Depois de ter descoberto aquela mentira e que ela estava me escondendo coisas do dia a dia, fiquei muito mal, muito chateado, pensei seriamente em me separar.
Mas coloquei tudo na balança, tudo o que nos aconteceu nos últimos anos, de quando sofri o acidente, quando eu errei e a minha loja faliu e ficamos com uma dívida enorme, se não fosse ela segurar as pontas tudo teria sido muito mais difícil, mas principalmente pensei muito em meus filhos.
Então decidi depois de muito pensar e analisar, que o correto seria dar uma chance para nós dois, eu não tinha nenhuma prova, somente fortes desconfianças da traição.
Claro que nossa relação ficou muito estremecida, mas aos poucos fomos retornando ao nosso convívio normal, nossos filhos percebiam que tinha alguma coisa errada, faziam de tudo para que acabasse aquele clima ruim em nossa casa.
Com o passar dos dias, ficamos numa boa novamente, parecíamos mais fortes, nosso diálogo melhorava a cada dia, mas infelizmente a desconfiança não saia totalmente da minha cabeça, eu não demonstrava, mas as vezes aquele sentimento de estar sendo enganado voltava muito forte, nessas horas eu procurava me distrair, pensar em outras coisas.
Não tivemos mais contato com o Daniel, pelo que fiquei sabendo poucos meses após, ele pediu transferência no trabalho, e minha sorte foi que nenhum dos nossos amigos ficaram sabendo de toda a confusão, só comentei com meu primo, que ficou revoltado e queria ir atrás do Daniel e tirar satisfações, mas não deixei, aquilo tudo deveria ficar no passado
No meu trabalho as coisas estavam cada vez melhor, tinham se passado por volta de três anos daquela confusão, eu já estava trabalhando na segunda obra, um edifício ainda maior que o anterior e foi ali que resolvi seguir o caminho da instalação de ar-condicionado, todos falavam que a boa mão de obra estava escassa, então seria uma grande oportunidade de conseguir crescer, ter uma profissão e poder me destacar, meu amigo Joãozinho sempre me apoiava, sempre que podia me indicava, aos poucos fui aprendendo e me dedicando, logo me destaquei e fui designado para o novo setor, meu salário aumentou, era puxado, às vezes trabalhava até mais eu antes, mas valia muito a pena, horas extras eram recorrentes, a Marcela me apoiava muito, nossa vida estava ficando um pouco mais confortável, conseguimos guardar um bom valor e mudamos para um outro apartamento no mesmo condomínio, lá tinham prédios com três quartos com suíte, assim as crianças poderiam ter um quarto para cada um.
Foi uma época muito boa, mas eu pisei na bola e tudo o que eu cobrava dela e que mais abominava que era a traição, acabei fazendo e disso me arrependo a cada dia.
Alguns amigos do meu setor e dá elétrica, em um sábado por mês nos reunimos para uma pequena confraternização, fazíamos churrasco na casa de um colega, quase sempre eram somente os homens, difícil quando era para toda a família, ou que fosse para ir com as esposas ou namoradas, a Marcela não reclamava, sempre confiou muito em mim.
Em um desses sábado, um colega convidou três moças que trabalhavam na obra, elas eram do setor de acabamentos, ficou um clima estranho no início, mas correu tudo normalmente, só tivemos que nos conter no palavreado, falando menos besteiras e palavrões, resolvi não comentar nada com a Marcela sobre a presenças da moças, iria me trazer muita dor de cabeça, quando realizamos o próximo churrasco, as meninas foram novamente, mas foram em quatro dessa vez, as três primeiras não eram muito bonitas, mas a que estava indo pela primeira vez era bonita e muito deliciosa uma morena de cabelos negros, longos e cacheados, com mais ou menos 1.60m de altura, cochas grossas bunda grande e seios médios, o seu nome era Marlene, mas era chamada de Leninha, todos os homens ficaram de olho, alguns faziam gracinhas mas ela com educação ia cortando qualquer aproximação, naquele dia eu estava comandando a churrasqueira, teve uma hora que ela se aproximou do balcão e começou a puxar conversa.
Fiquei meio receoso com o que eles poderiam falar depois, mas acabei relaxando, era uma simples conversa, sobre nosso trabalho, não tinha nenhuma malícia, na hora que elas foram embora a Marlene veio se despedir e me deu um beijo no rosto, um beijo sem segundas intenções, pelo menos eu achava isso.
