Neste Condomínio em que Ninguém é de Ninguém, Exijo o Meu Vintém

Um conto erótico de Síndico Alberto
Categoria: Grupal
Contém 6566 palavras
Data: 09/11/2025 09:22:27

O meu nome é Alberto. Tenho 48 anos e, além de síndico, sou representante comercial de equipamentos de segurança. Trancas, câmeras, sensores, essas coisas.

Sou um sujeito razoavelmente em forma, ainda que o espelho insista em discordar de mim. Tenho um bigode respeitável, desses que dá personalidade, e um peitoral que já foi mais firme, mas que ainda sustenta bem a camisa social. Gosto de pensar que passo uma imagem de autoridade: o tipo de homem que impõe respeito só pela presença. Mas sei que, para alguns, devo parecer apenas um sujeito comum tentando parecer maior do que é.

Sou síndico deste condomínio há dez anos. No começo, não queria o cargo nem de longe. Era 2015, aquela época em que todos começavam a se dividir em dois times e todo mundo parecia pronto pra brigar por qualquer coisa. Aqui no prédio, a bagunça já tinha começado antes. A dona Marieta, uma senhora conservadora que parecia saída dos anos 50, estava prestes a tomar o poder do antigo síndico. Eu só queria continuar na minha, vendendo minhas câmeras e cuidando das minhas planilhas.

Mas foi então que o Lucério bateu à minha porta.

Nunca vi um homem como aquele. Tinha algo de demoníaco, uma aura fria e aristocrática que fazia a gente querer cruzar os dedos em sinal da cruz. Pálido, com os olhos fundos e um sorrisinho que parecia conhecer todos os pecados do mundo, especialmente os meus. Disse que sabia das minhas escapadinhas financeiras, dos cheques sem fundo e dos pequenos desvios que eu fingia não serem desvios. Mostrou as provas, uma pilha de documentos e extratos. E com a mesma calma com que um gato encurrala um rato, me deu uma opção: ou eu me candidatava a síndico, ou ele ligaria pros meus clientes.

Segui o conselho dele, ou melhor, sua ordem. Me candidatei. Não prometi nada, e mesmo assim ganhei. Talvez porque ninguém mais quisesse a encrenca. Talvez todos os que votaram em mim também tinham recebido uma visitinha do Lucério.

Após vencer, cumpri exatamente o que prometi: nada. Minha gestão foi um vazio. Fiz o mínimo, resolvi um ou outro problema, mas garanti o essencial: paz e calmaria. As reuniões ficaram curtas, os moradores pararam de aparecer, e vida simplesmente seguiu. Sinceramente, foi a melhor administração que esse lugar já teve.

De vez em quando, o Lucério reaparecia. Sempre com aquele mesmo olhar gelado, exigindo algo. Nunca algo que valesse a minha alma. Só coisas pequenas e pontuais. Proteger os zeladores, os porteiros, as diaristas. Entregar a senha das câmeras pra ele trocar e eu perder o acesso. Eu apenas acatava. No fim das contas, ele parecia saber algo que eu não sabia.

E assim as coisas foram indo, de biênio em biênio. Mandato após mandato, reeleição após reeleição. Os moradores se habituaram a me ver como síndico e comecei a gostar do título, da atenção, daquela sensação silenciosa de poder. Eu raramente usava o cargo pra nada, mas gostava de saber que podia.

Eu nunca fui o homem mais honesto do mundo. Isso eu admito. Não cheguei a roubar de verdade, não. Eu chamava de compensação. Um prêmio pelo trabalho de trazer a paz e a calmaria àquele prédio, pela administração bem-sucedida. Era justo. O que eu fazia era simples: superfaturava umas reformas aqui, outras ali. Colocava um pouco a mais nas contas. Sempre fazia reformas cosméticas, nada estrutural, porque essas davam problema e atraiam atenção. Pintava um muro, trocava uns pisos, reformava o hall e pronto. O pessoal via, achava bonito e elogiava. E os elogios vinham junto com a aprovação das contas. Tudo certinho.

O segredo era o fundo emergencial. Eu criava um saldinho todo ano, dizia que era pra eventualidades, mas parte dele ia pro meu bolso. De vez em quando, eu tinha que usar o fundo pra alguma obra qualquer, senão parecia estranho o dinheiro estar parado. Aí superfaturava essa obra também, claro. Era um ciclo bonito, redondo. E funcionava.

Claro que eu sabia que vivia com uma espada de Dâmocles pendurada sobre a cabeça. O Lucério sabia de tudo. Tinha provas, planilhas, balanços. Mas ele nunca quis me derrubar. O Lucério era um homem de gostos simples, como ele mesmo dizia. Bastava eu não atrapalhar nada que fosse do interesse direto dele, não me aliar à Marieta e fingir que não via nada do que os funcionários faziam. Em troca, eu tinha liberdade total pra gerir o prédio como quisesse. O que, na maioria das vezes, significava deixar tudo como estava. Não mexer em nada já era uma forma de paz.

Os aumentos nas taxas de condomínio, porém, acabaram tendo um efeito colateral interessante. Eu sempre subia bem acima da inflação, mas com alguma justificativa técnica. O custo de vida subiu, eu dizia. O bairro ficou mais caro. E, bem, não era mentira total. O problema era que os moradores mais velhos, aposentados e de bolso apertado, não aguentaram. Foram vendendo seus apartamentos e indo embora. Uma pena, talvez. Mas o que veio depois foi um verdadeiro upgrade.

