado e um chumaço de pentelhos escuros aparecendo pela abertura da braguilha. Ambos ronronavam espreguiçados em seus corpões viris, o que me levou a sentir ainda mais calor que, no entanto, vinha de dentro, não do ambiente ao meu redor.

O sol despontou cedo, e como tinha ido dormir antes que os demais, também levantei cedo. Preparei apenas um café e deixei a cafeteira programada para mantê-lo aquecido até a galera acordar, e fui para a praia fazer minha corrida matinal. Não voltei para casa ao final dela, queria um pouco de isolamento e fiquei sentado na areia fofa de uma das dunas observando o mar e revendo algumas questões pessoais que me afligiam e que eram um dos principais motivos dessa viagem ao Brasil. Há pouco mais de um mês tinha brigado com meu namorado e deixado o apartamento onde morávamos havia cinco anos para voltar a casa dos meus pais. Nossas discussões já vinham acontecendo há algum tempo, e não houve apenas uma razão única para aquela última briga, embora eu não soubesse elencá-las. Acho que ainda nos amávamos, porém não sabia se esse amor ia ser capaz de subsistir no cotidiano. Quando ele soube que vim para o Brasil, me ligava todos os dias pedindo para eu voltar e jurando que ainda me amava. Me sentia culpado por querer desistir do relacionamento para o qual eu não via mais futuro, embora houvesse momentos nos quais minha paixão por ele parecia intacta.

Era nisso que estava compenetrado quando o Jairo se sentou ao meu lado. Tinha vindo de mansinho e não disse nada até eu notar sua presença.

- Pensativo?

- Um pouco! – respondi

- Posso ficar?

- A praia é pública!

- Você não dá sequer uma brecha de abertura, não é? Ainda guarda rancores de quando éramos adolescentes?

- Não são rancores, apenas não temos nada em comum, nenhuma afinidade. – devolvi

- Podíamos construir uma a partir de agora! – sugeriu

- Para que? Em breve volto para os Estados Unidos e você segue seu caminho.

- Ok, você é quem sabe! – exclamou frustrado

- Vou dar um mergulho antes de voltar para casa! – ele ficou me observando, dava quase para sentir o olhar dele grudado nas minhas costas e bunda. Torci para que fosse embora para não ter que o encontrar quando saísse da água, mas ele continuava ali sentado pensando em sabe-se lá o que.

- Seu corpo é muito bonito! – exclamou assim que peguei a toalha para me secar. – Aliás, vocês gays costumam ter corpos muito bonitos e bem cuidados. Você pratica algum esporte para manter esse corpão gostoso? – perguntou. Eu não ia responder, bem podia ser mais uma de suas sacanagens, e eu bem sabia até onde a crueldade delas podia chegar.

- Jogging, pela manhã. É tudo que faço. – acabei respondendo

- Na adolescência você era um pouco desengonçado, os braços e pernas eram desproporcionalmente compridos em relação ao restante, só a bunda já era bem carnuda e tesuda naquela época, mas agora o corpo não podia ser mais perfeito, tudo é bem tesudo. – ele falava olhando para mim, me examinando, e não entendi qual o objetivo daquela conversa. – O que acha do meu corpo, gosta dele, me acha bonito?

- Estou voltando para casa, até mais tarde! – creio que não era bem isso que ele esperava ouvir de mim quando me devolveu um OK.

Quase todos moradores do condomínio se conheciam de longa data, particularmente a turma jovem, e todo verão era marcado por festas que varavam a madrugada ora na casa de um ora na de outro. Elas não serviam apenas como distração quando o sol se punha, mas eram o palco para muita pegação e trepadas, assim como serviram de cenário que levou alguns ao casamento. O Daniel cresceu entre a garotada do condomínio e acabou levando essas amizades de verão para sua vida na cidade. Agora alguns já estavam casados, outros, como ele, noivos e, outros ainda namorando sem compromisso ou caçando parceiros.

- Vai rolar uma festa essa noite na casa da Silvia, não sei se você se lembra dela. – disse o Daniel ao me propor que fosse à festa. Como hesitei na resposta, pois não me lembrava da garota pelo nome, ele deu mais detalhes. – Era uma morena peituda, meio cheinha que usava aparelho nos dentes, lembra? Você não vai reconhecer, virou um mulherão, um pouco puta demais, mas bem tesuda. – subitamente a imagem dela adolescente se reavivou na minha memória.

- Estou lembrado!

- Falei que você estava aqui e ela está louca para te ver!

- Falou que sou gay?

- Falei, isso a deixou ainda mais excitada, acredita! – respondeu ele, me fazendo rir.

Eu estava imerso na banheira para relaxar o corpo antes de seguir para a tal festa quando o Jairo bateu na porta do banheiro do quarto.

- Posso entrar? Estou meio apertado!

- Me dá uns cinco minutos, já estou saindo!

- É meio urgente!

- Entra!

- Desculpa, cara! - exclamou ao espichar o olhar sobre a minha nudez e baixar a bermuda para se sentar no vaso. Como não me manifestei, ele voltou a puxar assunto. – Sabia que a Silvia perdeu o cabaço na minha rola? Foi no verão seguinte à sua volta para os Estados Unidos. Foi quando começou a virar uma putinha. – mencionou com certo orgulho, o que me enojou, e me levou a continuar calado para que não sentisse que eu aprovava seu feito.

- Ainda vai demorar? A água está ficando fria, quero sair da banheira.

- E não dá para fazer isso comigo aqui? Não vou arrancar nenhum pedaço seu! – retrucou. – Você é mesmo um veadinho muito cheio das frescuras, igualzinho quando era adolescente! – afirmou. – Tem medo de um macho te ver pelado?

- Não, não tenho! Mas também não preciso que fiquem me secando!

- É uma pena esconder esse corpão! Posso virar a cara para outro lado se isso te deixar mais seguro.

- Cara, você é irritante! – exclamei, saindo da banheira e alcançando a toalha para me enxugar, enquanto ele continuava com o olhar descarado e fixo na minha nudez.

- E você um porra de um veadinho muito do gostoso! Apesar de ser hétero, eu até comeria uma bunda tesuda como a sua. – afirmou com um risinho irônico antes de eu o deixar.