Durante aquela semana, nos encontramos algumas vezes na obra, ela sorria de uma forma diferente para mim, eu ficava meio encabulado, ela sabia que eu era casado, mas conforme nosso contato aumentava na obra, ficava claro o flerte dela comigo, tanto que um dia o Joãozinho brincou comigo, dizendo que a morena linda estava caidinha por mim, e que eu não precisava nenhum esforço e conseguiria fazer o que muito homens ali na obra queriam fazer, cortei logo dizendo que não faria nada, afinal era bem casado.
Mas depois uns quatro meses da primeira vez que ela foi, estávamos reunidos novamente, nós dois ficamos muito tempo conversando, eu já tinha bebido um pouco a mais e estava bem relaxado, em um determinado momento ela me chamou para dançarmos, eu todo soltinho aceitei e dançamos várias músicas, conforme dançávamos íamos bebendo mais, alguns amigos ficavam de olho em nós dois, ficavam olhando meio de lado, teve uma hora que estávamos dançando um forrozinho, e naquele esfrega todo, acabei ficando bem excitado, claro que ela sentia e parece que fazia questão de esfregar ainda mais, olhava em meus olhos e ficava com um sorriso leve nos lábios.
Quando eu decidi ir embora, ela e mais uma colega me pediram carona, e eu não estava pensando direito aceitei, não percebi a armadilha, elas falaram que moravam próximas, e seria no meu caminho, primeiro deixei a amiga e depois fui até a casa da morena, quando chegamos ela se virou e quando fomos nos despedir com um beijo no rosto ela não virou o rosto e acabamos nos beijando, primeiro fiquei meio em choque, mas ela não me deixou pensar muito e continuou a me beijar, os beijos começaram a esquentar, eu estava meio tonto e quando percebi ela já estava com a blusinha levantada e com os seios libertos do sutiã, seios médios bem durinhos, biquinhos pequenos, meu pau estava latejando preso ali na cueca, ainda mais com ela apertando ele através do tecido da bermuda de uma tecido um pouco fino que eu usava, ela me beijava e logo me chamou para entrar em sua casa, argumentando que na sua cama seria tudo muito mais confortável.
- Vem, vamos entrar, vamos tomar um banho gostoso, na minha cama poderemos fazer tudo muito mais gostoso, aqui na rua é perigoso alguém ver e daí pode complicar para você.
Eu estava quase aceitando, mas consegui recobrar o juízo e declinei do convite.
- Marlene, está delicioso demais aqui com você, mas eu não posso, eu não deveria estar fazendo isso, eu sou casado, minha mulher não merece isso, não vou entrar com você, por mais que eu queira, afinal o que era para ser somente uma carona, está se transformando em algo que eu não vou conseguir lidar depois.
- Você é uma mulher linda, uma verdadeira tentação, estou com muito tesão e vontade de transar muito com você, mas não posso, me perdoe eu preciso ir embora.
Ela ficou contrariada no início, mas depois me elogiou pela atitude e concordou que se entrasse tudo ficaria muito complicado para nós dois.
Por fim me deu um beijo bem leve, acariciou meus cabelos e entrou sem olhar para trás.
Andei por alguns quarteirões e não aguentei mais dirigir, encostei o carro, estava furioso comigo mesmo, dava murros o volante, bati várias vezes e só parei quando senti a mão doer, eu falava para mim mesmo que estava muito errado tudo aquilo, estava desesperado de como iria agir com a Marcela quando chegasse em casa, não poderia falar nada, mas a culpa já estava me consumindo, não me conformava, eu que quase me separei por causa de caronas que minha esposa pegava, acabei fazendo muito pior, eu a traí, mesmo não transando com a Leninha, os beijos e todo o resto era sim uma traição.
Fiquei ali parado por um bom tempo, fiquei respirando fundo para tentar conter a ansiedade, quando me acalmei um pouco, fui para casa, quando cheguei dei muita sorte, a Marcela e as crianças tinham saído, estavam na casa da minha sogra, entrei e fui direto para o banho, fiquei me esfregando por um bom tempo, queria tirar aquele peso da traição, tirar o cheiro do perfume da Leninha que parecia que estava impregnado na minha pele.