Começaram a chegar moradores mais jovens, mais endinheirados. Gente de profissões boas: médicos, engenheiros, economistas, empresários. E as mulheres... As mulheres eram outro patamar. O prédio parecia ter subido de patamar, se tornado ainda mais de elite e a média da mulherada rejuvenescido uns vinte anos.

A Jéssica, por exemplo. Médica, sempre com aquele ar simpático. Alta, magra, com aquele corpo de academia com tudo no lugar. As coxas torneadas, a bundinha firme, o sorriso que parece hipnotizante.

A Rebecca tinha aquela aura de mulher casada certinha, religiosa, sempre de vestido comportado. Mas quando ia à piscina, mostrava que o corpo dela era uma tentação. Quadris largos, cintura fina, seios redondos que pareciam desafiando a gravidade. Ela tentava esconder, mas era pior, porque quanto mais se tenta esconder, mais atenção se chama.

A Eliana era o tipo que faz qualquer homem perder o fôlego. Pernas que parecem esculpidas, seios grandes, sorriso encantador, olhos verdes. Até o jeito dela de andar já deixava qualquer um de pau duro.

A Carolina era diferente. Uma mistura de classe e naturalidade. Sempre bronzeada, sempre elegante, mesmo quando estava de short e camiseta. As coxas discretas, mas bem proporcionadas. E um dos mais belos pares de seios a balançar enquanto andava.

A última dessa leva de novas moradoras foi a Sarah. Tímida, insegura, mas o corpo desmente tudo isso. A pele clara, os seios fartos, o jeito doce. Era meio desastrada, mas tão gostosa quanto. E, francamente, mulher que não se sabe gostosa é um perigo.

Ver essa mulherada de biquíni na piscina todo domingo era um espetáculo à parte. Parecia desfile. O sol batendo na pele, os cabelos molhados, as risadas. Eu ficava ali, fingindo que lia algo no tablet, mas observando tudo. Até as mais antigas, como a Andréia, dona da maior bunda que eu já vi fora da televisão e dos XVideos, ainda faziam a temperatura subir. Aquela bunda era um monumento. Sonho de qualquer homem esfregar a cara ali.

Eu queria todas elas. Cada uma delas. Era como um castigo, viver cercado por tanta beleza e ser invisível. Pra elas, eu não passava do síndico. O chato das assembleias, o homem sem graça, de bigode feio. Um figurante enquanto elas eram as protagonistas.

Mas eu via nos olhares, nos sorrisos polidos. Elas achavam que me enganavam. Aquelas risadinhas entre uma conversa e outra, aquele jeito de me cumprimentar com um “Oi, seu Alberto!”. Eu sabia o que pensavam. Que por trás da educação, elas riam de mim pelas costas. Tinha certeza de que elas me chamavam de “O Virgem de Cinquenta Anos” quando eu não estava vendo. Aposto que era assim que elas me viam.

E, por isso, cada uma delas merecia que eu enfiasse meu pau garganta adentro. Pra elas verem quem era o virgem.

A minha raiva era que eu era o líder, o síndico, a principal pessoa do condomínio, mas parecia que os valorizados eram o baixíssimo clero.

Sempre se falava pelos cantos do prédio, em voz baixa, que os porteiros e zeladores comiam algumas das condôminas. Não era um segredo total, mas também ninguém confirmava. O nome do seu Geraldo aparecia em quase todas as conversas. O Zé Maria, de vez em quando, também. Eu sabia que isso acontecia em muitos condomínios, mas nunca fui atrás pra saber se era verdade aqui. Primeiro porque o Lucério tinha me proibido expressamente de cutucar esse tipo de assunto. Dizia que era melhor deixar tudo quieto, que mexer nessas coisas só traria problema. Segundo, porque existia um pacto de silêncio no prédio. As mulheres envolvidas, as diaristas, os funcionários... Todo mundo fingia que ninguém sabia de nada. Fofoca que tentava surgir morria ali mesmo, abafada antes de chegar em qualquer um, mesmo em mim.

E, pra ser sincero, eu nem fazia tanta questão de descobrir. As mulheres que esses caras pegavam eram as cinquentonas, as divorciadas, as viúvas. As barangas. Elas não me interessavam. Eu queria as novas. As gostosas de verdade. As que tinham entre 25 e 35, que desfilavam suas rabas em biquíni na piscina todo fim de semana, ou iam pra academia com aquelas calças de lycra coladas no corpo. Eles que ficassem com a Série C, eu queria a Champions League. Jéssica Madrid vs Eliana City.

E todo semestre chegava mais mulher bonita. O prédio parecia uma seleção de capa de revista. Mas, mesmo assim, nada de sequer vazar um nude, um flagra, nada. Era como se a beleza delas fosse uma fortaleza inalcançável.

Até que eu tive uma ideia. No segundo semestre do ano passado, propus uma reforma que transformaria o velho salão de festas da Torre B em uma sauna. Argumentei com as três pessoas presentes na assembleia que era pra dar mais opções de lazer, essas coisas. Usei uma parte boa do fundo emergencial e ainda consegui aprovar em uma assembleia com quórum baixíssimo. Tinha umas procurações de uns velhos que nunca apareciam e botei pra jogo. Tudo dentro das regras. Tecnicamente, pelo menos.

