— “Só posso no cuzinho, você quer?”

Um conto erótico de H.C.Cavalcanti
Categoria: Heterossexual
Contém 4223 palavras
Data: 14/11/2025 21:20:41
Última revisão: 15/11/2025 00:38:32

— “Só posso no cuzinho, você quer?”

Mesmo depois de um ano, ainda me pego pensando nessa frase. “ Só no cuzinho”. Ela disse olhando em meus olhos, com aqueles glóbulos oculares grandes esverdeados, felinos cheios de ferocidade. Aquela boquinha vermelha carnuda, com dentinhos brancos como leite. Ela estava sentada na cadeira, pernas cruzadas, em um vestido branco transparente, com sua pele com gotículas de água. Via suas belas coxas, joelhos perfeitamente moldados, seus pés com as unhas pintadas de esmalte cor de fogo. Seu rostinho fino delicado, cabelos loiros até as nádegas, molhados, fios grudados. Estávamos na cozinha, só eu e ela. Eu e Priscila. Ela com seus deliciosos 18 anos e eu com 28. “ Você quer meu cuzinho? Só ele, a xaninha não.” Ela se referia a vagina como “xaninha” que maneira deliciosa de se expressar.

— Não vai ter ela, só o cuzinho, entende?

— Sim. Entendo.

— Promete que não vai tentar pegar ela? Por Deus? Jura por Deus? — que pecadora era ela, Cristo!

— Por todos eles. — disse. — Quero você, Priscila. ....

E aqui estou, na mesa junto com alguns amigos dela, no seu casamento, um ano depois de tudo que aconteceu. Me apresentou como amigo. Insistiu em ter-me nesse dia. E como poderia recusar? Ela pedindo toda nua, de bundinha pra cima, na minha cama, sentindo o sabor de seus orifícios na ponta da língua? Impossível recusar. Mas achei interessante estar presente nesse momento.

Tomei um gole de chopp bem gelado, nossa mesa ficava ao lado da chopeira. A festa estava sendo no salão de festas do condomínio que ela morava com a mãe.

Era pequeno mas aconchegante, com umas 25 pessoas entre família e amigos, todos devidamente vestidos. Cada mesa contendo cinco, seis pessoas.

Perto do que seria o altar, uma parte mais elevada do salão, ficava a mesa do noivo e família.

O noivo acabara de fazer 19 anos, mas parecia mais novo. Já tinha o visto por fotos que Priscila me mostrou. Era um menino até que bonito, gracioso. Cabelos pretos lisos, penteados para trás parecendo um galã de novela mexicana. De um sorriso largo e dentes grandes bem alinhados. Estava vestido com um terno preto, que caíra bem em seu corpo franzino. Estava nervoso, suava dentro do terno, a todo momento passava o lenço na face, arrumando a gravata branca.

Pudera estar suando tanto, estava prestes a casar-se com a própria Cleópatra em carne e osso. A ninfa dos sonhos de qualquer homem ou menino. No lugar dele eu também estaria.