Quando eles chegaram, eu estava deitado no meu quarto, as crianças vieram correndo me beijar, acharam estranho eu já estar deitado, mas disse que tinha bebido caipirinha e estava com muita dor de cabeça, a Marcela não gostou muito mas não ficou criando caso, aquela foi a melhor desculpa que podia inventar no momento.
No dia seguinte tentava agir normalmente e parece que estava conseguindo, afinal a Marcela não fez nenhum comentário, eu mais uma vez estava me sentindo muito mal, mas precisava relaxar e claro nunca contar nada.
Carreguei sozinho por alguns anos aquele peso da traição, nunca contei nada para ninguém, no trabalho procurava agir com normalidade quando encontrava a Marlene, nos churrascos, ela agia normal comigo, parecia que nunca tinha acontecido nada.
E assim fomos levando nossa vida, quando terminou a obra que eu estava, resolvi arriscar e ir trabalhar em uma empresa especializada, que também prestava serviços para algumas construtoras, tive uma excelente oferta de emprego, foi um grande desafio, aprendi muito, agora além das instalações que eu já fazia, também aprendi a dar manutenção nos equipamentos, fiz alguns cursos e me saí muito bem.
Uns dois anos depois arrisquei ainda mais e comecei a trabalhar sozinho, fiz parceria com uma pequena construtora e com alguns arquitetos, começamos eu e mais um auxiliar de instalação, eu tinha medo de dar tudo errado como aconteceu na loja, mas eu estava com a cabeça no lugar e consegui ir prosperando, a parceira com os arquitetos, foi uma excelente oportunidade, com eles fazíamos serviços para uma classe mais alta, trabalhava em muitas casas em condomínios fechados.
Meu casamento estava indo de vento em popa, conseguíamos conciliar bastante o trabalho com nosso lazer, as crianças já estavam na adolescência, período bem complicado, mas conseguimos superar mais aquele desafio.
Não me lembro ao certo quando que começou, mas eu a Marcela, meu primo e a esposa que era minha cunhada e mais alguns casais amigos começamos a nos reunir pelo menos uma vez por mês, fazíamos churrascos, jantares, ou íamos para algum barzinho e até mesmo algumas baladas.
Esses encontros eram maravilhosos, nos divertíamos muito, eu e a Marcela estávamos vivendo a plenitude de nosso relacionamento, eu nem me lembrava mais de tudo o'que aconteceu, com os problemas das caronas com o Daniel e a minha carona com a Marlene, estava tudo muito bom, mas infelizmente o Daniel que estava fora já a alguns anos, voltou para nossa cidade, ele estava casado e com um filho, voltou a morar em seu apartamento, aquele no mesmo condomínio que o meu.
Ele era da turma, então conhecia todos os casais que se reuniam, e como ninguém sabia do que tinha rolado, todos convidaram ele e a esposa para os nossos encontros, no começo ele recusou alguns convites, mas acabou cedendo e passaram a frequentar os mesmos ambientes que eu e a Marcela.
No início foi bem complicado, eu não queria papo com ele, ficava uma situação constrangedora, não podia dar bandeira, não queria que ninguém soubesse de nossos problemas, então tinha que conviver e interagir com ele e com a esposa, que era uma mulher não muito bonita de rosto, tinha um corpo bonito e era de uma extrema simpatia, rapidamente se enturmou com todas as outras mulheres do grupo.
Foi em um desses encontros que meu casamento começou a se deteriorar, um simples aceno e comprimento, começou a desencadear muitos problemas para mim, afinal a Verdade sempre aparece ou como falam prevalece.
Era aniversário da esposa de um amigo, a festa foi no salão de um buffet, tinham muitos convidados, estávamos todos da nossa turma, por lá encontrei o Joãozinho o mesmo que eu tinha trabalhado e também encontrei a Marlene, ela estava trabalhando como garçonete na festa, quando passou por nossa mesa, me comprimentos com um simples “ oi tudo bem?” respondi da mesma forma, mas me deu um grande frio na barriga, a Marcela parece que ficou um pouco incomodada e logo perguntou baixinho quem era a moça e de onde eu conhecia, expliquei que era da construtora que a moça fazia parte da equipe dos acabamentos, ela não disse nada, mas era claro o desconforto, ela estava com ciúmes, mulheres tem esse sexto sentido, tentei ficar o mais relaxado possível para não dar bandeira.