A obra demorou alguns meses, mas estava ficando linda. E eu sempre a chamava de “reforma do salão de festas da torre B” pra não levantar suspeita de gente chata como a Tatiana ou o Rogério, que adoravam questionar tudo.

A segunda parte do plano veio pouco depois: a substituição do sistema de câmeras. As antigas eram realmente ruins, resolução baixa. Tecnologia de 2000. Então eu aproveitei pra trocar por câmeras novas, em HD e 4K. Aprovadas também numa reunião de última hora, usando de novo as procurações. E claro, a empresa contratada era uma parceira minha. Eu ganhei uma bela comissão pela venda e pela instalação.

O novo circuito cobria tudo: corredores, piscina, estacionamento, lavanderia, salões de festa. E, discretamente, adicionei umas câmeras a mais. Nada demais, só algumas estrategicamente posicionadas. No quartinho dos funcionários, na sauna, nos banheiros da sauna e nos banheiros da piscina. Tecnicamente, todas eram áreas do condomínio. Se algum dia desconfiassem, eu podia alegar que foi engano da empresa.

E o melhor? Agora, EU teria a senha de acesso. Não o Lucério. Eu!

O primeiro semestre de 2025 foi generoso em expulsar mais velhas que não tinham condições de bancar um apartamento pelos preços do nosso bairro e em trazer novas moradoras apetitosas. Um trio que dava gosto de ver: Lorena, Natália e Alessandra.

A Lorena era uma tentação viva. Morena, com um bronzeado natural, aqueles cabelos escuros caindo nas costas e um corpo enxuto, seco, mas com curvas na medida. As pernas firmes, o bumbum empinado, e um sorriso cativante. Sempre com roupas justas, mas não vulgares.

A Natália era outro tipo de beleza. Ruiva, com aquele corpo de quem vive na academia, coxas largas, bundona redonda e dura, peitinhos médios empinados que pareciam moldados para gente agarrar com a mão. Não que eu tivesse agarrado os peitos macios de uma mulher, mas via muito isso em pornôs.

E a Alessandra era uma loira encaracolada, com uma pele clara e lisinha. Ombros firmes, seios no ponto certo, nem grandes nem pequenos. As coxas grossas, a cintura que se abria num quadril largo e aquela bunda arredondada, que parecia feita pra ser admirada. Entre o forte e o cheinha, ela tinha um ar de liberdade, um jeito de quem não se importava com o que pensavam dela. Jurava que ela tinha um matagal loiro na buceta.

Três semanas atrás, o novo circuito interno de monitoramento tinha ficado pronto. Eu vinha acompanhando a instalação de perto, supervisionando cada detalhe. E meio que esquecido de avisar os condôminos. Quando tivesse uma reunião, eu avisaria. Pressa pra quê?

Pelas minhas contas, faltava pouco pra disponibilizar a sauna também. Eu mal conseguia conter a ansiedade. Imaginava as gostosas entrando e saindo da sauna, suadas, com as toalhas coladas no corpo, o vapor moldando cada curva. Jéssica, Rebecca, Eliana, Lorena, Carolina, Alessandra, Natália... E, com um pouco de sorte, as câmeras me dariam o presente que eu esperava: alguns nudes, ou pelo menos uns peitinhos escapando aqui e ali. Era humanamente impossível que os peitões da Eliana, Carolina e Sarah não escapulissem uma vezinha sequer da toalha.

Esperei uma semana e meia pra explicar pros porteiros o que eram aqueles monitores novos na portaria. Foi em uma manhã, eu desci pra portaria pra ver se estava tudo em ordem. O seu Geraldo estava lá, sentado na cadeira dele, como sempre. Camisa azul clara do uniforme meio desbotada, botões estourando na altura da barriga, o crachá pendendo torto. Tinha aquele ar de nordestino bonachão, sempre sorrindo, sempre com uma piadinha pronta. O cabelo grisalho raspado curto. Um tipo simples, mas esperto.

Do lado, o Zé Maria, o zelador, também estava por ali. Magricela, o uniforme caindo mal no corpo ossudo, um boné surrado cobrindo a calvície que avançava cedo nos seus 39 anos.

— Bom dia, senhores — falei, abrindo o mesmo sorriso falso de sempre.

— Bom dia, seu Alberto! — respondeu seu Geraldo. — Tudo certo?

— Tudo certo. E por aqui, alguma novidade?

O Zé Maria respondeu, arrumando o crachá.

— Nada de mais, não. Teve um pessoal vendo as câmeras novas e se perguntando quando elas passar a operar.

— Elas parecem bem chiques — completou seu Geraldo.

— E teve alguma reclamação por elas demorarem a ficar prontas? — perguntei, fingindo desinteresse.

— Não — respondeu Zé Maria. — Mas a dona Tatiana me perguntou se iria ter algum vigia olhando as câmeras o dia todo.

Eu não aguentei e soltei uma risada.

— Ah, essa Tatiana, sempre desconfiada. Vocês têm noção do quanto custaria isso? — apoiei as mãos no balcão e fiz as contas por alto, teatralmente. — Uma sala de monitoramento com dezenas monitores, uma equipe de vigias em três turnos... No mínimo uns cinco, seis funcionários novos, pra revezamento. Com encargos, treinamento, e tudo o mais. Ia sair o olho da cara. Eu teria que dobrar a taxa de condomínio. E tudo isso pra ver gato pulando o muro e o Rogério jogando a bola no estacionamento de novo.