Nunca o invejei, juro por tudo — eu o admirava nem o conhecendo. Pois seria o primeiro de Priscila. O primeiro da “xaninha”. Pois o cuzinho ela tinha entregado ao seu primo Antônio, quando era mais nova. Pelo que ela me disse, foi quando dormia na casa da prima, em um sítio no interior. O primo vivia atrás dela, mas ninguém desconfiava de nada. Priscila já sentia os fogos da carne. Não deu outra, acabou dando o cuzinho pro primo quando foram para uma cachoeira. Foram três dias na casa da prima. Na primeira vez, disse que doeu, mas era uma dor diferente das dores normais. Priscila já tinha introduzido coisas no reto, mas não eram membros de carne. Segunda noite, foi quando a prima dormia, correu para o quartinho da empregada que tinham e deu. Mas dessa vez passou um creminho para lubrificar, e gostou. Agora sabia o caminho. Na terceira, foi para um dos moleques que andavam com o primo. Foi na mesma cachoeira que a primeira vez. E foi aí que sentiu prazer de verdade. O rapaz sabia algumas coisas — e uma delas era excitar o clitóris. Eles fizeram de ladinho, sobre uma toalha da tia. Teve um orgasmo com as mãos calejadas dele enquanto era penetrada por trás. Nessa mesma tarde na cachoeira, ela experimentou sêmen pela primeira vez. Priscila disse que tomou tudo, não tinha porque cuspir. Três dias depois retornou à casa da mãe. E agora essa mulher está prestes a se casar com aquele moleque, que está bebendo uma Coca-Cola com gelo e canudo. Priscila o conhece desde criança, suas mães são amigas desde sempre. As velhas prometeram os moleques um ao outro e assim foi. Mas tinha que casar virgem, Priscila cresceu a vida toda escutando isso da avó e da mãe. “ Tinha que se valorizar”. Ela achava a ideia idiota até começar a gostar e a transformar em algo poético — se guardar para o casamento. E seguiu isso. Toda vez que olho pro noivo, Ramon — isso, Ramon é o nome dele. Lembro de Priscila contando o dia que tirou o cabaço do moleque. Foi no apartamento da mãe dela, quando tinha ido em Nossa Senhora de Aparecida pagar promessa. Priscila contou rindo, como se fosse uma comédia, que ficou nua e passou Nutella na xaninha e fez Ramon lamber tudo. Na xaninha e no cuzinho. De quatro na cama da mãe, Ramon a lambia que nem um cachorro sedento. Depois, pediu que ele deitasse e sentou com o ânus no pau dele, segundos depois ele gozou dentro dela. Ela ficou ali do lado dele alisando seu corpo até se recuperar e fazer mais uma vez — só que agora ele ficou mais que dois segundos. Acredito que foi o melhor dia da vida desse moleque. Não pensou duas vezes em aceitar casar-se com ela. Para muitas mulheres o sexo anal é um desafio, um merecimento que poucos podem ter — uma dádiva que seria entregue só ao escolhido, mas não para Priscila. Desde a adolescência, mesmo antes do dia que se entregou para o primo, ela já achava gostoso sentir coisas no reto. Já que não podia ser na frente, ela desenvolveu esse prazer anal. Contou-me que a primeira vez que experimentou algo na bunda foi com os dedos, depois evoluiu pra algo mais fálico, uma chave de fenda que tinha em casa: seu cabo era de aproximadamente 10 centímetros, com a ponta arredondada e pelo meio engrossava. Amarrava a parte metálica no braço da cama e encapava com uma sacolinha, lubrificava com creme e aproveitava. Alisava o clitóris enquanto sentava no cabo da chave até gozar. Depois ficava olhando no espelho o ânus, o estado que se encontrava, todo aberto e úmido.

Houve um burburinho vindo das damas de honra e logo se espalhou pelo salão — a noiva estava vindo. Todos se levantaram eufóricos.

Ela entrou, acompanhada pelo tio materno, pois o pai tinha falecido quando ela era criança, já era um senhor de 50 anos, pai de 4 filhos, Priscila foi o último suspiro de esperma dele até um infarto o levar.

Priscila estava espetacular. Usava um vestido longo branco, justo, que denunciava as curvas do corpo. Cabelo preso em coque por uma fita azul e grampos em formato de estrelas.

Seu rosto estava levemente maquiado, bochechas com um toque avermelhado, boca rosada e rímel nos cílios. Quando ela passou por mim, pude sentir seu aroma de flores suaves. Ela foi entregue ao noivo que a beijou na testa. Ela toda recatada, meiga e sorridente, mal sabem que é a própria Afrodite em pessoa ali. Desde que a vi pela primeira vez, no elevador do prédio, aqui mesmo no condomínio, quando fui visitar um apartamento para ser fotografado para o anúncio da venda do AP pela imobiliária que trabalho. Quando chegou o elevador e abriu a porta, lá estava ela, de vestido até os joelhos, com braços cruzados olhando fixamente para mim quando lhe dei bom dia, me respondeu sem tirar seus olhos dos meus. Só nós dois dentro dessa caixa metálica, com seu perfume em todo lado, me enfeitiçando.