Na festa encontrei um pessoal que aos poucos foi se identificando e me trazendo memórias de quando eu frequentava aquela praia. Foi gostoso ouvir suas histórias e no que haviam se transformado, me fez esquecer um pouco dos meus problemas. A maior parte do tempo o Jairo se manteve isolado num canto, bebendo. Quando circulou, fez contatos breves com uns caras, abraçou, beijou e apalpou umas garotas, dançou com uma lata de cerveja na mão e veio ter comigo quando me sentei brevemente num sofá ao lado da Silvia e de uma garota que haviam acabado de me apresentar, Martina. Do nada, ele passou o braço nos meus ombros, me puxou para junto dele e me deu três beijos no canto da boca, me deixando perplexo e um pouco indignado. Minha primeira reação foi querer empurrá-lo para longe, mas não queria começar uma cena diante de todos, afinal ele estava meio alto por conta do que já havia bebido, o que seu hálito denunciava. Tanto a Silvia quanto a Martina nos olharam espantadas, mas não surpresas ante a atitude dele. A Martina me pareceu mais aborrecida com o que presenciou, embora não tivesse dito nada, nos deixando logo em seguida para se juntar a um grupinho afastado de onde ficou nos lançando olhares inquisitivos.

- O que foi aquilo há pouco? – perguntei, quando o Jairo estava me dando uma carona de volta para casa.

- Aquilo o quê?

- Não se faça de besta! Os beijos, você me abraçar daquele jeito, o que mais seria? Você nem deveria estar ao volante, bebeu além da conta! – retruquei.

- Como a galera ia acreditar que somos namorados se nem nos abraçamos e beijamos? Eles tinham que ter certeza! – devolveu

- E o que os levaria a pensar que somos namorados? Ficou maluco?

- Talvez porque foi o que andei espalhando! – exclamou, disfarçando o risinho

- Você o quê? Que porra é essa, Jairo? Por que falou uma bobagem dessas? Não sou e não quero ser seu namorado, nunca! – retruquei possesso.

- Para a Martina saber! É minha ex! Queria esfregar na cara dela que a fila andou. Viu como ficou a cara dela, foi sensacional! Trocada por um gay! Tem coisa pior para uma mulher saber que foi substituída por um cara e não por uma outra garota? É a morte para elas! – despejou contente pela artimanha ter dado certo.

- Está me usando para se vingar da sua ex? Quando ela descobrir que isso tudo não passa de um blefe seu, é você quem vai se sentir ridículo!

- Ela não precisa saber! Basta que acredite enquanto você estiver por aqui. Depois digo que terminamos porque não dava para manter um relacionamento a distância. – a lógica dele era patética.

- Não adianta, Jairo, você não amadurece! É um escroto! E o pior, ainda gosta dela para querer fazer ciúmes.

- Ela merece! Me largou há seis meses quando não aceitei um ménage a trois, a vagabunda! Sabe quem era o terceiro, meu melhor amigo! Ela estava trepando com o meu melhor amigo e eles queriam que eu levasse a putaria numa boa, acredita! – revelou, dando uma porrada no volante.

- Quem sabe não são os frutos que está colhendo por ser um garanhão pegador que não poupa uma boceta? – a questão me surgiu espontânea, como uma espécie de revanche, e não pude deixar de rir ao chegar a ela.

- Veadinho puto! – exclamou zangado. – Eu sou macho, não divido mulher minha com outros machos! Você nunca vai compreender isso por que é uma bichinha! – revidou.

- E você é um tonto se acha que as mulheres de hoje toleram que os homens tenham seus casos por fora sem que façam o mesmo com eles.

O Gustavo já estava dormindo quando entramos no quarto, tinha saído da festa mais cedo para levar a namorada para a casa dela. O pauzão estava duro dentro da boxer onde também se achava parcialmente enfiada a mão direita. Ele tinha se masturbado e adormecido depois do gozo, pois a porra marcara a cueca e o cheiro almiscarado dela se espalhara pelo ar do quarto.

- Caralho de merda! Qual é a desse cara? O quarto inteiro está fedendo a porra desse desgraçado! – esbravejou o Jairo. – Gustavo! Gustavo, seu merda, acorda! – chamou, sacudindo a perna do Gustavo com o pé. – Acorda, caralho! Vai lavar essa porra que ninguém é obrigado a dormir cheirando essa merda! – despejou, enquanto o Gustavo se espreguiçava antes de tomar uma bucha. Eu só conseguia rir da situação, o que deixou o Jairo ainda mais puto. – Você gosta, não é, seu veadinho? Uma rola dura de macho melada de porra, deve ser a visão do paraíso para um gay feito você! – vociferou.

O Gustavo me pediu desculpas quando saiu da ducha e, como não dei maior importância ao fato e afirmei que estava tudo bem, que ele não esquentasse com aquilo, o Jairo me fuzilou com o olhar, despiu-se ficando apenas com a cueca e se jogou de bruços na cama, sem dar boa noite a ninguém. Ainda o flagrei me espiando enquanto tirava a roupa e entrava na cama.

À medida em que ia acordando o pessoal chegava à praia. Montaram dois times e estavam jogando vôlei; só algumas garotas e dois namorados não se juntaram, preferiram ficar se agarrando e beijando sentados nas cadeiras sob os guarda-sóis. O Jairo e eu fomos os últimos a acordar, a casa estava vazia quando tomamos o café da manhã e encontramos o bilhete do Daniel – estamos na praia, seus preguiçosos. Seguimos para lá após o café.

- Passa protetor nas minhas costas! – pediu ao se sentar diante de mim ao chegarmos à praia.

Assim que minha mão sentiu a solidez daqueles ombros largos comecei uma viagem de sonho. Certamente era a minha carência me levando a um território inexplorado e perigoso, mas o prazer que estava sentindo ao deslizar a mão sobre aquelas costas vigorosas era surreal. O pessoal em volta começou a nos encarar de soslaio, calados, mas tendo a certeza de que estávamos namorando graças ao boato falso que o Jairo havia espalhado.

- Vou mergulhar! Tenho que entrar na água fria! – exclamou de súbito, correndo em direção as ondas.

- O que deu nesse maluco agora? – questionei em voz alta quando fiquei com a mão cheia de protetor solar estendida no ar e, à minha volta notei os risos.

- Impressão minha ou o Jairo ficou de pau duro? – perguntou caçoando uma das garotas.

- Impressão não, o que você acha que era aquela coisa enorme no calção dele? – questionou rindo um dos caras.