— Eita. Realmente muito caro... — comentou seu Geraldo.

— Quando elas vão ficar prontas? — perguntou Zé Maria. — Elas parecem ligadas e tal.

— Elas já estão prontas — revelei, apontando o monitor novo na mesa do porteiro. — Aqui, o único monitor 24 horas que existe é esse aqui na mesa do seu Geraldo. Mostra o lado de fora e as entradas dos carros. O resto só grava e guarda no servidor.

— Eu não sabia — o simplório seu Geraldo pareceu estar com medo de eu acusar ele de algo.

— A culpa foi minha — enrolei. — Esqueci de avisar vocês que as câmeras estavam prontas. Na semana que vem, vai ter reunião dos condôminos e vou anunciar oficialmente.

Seu Geraldo assentiu.

— Então, a gente olha quem entra e sai. O resto, fica gravado.

— Exatamente. As gravações ficam armazenadas por um mês. Antes, com o sistema antigo, era só uma semana. Agora, temos mais tempo pra recuperar caso precise. E depois disso, o sistema apaga tudo sozinho pra dar espaço pras novas gravações.

— Um mês? — comentou seu Geraldo, impressionado. — Rapaz, isso é coisa moderna mesmo.

— Justamente — falei, com um sorriso discreto. — A regra é simples: só se acessa as gravações se algum morador tiver motivo real e souber a data e a hora do ocorrido.

— Faz sentido — respondeu seu Geraldo.

Conversamos mais uns minutos sobre pequenas manutenções e o movimento dos últimos dias. Depois, me despedi dos dois e subi de volta pro meu apartamento.

O que o seu Geraldo e o Zé Maria não sabiam, e nem podiam saber, é que eu não precisava de nenhuma autorização da reunião de condôminos pra ver as filmagens. Isso valia pros meros mortais. Eu era o síndico.

Com o acesso de síndico, eu podia abrir qualquer câmera direto do meu computador. Em tempo real ou gravada. Podia baixar o que quisesse, quando quisesse. E, em breve, quando a sauna fosse inaugurada, eu finalmente teria o que estava esperando. Estava contando os dias.

Depois de duas semanas de funcionamento das câmeras, perdi a batalha contra a ansiedade. Não conseguia pensar em outra coisa, queria saber se as câmeras tinham pegado algo interessante. Imagina se uma mulher desfilasse nua nos banheiros da piscina ou se eu pegava alguma cometendo alguma indiscrição. Mas, pra minha infelicidade, minha ansiedade aconteceu justo no doa que a Lisandra estava limpando o apartamento.

Aquela loira me tirava do sério. Tinha só uns 23 anos e um corpo de modelo. As pernas, finas mas torneadas, se moviam ritmadas enquanto ela passava o pano no chão. A calça de moletom cinza era folgada, mas nem tanto pra esconder o balanço da bunda quando ela se abaixava. A camiseta larga, de um azul desbotado, caía solta nos ombros, e muito às vezes deixava aparecer o contorno do sutiã simples por baixo. Roupa de diarista, claro, mas ainda assim tinha algo ali. Ela podia se cobrir toda, mas não tinha como negar que era uma gostosa. Uma pobre diarista gostosa que devia cavalgar na rola de todos os outros moradores onde atendia.

A Lisandra sempre evitava olhar pra mim. Desde que tinha chegado naquele dia, não levantou os olhos na minha direção nem uma vez. E eu sabia por quê. No começo, quando ela começou a trabalhar aqui, era toda simpática. Dava bom dia com sorriso, perguntava se eu queria café, conversava bastante. Mas bastou eu começar a seguir ela no Instagram, dar like em todas as fotos dela e mandar uns foguinhos nos stories (nada demais, convenhamos) que a vadia mudou. Ficou fria. Tensa. As roupas justas mudaram pra moletons folgados. Sempre com aquele jeitinho de quem tava com medo ou com nojo.

Nojo de mim.

Eu achava isso o cúmulo. Uma moça pobre, diarista, agindo como se fosse alguma princesa que pudesse me esnobar. No fundo, eu sabia o que era: ela devia ter achado, no começo, que eu era um velho rico e solitário, um alvo fácil pro conto de fadas da humilde diarista que casa com o patrão. Mas quando viu que não era bem assim, que eu não era milionário, que vivia de salário e umas aplicações, perdeu o interesse.

Interesseira. É isso que ela era. Uma vadia interesseira.

Se em um mês ou dois eu não conseguisse levar ela pra cama, ia demitir de qualquer jeito. Se ela dava pros outros, que desse pra mim também. Tinha muita diarista por aí precisando de emprego.

— Seu Alberto, terminei aqui — ela disse de longe, com a voz um pouco cansada — O senhor quer que eu passe aspirador nos quartos também, ou deixo pra próxima semana?

Dei um sorriso falso, como sempre.

— Não precisa, Lisandra. Pode deixar pra próxima. Você já fez bastante por hoje. — Fiz questão de falar num tom gentil, quase paternal. — Pode ir embora, descansa um pouco.

Ela assentiu, evitando olhar nos meus olhos. Pegou a mochila que deixava perto da porta e saiu no máximo que ela podia em se apressar sem parecer apressada.

— Boa tarde, senhor — disse com aquele jeito doce fingido de sempre e fechou a porta sem nem olhar pra trás.