Havia alguns anos que eu não me relacionava com mulheres mais novas, creio que desde os meus 22 anos que isso não acontecia. Mas tinha algo de sedutor e excitante nela, algo mais do que carnal, um encanto surreal.

Fiquei apenas 20 segundos ali com ela, foi o suficiente para sua imagem permear minha mente e alugar um quarto no meu cérebro. Estava à frente dela, mas do reflexo do espelho do elevador podia ver sua imagem. Estava encostada no espelho traseiro, braços cruzados, olhando para o nada. Mascava chiclete. Por trás do óculos de sol que eu usava, vi que seu olhar antes vidrados no nada, pousou de cima a baixo em mim, como se me filmasse por completo. A porta abriu e sai. Depois que achei o AP que fotografaria, fiquei pensando nessa menina dos cabelos loiros. Era extremamente atraente, sexy. Aquele olhar que me lançou fez eu sentir o ego inflando. Nesse dia estava muito bem vestido e perfumado, com meus 1,78 robusto na proporção certa, um homem atraente. Creio que o conjunto dessas qualidades chamou-lhe a atenção. Fiquei com aquela mulher em minha mente, desejando a encontrar mais uma vez, já que teria que voltar aqui no condomínio para fotografar o Interior de um apartamento. A segunda vez que a vi, foi surreal. Às vezes a vida sorri de volta pra gente, sem nos dar as costas. Algumas conquistas vem sem ter que sacrificamos, sofrermos. Só acontece.

Estava conversando com o síndico do prédio na sacada de um apartamento quando a vi chegando, de vestido branco, usando um gigantesco óculos de sol. Parou perto de uma cadeira, colocou sua bolsinha e retirou o vestido, ficando só com um shortinho bem apertado e cropped preto. O mais incrível de tudo é que estava nublado, podendo cair chuva a qualquer momento e ela agia como se tivesse no verão carioca. Só tinha ela na piscina. Parecendo uma sereia, nadava com tamanha graciosidade e beleza que eu não conseguia desgrudar meus olhos da água. Às vezes mergulhava e parecia ficar uma eternidade no fundo da piscina, só conseguia ver seus cabelos de ouro balançando que nem algas. Eu tinha que ir lá. Me livrei do síndico e andei ali no pátio fotografando o lugar, chegando cada vez mais perto da piscina.

Fotografei as fachadas dos apartamentos, o pátio, a entrada do salão de festas. Ajoelhei perto da água, para onde ela estava nadando, quando chegou perto, dei um belo sorriso.

— A água está boa? — perguntei — parece meio fria...

— Está deliciosa. — disse ela, chegando perto da borda da piscina. — quanto mais frio, menos gente. Tem mais espaço pra nadar. Uma delícia. Quer entrar?

— Não, não sei nadar.

— É bem fácil. Até bebês aprendem a nadar. Na piscina infantil tem um monte de criancinha nadando que nem peixe. É até bonitinho.

Quando as palavras voavam de sua boquinha rosada, seus peitos estavam apoiados na borda da piscina, sendo esmagados pelos seus braços. Eram médios, perfeitos, com seus bicos rígidos pelo frio. Ouve um trovão e olhamos para o céu, gotas começaram a cair.

— Acho que por hoje chega de água. — falou ela — você pega minha toalha, por favor?

Apontou-me sua bolsinha, fui até lá e trouxe sua toalha azul, segurei perto da piscina, assim que ela saiu da água, se enrolou nela, ainda comigo segurando o tecido. A chuva aumentou, corremos para a entrada do salão de festas e ali ela se secou.

— Eu já te vi por aqui. No elevador?

— Foi.

— O que você faz por aqui, vai comprar um apartamento?

— O contrário, vou vender. Eu estou a trabalho aqui, fotografando alguns apartamentos para uma imobiliária para venda.

— Entendi. — disse ela com olhar curiosa. — Por isso a câmera?

— Sim.

— Grande. Deve fotografar fotos bonitas. Fotografa pessoas também ou só paredes.