- Foi a mão prodigiosa do namorado! – exclamou outra garota, enquanto eu corava ligeiramente. – Não é novidade para ninguém que o Jairo, tarado como é, se excita com facilidade. Todos ficaram me encarando, esperando alguma manifestação.

Quando saiu do mar, ele se juntou a um dos times e fiquei a observá-lo. Não dava para negar que era um tremendo de um macho viril e gostoso, transbordando energia e testosterona sobre aquela pele bronzeada e suada. Não à toa meu cuzinho piscou ao me lembrar do que vi pendurado entre suas pernas na tarde anterior quando entrou no banheiro enquanto eu estava na banheira.

Por volta da hora do almoço a galera foi retornando para casa, os times se desfizeram, eu fui dar uns mergulhos antes de também voltar para casa para ver se precisavam de ajuda com o almoço. O Jairo ficou me esperando estirado na areia debaixo de um guarda-sol. Não reparar no volumão dentro do calção molhado era impossível, a cada passo que eu dava na direção dele, aquela coisa me deixava mais excitado.

- Apreciando a vista? – perguntou quando cheguei próximo a ele.

- E se estivesse? – questionei

- É um bom sinal, parece que está gostando! – gabou-se

- Você também tem um belo corpo, não é de se admirar que as garotas caiam matando em cima de você! – afirmei. Ele sorriu, creio que aquela resposta que ele esperou dias atrás veio na medida certa de seus anseios.

- E você, me acha bonito?

- Sim, acho! Namoraria comigo? Iria para a cama comigo? Transaria comigo?

- Esqueceu que já somos namorados? Não é o que andam dizendo por aí? – devolvi, driblando as perguntas dele.

- Pois é, somos! Mas não respondeu as minhas perguntas. Transaria comigo?

- Não! – respondi. A resposta o desconcertou, embora não o tenha demonstrado. - A galera já deve estar almoçando, e eu estou faminto! – exclamei, juntando as coisas para voltar para casa. Ele apenas me encarou com um olhar ainda mais estranho.

O Daniel estava intrigado, longe do pessoal me perguntou o que realmente estava rolando entre o Jairo e eu, afirmando que estava achando esquisito o surgimento repentino daquele namoro, quando sabia que ele e eu nunca tivemos empatia um pelo outro.

- Vocês estão sempre juntos pelos cantos ou isolados cochichando e rindo, não se largam mais, é sério esse negócio do namoro? – questionou. – Até onde eu sabia, você o detestava. O que mudou?

- Não sei se é sério! Acho que o Jairo só quer fazer ciúmes para a Martina, não tenho certeza. – eu não queria mentir para o Daniel, isso não fazia parte do nosso relacionamento; contudo, também não quis desmascarar o Jairo, dando a ex a chance de tripudiar sobre os sentimentos dele.

- E você está aceitando isso numa boa?

- Parto em algumas semanas, não quero que ele fique mal ou que zombem da artimanha dele. – respondi.

- Sua irmã me mandou uma mensagem, está abismada de você estar namorando o Jairo. Até me pediu que enviasse fotos de vocês dois juntos, comprovando que estão namorando. – disse ele

- E você, o que fez? – perguntei.

- Por enquanto nada! Mas ela continua insistindo, quer ver fotos de vocês dois. – nesse interim a Mariana se juntou à nossa conversa e sugeriu que fizéssemos umas fotos minhas com o Jairo para mandar para a minha irmã, uma vez que ela conhecia algumas garotas da galera o que daria mais credibilidade ao plano do Jairo.

- Não sei, não! Melhor não fazer muito alarde sobre esse assunto. – devolvi, sem conseguir convencê-los.

Minutos depois, ao lado de parte do pessoal que estava na casa, a Mariana nos fotografava abraçados no sofá.

- Isso não convence ninguém! – afirmou ela. – Vocês precisam se beijar, namorados se beijam! Andem, beija o Bruno, Jairo! – incitou. Um rápido toque de lábios foi clicado. – Chamam a isso de beijo? Vamos lá, garotos, é beijo para valer, não esse selinho chocho.

O Jairo me puxou pela nuca para junto dele e começou mordiscando meus lábios com os dentes, grudando-os lenta e sensualmente nos dele, cobrindo cada vez mais intensamente minha boca com a dele e enfiando a língua dentro dela. Todos ao nosso redor fizeram um silêncio estarrecido sem desviar os olhos do beijo cinematográfico que estávamos protagonizando. De tão embevecida, a Mariana só olhava, esquecendo-se por completo de fotografar a cena.

- Pronto é isso! – exclamei, ainda sentindo o efeito do frenesi que percorrera minha coluna durante o beijo. O Jairo ficou com uma expressão estranha, me encarando.

- Uau! Isso sim, convence! Pena que não fotografei de tão distraída. – afirmou ela

- Você está de brincadeira! – devolvi perturbado

- Anda, mais uma vez, prometo não me distrair novamente. – mal ela terminara a frase o Jairo já tinha meu rosto novamente em suas mãos, e sua boca se aproximava da minha como se fosse me devorar.

O segundo beijo foi ainda mais intenso, quente, a língua do Jairo foi se entrelaçando com a minha, os lábios me devoravam numa sensualidade libidinosa, o ar me faltava e minha respiração parecia depender do ar morno e úmido que ele expirava na minha boca juntamente com o sabor excitado de sua saliva. Meu corpo estremeceu enquanto o som dos cliques do celular da Mariana registrava o beijo tórrido. Ao desgrudarmos as bocas, meus lábios estavam entorpecidos e o Jairo cobriu rapidamente com uma almofada a ereção que havia crescido dentro da bermuda. Ele se levantou apressado e saiu da sala, deixando a todos certos do tesão incontrolável que o acometeu durante o beijo. Eu não sabia onde enfiar a cara, olhei a minha volta e disse que precisava tomar uma água na cozinha. Foi a primeira desculpa que me veio à cabeça para sumir dali o quanto antes. Horas depois, não só minha irmã nos Estados Unidos estava convencida do meu namoro com o Jairo, como toda a galera, inclusive a Martina onde as fotos apareciam nas mensagens trocadas entre eles. Viramos o assunto do dia, e eu começava a me arrepender de ter aceito aquele pacto sem sentido.

Coube a mim e ao Jairo fazer as compras no supermercado para a janta e para as refeições do dia seguinte. Eu disse a ele que não precisava me acompanhar, que ficasse curtindo a praia, mas ele insistiu em me levar. Enquanto dirigia, o assunto surgiu, nem sei bem como.