Eu travei a porta com a chave. Agora sim.

Fui direto pro computador. O sistema novo era uma maravilha. As imagens eram realmente nítidas. Me acomodei na cadeira e comecei a vasculhar as gravações dos últimos dias.

Nada.

Eu avancei rápido pelos vídeos. Na tela, o quartinho dos funcionários. Cadeiras, um colchão velho. O zelador Zé Maria dormindo no canto por uns 30 minutos. Depois, vazio. Nenhuma movimentação suspeita.

Fui pro banheiro da piscina. A câmera pegava bem o corredor de entrada e parte dos espelhos. Vi umas cinco mulheres entrarem e saírem durante as horas de gravação. Andréia, Lorena, Jéssica, todas de maiô, toalha enrolada, entrando nas cabines. Mas nada além disso. Fechavam a porta e sumiam.

Horas e horas avançando vídeos. Nada.

Eu começava a achar que aquele prédio era feito só de puritanos. Todos aqueles boatos de pegação, de traição, de festinhas secretas. Era tudo mentira. Eu tinha sido o otário que caiu nas histórias da Marieta sobre antro de perdição.

Povo falava que a Odete não dava, mas distribuía pra quem quisesse. Isso era mentira. Ela sempre evitou os meus avanços e passou a me evitar depois da sétima vez que tentei abraça-la.

Povo falava que o Enéias comia metade das moradoras, não vi nada. Falava que o seu Geraldo tinha vídeo de mulher pelada no celular. Não vi nada. Que a Rebecca andava meio estranha perto do seu Raimundo. Só dois crentelhos de uma figa andando por aí, falando de pregação e igreja.

Aquela maldita Marieta era uma velha, uma pregadora mentirosa e exagerada.

Suspirei, frustrado. Passei mais algumas horas revendo cenas em alta velocidade, sem encontrar nada. No máximo, flagrei o Zé Maria coçando o saco enquanto varria o chão. Eca.

Desliguei o monitor e fiquei encarando o reflexo da minha própria cara no vidro escuro da tela. Era isso. Passei quase um dia inteiro vasculhando dias do sistema novo e não acontecia porra nenhuma nesse condomínio.

Levou quase uma semana procurando. Noites e mais noites acordado, revisando os vídeos, indo e voltando, procurando as cenas certas. Eu tinha errado o alvo. Não devia no banheiro da piscina. Os grandes eventos aconteciam nos corredores e elevadores. Eu só precisava saber os corredores certo e calcular o entra-sai de pessoas nos apartamentos errados. Checar e rechecar. Calcular o tempo lá dentro.

Mas finalmente podia afirmar: a putaria existia, sim. Estava em todo canto. Só que, dessa forma, eu não tinha nenhuma prova decente, nenhum flagrante. Só indícios, só conjecturas. E isso me deixava maluco.

Comecei a repassar mentalmente o que já tinha descoberto.

A Rebecca e a Eliana, por exemplo. As duas viviam entrando no apartamento do Carlos em horários completamente inapropriados. A Rebecca, pelo menos, tinha o cuidado de sair antes das 23h. Mas a Eliana passava a noite lá. Entrava por volta das 20h, e só saía no final da madrugada, antes do sol nascer, quase se escondendo pra não ser vista. E as duas tinham a chave do apartamento. E isso dizia muito, mas podiam inventar alguma justificativa. Eu ainda não consegui flagrar um beijo, um toque, nada. Não tinha nada pra printar e exibir pra elas.

Mas eu sabia que tinha coisa ali. Que outra evidência eu precisava? Mulher casada com chave do apartamento de outro homem! Era só questão de tempo até eles vacilarem demais no corredor e PRINT.

E o marido dela, o Leandro? Um banana que nunca percebia nada. Mas nem tinha como ele perceber. Ele mesmo também passava as noites fora de casa. Todas as noites saía por volta das 22h e só voltava perto das 6h. Às vezes, passava dois dias fora. Casamento de fachada. Ela se esbaldava com o Carlos, ou com a Odete. Ele devia ter alguma amante por aí. Mas uma vez, eu tinha a evidência, mas não tinha como provar. Os dois podiam sempre argumentar que ele trabalhava em plantões noturnos.

Outra que tinha coisa escondida era a Jéssica. Aquela médica parecia certinha, toda polida, mas eu já tinha percebido o padrão. A cada três tardes, religiosamente, das 17h às 18h, ela ia até o apartamento do Lucério. Sempre com roupas ousadas, um shortinho curto, uma blusinha colada. Sempre saía pontualmente uma hora depois. Nunca atrasava a entrada e a saída. Uma precisão suíça. Agora, o que faziam lá dentro? Ah, eu podia imaginar. Bastava olhar pra cara dela quando saia do apartamento depois dessas visitas. Mas não tinha como provar.

Já o porteiro, seu Geraldo, era outro caso. O encanador com assinatura semanal. Toda segunda, no apartamento da dona Odete. Toda quarta, no apartamento da dona Lourdes. Toda quinta, no da dona Cida. E, de vez em quando, dava um pulo na Anacleta, na Andréia, até na Sarah. Sempre com a desculpa dos reparos. Levava a maleta de encanador, ficava lá dentro por uma hora, uma hora e meia, e saía todo suado, camisa grudando no corpo, descabelado. A dona Lourdes, viúva, devia precisar de companhia, claro. A dona Cida, pelo que ouvi, fazia bolos maravilhosos.

