Claro que eu percebi que Catarina estava agindo estranha nos últimos dias, quem não repararia, vamos combinar ela não é a melhor das mentirosas, nada esperta, só metida a espertinha, aquela loura burra, realmente achou que ia conseguir me enganar, que eu não ia descobrir… Enfim, vamos aos fatos.
Eu não sabia ainda o que estava acontecendo, vejam vocês, eu dei suporte para a vagabunda, eu dei uma casa, consegui o dinheiro emprestado, também um pouco em jogo, arrisquei minha cabeça pela filha da puta, consegui fazer a família dela, liberar ela para viver comigo e para quê?
Estava no escritório, já fazia alguns dias que eu via a Catarina completamente estranha, ela estava sempre me esperando de shortdoll, toda manhosa, mas não quis sexo, por alguns dias o que era bem diferente dela, como eu disse a cavala baixinha fogosa é viciada em levar pau, ela não querer sexo ou está doente, ou alguma outra coisa está acontecendo.
Eu comecei a desconfiar, aquela noite Catarina dormiu de pijama, Catarina sempre dorme nua, comecei a achar que era alguma coisa que eu teria feito, mas como fui descobrir depois era algo que ela havia feito.
Primeiro achei que poderia ser algo que eu tinha feito, tentei confrontar minha noivinha linda em casa naquele fim de semana.
“Cat”, eu sempre chamava ela de Cat, gato em inglês, mas também uma redução do seu nome, “Aconteceu alguma coisa na faculdade amor, acho que você está meio esquisitinha nos últimos dias.”, ela parou olhando para mim com seus olhos cor de mel, usando uma camiseta longa com bichinhos de estampa, sem nada por baixo e chinelo de dedo enquanto fazia o café.
“Não amor, não aconteceu nada.”, ela volta a se concentrar no que fazia. “Então porque sinto você tão estranha.”, ela olha para mim se aproxima e senta no meu colo, com aquele seu sorrisinho que desarma qualquer um, o brilho no olhar, que sempre desarma qualquer um, exceto seu irmão e mãe.
“Amor, eu só estou com uns problemas, mas eu juro, vai ficar tudo bem.”, ela fala isso com uma vozinha tão manhosa, quase um ronronar, que eu simplesmente desisto de confrontá-la, se ela disse que o problema não sou eu, não é entre a gente acho que já está tudo bem.
Eu tomando café com a minha deusa no meu colo.
“Amor? Quer conversar sobre o que está te incomodando no trabalho?”, eu olho sério para ela e me levanto já tínhamos tido aquela conversa, Catarina é a mulher da minha vida, mas é só uma menina, eu tenho 30 anos, ela têm 20, como ela pode querer entender certas nuances da vida adulta que para ela só está começando.
“Catarina eu já falei anjinho não precisa se preocupar com isso, está tudo bem.”, ela olha para mim, como se quisesse dizer algo mas estivesse escolhendo as palavras para evitar uma briga. “Amor, eu sou sua mulher, eu tenho direito de saber se algo pode nos afetar.”, eu não sei de onde ela tirou aquelas palavras, não pareciam muito ela, mas pareciam coisas de amigas da faculdade, afinal, ela nem tinha essa vivência toda.
“Catarina anjo, eu já falei, não é nada de mais, poxa, eu posso cuidar disso, ok, não se preocupa, agora vamos mudar de assunto que eu não quero pensar em trabalho em casa.”, eu me viro para olhar para ela e por um segundo, não, um milésimo de segundo, eu vejo um olhar triste, como uma nuvem tampando o Sol.
Mas logo seu sorriso volta a brilhar, volta a iluminar a vida que escolhemos e nossa casa, tudo poderia ser perfeito com filhos, mas a realidade, é que Catarina, não queria ter filhos antes de se formar e eu incentivava isso, afinal, era a prova que ela precisava dar para a própria família de que cresceu, depois que se formasse teríamos, depois do primeiro filho ela voltaria a trabalhar se quisesse, mas sinceramente meu plano era de que não precisasse.
Mas é claro eu tinha plena ciência, de que as coisas só aconteceriam assim se eu conseguisse garantir que a empresa desse lucro e não podia ser pouco lucro, tinha que garantir que ela desse o lucro prometido, mas como, com tanta cobrança, dessa vez é ela quem me arranca do meu devaneio. “Cinema?”...
Ela pergunta com seu super sorriso e eu aceno que sim com a cabeça, minha pequena aponta para o calendário, hoje era sábado dia de cinema.