- Você sempre foi muito nojentinho! – afirmou ele

- Vai começar de novo? Por que me critica tanto, o que foi que eu te fiz? Ademais, você é bem mais nojento do que eu, se essa for a questão. – revidei, sabendo que ia rolar outra DR.

- Ainda me lembro de como ficava pescando os pedaços de cebola do prato, sua tia chegava a fazer parte da comida separada só para você, sem cebola. – mencionou, o que era verdade, houve um tempo na adolescência onde eu não tolerava cebola.

- Eu só não gostava do sabor naquela época, hoje como numa boa.

- Teve uma vez em que eu estava jogando bola com a molecada e, ao final da partida, fui querer te abraçar e você me empurrou para longe dizendo – Sai para lá! Você está todo suado e fedendo feito um porco! Não encosta em mim! – por pouco não te dei uns sopapos, você era muito do nojentinho. – recordou

- Não me lembro disso! Está inventando! – retruquei, pois realmente não me lembrava desse episódio.

- Não estou inventando! Aliás, posso citar uma porção de casos para te provar como você era nojentinho.

- Você só está querendo arrumar briga! – exclamei

- Me fala a verdade, Bruno, você sente nojo de mim?

- Que pergunta besta!

- Responde! Sente nojo de mim?

- Que saco, Jairo! Não, não sinto!

- Então prova!

- O quê?

- Prova que não sente nojo de mim!

- Como? – perguntei, já aborrecido com aquela conversa descabida.

- Lambe meu dedo! – retrucou, enfiando o dedo na boca e cobrindo-o com sua saliva e depois o colocando diante da minha. – Lambe, prova que não tem nojo! – provocou

- Não! Vai saber onde andou enfiando esse dedo! Estou fora! Não tenho que provar nada.

- Viu, você foi e continua sendo um veadinho nojento cheio de afetações! Caso contrário, teria lambido meu dedo sem frescuras. – eu não ia deixar o safado levar a melhor e, num ato intempestivo, levei aquele dedo à boca e o chupei, voltando a sentir o sabor viril de sua saliva.

Ele acabou tirando o dedo da minha boca enquanto eu o lambia e chupava. Ao olhar entre as pernas dele, vi a ereção consumada, o que o deixou encabulado.

- Ficou de pau duro, foi? – caçoei, ao cobrir o pauzão duro com minha mão e o apertando.

- Veadinho do caralho! – exclamou zangado, enquanto eu ria e ele procurava camuflar a ereção ao adentrarmos ao supermercado onde algumas pessoas notaram a bermuda lascivamente distendida. – Qualquer dia desses vou te obrigar a chupar a minha rola ao invés do dedo! – acrescentou quando continuei zombando dele.

A turma planejou uma noitada num barzinho da cidade onde bandas iniciantes animavam os clientes, onde se podia dançar numa pista ao ar livre cercada por tochas de fogo o que lhe conferia um clima havaiano, e onde algumas mesas entre palmeiras serviam de abrigo para casais que se bolinavam e trocavam beijos para lá de depravados. Ocupamos quatro mesas perto da pista, o que não impediu uma pegação entre os casais já formados e entre quem ainda estava sozinho tentando se arrumar. A ex do Jairo, Martina, se juntou a nós com a turma que a acompanhava. Assim que ela se aproximou para me cumprimentar, o Jairo veio por trás, me abraçou pela cintura, deu um chupão no meu cangote e depois beijou minha boca.

- Oi Martina! Curtindo as férias? – perguntou cínico, quando parou de me beijar.

- Então esse namoro é sério mesmo, vocês não se largam! – devolveu ela, com uma pontinha de ciúme no tom de voz. Fiquei incomodado com essa constatação.

- Claro que é sério, não é paixão? – respondeu ele, apertando minha cintura com sensualidade. Eu apenas sorri.

A todo instante o Jairo arrumava um jeito de me tocar, de forçar beijinhos, sempre quando ela estava nos observando. Quando ele foi buscar umas bebidas no balcão, ela se aproximou de mim, voltou a me perguntar se estávamos apaixonados, o que respondi esboçando um sorriso recatado. Começou a me contar porque ela e o Jairo terminaram e não escondeu que tinha trepado com o melhor amigo dele, pois queria ter novas experiências e achava que ele sendo safado como era, ia topar.

- Fui eu quem terminou o namoro, não ele, como ele anda dizendo por aí. Me arrependo do que fiz, não achava que ele era tão careta. Não sei se ainda gosto dele, sabe. Acho que vou me arrepender pelo resto da vida da besteira que fiz. – eu não disse nada, senti uma opressão no peito e não queria ouvir mais nada. Levantei e fui para pista de dança, precisava ficar sozinho, mesmo que cercado por toda aquela multidão.

Voltei para casa de carona com o Daniel e a Mariana, deixando o Jairo sem entender o que estava acontecendo.

- Vocês brigaram? – perguntou-me a Mariana

- Não! Só não estou a fim de ficar perto dele. – respondi

- Está começando a gostar do Jairo, não está, Bruno? – questionou o Daniel, que me conhecia tão bem quanto eu próprio.

- Não, claro que não! Que absurdo! Não vou gostar de um cara como ele nunca! – eu precisava acreditar no que dizia.

O Jairo e o Gustavo chegaram no meio da madrugada ao quarto. Fingi que dormia. O Gustavo tinha bebido além da conta, falava alto e enrolando a língua. O Jairo o mandava calar a boca para não me acordar.

- Olha a bunda desse cara! – exclamou o Gustavo quando focou o olhar obnubilado pelo álcool sobre as minhas nádegas metidas numa das minhas cuecas sumárias. – não havia como eu puxar o lençol para as esconder sem que percebessem que eu não estava dormindo

- Vai tomar uma ducha fria para esfriar essa cabeça e deixa a bunda dele em paz! – retrucou o Jairo, enquanto o Gustavo se despia.

- Vou deitar ao lado dele e comer esse tesão de bunda, ele vai gostar de sentir minha rola entrando no cuzinho. – ameaçou o Gustavo, cambaleando em direção a minha cama.

