Onde o mar nos levou - Capítulo XXII

Um conto erótico de Rafa & Caio
Categoria: Gay
Contém 2893 palavras
Data: 01/11/2025 12:58:07

Capítulo XXII - A angustiante dor da ausência!

A noite parecia não ter fim. A maré subia lentamente, engolindo a faixa de areia, enquanto Caio, Miguel e Dona Eloísa permaneciam parados por alguns segundos diante do mar, como se a imensidão escura pudesse trazer alguma resposta. Mas nada vinha, apenas o som repetitivo das ondas, um lembrete cruel do silêncio de Rafael.

— A gente não pode ficar parado — Miguel quebrou o silêncio, a voz firme. — Vamos começar pelos lugares que ele mais gosta. Caio, tem algum canto que ele costumava ir quando precisava pensar?

Caio respirou fundo, tentando organizar os pensamentos que se atropelavam na mente.

— Ele gosta do mirante… e da pracinha perto da casa antiga. — A voz saiu fraca, quase um sussurro. — Mas eu já passei por lá antes de te encontrar.

— Então vamos ampliar a busca — Miguel disse, decidido. — Delegacia, hospital, qualquer lugar. Se alguém viu alguma coisa, a gente vai descobrir.

Dona Eloísa assentiu, apertando a bolsa contra o peito. Seus olhos, embora marejados, tinham um brilho de determinação que impressionava.

— Eu conheço alguns amigos dele da faculdade, posso ligar enquanto caminhamos. Alguém pode ter visto o Rafael antes do sumiço.

Eles começaram a andar pela calçada iluminada por postes fracos. Caio seguia no meio, os punhos cerrados, como se estivesse segurando a própria culpa. Em alguns momentos, parecia que ia tropeçar, mas Miguel sempre o amparava com um olhar firme.

— Caio, respira — Miguel disse, colocando uma mão em seu ombro.

— Se você se perder agora, não vai ajudar o Rafa.

Caio assentiu, engolindo o choro que insistia em voltar.

— Eu… eu só queria poder voltar atrás, Miguel. Queria não ter dito aquelas coisas… — Ele olhou para o chão, a voz falhando. — A cara dele quando eu acusei… parecia que o mundo tinha desabado. E eu nem dei chance de explicar.

Miguel apertou levemente seu ombro, sem interromper o passo.

— Você errou, sim. Mas agora não é hora de se afundar nisso. A gente vai trazer ele de volta, e você vai ter a chance de pedir perdão. Não desiste.

Enquanto caminhavam, Dona Eloísa fez algumas ligações rápidas, a voz sempre trêmula. Cada “não, eu não vi” do outro lado da linha soava como uma facada. A mulher respirava fundo a cada negativa, mas não deixava a postura vacilar.

— Ninguém viu nada — ela disse por fim, guardando o celular na bolsa. — É como se ele tivesse… desaparecido.

Caio sentiu o estômago revirar.

— Isso não faz sentido. O Rafa não sumiria assim. — Ele passou as mãos pelo cabelo, inquieto.

— Eu conheço ele. Mesmo magoado, ele nunca… nunca ficaria sem dar notícia.

— Por isso precisamos ir à polícia — Miguel respondeu, o tom agora mais sério. — Eles podem começar a rastrear alguma coisa. Câmeras, testemunhas. Qualquer detalhe pode ajudar.

Seguiram até a delegacia mais próxima, um prédio simples e pouco iluminado. O cheiro de café velho misturava-se ao de papel molhado. O policial de plantão ouviu atentamente o relato, mas a burocracia soava quase cruel diante da angústia dos três.

— Infelizmente, precisamos aguardar vinte e quatro horas para considerar desaparecimento… — começou o policial.

— Ele não sumiu porque quis! — Caio explodiu, a voz carregada de desespero. — Ele foi levado, eu sei que foi! Vocês têm que fazer alguma coisa agora!