E a Anacleta. Ela era crente, da Assembleia de Deus, braço direito da Marieta. Mas não me enganava. O marido dela não existia. Ele nunca apareceu em vídeo nenhum e eu tinha o registro da mudança dele. Crente de araque. Desquitada, fingindo que ainda era casada. Dava pro porteiro e pra deus e o mundo. Podia dar pra mim também...

Outro dado curioso era a frequência com que o seu Geraldo e a Natália apareciam no apartamento da Sarah e do Érico. Era um entra e sai danado.

Falando na Sarah, as câmeras dos elevadores eram uma bênção. A Sarah e o Roberto, marido da Marieta, sempre se olhavam de um jeito estranho. E agiam de forma bem esquisita. Aquela coisa cheirava a peso na consciência e culpa no cartório. Mas não eram uma prova.

E o Zé Maria, então? Esse era outro caso curioso. A câmera do corredor mostrava ele entrando e saindo do apartamento da Natália três vezes por dia. Levava a cachorra dela pra passear de manhã. Não sabia o que fazia na hora do almoço e da janta. Além disso, ele passava as tardes de sábado lá dentro. Dessa vez, ele e a Natália. Mas eu só via um abraço de saudação e um aceno de despedida. Isso não era prova. Eles podiam estar trepando como podiam estar assistindo um 0 a 0 de um time ruim da terceira divisão.

Eu sabia que o prédio era um ninho de safadeza, mas ainda não tinha conseguido nenhuma prova concreta. Nada que eu pudesse usar pra me dar bem. Nenhum nude, nem mesmo um peitinho solto por engano no banheiro da piscina.

Eu tinha decidido dar uma olhada nas filmagens da portaria. Vai que aparecia alguma coisa mais interessante ou pelo menos alguma prova. O sistema não tinha captação de áudio, infelizmente, mas ainda assim, dava pra observar muito.

Logo de cara, vi uma cena que me chamou atenção: a Carolina fazendo um escândalo com o seu Geraldo. Ela falava, gesticulava, batia o pé, e ele, coitado, só ouvia de cabeça baixa. Pareciam ter tido uma D.R. das brabas. Claro, podia ser qualquer coisa. Eles poderiam alegar que era alguma reclamação de uma condômina ou um mal-entendido qualquer. Mas o corpo dela falava. Aquele tipo de irritação com um homem só vem de uma mulher que tava tendo um ataque de ciúmes. Eu vi filmes e novelas suficientes pra saber.

Continuei olhando. Vi a dona Lourdes e a dona Cida descendo pra portaria em horários improváveis. Uma levava bolo, outra café. Sentavam ali com o seu Geraldo, conversavam, riam, tocavam o braço dele como quem não quer nada. Pra qualquer um, podia parecer amizade entre vizinhos. As vezes, elas faziam companhia pra eles nos plantões. Velhos solitários. Ou talvez com algo mais.

A ficha começou a cair. Quantas mulheres não eram simpáticas demais com aquele velho porteiro? Comecei a anotar mentalmente.

Andréia, dona Lourdes, dona Odete, dona Ângela, Sarah, Anacleta, Jéssica e Rebecca.

Todas, sem exceção, tinham sempre um sorriso, um agrado, uma desculpa pra passar pela portaria. Levavam bolo, biscoito, café, lembrancinhas.

A Andréia parecia íntima demais. Quase uma amizade de décadas. Rebecca, sempre gentil, olhava pra ele com olhos moles. A Sarah, tímida, conversava com ele muito mais do que só pegar encomenda. A Jéssica ria das piadas dele e, às vezes, parecia ser a médica particular de todos os funcionários. E a Anacleta ia toda maquiada quase sempre. Dava raiva só de ver essa mulherada sendo gentil demais com esse velho gordo.

O seu Geraldo devia ter um harém respeitável. E com umas mulheres inacreditáveis. Sarah, Anacleta, Jéssica e Rebecca estavam facilmente entre as mulheres mais gostosas da cidade. A Andréia tinha uma raba respeitável. E, se o chilique da Carolina fosse mesmo um ataque de ciúmes, o velho devia estar com umas dez amantes fixas. DEZ! Um verdadeiro catálogo de gostosos pra todos os gostos.

E isso sem contar as quatro velhas barangas. Dona Lourdes, dona Cida, dona Ângela e dona Odete. Eu via as expressões, os risinhos tímidos, os toques. Aquilo não era amizade. Era costume de cama. E o velho devia estar amando. Por isso, esse desgraçado não reclamava dos plantões seguidos que eu mandava ele fazer. Sempre saía recompensado com carinho, comida e sexo.

E pra completar, a Lisandra. Aquela gostosinha que limpava aqui em casa. Toda sorridente com ele, agindo como se fossem grandes amigos. Dava risada de tudo que ele dizia. Aposto que quando estavam entediados, se pegavam ali mesmo na guarita. Aquela vadia devia dar pra tanto homem que dar pra um velho gordo a mais ou a menos não ia fazer diferença.

Maldito porteiro comedor desgraçado.

Eu, o síndico, chefe dele, seu superior, passava as noites punhetando no Xvideos. Eu, que mantinha o prédio em ordem, era relegado à solidão e ao desprezo daquelas vadias. Enquanto isso, esse porteiro filho da puta comia geral no condomínio. Aquilo era uma afronta. Um insulto pessoal.