- Não vai, não! Vai esfriar essa cabeça! Nem ouse tocar num fio de cabelo dele se não quiser levar umas porradas. – devolveu o Jairo

- Você já fodeu a bunda dele, não foi, é por isso que se acha dono dela! Mas eu não estou nem aí, vou enfiar meu cacete até o talo nesse rabo! – afirmou o Gustavo, lançando-se sobre mim nu e determinado a fazer o que afirmou. Fingi levar um susto e o empurrei para fora da cama, de tão bêbado ele caiu no chão e não se mexeu mais ficando a resmungar coisas sem sentido. Os punhos do Jairo estavam a centímetros do rosto dele e, não tivesse perdido a consciência, estaria sentindo a força daqueles punhos esmurrando sua cara.

- Que zorra é essa? Nem dormir sossegado se consegue mais! – exclamei revoltado

- Desculpe! Não consegui evitar, ele está num porre só. Volte a dormir! – sentenciou o Jairo, sem desviar o olhar babão do meu corpo quase nu.

Demorei a pegar no sono e, antes de o fazer, me lembrei de uma noite, poucos dias antes da minha família voltar a morar nos Estados Unidos no último verão da minha adolescência que passei naquela casa. Eu tinha ido dormir mais cedo do que o Jairo e o Daniel que ficaram jogando videogame até tarde da noite, depois que todos já estavam dormindo. Naquela ocasião eu dividia o quarto de hóspedes com o Jairo e quando ele entrou, me viu tão despido quanto naquele dia. Minha cueca fora engolida pelas bandas da bunda e isso o deixou com o tesão a flor da pele. O Jairo já era muito ousado naquela época, tinha transado com algumas garotas e sabia muito bem como usar o dote avantajado com o qual foi agraciado. Ele entrou na cama, acomodou-se em conchinha às curvas generosas da minha bunda, passou o braço pelo meu tronco e bolinou sutilmente com um dos meus mamilos para não me acordar. Eu dormia profundamente naquele dia e só reparei que ele estava me encoxando quando senti o cacetão duro entalado no meu rego. A sensação de estar sendo dominado por um macho era excitante e eu deixei que me usasse. O Jairo mal se mexia, usufruindo da sensação prazerosa de ter a pica amassada pelos meus glúteos carnudos. Eu podia sentir a respiração excitada dele resvalando na minha nuca, o cacetão pulsando forte no rego e soltando jatos de porra que escorriam no fundo dele. Nunca havia sentido nada tão maravilhoso, por isso permaneci estático, desejando que aquilo nunca terminasse. Ele gozou só de sentir a quentura macia das minhas nádegas envolvendo seu falo, sem me penetrar. Amanheci com aquele líquido já seco e aderido ao rego e nádegas, e só fui compreender o que havia acontecido meses depois quando meu próprio pinto começou a soltar um líquido parecido.

- Sabe que está em débito comigo, não sabe? – perguntou-me na manhã seguinte.

- Débito? Do quê? – questionei, à mesa do café

- Não fosse eu o Gustavo teria te enrabado ontem à noite!

- Besteira! Do jeito que estava ele nem saberia dizer onde ficava o pau dele, quanto mais fazer qualquer coisa com ele. Empurrei-o para fora da cama e ele continua lá estatelado enquanto a ressaca não passa. – devolvi.

- Não vai mesmo me dar algum crédito por ter evitado dele te pegar?

- Claro que não! Não precisei da sua ajuda! – devolvi, o que o fez soltar uns resmungos. – Eu devia ter feito o mesmo com você naquela vez em que se aproveitou da minha ingenuidade. – soltei sem pensar.

- Que vez? Quando? Nunca me aproveitei de você! – revidou exaltado

- Então, o que foi aquilo que deixou melando minha bunda quando esfregou o pauzão no meu rego? Ou acha que não percebi quando entrou na cama e forçou a situação?

- Do que você está falando? De tantos machos que já te comeram deve estar me confundindo com um deles. – ele parecia mesmo ter esquecido o episódio.

- Só para deixar claro, nunca houve “tantos machos” como você afirma. Se os fosse contar, nem mesmo precisaria dos dedos de uma mão para enumerá-los. – devolvi. – E, para refrescar a sua memória, foi no último verão antes de eu me mudar de volta para os Estados Unidos. Você me acordou quando se aconchegou a mim, peladão e com esse troço todo duro; o espremeu no meu rego e ficou tão excitado que acabou gozando e me lambuzando todo. Nem me atrevi a me mexer, não sabia direito o que estava acontecendo e por isso fiquei petrificado. – relatei, enquanto a memória dele voltava aquele dia.

- O Daniel estava levando vantagem sobre mim, vocês viviam se agarrando, você o deixava deitar ao seu lado, ficavam de chamego, e eu nunca nem podia chegar perto de você que você já me enxotava. Naquela noite não desperdicei a oportunidade, mas nem cheguei a colocar meu pau no seu cuzinho, gozei antes, de tão fissurado em você que eu andava.

- Que vantagem o Daniel estava levando? Ele e eu sempre tivemos uma relação muito especial, só isso!

- Vai querer me convencer que ele já não tinha tirado a sua virgindade? Do jeito que vocês se agarravam e de como ele vivia excitado, quer que eu acredite que não transavam. – questionou

- Acredite se quiser! Nunca até então tinha rolado sexo entre mim e ele. Eu só entrei na puberdade poucos meses depois daquele verão. O Daniel tirou minha virgindade, sim; mas três anos depois quando veio passar umas férias conosco nos Estados Unidos. - revelei

- Quer dizer que eu podia ter sido o primeiro, se tivesse consumado a enrabada naquela vez? – questionou abismado. – Eu podia ter sido o primeiro! O primeiro! – resmungou contrariado. – Cacete, quando você entrou na puberdade, então? Naquela época eu já tinha fodido pelo menos meia dúzia de bocetas!

- Tarde! Bem tarde! – respondi, um pouco encabulado, pois esse retardamento chegou a preocupar meus pais que me levaram ao médico para saber se havia algo errado comigo; no que ele os assegurou que isso não era um problema e que garotos que moram em países frios podem apresentar esse retardamento nos caracteres sexuais.

- Caraca, a tua virgindade podia ter sido minha! – exclamou, mais uma vez, inconformado.

- Vai ficar repetindo isso até quando? Cafajeste! Não vive dizendo que é hétero, então porquê dessa obsessão pela bunda de outro cara?

- Por que não é qualquer bunda, é a “sua” bunda, cacete! Será que é tão difícil de entender?