Teve um momento que depois de sair do banheiro para pegar duas caipirinhas, enquanto esperava o barman finalizar o preparo, o Joãozinho chegou ao meu lado conversamos um pouco, ele sempre foi muito legal, mas ele já estava um pouco alto pela bebida e brincando disse que eu fazia falta nos churrascos, que depois que eu parei de ir a morena também não foi mais e falou também que depois da carona que eu dei, ela foi se distanciando do pessoal.
Eu não tinha percebido, mas a Marcela estava chegando até mim, eu estava de costas para direção e nossa mesa e não vi a sua chegada, o Joãozinho quando percebeu a sua chegada ficou quieto, ela parando ao meu lado pediu para ele continuar a história que estava muito interessante.
Ele se enrolou todo, gaguejou um pouco e por fim saiu me deixando ali sozinho.
A Marcela parecia furiosa.
- André me conta agora! Que história é essa de mulheres irem no churrasco e você dar carona para uma delas? Você nunca contou nada disso, pelo contrário sempre disse que eram churrascos só para homens.
Eu fiquei meio sem ação, mas tentei pensar rápido.
- Amor sempre foi só de homens, mas dois colegas estavam namorando duas moças da obra e elas foram em uns três, por isso que eu fui parando de ir, não achava certo e não fui mais.
- Que história mal contada André! Você acha que sou trouxa. E a carona, como foi isso? Fala André e não tenta me enrolar porque se mentir eu vou descobrir a verdade.
Ela já estava começando a falar alto, a puxei para um espaço próximo que não tinha quase ninguém.
- Marcela!! Não estou mentindo. Eu dei carona sim, uma vez. Um colega que estava com a namorada bebeu demais e dei carona para ele a namorada e para a amiga que tinha ido junto com eles, foi somente isso e mais nada.
- Será que foi isso mesmo? Porque você nunca falou nada sobre isso?
- Não falei porque não vi necessidade, achei que não tinha importância, foi uma simples carona para um casal, a amiga deles e mais nada, em relação às meninas que iam no churrasco não disse nada porque você iria ficar chateada e achei que o melhor a fazer era parar de ir, e assim eu fiz, você sabe muito bem disso. Não tenho nada para esconder.
Eu falava mas nem eu mesmo acreditava em minhas palavras, ela fez de conta que tinha acreditado e voltamos para a mesa.
No decorrer da festa, em um momento a Marcela foi ao banheiro e demorou um pouco a retornar, quando chegou estava com os olhos vermelhos, parou ao meu lado e falou para irmos embora que não estava se sentindo muito bem, concordei e nos despedimos dos amigos, nem falei nada que gostaria de ficar por lá afinal eu poderia me complicar ainda mais.
No carro ela ficou olhando para o lado e não conversava comigo, eu estava preocupado e perguntava o que ela estava sentindo, se queria parar em uma farmácia para comprar algum remédio, mas ela respondia com monossílabas e não olhava em minha direção.
Estávamos sozinhos em casa, nossos filhos estavam fora, uma na casa de uma amiga e o outro na casa de um primo.
Quando entramos, mal deu tempo de trancar a porta, ela começou a gritar comigo, dizendo que eu era um mentiroso, que aquela história de carona era tudo mentira que eu tinha inventado tudo, que ela conversou com a moça e que ela contou uma história totalmente diferente, que eu dei carona somente para ela, eu fiquei parado em sua frente sem falar nada.
Ela chorava de soluçar, não parava de me chamar de mentiroso, que estava com muita raiva, que a vontade era de jogar minhas coisas pela janela, deixei ela falar à vontade, não queria explodir e criar mais confusão ainda.
Só que paciência tem limite e quando mais uma vez me chamou de mentiroso, traidor e disse também que eu não merecia a família que tinha, neste momento não aguentei e retruquei, gritando que se eu tinha errado, ela errou muito mais e muito antes, afinal ela pegou carona com o Daniel por muitos dias, fez isso escondido de mim, mentindo sobre a perda do horário do ônibus, afirmei que eu não andei sozinho com a moça, mas que ela sim ficou sozinha com ele várias vezes, que ela falava que nunca aconteceu nada, mas que ninguém tinha como me garantir que nada aconteceu.
Quando falei isso ela ficou branca, deu um passo atrás e percebeu que o jogo estava virando para meu lado.