Miguel rapidamente segurou o amigo pelo braço, tentando acalmá-lo.

— A gente entende as regras, mas por favor — disse ele, encarando o policial. — Só nos diga o que podemos fazer enquanto isso. Qualquer orientação.

O homem suspirou, olhando para os três com um misto de pena e impotência.

— Façam o máximo de registros possíveis. Fotos recentes, roupas que ele usava por último, lugares onde costuma ir. E fiquem atentos a qualquer mensagem estranha. Às vezes, quem leva entra em contato.

As palavras fizeram o coração de Caio gelar. Ele se apoiou na parede, sentindo as pernas fraquejarem. Miguel permaneceu ao seu lado, firme como um escudo.

Saíram da delegacia e voltaram para a rua já quase deserta. O relógio marcava mais de duas da manhã. O frio da madrugada cortava a pele, mas nenhum deles parecia sentir.

— E se… e se o pai dele tiver alguma coisa a ver com isso? — Dona Eloísa quebrou o silêncio, a voz baixa, quase temendo a própria suspeita.

Caio parou, o coração disparando.

— O Augusto? — Ele respirou fundo, lembrando de cada ameaça velada que o homem já fizera. — Meu Deus… eu nunca confiei nele. Sempre senti que ele seria capaz de… — a frase morreu na garganta.

Miguel olhou para os dois, a expressão endurecendo.

— Se for isso, a gente precisa ter provas. Mas agora essa hipótese faz mais sentido do que qualquer outra.

— Ele sempre odiou vocês dois juntos — Dona Eloísa sussurrou, as mãos tremendo. — Sempre quis controlar o Rafael. Se ele fez algo…

Caio fechou os olhos, sentindo a raiva misturar-se ao medo.

— Eu juro… — a voz saiu baixa, quase um rosnado. — Se ele encostou um dedo no Rafa…

Miguel se adiantou, interrompendo antes que o amigo se perdesse no ódio.

— Primeiro a gente encontra o Rafael. Depois a gente lida com quem fez isso.

Dona Eloísa assentiu, enxugando discretamente uma lágrima.

— Ele é forte. Meu filho é forte. — Ela repetiu, como se fosse um mantra para manter a sanidade.

O grupo voltou a caminhar, agora com um destino em mente: revisitar cada rua, cada canto da cidade, enquanto o medo crescia a cada minuto. A madrugada seguia implacável, e o silêncio de Rafael pesava mais do que qualquer tempestade.

No coração de cada um, uma certeza ardia como fogo: eles não iriam parar.

Rafa narrando...

Eu acordei com uma fisgada forte na nuca, como se um peso de ferro estivesse cravado dentro da minha cabeça. O corpo inteiro latejava — cada músculo, cada osso, cada pedaço de pele parecia pulsar com a lembrança da surra que eu tinha levado. A boca seca grudava no céu da boca e um gosto metálico, de sangue velho, ainda insistia em ficar na língua. O cheiro do lugar era a pior parte: um ar úmido e apodrecido, misturado ao odor de lixo velho, rato morto, mofo… um cheiro que grudava no peito e fazia a respiração arder. Eu não sabia se era dia ou noite; só havia aquele breu cinzento, um frio que parecia entrar pelos ossos e o som distante de água pingando em algum canto do cativeiro.

Minha barriga roncava, doía, como se tivesse se encolhido de fome. Fazia horas — ou dias, eu já não sabia mais — que não comia nada. Tentei mexer os braços, mas as cordas cortaram minha pele de novo. A dor me arrancou um gemido baixo. Foi então que ouvi passos. O som de sapatos ecoando no chão sujo. Meu corpo inteiro enrijeceu.

As luzes fracas se acenderam de repente, ferindo meus olhos. Pisquei várias vezes, tentando enxergar no clarão repentino. E então a silhueta dele apareceu.

Meu pai.