Faltava menos de uma semana para o fim do verão. Parte da galera já havia retornado a capital e retomado a rotina. A última festa da temporada seria em comemoração ao aniversário da Martina. Ela veio me convidar pessoalmente, o que estranhei, uma vez que me confessara ainda estar apaixonada pelo Jairo, provocação, eu acho. Havia algo nela que me fazia crer que estava competindo comigo por ele. Não estava a fim de ir à festa, mas o Daniel e a Mariana insistiram e o Jairo também.

- Está tudo bem como você, parece tristonho. – sondou-me o Daniel na véspera da festa.

- Está! Está tudo bem! Só estou um pouco nostálgico, a minha viagem é em poucos dias e acho que já estou sentindo saudades de você!

- Bobinho carente! Eu sempre vou estar aqui para você! – retrucou ele, puxando-me para junto de seu corpão quando estávamos assistindo TV.

- Você vai casar, nada vai ser como antes. – devolvi, acariciando o peitoral musculoso dele.

- O que há entre nós jamais vai se apagar! Eu te amo! Devia acreditar em mim!

- Eu sei, também te amo!

- Então não fique com essa cara! E, da próxima vez, pense duas vezes antes de brigar com o namorado para não ficar tão deprimido e carente. – sugeriu rindo.

- Eu estava cheio dele, não aguentava mais fazer de conta que tudo estava bem. O trabalho e a carreira dele sempre tinham prioridade sobre as minhas necessidades. - revelei

- Quantas vezes você falou para ele como estava se sentindo?

- Nenhuma! E precisava?

- Com alguns caras precisa sim! Sei que ele é louco pelo seu cuzinho!

- Não quero alguém que só queira me comer, quero um parceiro, quero alguém que compartilhe as coisas comigo e não esteja só afim da minha bunda. – ele riu.

– Convença a pica de um macho disso! Ou já se esqueceu do que fez com a minha em nossa primeira vez? – perguntou, ao que lhe dei um soco no peito.

- Tonto! Aproveitador!

- Pelo que me lembro, não fui só eu quem aproveitou naquele dia! Você virava esses olhinhos verdes quando eu estava dentro de você e me jurava que eu era o cara mais maravilhoso desse mundo.

- Você ainda é o cara mais maravilhoso desse mundo! – asseverei, antes dele cobrir minha boca com um beijo carinhoso. – Deixa a Mariana ver você fazendo isso, e pode dar adeus ao casamento.

- Ela sabe o quanto você é importante para mim. Quando nosso caso ficou sério eu contei tudo a ela, abri o jogo sem esconder nada, assim como jurei que só tinha acontecido com você e que nunca mais aconteceu, nem vai acontecer depois que a conheci.

- Será que é por isso que ela gosta tanto de mim? Por que ensinei o noivo dela a ser o melhor dos amantes? – questionei

- Você ensinou, está bem! – ironizou. - Ficou tão apavorado quando sentiu meu cacete duro forçando sua fendinha anal que tremia feito vara verde nos meus braços.

- Mas não amarelei!

- É, não amarelou! E me proporcionou tanto prazer como eu nunca havia sentido antes, seu veadinho safado. Sortudo do cara por quem você vai se apaixonar de verdade! – afirmou, quando deitei a cabeça no ombro dele.

A festa foi uma chatice. Assim que chegamos, a Martina requisitou o Jairo e o arrastou para um canto, creio que propôs que voltassem e o beijou duas vezes ao se pendurar no pescoço dele. Um cara de uns quarenta anos e que eu havia visto numa das festas anteriores resolveu se aproximar de mim. Tinha uma conversa chata, vangloriava-se das excelentes vendas que tinha feito como agente imobiliário e, sem rodeios, declarou que estava a fim de transar comigo, que minha bunda era gostosa demais para não ser aproveitada. Enquanto me propunha a transa, ficou alisando o cacete até uma ereção se formar. Com a justificativa de ir ao banheiro, fugi dele. Na saída do banheiro, de costas para mim, duas amigas da Martina fofocavam sobre o interesse dela voltar a namorar o Jairo, inclusive transando com ele ainda naquela noite.

- Não ouvi muito, eles falavam baixo, mas ouvi quando o Jairo disse que gostava dela. – contou uma

- Isso não é segredo para ninguém! Ele falou se topava voltar? – questionou a outra

- Não nesses termos, mas ficou falando que a amizade deles continuava a mesma, que sabia que a culpa de ela e do Fabiano transarem não era só dela e outros tantos que me levam a crer que ele a perdoou e que vai ficar com ela apesar de tudo. Depois você conhece a Martina, ela vai transar com o Jairo ainda essa noite e ele já está no papo. É certeza que voltam. – sentenciou a primeira.

Senti uma constrição no peito ao ouvir essas palavras e abandonei a festa. As casas da Martina e do Daniel distavam cerca de um quilômetro e meio uma da outra. Me embrenhei pelas ruas do condomínio, e me pus a andar ligeiro como se precisasse fugir de alguma coisa. Era madrugada, não havia viva alma acordada. Os únicos sinais de vida eram as folhas das copas das árvores balançando com a brisa que soprava do mar e o ulular de corujas escondidas espreitando as presas. De repente, eu estava chorando. Fui até o topo de uma duna e me sentei diante do mar. Havia um luar lançando seu brilho prateado sobre a superfície calma do oceano. Abracei meus joelhos e chorei. Angústia, medo, revolta, incertezas, tumultuavam meu ser, a ponto de eu não ouvir me chamarem.

O chamado pelo meu nome já estava perto quando saí daquele transe. Reconheci a voz do Jairo e segundos depois ele estava ao meu lado. Esfreguei as mãos no rosto para esconder as lágrimas.

- Fiquei te procurando na festa, por que não me chamou? Você está chorando? O que aconteceu?

- Nada! Bobeira minha, só isso!

- Não aguento te ver chorar, Bruno! Confia em mim, me fala o que aconteceu! – olhando-o nos olhos não tive coragem de me abrir, me senti um adolescente bobo sofrendo por amor.

- O Daniel me disse que você estava indo embora, que ia voltar para a capital hoje mesmo. Eu não posso te perder, Bruno! Me diz que não vai mais embora, diz que vai ficar no Brasil! Não posso mais viver sem você! – desembestou a confessar.

