🌹 Tratado Sobre a Caçadora e seu Alçapão: Um Palpite de Caçador que também foi Presa!
Já faz um tempo, onde coloquei em palavras a comparação dos nossos “apetrechos” com as armas.
Tenho alguma experiência no assunto, e do meu ponto de vista, onde fui juntando relatos em incontáveis conversas que tive ao longo da minha agitada vida, com amigas, namoradas e amantes, vou tentar deitar em palavras um “tratado” sobre mulheres e seus “apetrechos” e “aviamentos de caça", “territórios” e “trilhas sinuosas”.
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Sempre me disseram que nós, homens, pensamos com a “arma”, mas as mulheres, ah, as mulheres pensam com o “Território”. E território, meu povo, é coisa séria.
Certa vez, tentando entender a cabeça da caçadora – e olha que tentei, viu? – imaginei que elas comparam o corpo delas não à arma, mas à “Trilha de Caça” em si, e o desejo delas, à “Pólvora Fina”, daquelas que não se gasta com qualquer tiro.
Triste sina de quem tenta decifrar a “Fêmea da Espécie” e seu Alçapão.
O homem é criado para sacar, para mostrar a arma. Mas a moça... a moça é criada para “guardar a isca”.
É com um sorriso de canto de boca que, em determinada idade, ela descobre que o “Mato Grosso” que cresce entre as pernas não é só um enfeite.
Também dizem por aí que o corpo da mulher se assemelha a uma “Trilha de Caça”, cheia de paisagens e perigos. Mas quem disse isso não soube da metade: o corpo é a “Capanga” onde a Caçadora guarda, com carinho e astúcia, o “Calibre” das suas escolhas.
Triste sina das mulheres…
Desde meninas aprendem que a “trilha” existe para ser admirada, mas não para ser explorada à toa. Enquanto os rapazes já estão batendo sua “chumbeirinha” em lata de lixo, a menina tem que se contentar em dar nome às serras, montanhas e lagos que a natureza começou a esculpir.
É com uma mistura de medo e curiosidade que, em determinada idade, elas descobrem que o “alçapão” no meio das pernas não serve só para as necessidades de higiene.
Não, senhoras e senhores!
A coisa vira um “Alçapão” danado de eficiente, que só se abre com a senha certa.
O banho demorado, o olhar de comparação que ela dá para as outras mulheres e, para si mesma no espelho.
Batia o olho no rapazinho mais atrevido, o que cheirava a cigarro, cerveja, Halls cereja e sabão, e lá ia ela, em sua mente, “montar o acampamento”. O corpo, que antes era uma planície, virava uma geografia de montanhas, picos e vales que ela aprende a mapear.
Nessa hora, a jovem vira “Iscadora”.
Ainda que seu “Alçapão” esteja virgem, a moça já sente a pólvora esquentando e a mola da armadilha se ajustando.
Tudo justo, o mato no lugar, o cheiro de flor silvestre que atrai o garanhão!
Era o primeiro segredo sendo guardado no cofrinho!
Olhos fechados, imaginando o caçador mais sacudido da festa, imaginando o cheiro dele misturado ao dela... Eram todas muito quietas as moças, mas por dentro, o bando de abelhas já estava querendo voar.
De cúmplices, o travesseiro que ela abraçava, o livro de romance escondido, o balançar da saia que deixava a trilha só um pouquinho visível. A “Fenda”, essa ainda úmida de mistério e promessa.
A moça se trancava no quarto, com o cheiro de sabonete e água-de-colônia misturado ao vapor do desejo. O “Alçapão” dela, intocado, pulsava. A mão, esta sim, era a exploradora.
A “Exploradora” que não tinha medo do mato.
Ela fechava os olhos e o teto do quarto sumia. A inspiração era o “Rapazinho Atrevido” que deu risada na missa, o peito largo do vizinho que passava acenando sem camisa. Eram as cenas proibidas que ela roubava das novelas e filmes, tudo misturado em uma sopa quente de taras.
A mão era habilidosa, sabia onde apertar o “Gatilho” daquela “Armadilha Mimosa”. Os dedos exploravam a “Fenda”, buscando o ponto exato onde a “Mola do Prazer” se armava.