Que senso de humor que ela tinha. Juntando com toda essa beleza em volta, a tornava irresistível.

— No momento só paredes.

— Que pena.

— Mas acho que minha câmera adoraria fotografar você. Se um dia quiser ser minha modelo. — apontei a câmera pra ela, simulando um click. Ela tampou o rosto, se encolhendo e rindo:

— Hoje não! Tô feia. Quem sabe outro dia.

— Quando você quiser. Sou o Marcus.

— Prazer, Priscila Alcântara. E você? Seu sobrenome..

— Bortolini. Marcus Bortolini.

— Soa bem, não é? — disse Priscila.

— O quê?

— Quando falamos nossos nomes e sobrenomes. Dá um toque de importância, de elegância. E dizemos nossos sobrenomes tão poucas vezes na vida, já percebeu isso?

— Nunca parei pra pensar. — Ela vestiu seu vestido. — faz tempo que mora aqui?

— Poucos meses. É um lugar agradável com pessoas silenciosas e bonitas, não tem do que reclamar. Bom, Sr. Bortolini, tenho que ir.

“Sr. Bortolini” foi dito de uma forma calorosa, com malícia.

— Claro, eu também. Aliás, qual o seu AP, em qual andar ?

— 15°, 61.

— Então te acompanho, vou pra lá também.

Fomos juntos. Conversamos sobre ela, sobre a escola e que estava quase concluindo o terceiro ano. Faculdade — disse que não sabia o que iria cursar. Falou sua idade, 18 anos. Perguntei sobre os meninos.

— Eles são bobos. Parecem homens das cavernas. — e riu. — Parecem que nunca viram uma menina antes.

— Talvez eles ficam nervosos perto de você. Alguns meninos ficam com medo de mulheres bonitas.

— Mas tem várias meninas bonitas na escola. E eles não ficam assim com elas.

— Deve ser porque você seja mais bonita do que elas.

— Talvez sim. Ou eles que são idiotas mesmo.— continuou ela — É casado ?

— Ainda não. E você?

— Em breve. Talvez ano que vem. — desanimei. Recuei meu exército e batemos em retirada, assim que senti diante desse fato. Continuou — Ramon queria que fosse esse ano, mas preferi esperar até acabar as aulas e planejar umas coisas.

— Entendo. Você não é muito nova pra casar? Faz tempo que conhece ele?

— Desde que éramos crianças. Faz um ano que estamos namorando e dois meses que pediu minha mão. O anel deixei em casa, pra não perder na piscina. Acho que é o momento certo pra dar esse passo.

Chegamos ao seu apartamento.

— Eu fico por aqui. Você parece ser interessante. A gente se vê por aí...Marcus.

— A gente se vê por aí, Priscila Alcântara.

Quando me virei pra sair, escutei ela xingando, tentando abrir a porta e chamando a mãe. Nada de alguém do outro lado.

— Não acredito! Ela deve ter ido à feira. Eu disse que estava sem chave e voltaria logo.

— Será que ela demora?

— Depende, se ela encontrar uma amiga... uma eternidade. Até lá eu morri de hipotermia.

Nesse momento eu tive que fazer algo, vi a oportunidade e a convidei à ir a um dos apartamentos aqui no andar de cima. Um apartamento mobiliado. Quando fiz o convite, ela ficou me olhando fixamente, depois desviou o olhar, deu um sorriso.

— Vem, você não pode ficar aqui no corredor desse jeito. — eu disse.

— Se você for um maníaco, Sr. Bortolini? Se você for um ladrão de órgãos?

— Fica tranquila, eu só trabalho como maníaco de segunda a sexta, hoje tô de folga.

Ela riu, tirou a franja molhada da testa e lançou atrás da orelha.

— Você é sempre charmoso assim? — perguntou, me olhando fixamente.

— Só com as moças bonitas.

— Eu vou. Mas qualquer coisa eu grito.

Caminhamos até o elevador sabendo o que aconteceria.

— Tem chuveiro? — Perguntou Priscila.

— Tem tudo. É um daqueles apartamentos mobiliados. E tem banheira.