- Você e a Martina estão voltando, bom para você! – mencionei

- De onde tirou isso? Quem disse que vou voltar com ela? Eu quero você, Bruno! Essas últimas semanas ao seu lado fizeram com que eu me conhecesse mais a fundo e a enxergar coisas que nunca imaginei. Eu me apaixonei por você, Bruno! Contra todas as minhas convicções, eu me apaixonei pelo veadinho mimado de sotaque gringo, nojentinho e filhinho da mamãe, e só quero ser seu! – confessou, me puxando para um beijo lascivo e demorado que embaralhou ainda mais o tumulto que ocupava minha mente.

Tínhamos o quarto só para nós, uma vez que o Gustavo havia regressado à capital com parte da turma. Ao ver o Jairo tirando a camiseta fazendo surgir o torso viril, me aconcheguei nele, acariciando o peitoral musculoso.

- Hummmm, todo manhosinho! Sabe que vai acabar me deixando de pau duro! – exclamou ele, surpreso com a minha iniciativa.

- É exatamente essa a intenção! – devolvi, pousando um beijo úmido entre os mamilos dele.

- Para quem não queria nada comigo, você está muito ousado.

- Para quem me acha um veadinho mimado e nojentinho, você também está muito ousado, ou que outra explicação vai dar para essa coisa endurecendo aqui dentro. – retruquei, alisando a ereção dele e fazendo-o abrir um sorriso de satisfação. Me despi sob o olhar cobiçoso dele, a cada peça retirada que fazia surgir o corpo taludo o Jairo era tomado por uma pulsação forte no pauzão.

- Se continuar a me provocar assim meu cacete vai acabar rasgando o tecido da bermuda de tão duro que está querendo escapulir. – revelou num tom de voz lascivo e devasso que fez meu cuzinho piscar.

Nu, fui escorregando as mãos espalmadas pelo tronco e abdômen do Jairo até ficar de joelhos frente a frente com o volumão que se agitava dentro da bermuda dele. Desabotoei-a e a trouxe para baixo ao longo de suas pernas musculosas e peludas, o que fez cacetão saltar para fora respingando algumas gotas de pré-gozo no meu rosto. Envolvi-o com uma das mãos, retraí o pouco do prepúcio que ainda cobria parte da glande e a levei à boca, envolvendo delicadamente a cabeçorra com meus lábios. O Jairo soltou o grunhido longo.

- Caralho, Bruno, o que deu em você? Está me deixando doido de tanto tesão! – murmurou excitado.

Com a cabeçorra dentro da boca, fui punhetando o pauzão grosso num vaivém que fazia o sacão peludo dele sacolejar, enquanto eu a chupava sorvendo o fluido translúcido de sabor intenso. O Jairo trotava arfando de prazer. Me perdi nos cheiros másculos de sua virilha, na fluidez do líquido que minava abundante da pica, nos grunhidos de êxtase que escapavam dos lábios contraídos dele. Foi como se o tempo tivesse parado. Eu só queria lamber, chupar e mordiscar delicadamente aquela tora de carne grossa e quente que latejava em minha mão e boca.

- Para, Bruno! Para, vai me fazer gozar, cacete! – verbalizou ao sentir a iminência do gozo. Não tive a menor intensão de soltar o pauzão delicioso.

Ao notar que eu não ia parar de mamar seu caralhão, ele tomou mechas dos meus cabelos entre os dedos, prendeu minha cabeça e socou a caceta insuflada na minha garganta, jorrando seu creme espesso e esbranquiçado dentro dela, enquanto um grunhido gutural aflorava de seu peito estufado. Engoli jato após jato procurando não desperdiçar uma gota sequer daquele sumo delicioso. Quando degluti o último, ergui meu olhar na direção dele.

- Ainda vai me chamar de nojentinho? – perguntei, lambendo os beiços.

- Não, não vou! Você está se revelando uma caixinha de surpresas, de boas surpresas! Tomou todo meu leite, seu puto safado – exclamou cheio de tesão, enquanto colhia parte da porra que escorreu pelo meu queixo e a empurrava para dentro dos meus lábios.

Deitei-me de bruços na cama, ele se deitou ao meu lado apoiado num dos cotovelos e fazia as pontas dos dedos deslizarem suavemente pela minha coluna. Ele a percorria sem pressa, da nuca ao cóccix detendo-se de tempos em tempos para beijar meus ombros e mordiscar a pele do meu pescoço.

- Seu corpo taludo é lindo como ele só! Seu cheiro é doce! A pele é delicada, aveludada e excitantemente quente! – sussurrou junto a minha orelha. – Como nunca me dei conta do quanto você é gostoso?

- Estava sempre me perseguindo com suas zoações, fazendo bullying, inventando adjetivos depreciativos. – afirmei

- Acho que já sentia um tesão enorme e sem explicação por você, e não sabia como lidar com isso. Se ainda estou confuso com tudo isso que estou sentindo por você agora, imagine na adolescência. – confessou

- Não sabe o que sente por mim?

- Sei que é amor, mas não sei nem como e porque isso foi acontecer. Só sei que não posso mais viver sem esse sentimento. – admitiu

- Saiba que não está sozinho nesse dilema. Eu nunca pensei que fosse me apaixonar por um cara como você, um hétero convicto que sempre se mostrou um escroto para comigo. – confessei.

- Talvez seja o vaticínio daquele ditado que diz que existem mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. Eu não quero entender, só quero sentir, só quero ter você todo para mim, só quero ter o seu amor.

Nosso diálogo o excitou, estava duro novamente e aquele par de dedos que deslizava sobre meu cóccix escorregou sorrateiro para dentro do meu rego. Meus glúteos eram tão carnudos e colados que o rego era estreito e profundo, os dedos dele se insinuando dentro dele me deixaram de pau duro, com o cuzinho excitado e piscando. O Jairo o notou assim que os dedos tocaram na rosquinha plissada. Ele abriu as bandas expondo o reguinho liso e a fendinha anal rosada. Me entreguei à volúpia dele sentindo o domínio de macho predador arrepiando minha pele e provocando espasmos pelo meu corpo.

- Só mesmo um veadinho tesudo como você para ter um cuzinho lindo desses! Diz que ele é todo meu, diz Bruno! – ronronou, antes de afundar a cara barbuda no meu rego lambendo e penetrando vorazmente a rosquinha quente com sua língua áspera e úmida.

- É tudo seu, Jairo! Eu quero ser seu! – asseverei.