O fim de semana foi mais normal, até fizemos amor, daquele jeito que ela gosta com carinho, com cuidado, alisando a pele macia, dando prazer a cada poro com toda a delicadeza de uma princesa, fazendo ela gozar várias vezes, molhando os lençois até termos que trocá-los para poder dormir, de tão molhados.
Mas na segunda-feira era dia de voltar para o inferno pessoal que eu mesmo criei para mim…
Logo que chego no trabalho sou atendido por Luana minha secretária, uma mulher maravilhosa, morena de cabelos cacheados e olhos negros profundos, um corpo que deixaria qualquer um sem palavras, Luana definitivamente tinha uma queda por mim, mas vinha evitando dar bola.
Eu realmente acreditava que minha princesa era fiel até então, mas as coisas estavam prestes a mudar e eu descobriria o tipo de vagabunda que eu tinha em casa, mas quando cheguei aquele dia, ela me atende um pouco aflita, “Senhor Cleber, recebi alguns telefonemas do Senhor Fábio querendo falar com o senhor.”, eu respiro fundo, de novo o Fábio.
“Ok e o que ele falou.”, ela olha para mim, olhos nos olhos e eu estremeço sentindo o quanto essa mulher me deseja, “Ele quer marcar para falar com o senhor hoje, disse que não pode esperar mais.”, “Ok pode marcar com ele Luana, não estou para mais ninguém.”, eu entro no meu escritório e jogo minha mala no sofá.
“Filho da puta, ele quer realmente me prejudicar desse jeito.”, o restante do dia, seguiu relativamente normal, Luana realmente não deixou mais ninguém marcar nada comigo, eu não estava com humor, mas é claro, me trouxe relatórios e documentos, para que eu visse e ficasse ciente, uma excelente secretária apesar do único defeito de ser a fim de um homem praticamente casado.
Quando da umas 15 horas Fábio é anunciado, eu mando ele entrar, estava averiguando alguns e-mails quando ele entra, eu aceno para ele se sentar na cadeira, em frente a mim, ele obviamente atende isso, se sentando, segundos depois Luana entra com um café para nós dois, deixando o meu para mim sem açúcar ela sabe exatamente como eu gosto e deixando o do Fábio com o açucareiro por ser visita.
Fábio se serve de duas colheres no café e se ajeita na cadeira, para me ouvir. “Não tenho o dinheiro ainda Fábio, eles vão ter que esperar.”, “Não é assim que funciona Cleber, você sabe muito bem de quem pegou dinheiro e sabe que não é assim que funciona.”, eu passo as mãos pelos cabelos, “Eles vão afetar o futuro da Catarina também Fábio, tenho certeza que você não deseja isso.”, ele parou olhando para mim, a menção do nome dela ainda o afeta.
“Você não deveria usar a Catarina ou a família da Dona Inocência de escudo sabe disso.”, eu sorrio, eu sei que não, mas não tenho escolha. “Fábio eu só preciso de um tempo.”, ele respira fundo, sinto algo mudando em sua postura, “Ok, eu vou dar um jeito, vou falar com eles, talvez, até consiga que te perdoem a dívida, mas é a última vez Cleber, eu te juro, é a última vez que arranjo um perdão para dívida sua.”, ele se levanta para sair.
Olha para trás uma última vez, “Pode agradecer a Catarina que nada vai acontecer a você, nem a sua empresa.”, eu dou risada, “Muito obrigado amigo, mas sei que está fazendo pela nossa amizade.”, eu brinco com ele, ele sabe que temos uma amizade mais longa que isso, já nos tiramos mutuamente de encrenca muitas vezes.
“Justo… Se cuida velho.”, e se retira, levando um peso dos meus ombros.
Volto a minha rotina cuidando de documentações e de projetos, as coisas pareciam que iam se normalizar agora, mas ao mesmo tempo, estava preocupado, de certa forma, consegui me esquivar da bala dessa vez, mas se não fizesse os lucros pagarem as dívidas logo estaria ferrado e mesmo Fábio não ia poder fazer muito.
Mas nos dias que se seguiram, um investidor me falou algo que me despertou uma pulga atrás da orelha, “Eu acho que vi sua senhora outro dia, lá no Shopping D, perto da estação.”, eu sorri, “A porque ela estuda lá perto.”, aí ele me contou que ela estava com um amigo, que os dois pareciam muito próximos, isso mexeu comigo, não era ciúmes, era desconfiança.
Sabe quando um pequeno alerta te pega e você começa a achar que é melhor saber mais… Como eu falei sobre o “jogo”, se têm uma coisa que eu sei perceber no ar, são os sinais de uma traição e ali eu senti que devia ficar atento.