— Banheira? Jacuzzi, que nem nos filmes?

— Isso, uma jacuzzi.

— Jacuzzi ...devem ter grana os donos.

— Nada. Estão endividados, por isso estão vendendo o apartamento.

— Que pena! — falou Priscila, com certa comoção.

Chegamos ao apartamento. Entramos. Priscila ficou à observar o lugar. O interior era bonito, bem decorado e espaçoso, ficava perto da cobertura. A sala era ampla, toda mobiliada com todos os itens planejados para combinarem. Passou e olhou o quarto, com uma imensa cama king, com um banheiro dentro. Eu fui pra cozinha e ela ficou passeando pelo lugar, que nem uma criança no parque de diversões. Eu estava nervoso, peguei uma cerveja na geladeira, dei um bom gole e do quarto de casal veio sua voz perguntando como ligar a água quente, gritei de volta respondendo sua pergunta. Mais um gole — “eu não deveria estar aqui com essa moça que nem conheço, em um imóvel de um cliente, isso é loucura.” Ela voltou, estava eufórica, com brilho no olhar. Elogiou tudo. Sentou-se e mudou seu semblante em um instante. “ Agora já era” pensei.

— E os donos do apartamento? — perguntou — voltam quando?

— Não voltam. Se mudaram para uma casa menor.

— Largaram essa casona?

— É assim que funciona. — disse.

Priscila arrumou suas madeixas loiras, sentou-se, cruzou as pernas, umedeceu os lábios e disse, olhando fixamente para mim:

— Então, Marcus, quais são suas intenções comigo? — falou com malícia.

— Minhas? Apenas ajudar uma jovem a não morrer de hipotermia.

— Hum...Então temos um herói aqui?

— Só não conta pra ninguém. É segredo.

Ela riu.

— Você me acha sexy, Marcus?

— Um tesão. Te desejei desde que lhe vi no elevador.

— Você me desejou? Pensou em mim?

— A noite toda.

— Fazíamos amor?

— Até o amanhecer.

— Eu era sua puta, Marcus? Você comia minha xaninha?

— Te comia toda.

— Mas a xaninha já tem dono. Ela é do meu Ramon, sabia, Marcus? Minha xaninha virgem, toda apertadinha vai ser dele.

Então ela disse a frase que ficaria marcada por toda minha vida:

— Você quer meu cuzinho? Só ele. Você quer?

Exalava sensualidade dela, com toda essa cena teatral, com sua voz manhosa e sexy, me seduzindo feito um gatinho com uma bola de lã. Que mulher, Deus!

— Meu cuzinho é apertadinho também, nem vai sentir falta da xaninha. Mas tem que prometer que não vai tentar nada com ela, Marcus. Tem que jurar.

— Juro.

— Mesmo quando ela tiver toda molhadinha, Marcus, toda fácil te chamando? Você vai resistir? Você promete que vai resistir?

Jurei, prometi tudo que ela queria. Eu fiquei sem reação, só concordando e admirando sua atitude, sua falta de cerimônia. Nunca na vida uma mulher foi tão objetiva e direta como Priscila. Aquele jeito dela de agir apenas levada pela a emoção e sendo dona de suas escolhas, me causou espanto. Ela sempre foi assim, desde o dia da piscina até o dia do casamento, ela sempre teve esses ímpetos de atitudes.

Priscila se levantou, soltou os cabelos, retirou o vestido, deixando-o cair ao chão. Seus olhos fixos em mim. Apenas de crooped e short. Virou de costas, soltou os cabelos e retirou o shortinho, revelando sua calcinha branca, com borda vermelha e um coração vermelho no tecido. Era minúscula, quase sumindo no meio das nádegas.