Mas eu ia mudar isso. Se todo mundo nesse prédio se comia, então eu também ia querer minha parte. E se essas mulheres ousassem me rejeitar, iam se arrepender.

Eu só precisava das provas. Dos prints certo. Dos vídeos certos.

Assim que eu os tivesse, não teria pra ninguém. Ou elas me botavam no jogo ou juntaria tudo de incriminador e levaria pra assembleia, soltaria no grupo de WhatsApp, exporia tudo.

Imagina a Marieta descobrindo que a Rebecca era adúltera e polígama. Ou descobrindo que a Anacleta, sua querida irmã em Cristo, vivia trepando com o porteiro enquanto fingia ser casada. A Marieta ia fazer da vida delas um inferno. Destruiria a vida delas tanto que elas teriam que mudar de cidade e refazer a vida.

O problema era que, por enquanto, eu ainda não tinha as malditas provas. De ninguém! Só olhares, horários, gestos, insinuações. Coisas subjetivas demais e que poderiam ser qualquer coisa.

Nas gravações da última sexta, eu finalmente consegui um pouco de ouro. Estava passando as gravações no quartinho dos funcionários em 10x quando vi que tinha duas pessoas no lugar. Desacelerei e voltei. Eram o zelador Zé Maria com a Cinthia, a esposa do Jonas.

Não levou muito tempo, talvez uns 30 minutos no máximo. Os dois pareciam estar acostumados a fazer aquilo, as expressões eram bem casuais. Além disso, não havia o... não sei como explicar... Sentimento? Deslumbramento? Não teve conversa, eles entraram como se já se fosse um quarto de motel, tiraram a roupa, treparam, descansaram em silêncio um pouco, se vestiram, trocaram algumas palavras de despedidas como se fossem dois colegas de faculdade se reencontrando por acaso depois de 20 anos e, um por vez, saíram. Sexo pelo sexo. Seriam amantes habituais?

Mas voltando aos detalhes, a Cinthia tinha a beleza de uma MILF que se cuidava. Tinha um belo par de seios médios, maduros e com bicos rosados que davam vontade de mordiscar. Suas coxas eram grossas e firmes. E sua bunda de tamanho médio ainda era arrebitada, resultado da sua disciplina com a academia. Na buceta, ela tinha uns pelos pubianos, mas não dava pra ver direito. Claro que ela tinha as marcas da idade. Barriguinha saliente. Celulites na bunda e coxas. Daria um 6,5 de 10 pra ela.

Depois que tiraram a roupa, o Zé Maria foi deitando ela na cama e começou a beijar o corpo todo dela. Ele devia ter uma fixação por seios, porque passou um belo tempo chupando e mamando os peitos da Cinthia, lambendo e fazendo carinho nos mamilos com a língua. Depois, enfiou sua cabeça entre as pernas da quarentona e começou a chupar a buceta dela. A Cinthia gemia e se contorcia. Até que, em um momento, ela se contorceu de um jeito que parecia uma atriz pornô fingindo orgasmo e caiu semi-inerte na cama.

Pouco depois, ela colocou a camisinha no pau do Zé Maria e começou a chupar ele até endurecer. Aposto que ela tinha nojinho daquele pau fedido de zelador pobre, mas era o que ela conseguiria. Quando o caralho estava duro o suficiente, ela se pôs de quatro na cama e ele nem fez charme antes de engatar atrás dela e começar a socar seu pau buceta adentro.

O Zé Maria devia ter algum rancor das madames. Ele metia com certa violência. Socava mais e mais. E a Cinthia só gemendo com os dentes trincando. Trocavam de posição. Ele a comeu de ladinho, de frango assado. Ele se deitou na cama pra que ela montasse em cima dele e cavalgasse. Ali, ela descontou um pouco. Se segurou na cabeceira da cama e cavalgou num ritmo como se não houvesse amanhã. Não demorou muito e, pela cara do Zé Maria, ele gozou dentro dela. Ele tinha avisado algo, mas ela não parou. Então, acho que era o que ela queria, pelo visto.

Os dois desabaram na cama, mas descansaram em separado, quase sem trocar palavras. Ela foi a primeira a sair. Ele esperou uns dez minutos.

Fiquei um tempo pensando no que fazer com aquilo. A Cinthia seria fácil de chantagear. Aposto que ela morreria de medo que o Jonas soubesse. Só que, não sei, ela não era uma das tops do condomínio. Ela não era de se jogar fora, mas já passou do auge há um tempo. Se for pra eu entrar nesse surubão, não sei se valeria a pena começar com uma da segunda divisão.

Por outro lado, usar isso pra ameaçar o Zé Maria talvez fosse mais interessante. Ele tem mais a perder, posso demiti-lo por justa causa. Ele faria qualquer coisa que eu mandasse. E ele claramente está comendo a Natália no sigilo aos sábados de tarde. Não seria complicado obriga-lo a convencer a ruiva a trocar ele por um homem muito mais bonito e atraente como eu.

No sábado, o prédio foi um pandemônio. O Maurício surtou. Quase espancou o seu Raimundo e a Rebecca no corredor do andar em que eles moravam. Parecia cena de novela. E claro, o herói do condomínio, Rogério, tinha que se meter no meio e imobilizar o sujeito.

