Redenção

Um conto erótico de Heloísa
Categoria: Heterossexual
Contém 3743 palavras
Data: 24/11/2025 13:56:03

Às vezes, algumas mulheres da igreja perguntam como seria a prova de amor ideal a seus maridos. Não gosto muito dessa pergunta, pois dá a ideia de prova de amor ser algo demandado por alguém. Você não prova seu amor porque alguém pede. Claro, a maioria dessas mulheres só quer agradar seus maridos, mas ainda assim, você não deveria provar o seu amor. O amor não se prova, ele se demonstra no dia a dia, em coisas por vezes tão sutis que a gente não percebe. Quando alguém sente a necessidade de provar o amor, provavelmente é porque o relacionamento está abalado.

Os motivos são muitos, alguns justificáveis e outros nem tanto, mas todos passam pela individualidade, quando os dois deixam de ser um. Não que a individualidade seja um problema, longe disso, mas às vezes ela é um empecilho.

Essa pergunta me incomoda, porque me faz lembrar do meu próprio relacionamento. De uma época em que eu acreditava ter provado meu amor ao meu marido. Casei-me muito nova com o Fábio, um pastor fundando sua própria igreja. Na época, larguei a faculdade e me entreguei a uma vida difícil em uma igreja ainda em criação. Para mim, era a maior prova de amor que poderia dar a ele.

Dediquei minha vida ao sonho dele. Estive ao lado dele em momentos bem difíceis e colhemos juntos os frutos. A igreja prosperou, sua mensagem alcançava cada vez mais fiéis. Tínhamos uma história linda juntos e a comunidade nos tinha como exemplo, não só de fé, mas de relacionamento também. Era comum mulheres me procurarem e pedirem conselhos. Eu ajudava como podia.

É claro, eu tinha meus próprios segredos. Coisas que eu guardava apenas para mim, inofensivas. Gostava de literatura erótica, de viajar naquelas histórias e vivenciar coisas que jamais cogitaria viver de verdade. Meu celular virou um cantinho, com links e favoritos salvos, onde, quando sozinha, podia sair da minha realidade. Era um gosto que tinha antes de conhecer Fábio e que, obviamente, não compartilhei com ele. Meu marido sempre teve uma visão rígida sobre pornografia e eu não esperava muita compreensão da parte dele. Apesar disso, minha vida com meu marido era perfeita. Nós nos amávamos muito e mesmo na cama ele era maravilhoso. Meus momentos sozinha lendo contos eróticos eram raríssimos.

Para mim, era uma individualidade inocente. Até aquele dia.

Havíamos voltado do culto. Joguei o celular no sofá da sala e fui à cozinha. Fábio me pediu as fotos que eu havia tirado da igreja e falei para ele olhar no meu telefone. Eu havia esquecido que naquela manhã li alguns textos, que ainda estavam carregados no navegador. Lembro da voz aflita dele me chamando, o que me fez correr para a sala.

— Me explica isso? — perguntou, exibindo o celular, com a tela do site exposta.

Meu coração disparou na hora. O tom da voz dele e a expressão de seu rosto estavam claros que ele reagia como eu esperava. Tentei disfarçar. — São só uns textos que encontrei na internet. Bobagem.

— Tem vários desses textos no seu histórico.

— Sim, eu caí nesse site e fiquei lendo por curiosidade.

— Por que nunca me falou sobre eles? Sabe o quanto alertamos as pessoas sobre pornografia.

— Não é pornografia, amor. São só pessoas que escrevem suas fantasias.

Ele se aproximava de mim, exibindo meu celular. A cada passo, eu me sentia mais oprimida, como se o espaço daquela sala diminuísse para me sufocar.

— Onde é normal fantasiar em se prostituir?

— Sei lá, Fábio, só fiquei curiosa e li.

Fábio colocou as mãos na cintura e conseguiu deixar suas expressões ainda mais fechadas. — Gostou?

— Isso lá é jeito de falar comigo, Fábio? — respondi, tentando tirar o peso da acusação, enquanto tentava, sem sucesso, tirar o telefone da mão do meu marido.

— Me responde, Heloísa. Você gostou do que leu?

Enquanto aquelas leituras fossem algo só meu, não via problemas em omitir. Ser confrontada por ele daquela forma fez meu coração doer em cada tentativa de mentir ou mesmo desviar do assunto. Meus olhos se enchiam d’água.

— Sim, eu li. Uma amiga me recomendou um texto e daquele fui ler outros.

— É, eu vi os “favoritos”.

Lembrei de todos os textos que havia salvo. Todas as fantasias ali descritas escancaram uma parte da minha intimidade que só eu conhecia. Não sabia mais o que dizer.