- Já que você está afirmando que a moça falou que estava sozinha comigo no carro, o que é mentira, o melhor é irmos até a casa do Daniel e depois procurar a casa da Marlene, para compararmos os fatos, assim vamos descobrir quem está mentindo e o principal, quem realmente é o traidor dessa história.
Ela me olhava assustada, acho que eu nunca tinha gritado tão alto, tivemos inúmeras discussões, mas sempre tentei ser comedido no meu tom de voz, sempre achei que não ganharia nada com gritos, mas mesmo eu sabendo que no fundo eu estava errado, no momento que ela disse que eu não merecia a família que tinha, eu perdi a cabeça, eu admito que errei algumas vezes no decorrer do nosso casamento, mas sempre vivi em função dela e de nossos filhos, eu não iria aceitar aquilo de boca fechada e cabeça baixa.
Ela não falou mais nada mas saiu em disparada para nosso quarto, trancou a porta com a chave e ficou ali trancada a noite toda, eu quase não dormi, não tinha sono, deitei na cama do meu filho, fiquei olhando para o teto, pensando em tudo o que vivemos até ali, eu estava arrependido demais de ter beijado a Marlene, não transamos, mas de toda forma foi uma traição, meu estômago revirava lembrando das caronas dela com o Daniel e o pior, ficava imaginando o que realmente tinha acontecido, aquilo me corroía.
Aqueles pensamentos, não me deixavam dormir, dede que descobri sobre as caronas, eu ficava me perguntando e imaginando o que poderá ter acontecido, se eles transaram, ou foi somente beijos e sexo oral, afinal eles saiam perto do horário de ir trabalhar, não dava tempo de transarem, mas e se se encontraram em um outro horário do dia? Isso não tinha como eu saber, por isso a imaginação.
De todos nossos amigos o Daniel sempre se destacou em duas coisas, no futebol e no tamanho da sua rola, ele era muito acima da média, sabíamos que tinham muitas mulheres que corriam atras dele por causa disso.
Antes de conhecer a Marcela fazíamos algumas festas e em uma dessa reunimos diversos amigos em uma chácara, foi um loucura, tinha gente fazendo suruba perto da piscina, outros transando no quarto e eu estava procurando um canto para poder transar gostos, fui entrando em um quarto com uma loirinha linda e acabamos flagrando ele transando com um negra deliciosa, tanto eu quanto a loirinha nos assustamos com o que vimos, a negra gemia gritava e se acabava na rola dele, era bem grande e grosso, nunca fui de ficar manjando a rola de meus amigos, mas naquela hora foi impossível não reparar, quando entramos e negra levou um pequeno susto e saiu de cima dele.
O que vimos foi uma rola comprida e grossa, a loirinha deu um gritinho, olhou por um momento e me puxou pra fora daquele quarto, quando ficamos sozinhos e ela estava me fazendo um boquete, ainda disse “Ainda bem que fiquei com você, não iria aguentar aquele cavalo do seu amigo” na hora eu estava bêbado e nem dei bola mas depois fiquei meio chateado, afinal a diferença de tamanho era muito grande.
Com isso naquela noite acabei imaginando a Marcela sentando naquela rola grande, não estava excitado, mas ainda mais chateado em imaginar a transa dos dois, ali deitado imaginando tudo e acho que acabei meio que sonhando, parecia que eu estava do lado de fora do carro, olhando eles dois se acabando de tanto meter, com ele dando um prazer à ela que eu nunca seria capaz de dar.
Eu via tudo e não conseguia reagir“Vai Daniel, não para!!! Mete, vai mete mais, isso vai lá no fundo...aaiaiaiaiaiiiiii que delicia, esse pauzão está me arrombando, nunca senti nada igual..aaaahhahhahh que tesão!!
“isso Marcela rebola gostoso, rebola que vou te fazer gozar como nunca, tenho certeza que a micharia do seu marido não é capaz de fazer o que vou fazer com você... depois de hoje você vai querer sempre tenho certeza, isso rebola, que delicia de bucetinha apertadinha, que tesão da porra, vai isso assim sobe e desce no meu pau”
“Vai Daniel, vai mete junto, enfia tudo, enfia até o fundo, estou sentindo cutucando meu útero, não paraaaaaaa vai, vai, vai assim, ai que tesão, vai mete seu caralhudo, puta que pariu que pau é esse, aahhhhhaaaaa vaiiiii, issoooo vou gozar, vou gozar.. goza comigo, vai me enche de porra, aahhhhhh tô gozzzanndoooooo!!!!!Nessa hora dei um pulo na cama, acho que devo até ter gritado, estava suando muito, não sabia ao certo oque fazer, aquele sonho pareceu tão real, eu precisava tirar aquilo a limpo, mas não poderia ser naqueles dias, teria que esperara hora certa.