— Preciso de um banho quente. — falou sem olhar para mim e saiu. Fiquei sozinho, paralisado, apenas sentindo o rastro de seus aromas. Despejei o resto de cerveja que sobrou no copo e tomei lentamente, sentindo o amargor. Lavei o copo e caminhei até chegar no quarto, cruzar todo o espaço e parar na porta do banheiro que estava entreaberta, com seu crooped e a calcinha pendurados na maçaneta, que nem um enfeite natalino. Quando meus olhos pousaram dentro do cômodo, lá estava ela na banheira, toda nua, só com o pescoço e os braços para fora. De olhos fechados, cabeça pendida para trás. Observei aquela cena, aquela beldade, poderia fazer um quadro dessa visão.

— Gostou? — perguntei, já sabendo a resposta.

Sem abrir seus olhos, apenas com um sorriso nos lábios:

— Maravilhoso! Ah, como isso é bom. Melhor que eu imaginei.

Abriu os olhos, pousou eles em mim, com aquela cara de safada, lançando fogo para todo lado. — Que pena que você não sabe nadar. Se não eu te convidaria....

— Se eu me afogar você me salva? — disse desabotoando a camisa.

— Talvez. Quer arriscar?...

— Vale o risco. — chegando mais perto da banheira, já sem os sapatos. ..sem camisa...desafivelando o cinto.

— corajoso... — calei a boca dela com a minha. Seus lábios macios nos meus, sua língua envolvendo a minha. Minha cueca já estava nos pés, sendo arremessada longe. E nossas bocas juntas. Meu membro duro, roçando as pontas de seus dedos até ser notado e agarrado. Ela intensificou o beijo quando fechou na mãozinha meu pau.

— Vem aqui. — sussurrou a loira.

Assim que sentei na jacuzzi, Priscila deu o bote. Jogou seu corpo sobre o meu, beijando-me loucamente, como se fôssemos amantes apaixonados. Sentia seus peitos no meu tórax, sentada com a vagina encostada no meu pênis, enquanto apalpava suas nádegas. Meus dedos alisando seus ânus depois deslizando pela sua boceta pequena e lisa. Priscila gemia toda dengosa, nem parecendo aquele ser felino e ardilosa de pouco antes. Beijei seu lindo pescoço e ela sussurrou para não deixar marcas.

— Deixa eu ver ela. — queria ver sua xaninha, a sacra-xaninha, a proibida. Sentou fora da jacuzzi, com as pernas abertas. Que visão espetacular! Era toda peladinha, pequena com seu clitóris exposto, parecendo um botãozinho. Com cuidado, separei seus lábios, revelando pequenos lábios avermelhados, com o interior rosado. Salivei. Beijei suas coxas, até chegar Nela. Minha língua passeou de cima a baixo, parecia um pintor fazendo uma obra. Quando a língua passava na entrada da xaninha, Priscila suspirava, apertava suas mãos no meu cabelo. Fiquei ali até sentir sua respiração aumentar, seus músculos se contrair e sentir o orgasmo dela na ponta da língua. Segundos depois, ela ficou de quatro, pedindo para chupar seu cuzinho. Obedeci cegamente. Minha língua entrando no seu cuzinho, todo apertado, rosado. Penetrei o dedo indicador vagarosamente até sentir os músculos do reto apertarem meu dedo. Fiquei em pé, peguei o sabonete e lubrifique meu pau e toda sua bundinha.

— Diz o que você quer, cachorra.

— Quero que você coma meu cuzinho. Vai, coloca seu pau nele!

Bati com o membro em suas nádegas, até a glande avermelhada achar a entrada e sumir dentro dela. Aos poucos ia desaparecendo no interior quente e apertado de Priscila, até sentir suas nádegas nos testículos. Ela gemia toda manhosa. Fiz amor com seu cuzinho deliciosamente e devagarinho para depois aumentar o ritmo. Ela estava em transe, perdida no prazer sentindo o pau rígido batendo no fundo até pedir que eu sentasse na banheira. Priscila veio por cima, com olhos perdidos, hipnotizados, só se movendo por impulsos. Sentou no meu pênis e cavalgou, lentamente, esfregando o clitóris em mim até gozar. Abraçou-me, cravando suas unhas na minha pele, feito um gato. Ficou gemendo perto do meu ouvido sem parar com os movimentos, até eu gozar logo em seguida. E ficamos ali abraçados, juntos desfrutando do Frenesi.