Rogério, o queridinho. Rogério, o certinho. Rogério, o sonho das mulherada. Filho da puta odioso. Ele não passava de um nepobaby riquinho com um peso de consciência e uma esposa troféu. Mas tinha que aguentar que metade das pessoas o elogiavam, como se ele tivesse salvado o mundo. Eu, por dentro, fervendo de raiva. O Rogério me dava nojo com aquele ar de certinho, de quem nunca faz nada errado. Aposto que se eu fuçasse as câmeras por algumas semanas ou meses, ia achar algum podre dele também.

Na segunda-feira, finalmente, a grande inauguração da sauna. Eu propositalmente fiz disso um anticlímax. Anunciei em folders nos elevadores e pronto. A ideia era atrair as pessoas aos poucos, não criar grandes alardes. As portas dos banheiros eram de vidro, dava pra ver nitidamente quem tomava banho lá. E as câmeras, foram o mais discretamente instaladas quanto possível. Elas pegavam o suficiente pra eu me divertir depois.

Sorri o dia inteiro. Tudo normal, tudo dentro da minha fachada de síndico respeitável. Mas, por dentro, eu só pensava em uma coisa: o que aconteceria na sauna. Eu podia até sentir o calor antecipado, o suor escorrendo nas peles nuas, as toalhas escorregando. As mulheres iam relaxar, conversar, rir e, quem sabe, aproveitar a ausência de janelas pra se deixarem escapar mais pele do que na piscina. Um seio. Uma buceta. Uma bundinha...

Eu tinha preparado o software pra salvar automaticamente qualquer movimento que durasse mais de trinta segundos. Bastava esperar. Esperar e assistir.

Senti uma pontada de euforia. Eu finalmente teria as provas que precisava pra fazer com que alguma dessas gostosas aceitasse que eu entrasse na suruba grupal que era esse condomínio. A minha dúvida era quem seria os primeiros a transformar a sauna em motel?

Pois bem, leitor. A sauna foi inaugurada. E o povo vai usar ela para surubas. Podem aguardar as maiores indiscrições nos próximos capítulos. Transas a quatro, trocas de casais, ménages, exibicionismo...

Algumas questões que gostaria que os leitores respondessem nos comentários (mais sobre a narrativa):

I) Considerando que, com a inauguração da sauna, TODOS os personagens (exceto Vinícius e Lisandra) estão desbloqueados e aptos a participarem de surubas na sauna, quais os casais (ou trios (ou quartetos)) vocês torcem ou esperam que usem a sauna pra trepar?

II) Dos casais da resposta acima, quais vocês torcem que de alguma forma consigam escapar do flagra do síndico (ele perder a gravação do dia, eles transarem durante uma falta de luz, eles acidentalmente bloquearem a câmera com algum objeto aleatório)?

Alguns casais já estão programados pra rolar, mas vou deixar as opções em aberto pra votação sobre as torcidas pro que deve acontecer.

Sobre o futuro do síndico, acredito que deva ser uma quase unanimidade entre os leitores que o síndico Alberto deve se foder sem conseguir comer nenhuma mulher.

Então, vamos especular qual personagem (ou grupo de personagens) devem ser os responsáveis pela queda do síndico Alberto.

Coloquem nos comentários que que personagem (ou grupo de personagens) que vocês torcem que “derrote” o síndico Alberto e POR QUE torcem por eles.

A opção mais votada ou a que tiver o melhor argumento a favor será a vencedora e vai acontecer na série adequada.

(Particularmente, eu acho tão fácil do Lucério esmigalhar a carreira e a reputação do síndico, mas TÃO fácil, que nem teria graça se for o Lucério).

Os próximos capítulos serão:

* Eu, minha amiga gostosa e os vizinhos dela - Parte 02

* Queria Ser Síndica, mas Porteiros e Zeladores Me Viram Pelada - Parte 02 de 02

* Louco para enrabar a professora ruivinha, enrabei a <SPOILER> primeiro

* Eu, minha esposa e nossos vizinhos – Parte 17.5

* Eu e Minha Esposa Pulamos a Cerca... E o Caos Explodiu - Parte 11

* Eu, minha esposa e nossos vizinhos – Parte 18

* Quem Vai Comer a Advogada Evangélica? - Capítulo 11

* Eu, minha amiga gostosa e os vizinhos dela - Parte 03

* Apostei que Faria Aquela Médica Certinha Virar Minha Putinha - Parte 04

NOTA DO AUTOR: Admito que fiz esse conto pensando como seria escrever um vilão que tivesse zero características redentoras. Peguei tanto abuso do personagem que o que era pra ser uma minissérie em três partes muito provavelmente vai ser apenas este one-shot e ele vai atazanar os personagens nas demais séries.

NOTA DO AUTOR 02: O próximo capítulo deve ser publicado na quarta.

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Foto de perfil genéricaAlberto RobertoContos: 100Seguidores: 275Seguindo: 0Mensagem Em um condomínio de classe média alta, a vida de diversos moradores e funcionários se entrelaça em uma teia de paixões, traições e segredos. Cada apartamento guarda sua história, no seu próprio estilo. Essa novela abrange todas as séries publicadas neste perfil. Os contos sempre são publicados na ordem cronológica e cada série pode ser de forma independente. Para ter uma visão dos personagens, leia: Guia de Personagens - "Eu, minha esposa e nossos vizinhos"

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