Augusto estava de pé, elegante como sempre, com aquele sorriso cínico que eu conhecia desde criança. As mãos nos bolsos, o olhar frio, como se eu fosse apenas um objeto fora do lugar. Ele me observava como um caçador diante da presa.

— Bom dia, filho — ele disse, a voz carregada de deboche. — Dormiu bem?

Não respondi. Só o encarei, respirando com dificuldade. Meu silêncio o irritava, eu podia ver. Mas ele sorriu de novo, aquele sorriso falso que sempre me deu enjoo.

Ele levantou uma bandeja que trazia nas mãos. Por um segundo, achei que era comida. Meu estômago reagiu com um reflexo de esperança. Mas logo o cheiro me atingiu. Era horrível, podre, como carne estragada misturada com algo azedo. Antes que eu pudesse recuar, ele jogou a bandeja em cima de mim.

A comida, se é que aquilo podia ser chamado assim, caiu no meu colo, escorrendo pelas roupas rasgadas. O cheiro era tão forte que meu corpo reagiu na hora. Vomitei ali mesmo, sem conseguir segurar. O ácido queimou minha garganta, e a mistura do vômito com o cheiro apodrecido fez meus olhos arderem.

Augusto deu uma risada baixa.

— Vai se acostumando. Aqui você não vai ter mordomias, Rafael. Esquece as mesas fartas da sua mãe. Esquece aquele apartamento ridículo que você divide com aquele… — ele fez uma pausa, e o desprezo transbordou quando disse — …professorzinho de meia-tigela.

O nome ecoou dentro da minha cabeça e, por um instante, foi como se eu tivesse sido puxado para outro lugar. Lembrei da nossa primeira noite juntos, das risadas na cozinha, do jeito que ele me olhava quando eu acordava antes dele. Lembrei do toque dele, do calor da sua mão segurando a minha quando atravessamos a rua naquela manhã chuvosa. Lembrei de cada vez que ele dizia que me amava, como se essas palavras fossem a coisa mais natural do mundo.

O peito apertou com uma saudade tão grande que eu mal consegui respirar.

Meu pai percebeu.

— Esqueça aquele garoto, Rafael. — A voz dele soou mais dura, mais lenta. — Você nunca mais vai vê-lo. Nunca.

Ele se aproximou, abaixando-se para ficar na minha altura. O cheiro do perfume caro contrastava com o fedor do cativeiro.

— Quanto antes você aceitar isso, menos vai sofrer.

Meu corpo inteiro tremia, mas não era medo. Era raiva. Era ódio. Eu ergui a cabeça, mesmo com as cordas cortando meus pulsos, e olhei direto nos olhos dele.

— Você não sabe do que eu sou capaz — falei, a voz rouca, mas firme. — Pode fazer o que quiser comigo, mas se tocar no Caio…

Engoli seco, sentindo o sangue ferver.

— Se tocar nele, eu juro que você vai conhecer quem eu sou de verdade.

Augusto riu, mas a risada soou estranha, um pouco mais baixa.

— Olha só… o menino mimado encontrou coragem. — Ele balançou a cabeça, fingindo divertimento. — Mas coragem não vai te salvar. Você é só um moleque fraco, que se perdeu por causa de um… ele cuspiu a palavra…namorico.

Eu não tirei os olhos dele.

— Eu amo o Caio — disse, cada sílaba como uma lâmina. — E você pode me espancar, pode me deixar nesse buraco, pode tentar me quebrar. Mas nunca vai conseguir fazer eu desistir dele. Nunca.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e eu vi algo brilhar nos olhos dele, talvez raiva, talvez surpresa.

Então, sem aviso, ele bateu com força na parede ao meu lado, fazendo o eco reverberar no espaço fechado.

— Você acha que é forte, Rafael? — A voz saiu quase um rugido. — Isso é só o começo. Sua vida vai virar um inferno. E cada grito seu vai ser culpa daquele garoto. Entendeu?

Ele se levantou bruscamente, os passos pesados ecoando quando se afastou.