Ainda podia sentir seu reto apertando meu pênis enquanto esguichos de sêmen alimentava ele. Estava perdido pensando nessa noite que passamos. Foi mágica. Surreal. Depois disso, nos encontrávamos uma vez por semana, às vezes duas. E sempre era espetacular. Três dias antes dela estar ali naquele altar, estávamos juntos, em meu apartamento. Ela toda pelada, com a chave de fenda verde todo em seu ânus, enquanto eu a chupava. Quando gozou na minha boca, tirou a chave de fenda que estava em seu cuzinho e colocou em minha boca e ficou vendo eu a lamber toda, com aquela cara de sádica que às vezes ela assumia. Priscila chupava meu pau pedindo para jorrar porra no cabo da chave e passar em sua boca, igual um picolé. Mais de uma vez realizei esse fetiche dela. Devorava cada gota, até o cabo brilhar. Mordiscava seus lábios, passava a língua por todos os lados, me olhando, provocando, me sugando para seu mundo.

Agora todo seu mundo estava ali naquele degrau que era feito de altar. Os votos foram prometidos um ao outro. Eles estavam transbordando alegria. Nunca vi Priscila tão alegre em um ano. Seu sorriso era colossal, radiante, angelical. Parecia tão pura olhando assim, tão inocente e casta . Mas era virgem sim. Um tesouro nunca tocado ela carregava. Aplausos eufóricos ecoavam pelo salão. Um beijo e pronto, Priscila estava casada. Uma mulher comprometida perante Deus e a lei. Ramon O Grande. Tragam tabuletas e talhem sobre esse jovem. Ergam monumentos, estátuas e cantem canções.

Uma fila foi feita para cumprimentar os recém-casados. Cada pessoa desejava pessoalmente suas felicidades, cada passo que eu dava, cenas dela passavam em minha mente, como visões que temos na morte. Via Priscila me ligando logo após se encontrar com Ramon, ainda com o sêmen dele no corpo, pedindo que eu a penetrasse, usando seu líquido seminal como lubrificante. Isso a excitava profundamente, era seu ménage à trois. Gozava no fundo, misturando meu líquido com o dele. Sentia ainda quente escorrendo para fora. E estava a poucos metros desse rapaz, que nunca tive contato, apenas pelos seus fluídos. Chega a ser engraçado pensando assim.

Estava quase chegando minha vez. As visões cessaram. O coração bateu mais forte. Fiquei pensando no que falar, ensaiando e ensaiando e quando estava diante deles, abracei ele primeiro e desejei tudo de bom. Foi um abraço forte, energético e sincero. Disse olhando em seus olhos negros que estavam brilhosos. Depois que tudo passou, fiquei me vendo que nem um judas, pouco antes de trair Jesus. Mas sei que se não fosse eu seria outro..outros. Eu o ajudei a carregar esse monumento que era Priscila. E então meus olhos cruzaram com os dela. Cristo, como estava linda! Parecia um anjo. Priscila me abraçou com ânimo. Não consegui dizer nada. Nada saiu, nada pensei, só me afogava em sua beleza, em seu aroma, em sua aura. Quem falou foi ela. Agradeceu minha presença. E sussurrou, em meu ouvido...

— Ela será sua depois dele. Sua!

A fila andou. Outros abraçaram eles e fotos eram tiradas. Eu caminhei para fora do salão. Pedi um cigarro para um dos convidados que fumava. Acendi, desabotoei a camisa social e fumei. Fumei lentamente até só sobrar o filtro. Voltei pra casa e tomei um banho gelado. Provavelmente no momento que eu escrevia esse relato, Priscila fazia amor pela primeira vez.

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Comentários

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Simplesmente estupendo . . . em meio a tantas postagens vulgares e mal escritas, esse autor nos brinda com esta pérola de relato, tão bem arquitetado e escrito de modo impecável, que me levou a um estado de alto tesão e calor, sem precisar apelar para termos chulos e vulgares !

Aí envio meu dez com louvor e as três merecidas estrelas.

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