Vivemos um período longo em crise, nossos filhos foram os que mais sentiram, eu e ela ficamos um bom tempo sem nos falar direito, dormíamos na mesma cama, mas não tínhamos contato, nenhum tipo de carinho.
Por mais de uma vez nos sentamos para discutir a possibilidade de nos separar, não havia mais briga, somente ressentimentos de ambos os lados, conversamos sobre como que deveríamos fazer em relação a divisão do pouco que tínhamos juntos, que era o carro e o apartamento.
Nesse período, alguns amigos e principalmente meu primo e minha cunhada, sua esposa, tentaram fazer com que superássemos aquela grande crise.
Muito devagar fomos nos entendendo, afinal ainda existia amor, apesar da mágoa.
Após toda essa turbulência, nosso casamento até que caminhava para melhorar bastante, não iria voltar ao que era antes, mas nem sei o porquê mas devagar foi entrando no automático, tínhamos respeito um pelo outro e como disse ainda tinha amor ou um outro sentimento forte entre nós dois, mas de certa forma o encanto tinha se quebrado, foram tantas coisas no decorrer dos anos que nossa relação foi cansando, tanto a mim quanto a ela.
Nem percebemos os anos passando, fomos ficando mais velhos e por fim nos acomodamos ainda mais apesar de ainda trabalharmos bastante, conseguimos aumentar um pouco nosso patrimônio, eu estava ganhando bem, minha empresa tinha se estabilizado, resolvemos sair do apartamento e compramos uma casa em um pequeno condomínio fechado, era uma casa boa,, tinha um quintal bem legal, compramos pensando em ver nossos netos brincando ali.
E para coroar esse período de uma certa calmaria, nossa filha se formou, começou a trabalhar em sua área e logo se casou logo depois veio a aprovação do nosso filho no vestibular.
Nessa época da formatura, meu filho estava terminando o ensino médio, ele fazia cursinho preparatório junto, ele queria fazer engenharia mecânica ou elétrica, não tinha se decidido, mas estava muito bem encaminhado.
Eu e a Marcela já não pensávamos mais em separação, já estávamos, eu com cinquenta e ela quarenta e oito anos, tínhamos certeza que iríamos envelhecer juntos, mas então a vida resolveu me dar uma gigantesca rasteira e isso me derrubou como nunca poderia imaginar, eu fui ao fundo do poço.
No ano que completaríamos 29 anos de casados veio a primeira grande bomba.
A bomba que quase me levou à ruína, aquilo me derrubou de uma forma que nunca poderia imaginar.
Então vamos aos fatos!!!
Em um feriado prolongado, perto do seu aniversário o meu sogro alugou uma chácara às margens de uma represa em uma cidade próxima, ele queria reunir toda a família, os filhos, os netos, os genros, a nora e passarmos alguns dias desligados da correria do dia a dia.
Meus filhos e a Marcela estavam muito animados para essa reunião de família, mas eu não estava nenhum pouco afim, estava sentindo que deveria ficar em casa ou viajar somente nós quatro, mas acabei concordando em ir e não ser o estraga prazer, fui sentindo um grande aperto no peito, eu tinha certeza que alguma coisa iria acontecer, ainda mais que seria obrigado a conviver com meu cunhado, só de imaginar em dividir o mesmo ambiente com ele por quatro dias, meu estômago revirava.
O primeiro dia foi muito legal, estava um dia bem quente, aproveitamos a piscina, jogamos bola em um mini campo, curtimos demais, bebemos e comemos muito.
Mas aí veio o segundo dia, o fatídico dia da minha grande decepção, o dia do grande murro no meu estômago.
Em um determinado momento do dia, eu e o Luiz, ficamos no trapiche pescando, na verdade ficamos mais conversando e bebendo do que pescando. Dávamos risada e relembramos de muitas histórias e coisas que tinham acontecido com aquela família no decorrer dos anos, coisas boas e infelizmente coisas ruins.