Fiquei sozinho de novo, o cheiro da comida estragada ainda grudado em mim, o corpo dolorido, a fome latejando. Mas, no meio daquele inferno, havia uma chama dentro de mim que ele nunca poderia apagar.

Era a lembrança do Caio. Era o amor que me mantinha respirando, mesmo quando tudo parecia querer me quebrar.

Caio narrando...

Eu não sabia mais o que era dormir. As noites tinham virado uma sucessão de horas intermináveis, um silêncio que esmagava, que gritava dentro da minha cabeça cada vez que eu fechava os olhos. Fazia dias que Rafael havia desaparecido. Dias… mas para mim pareciam anos. Eu ainda podia sentir o cheiro da última vez em que ele esteve perto, como se a memória insistisse em me torturar com a ausência. E junto desse cheiro vinha a maldita lembrança da nossa última briga — as palavras que eu, idiota, cuspi na cara dele. As acusações, os ciúmes, a raiva boba que agora se transformava em arrependimento sufocante.

A polícia continuava sem pistas concretas. Cada ligação que chegava eu atendia com o coração disparado, achando que finalmente iam trazer alguma notícia boa. Mas sempre era mais do mesmo: nada encontrado, nenhuma câmera útil, nenhuma testemunha que realmente ajudasse. Era como se Rafael tivesse sido engolido pela terra.

Minha mãe, Dona Lúcia, me observava em silêncio. Eu sabia que ela estava sofrendo junto comigo. Eu a via andar pela casa tentando disfarçar a preocupação, tentando me manter de pé, mas era impossível.

Naquela noite ou manhã, já não sei mais distinguir os horários, ela se aproximou. Eu estava sentado na varanda, os olhos fixos em um ponto perdido da rua, segurando o celular como se ele pudesse tocar e trazer Rafa de volta.

— Caio… — a voz dela quebrou o ar pesado. — Filho, você precisa comer alguma coisa.

Balancei a cabeça devagar, sem olhar para ela.

— Não tô com fome, mãe.

Ela suspirou e sentou ao meu lado.

— Você vai adoecer desse jeito. Olha pra mim… — colocou a mão no meu ombro, e quando finalmente encarei seus olhos, senti a represa dentro de mim começar a ceder.

— Mãe… — minha voz saiu quase um sussurro. — Eu não sei se vou aguentar. Eu não sei nem se ele… se ele tá vivo.

Os olhos dela brilharam de preocupação, mas ela manteve a calma.

— Não fala isso, meu filho. Rafael é forte. Ele vai voltar.

Foi então que a culpa explodiu de uma vez. Eu escondi o rosto nas mãos e comecei a chorar, um choro feio, desesperado, cheio de tudo que eu vinha engolindo.

— A última coisa que eu disse pra ele foi uma acusação absurda. Eu… eu achei que ele tinha me traído, mãe. Eu gritei com ele, eu joguei isso na cara dele como se ele fosse um qualquer. — Minha voz falhava. — E ele não fez nada, ele só me amava. E eu… eu empurrei ele pra longe.

Minha mãe acariciou meu cabelo como quando eu era criança.

— Você errou, Caio, mas não é o único responsável. Vocês brigaram, isso acontece…

— Não, mãe! — interrompi, levantando a cabeça com os olhos marejados. — Eu destruí ele por dentro com as minhas palavras. E agora… agora ele pode estar sofrendo, passando fome, sei lá, e a última lembrança que ele tem de mim é daquela maldita briga.

Ela me puxou para um abraço apertado, me embalando enquanto eu chorava como se fosse a última vez que teria forças para isso.

— Filho, olha pra mim. — Sua voz era firme, quase um comando. — Rafael sabe que você o ama. Ele sabe. E nós vamos encontrá-lo, eu prometo.