O Jairo se jogou em cima de mim, pincelou o caralhão melado ao longo do meu reguinho estancando ao sentir meu buraquinho quente na ponta da verga. Eu me abri todo, arrebitei a bunda e esperei a penetração segurando a respiração para receber a estocada que sabia que seria dolorosa. Senti a pressão no buraquinho e, com uma estocada forte o caralhão escorregou para dentro do meu cu distendendo as preguinhas que iam se rasgando à medida que o cacetão grosso ia me abrindo. Ganindo num misto de dor e prazer, finquei os dedos nos lençóis me agarrando a eles para conseguir suportar a dor daquele pauzão arregaçando meu cuzinho.

- Estou te machucando? – perguntou preocupado

- Só põe esse cacetão grosso devagar, Jairo! Ai meu cu! – gani desesperado.

- Você é tão deliciosamente apertado, Bruno! Geme veadinho, geme para o teu macho! Esse rabo agora é meu, seu tesudinho do caralho! – ronronava ele, socando forte e fundo numa sensação tão prazerosa como nunca senti antes.

O corpão pesado e suado dele me cobrindo, enquanto metia o pauzão com força até o talo no meu rabo na posição de frango assado, desencadeou uma enxurrada de emoções em mim. Pela primeira vez eu me senti completo e, ao vivenciar aquelas emoções, contrações no períneo me fizeram gozar. Eu ejaculava só de sentir o pau esfregando na coxa dele e, quanto mais o prazer do gozo tomava conta do meu corpo, mais eu abria a bunda deixando o caralhão do Jairo preencher minha ampola retal e arregaçar o cuzinho dadivoso. Com o rosto hirsuto dele ao meu alcance, eu o cobria de beijos, procurava por sua boca que prendia meus lábios entre seus dentes. O sacão pesado dele batia ritmicamente nos meus glúteos num ploft, ploft sequenciado das estocadas potentes. Ele amassava meu queixo com uma das mãos, esfregava o polegar sobre os meus lábios até eu o abocanhar e chupar, enquanto meus ganidos iam se transformando em gritinhos devido a força com que ele socava o caralhão no fundo do meu rabo. O arfar ruidoso dele se transformava num urro grave à medida em que despejava seu leite tépido e abundante na minha grutinha macia e quente, inundando-a com sua virilidade. Findo o gozo, o Jairo se deixou cair pesadamente em meus braços, aconcheguei-o, afaguei suas costas suadas e o chamei de meu amor. O pulsar do pauzão amolecendo no meu cuzinho molhado foi se desvanecendo lentamente, antes de ele o sacar de dentro dele.

Depois dos ruídos que saíram daquele quarto a noite toda, já não era mais segredo para ninguém do que havia rolado lá dentro.

- Ao que parece o namoro fake acabou se tornando um namoro de verdade! – exclamou a Mariana quando o Jairo e eu nos juntamos a ela e ao Daniel na mesa do café da manhã. O Jairo e eu apenas sorrimos encabulados.

- E como vai ser de agora em diante? O que vão fazer com essa paixão que salta à vista dos dois? – perguntou o Daniel. Até então isso não havia passado por nossas cabeças.

- Não sei! – respondi, olhando para o Jairo, que parecia também não ter uma resposta.

- Fica por aqui, Bruno! Sabe o quanto meus pais e eu te amamos, fique! Não volte para os Estados Unidos! Agora você tem mais um forte motivo para não voltar! – disse o Daniel.

- Fica, amor! Acho que está mais do que provado o quanto eu te amo. – apelou o Jairo que, pela primeira vez sentiu o peso de uma eventual separação quando nosso amor estava apenas engatinhando.

- Como vou explicar isso para a minha família? O que meus pais vão achar de uma decisão dessas? – questionei, já antevendo a reação da minha mãe que certamente se oporia veementemente à minha mudança para o Brasil.

- Você está com vinte e nove anos, é dono do seu nariz, já não mora mais na casa dos teus pais, eles vão entender. – argumentou o Daniel. – Além disso, meus pais vão ficar felizes se você for morar com eles por um tempo, até vocês dois ajeitarem suas vidas.

- O Bruno não precisa ficar com seus pais, pode vir morar direto comigo. Sei que minha casa não é lá aquelas coisas de arrumação e ordem, mas podemos começar nossa vida de casados por lá até conseguirmos algo mais definitivo. – afirmou o Jairo. – O que não dá mais, é ele ficar longe de mim! Preciso desse veadinho mimado 24 horas por dia, sete dias por semana. – acrescentou, extraindo risos da Mariana e do Daniel.

- Se com uma única noite você já deixou o Bruno sem conseguir nem sentar direito em cima da bunda, imagina como não o vai deixar quando ele estiver 24 horas e sete dias por semana ao alcance da sua tara. – zombou a Mariana.

- Ele vai se acostumar, não é paixão! – retrucou o Jairo, me puxando para junto dele e cobrindo minha boca com a sua.

Fui pessoalmente falar com meus pais sobre a minha decisão de assumir aquela paixão. Com meu pai foi numa boa, assim como com a minha irmã que até vibrou com a notícia depois de ter sido minha confidente quando terminei meu último relacionamento. Pegou pesado com a minha mãe, ela ainda me tinha como aquele garotinho que cobria de mimos, que achava que jamais cresceria e sairia da proteção de suas asas. Até o momento do embarque do voo para o Brasil ela ainda estava de cara amarrada comigo, afirmando que eu estava cometendo uma loucura e que ia me arrepender dessa decisão. Quando a abracei e beijei, pedindo para que se cuidasse e cuidasse do papai, ela desabou num choro e se agarrou a mim.

- Tenha juízo, moleque! Se não me ligar todos os dias vou te buscar de volta e não vai ter Jairo algum que me impeça, está me ouvindo?

- Estou, mãe! Quando descobrir que homem maravilhoso o Jairo é, vai se apaixonar por ele assim como eu.

- Duvido! Vou ficar de olho nele o tempo todo, ele que não folgue e te faça sofrer se não quiser descobrir do que uma mãe furiosa é capaz de fazer para proteger sua cria. – sentenciou, o que fez meu pai rir e voltar a me dar um beijo na testa.

Quando contei ao Jairo como havia sido a despedida com a família ele também riu.

- Vou me acostumar a ser o genro odiado pela sogra; basta que você esteja comigo, me deixando entrar nesse cuzinho macio e quente, me deixando encher esse rabão tesudo com meu leite de macho. – afirmou, explodindo de felicidade por me ter novamente em seus braços.

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