Foi quando o Luiz se lembrou de uma história que ninguém ali gostava de falar, a vez que meu cunhado levou um grande chifre da sua então namorada e depois se tornou esposa, ele a pegou transando com um cara bem mais velho na cama dela, eles terminaram o namoro, mas poucos anos depois com ela um pouco mais velha voltaram a namorar e acabaram se casando, eu comecei a rir e falei que o tonto tinha sido um baita corno, que tinha perdoado o chifre, que possivelmente teria levado outros no decorrer dos anos porque quem trai uma vez a chance de trair novamente é muito grande.
Mas enquanto nós dois falávamos e riamos muito, não percebemos o Fabio chegando, ele escutou claramente o que nós dois falamos e soltou a grande bomba.
- É verdade, eu levei chifre mesmo, más foi só uma vez, separamos e acabei perdoando, mas esse chifre eu descobri a tempo de cortar qualquer possibilidade de acontecer novamente, o pior é o cara que se acha o bonzão e levou chifre a mais de vinte anos e não sabe de nada, levou chifre de um garotão e pior, não foi uma vez só, a festinha da mulher desse babaca com o garotão durou vários dias.
Eu e o Luiz nos assustamos quando ele começou a falar, pensamos que estivéssemos sozinhos e conforme ele foi falando nós dois nos levantamos e ficamos escutando tudo aquilo que ele falava, ele olhava em minha direção e dava risada, uma risada sarcástica.
- O que você está falando seu babaca, cuidado com as suas palavras, eu já te arrebentei uma vez, não custa nada te arrebentar de novo, preste atenção no que você está falando da sua irmã.
Eu falava e com os punhos cerrados ia em sua direção, que dava passos para trás mas não parava de me provocar.
- Nossa vai ficar nervosinho seu corno!! Pois é isso que você está escutando, você é muito mais corno que eu, a sua mulherzinha quando foi para Palmas transou um monte com o sobrinho da Jaqueline, isso mesmo, ela deixava as crianças dormindo no berço e ia para a cama do garotão, os dois fizeram a maior festa, isso você não sabia não é? Você se acha o sabichão, ficou aqui cuidando dos filhos e a mulherzinha transando e gozando um monte a muitos quilômetros de distância.
Nessa hora eu fiquei cego, fui para cima dele, e comecei a bater, dei um murro tão forte na sua boca que ele caiu, nessa hora eu fiquei em cima dando muitos murros na sua cara, o Luiz me agarrou, tentava me tirar de cima dele, me segurou pelo braço e torceu para trás, com a dor acabei parando de bater.
Com a gritaria vieram todos correndo para ver o que estava acontecendo.
Quase todas as pessoas chegaram gritando e perguntando o que estava acontecendo entre elas a Marcela e a Jaqueline que pela fisionomia das duas já sabiam muito bem o que tinha acontecido, o grande segredo das duas tinha sido revelado.
- Vocês querem saber o que aconteceu? Eu que pergunto o que aconteceu há mais de vinte anos em Palmas? Fala Marcela! Seja mulher de assumir e contar aqui na frente dos seus pais e dos seus filhos, o que você fez lá em Palmas.
Parei respirei um pouco e sem desviar o olhar de raiva das duas continuei
- E você Jaqueline, muito obrigado, fiquei aqui igual um tonto cuidando sozinho dos meus filhos para minha mulher ir te ajudar e você encobrindo a safadeza dela com seu sobrinho.
A Marcela deu um grande grito, caiu de joelhos no chão, ela chorava e dizia que era mentira, que não tinha acontecido nada, dizia que ele estava inventando tudo aquilo.
A Jaqueline puxou a Marcela pelo braço, a fez levantar.
- Pare Marcela, agora não adianta mais chorar e se desesperar, ele descobriu tudo.
Ela me olhou e chorando me pediu perdão por não ter contado nada.
- André eu só posso te pedir perdão, eu fui covarde em não ter contado nada, ela me implorou para eu não falar nada e na época eu achei que era o mais certo a se fazer, achava que estava protegendo minha irmã você e as crianças também, porque se eu tivesse falado, o casamento de vocês teria acabado na hora, pode não parecer, mas não tem um só dia que eu não me arrependa de ter escondido isso por tanto tempo, você é um cara muito bom, já me ajudou muito sem querer nada em troca, você merecia saber toda a verdade, mas deveria ter sido a muitos anos e não agora ainda mais dessa forma, escutar isso de um moleque, bêbado e invejoso.