Eu tentei confrontar a Catarina em casa, mas ela foi evasiva, na verdade evasiva de mais, esse é o ponto daquela loura burra, ela sempre foi burrinha e inocente, ela acha que vai enganar LOGO EU, eu já estava comendo buceta quando essa menina só chupava chupeta, mas ok, eu sabia como lidar com isso, na minha adolescência era normal esse tipo de piranha cair na rede dos amigos.
“Catarina aquele Diego anda tomando liberdades?”, eu perguntei como quem não quer nada no almoço de sábado, “Claro que não está louco, eu lá sou mulher de dar liberdade Cleber?”, ela respondeu ficando nervosa, deu para ver o nervosismo nos olhos dela, na postura corporal, a piranha não conseguia esconder.
“É só uma pergunta amor, nada de mais.”, “Como assim nada de mais, está desconfiado de mim Cleber, olha lá, eu pego minhas coisas e volto para a casa da minha mãe.”, como ela poderia estar mentindo? Mas quando descobri a mentira, essa pequena explosão dela, só me deu mais nojo.
Já tinha visto tal comportamento, nas piranhazinhas que eu pegava na idade dela, então já tinha certeza que ela era só mais uma piranha se fazendo de inocente, na segunda-feira seguinte, contratei um detetive, já sabendo o que ia descobrir, ou melhor, eu achava que sabia o que ia descobrir.
Minha surpresa foi descobrir que não foi com o tal Diego que a filha da puta me traiu, foi com o próprio Fábio, por isso ele cobriu minha dívida, porque o corpo da própria Catarina foi seu pagamento, o filho da puta achava que isso ia passar em branco, mas eu não era mais adolescente e a Catarina não era como as outras meninas, ela era MINHA.
Eu estreei cada buraco daquele corpo, eu fui seu primeiro, nós tínhamos algo sólido e ele estragou tudo, eu não iria deixar isso barato, eu tinha que dar um troco que ficasse no cérebro dos dois traidores para sempre…
Naquele dia eu coordenei o início da minha vingança, primeiro precisava tirar o Fábio da jogada, o que eu iria fazer, não queria que ele pudesse dar suporte para a vagabunda, então mandei uns amigos dar um susto nele por dinheiro, conhecíamos os mesmos amigos e para muitos, talarico não têm vez, era para ele ir para a casa dos avós no interior e ficar por lá.
Agora era a vez da vagabunda, eu cheguei frio em casa, fingindo não saber de nada, minha vingança já estava armada, naquela noite, deitados na cama, eu senti uma ereção porque não sou de ferro e Catarina têm um corpo gostoso, eu a possui com força, com ódio, descontei toda a minha raiva nela.
Acordei ela já passando a mão, eu sabia que ela não ia ligar, mas não esperava ser fodida daquele jeito, quando coloquei com tudo ela gritou, por trás, segurando seu pescoço, metendo sem pena, até gozar dentro dela, depois a puxei para chupar na lateral da cama, enterrei o caralho naquela garganta sem dó.
Ela tentava chupar mas nem conseguia direito porque eu não estava querendo uma mamada, eu queria foder aquela garganta e fodi, não seria negado, meu prazer não seria negado naquela noite, quando gozei ela engasgou, eu não pude conter um sorriso vendo a puta tossir e chorar engasgada com porra.
Aí foi a vez do seu cu, deitada de bruços, com uma bela de uma cuspida enterrei de uma vez, sem me importar com o grito dela, apesar de tudo, a vadia nem pedia para parar, ela se entregava como sempre se entregou, submissa, disposta, mesmo doendo, mas dessa vez, era um castigo, ela tinha que saber que era um castigo e eu juro que castiguei como pude.
“Caralho amor você me machucou…”, ela choramingava depois do banho após sexo, eu deitado na cama com um cigarro aceso. “Eu acho que só estava um pouco estressado e com tesão.”, “Porra um pouco… Você me machucou mesmo Cleber.”, eu olho nos olhos da piranha, pensando em tudo o que poderia falar, como poderia dizer que esse foi um castigo merecido, mas…
“Desculpa Catarina, prometo que não vai acontecer mais.”, e definitivamente, não iria, depois desse dia, nunca mais essa puta entraria na minha casa, ou deitaria na minha cama, disso eu tinha certeza.
Toda molinha e machucada ela se deitou do meu lado, procurou meu abraço e eu me senti tenso, mas consegui me controlar, consegui aceitar o abraço dela como se nada tivesse acontecendo, minha vingança já estava a caminho era uma questão de tempo.