E quando encontrava... “Sporca Miséria!”
A moça se contorcia, a boca abafada no travesseiro para não entregar o segredo. As coxas tremiam, o ventre endurecia, e o corpo dela, meu povo, parecia ser rasgado por um bando de “onças no cio”.
O prazer vinha como a “cheia de um rio” depois da seca: violento, inesperado e totalmente avassalador.
O “Alçapão” disparava, e a moça, em segredo, se tornava a “Rainha do Próprio Território”, a “Armadora” que sabia como se abater.
E a cada formigamento, ela aprendia que, ali, na ponta dos dedos, ela era a “Guia de Caça” mais poderosa de toda a região.
E isso seguia até depois de sentir o primeiro tiro, o primeiro tremor no “Alçapão”.
O rapaz achava que tinha vencido a caça, mas a moça entendia o ditado:
—Quem tem a “Mola”, dita o ritmo!
—O cano pode ser de ouro, mas o “Território” é meu!
A mais pura verdade, meus amigos.
O homem pensa no tiro, a mulher pensa na “paciência da espera”. Ela passa a pautar a vida dela pelo “Calibre do Caçador”, e não pela arma.
Pois bem, essa farra vai ficando boa, dos 20 até os 30 e poucos anos.
Nessa fase, ela vira uma “Guia de Caça” experiente. Ela tem o mapa da sua própria geografia, e o “Alçapão” está sempre pronto, só que mais seletivo.
A caçadora não precisa mais sair correndo atrás. Ela fica na espera. E a *caça (*nós) sempre vem.
Ela aprendeu a distinguir o “Chumbo Fino” do “Chumbo Grosso”.
O Caçador novato, aquele que atira sem ver, sem perguntar, ela logo despacha. Ela quer quem tem “Mira”, tirocínio, quem tem “Respeito pelo Território”.
Ela deixa o rapaz armar, desarmar, atirar, e no final, ela quem vai decidir se ele pode voltar para a “Trilha”.
Eu fui caçador nessa época, e digo: a mulher se torna uma “Armadilha Atraente”, mas com uma força que te suga até a última gota de suor.
Mas como tudo que é bom, um dia vai se acabando…
Piscou, não viu, e a “Armadora” chegou aos 40 anos!
É nessa fase que o corpo dela vira um “Santuário”. A caça precisa ser de “Luxo”.
A “Pólvora” dela, meu povo, vira raridade. Não pode ser gasta com qualquer tiro.
Ela não aceita mais “Chumbeira” que não tenha alma, que não olhe nos olhos. O tiro precisa ser lento, certeiro, com paciência de mateiro velho.
Sabem como é, a força da “Mola” exige azeite e carinho. O “Alçapão” já recebeu muitas presas, a trilha muitos visitantes, e agora, a porta enferrujada precisa de calma.
No piscar dos olhos, os 50 se aninham!
Agora, dessa fase em diante, a coisa vai ficando séria.
A Caçadora, que antes era fogo, precisa de lenha. Precisa de quem tenha a “Paciência do Rio” e a “Força do Mar”.
Ela não quer mais quem só atira no “Mato Grosso”. Ela quer um que saiba explorar os “Regos Nadegais”, quem suba os “Picos de Relva Macia” devagar.
Quem foi Rainha na trilha, que recebeu o bacamartão dos mais bravos, agora quer um Mateiro que não venha com pressa, que saiba que a beleza da caça está na “Entrega”, na “Espera”.
Eita mundo véio cheio de barrancos!
Um conselho, eu, o Caçador Véio, dou:
—Rapazes, vocês tentem valorizar o “Território” de vocês, mas respeitem o “Alçapão” delas. É lá que está a verdadeira força. Elas têm a paciência do tempo, e a pólvora delas é a recompensa.
Saudade tenho, e muita, de quando eu achava que era o Caçador, e não a Caça.
E eu, bem... tô quase lá meu povo, quase lá… mas aprendi que a melhor parte da caçada é quando a “Guia de Caça” decide te mostrar o mapa.
Eita tempo véio...
🐂🐎