Ficamos assim por alguns minutos, eu respirando fundo, tentando me segurar. Até que o som do celular quebrou o momento. Era Dona Eloísa, mãe de Rafael. Atendi na mesma hora, com o coração na boca.

— Caio? — a voz dela tremia, mas havia algo diferente, um peso de urgência. — A polícia acabou de ligar.

— O que eles disseram? — meu corpo inteiro ficou em alerta.

— Eles… eles encontraram pistas. — Ela respirou fundo antes de continuar. — Descobriram que Augusto… o pai do Rafael… está por trás disso.

Meu estômago gelou.

— Como é que é?

— Caio, eles têm indícios fortes. Além do sequestro, a polícia também descobriu outras fraudes financeiras nas empresas Santos Montenegro. Estão expedindo um mandado de prisão contra ele.

Fiquei mudo por alguns segundos. O pai do Rafa por trás disso. Eu já sabia que aquele homem era um monstro, mas ouvir aquilo assim, de repente, fez meu corpo tremer de raiva. — Esse desgraçado… — murmurei entre os dentes. — Ele é capaz de qualquer coisa.

— Eles acreditam que Augusto está escondendo Rafael em algum lugar próximo às sedes das empresas — continuou Dona Eloísa.

— Eles vão agir, mas precisam de mais tempo pra preparar o mandado.

Minha mãe, que estava ao meu lado, apertou minha mão com força. Eu sentia o coração explodindo.

— Dona Eloísa, onde a senhora está? — perguntei.

— Na delegacia, mas vou pra casa agora. A gente precisa se encontrar.

— Eu vou para aí. — desliguei sem pensar duas vezes.

Minutos depois, já estávamos a caminho. Miguel também havia recebido a notícia e nos encontrou no meio da estrada. Quando vi aquele cara vindo em minha direção, foi como se uma parte da esperança que eu pensava estar morta tivesse reacendido. Ele correu até mim e me abraçou forte.

— Caio, eu vim assim que soube. — Ele respirava ofegante. — A polícia já tem certeza?

— Tem. Foi o Augusto, Miguel. — Minha voz saía trêmula, mas cheia de ódio. — Aquele homem… ele sequestrou o próprio filho.

Miguel arregalou os olhos, chocado.

— Meu Deus… eu sabia que ele não prestava, mas isso?

Dona Eloísa chegou logo depois, os olhos vermelhos de tanto chorar, mas com uma força que eu não imaginava. Ela nos reuniu perto do carro e falou firme: — A polícia vai agir, mas precisamos estar por perto. Se Augusto for idiota o bastante pra aparecer na sede das empresas, talvez a gente consiga alguma pista antes deles.

— Você tá dizendo… — comecei.

— Que a gente vai ficar de tocaia. — Ela completou. — Eu vou junto.

Miguel concordou imediatamente.

— Eu também.

Olhei para minha mãe, que tinha vindo comigo, vesperando que ela tentasse me impedir, mas ela apenas assentiu, os olhos brilhando de preocupação e determinação.

— Eu sei que ninguém vai te segurar, Caio. Então vá. Mas por favor… tenha cuidado.

Respirei fundo, sentindo a raiva e o medo se misturarem.

— Eu vou trazer o Rafael de volta, mãe. — minha voz saiu firme, quase um juramento. — Nem que eu tenha que arrancá-lo das mãos daquele monstro com as minhas próprias mãos.

Enquanto nos preparávamos para sair, um taxista deixou minha mãe no apartamento, o céu começava a escurecer. O peso da noite que chegava parecia um aviso. Eu só conseguia pensar em uma coisa: Rafa estava em algum lugar, sofrendo. E eu não ia descansar até encontrar o homem que ousou tocá-lo.

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Foto de perfil de T. Lys. RT. Lys. RContos: 24Seguidores: 4Seguindo: 2Mensagem "Escrevo com o coração em carne viva, transformando dor, amor e redenção em capítulos que sangram poesia — onde cada palavra carrega o peso da verdade e o alívio da esperança."

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