Conforme a Jaqueline falava, todos a nossa volta choravam, meus filhos estavam inconsoláveis, a Marcela estava quase caindo novamente, meu filho estava amparando e a segurando pela cintura.
Minha vontade era bater na cara da Marcela, eu gritava com as duas, eu queria fazê-las contar tudo, contar toda verdade ali na frente de todos, eu queria saber como elas se sentiam me escondendo aquilo tudo por vinte anos.
Eu estava fora de mim, não sabia o que seria capaz de fazer, eu estava cego de raiva, fui dando passos na direção das duas.
O Luiz e a minha filha me seguravam, pediam para eu me acalmar, que logo nós dois poderíamos sentar e conversar, que ali naquela hora, não iria adiantar nada, todos estando nervosos só iria piorar tudo.
Eu nem sei ao certo o que aconteceu, mas sei que apaguei, eu sou hipertenso e acho que com o aquele ataque de nervos, não aguentei e apaguei.
Um tempo depois acordei, fui aos poucos tentando me situar, acordei dentro do carro do Luiz, eu estava no banco de trás deitado no colo da minha filha, eles estavam me levando para o pronto socorro, poucos minutos após eu acordar chegamos, mas não quis descer do carro, pedi para voltar, queria pegar minhas coisas, e ir para casa ou sumir no mundo.
Não me levaram para a chácara novamente, minha filha ligou para seu marido pedindo para ele recolher tudo, ela e o Luiz me levaram embora para minha casa.
No carro eu não falava nada, ficava olhando para o nada e sentia uma dor gigante no peito, meu estômago revirava.
Durante todo o caminho fui pensando em tudo, me lembrando dos detalhes, das ligações, da forma que minha cunhada falou quando voltaram e depois quando me emprestou o dinheiro, dizendo que depois de tudo era o mínimo que ela poderia fazer, ela achava que iria comprar o seu perdão me arrumando o dinheiro.
Eu ficava me perguntando quantas pessoas sabiam de tudo aquilo, naquele momento eu achava que todos sabiam, inclusive meus filhos.
Eu estava com o estomago, muito ruim, já tinha bebido e com a alta de pressão, fazia tudo revirar, pedi para parar o carro, mal deu tempo de abrir a porta e comecei a vomitar, parecia que tinha bebido muitas latas de cerveja e misturado com algum destilado.
Quando consegui parar, tentava respirar fundo, mas a dor na alma era tão grande que eu não conseguia, o Luiz estava ali ao meu lado me ajudando, me segurando para que eu não caísse no chão e quando consegui me equilibrar olhei muito sério para ele.
- Meu irmão, você sabia de tudo isso? Me conta por favor, porque pelo que vi acho que na verdade todos sabiam menos eu.
Ele não pensou para responder.
- Não André!! Eu não sabia de nada, juro para você, seu eu sequer imaginasse alguma coisa já teria conversado com você e juntos iriamos tirar a história a limpo, nunca em toda minha vida iria aprontar uma coisa dessas com você.
- E você filha, sabia de alguma coisa, algum dia você escutou alguma coisa a respeito de tudo isso?
Ela me respondeu de uma forma indignada.
- Pai!!! Claro que não, você acha mesmo que se eu tivesse escutado qualquer coisa por menor que fosse, iria ficar quieta? Eu iria até o fundo para descobrir tudo, não iria parar de procurar até descobrir toda verdade.
Comecei a chorar novamente, pedi perdão aos dois, eu sabia que eles estavam sendo sinceros e realmente foram, eles nunca souberam de nada até aquela tarde.
Chegamos em casa fui tomar um banho para tirar toda sujeira, ali dentro do box, me sentei no chão gelado e minha cabeça não parava, tudo rodava.
Eu precisava saber a verdade por mais sórdida que fosse, eu precisava escutar tudo para saber qual decisão tomar, sabia que não seria naquele dia, então precisava me preparar para a grande conversa.
E a grande conversa viria dois dias depois da confusão, sentamos frente a frente, com meus filhos nos vigiando de longe...
Continua....