Eu mandei a piranha para a faculdade, vendo a dificuldade, de manter a firmeza nas pernas e me sentindo bem por ter machucado ela, mas não tinha acabado ela iria receber uma linda carta, um dossiê dos detetives com comprovantes de pagamento e troca de mensagens após o motel do Fábio insistindo por mais, perguntando se a puta não tinha gostado, o que ela admitiu ter gostado.
“Ao menos admite que comi melhor seu lindo cuzinho.”, sendo a última mensagem a qual ela nunca respondeu…
Quando cheguei no trabalho avisei a Luana, “Luana não estou para ninguém exceto Catarina.”, “Sua mulher vai vir aqui senhor?”, ela me pergunta e eu respiro fundo, sei dos sentimentos dela por mim e talvez estivesse na hora de pensar, afinal, agora eu era solteiro. “Ela me traiu Luana, a puta me traiu com um amigo, ela não é mais minha mulher.”, ela sorriu quase sem querer e eu apreciei isso.
Como eu imaginava ao receber minha carta avisando que estava tudo acabado, Catarina apareceu na empresa, eu queria muito ver a cara de arrependida daquela puta, de quem jogou tudo fora, mas o que vi foi diferente, seus olhos estavam tristes, muito tristes, mas havia algo mais, desafio, seu olhar era desafiante...
“Cleber que merda é essa aqui?”, ela perguntou assim que entrou no escritório, “Só um aviso que para a minha casa você não volta mais e que não pode pedir por direitos de união estável”, ela olhou para mim tremendo raiva, mas também havia medo, tristeza e algo mais, que escapava naquele olhar.
“Você sabe o que os amigos do Fábio iam fazer com você certo?”, jura que a puta tentou essa, “Claro meu amor e para evitar que eles me machucassem, você deu seu cu para ele em troca da dívida. Uma literal PUTA paga.”, ela fecha os olhos, arrependimento, pelo menos isso a piranha era capaz.
Ela abre os olhos e agora seu olhar é firme, apesar das laǵrimas que se formam, “Cleber, é sério, você desceu muito. Mas ok.”, ela tira a aliança e coloca em cima da mesa, com resolução de aço e orgulho no olhar, “Estou saindo da sua vida.”
Essa posturinha de desafio dela continuava me irritando, muito, quem ela pensa que é? “Vocẽ achou que seu caso ia acabar como Catarina? Comigo agradecendo por você ser uma prostituta?”, eu resolvo dizer só para ela ver o quanto seu orgulho é falso, o quanto qualquer pedestal é inexistente.
Ela tenta armar um tapa na minha cara, eu seguro seu pulso e empurro ela para trás, percebendo que tive que me controlar um pouco para eu não dar um tapa na cara dela em resposta, resolvi acabar com esse show. “Sai daqui, vai para a casa da sua mãe, não quero mais te ver.”, ela olha uma ultima vez para mim, vira e sai.
Claro que eu fiz minha lição de casa, esse tipo de vingança têm que ser completo, ou não é vingança, o dossiê, foi mandado para a mãe dela, para o irmão, para todos os nossos amigos e para toda a igreja e como eu tirei o Fábio da cidade, eu garanti que ela teria que lidar com as consequências de suas escolhas, sem ninguém passando a mão na cabeça.
A vagabunda não conseguiria nunca mais andar na rua de cabeça erguida, eu literalmente destruí qualquer rede de apoio que ela pudesse ter, garanti, que a vida dela, seria um inferno de agora em diante, queria ver esse olharzinho desafiante e orgulhoso dela continuar por muito tempo, disso eu tinha certeza.
Mas no dia seguinte fiquei sabendo pela minha mãe que Catarina tinha sido posta para fora de casa… Dna Inocência disse para a minha mãe que Renato a obrigou vir pedir perdão para mim, então era só uma questão de tempo, eu fiquei imaginando o que fazer, no final decidi que iria falar tudo o que ela merece ouvir e depois levar de volta.
Conversaria com o irmão e a mãe e faria eles tomarem outra decisão, na minha casa eu não a queria. Mas ela nunca veio… Ela era mais orgulhosa do que eu imaginava.
======== …FIM… ========
É isso povo, muito obrigada para quem chegou até aqui, quem chegou agora, talvez queira ler os dois primeiros para entender um pouquinho...
Essa foi a vingança escolhida por Cleber contra a noivinha infiel, embora os desdobramentos não sejam bem o que ele esperava, afinal, as coisas vão sair do trilho bem rápido e mexer com a cabeça de alguém só por causa de uma vingança trâs consequências reais e terríveis.
Espero que gostem, votem, comentem e nos vemos semana que vêm.