— Me diz uma coisa. Você se excita com isso?

Eu gaguejei, tentando organizar as palavras, até meu marido subir o tom de voz.

— Me responde!

— Sim — respondi. Assumir aquilo foi como se eu tivesse sido despida contra a minha vontade. Senti meu rosto queimar enquanto as primeiras lágrimas escorriam.

— Você… — ele fez uma pausa e encheu o pulmão de ar — se masturba lendo isso?

Humilhada, não tinha coragem de dizer uma única palavra. Eu apenas confirmei balançando a cabeça afirmativamente.

A expressão de raiva de Fábio se contorceu em outra de agonia. Ele balançou a cabeça negativamente, com um olhar perdido, como se tivesse sido jogado em outra realidade.

— Eu queria entender uma coisa — Fábio voltou a exibir o telefone. — Isso aqui é melhor do que eu?

— Não é isso, meu amor.

— Então, é o quê? O sexo comigo não basta e você apela para essas histórias de prostituição?

— Não é prostituição. São só histórias provocantes.

— Não é? Sendo amarrada? Humilhada? Eu não tenho nem coragem de dizer os nomes pelos quais chamam as mulheres aqui. Tem desejo de ser xingada daquelas formas? Você se casou comigo e se tornou uma mulher de respeito. Você é admirada, um exemplo para as mulheres da igreja. Ou pelo menos era. Não sei mais quem é você.

— Não fale assim. Sou a mesma de sempre. Sou sua esposa, a que te acompanha na igreja, que cuida de você e sempre te amou.

Mais uma vez, Fábio exibiu o celular — Me parece que é isso que você ama. Não, eu.

— Claro que amo.

— Esse celular me prova o contrário. Você não consegue abrir mão dessa perversão para ficar comigo.

Eu tinha vergonha do que ele viu e da forma como ele viu, mas não podia admitir que ele descartasse tudo o que vivemos por causa daquilo.

— Você quer prova de amor? Fábio, estou junto de você desde o início. Desde que a igreja era a garagem da sua casa. Me converti à sua religião e me casei com você e para isso nunca renunciei a nada, pois estar com você era tudo o que eu queria. Eu tenho, sim, alguns fetiches e não quer dizer que eu não te ame ou que você não me satisfaça. Vivi por você esses anos todos, não pode jogar tudo fora porque descobriu um pouquinho da minha individualidade.

— Isso não prova nada. Achei que já sabia tudo sobre você, pois você sabe tudo sobre mim. Nunca te escondi nada.

Fábio jogou o celular em cima do sofá e saiu. Assim que ficou sozinha, o resto da minha firmeza se derreteu. Com o celular finalmente na minha mão, senti um misto de vergonha, arrependimento e tristeza. Mesmo sendo tarde demais, apaguei todo o histórico de visitas no celular, assim como os favoritos salvos. Meu coração apertou, senti-me julgada pelo homem com quem dividi a vida por anos por algo que, de início, parecia inofensivo. Comecei a me perguntar se era mesmo tão suja quanto meu esposo dava a entender. Se eu omitia minhas fantasias mais profundas de Fábio, o mesmo não se podia dizer dele. Meu marido era um homem exemplar, transparente, além de ser um excelente esposo. Costumava dizer que a liderança na igreja o estimulava a ser o homem mais correto possível, pois pregava esse caminho. Sempre me orgulhei dele, do bom homem que era, e fiquei envergonhada por não ser tão pura quanto ele.

Fábio apareceu novamente. Cruzou a sala em direção ao escritório, carregando a Bíblia e o celular na mão. Não me disse uma palavra. Eu o conhecia bem. Sabia que, quando levava a Bíblia para lá, ele ficava trancado por horas, lendo e meditando. Tinha certeza de que o esposo estaria refletindo sobre nosso casamento. Como se não bastasse a tristeza e a vergonha, um medo se abateu sobre mim quando cogitei que ele pudesse querer divórcio. Estava claro que Fábio não me via mais como uma mulher decente e, sendo ele um homem coerente com sua palavra, dificilmente manteria um casamento de fachada.

Desolada, saí da sala e fui para o nosso quarto. Deitei na cama e fiquei horas olhando para o teto. Meu coração continuava pesado e minha mente não cansava de me punir por visitar aqueles sites. Minha letargia foi interrompida quando ouvi a porta do escritório abrir. Meu coração se acelerou e eu me levantei, enxugando as lágrimas. Fui correndo para a sala, mas ao chegar lá a porta de entrada havia sido fechada. Meu marido me evitava.

O afastamento de Fábio piorava meu sofrimento. A culpa me consumia e, com isso, meu coração quase doía de tão apertado. Tinha-me convencido de ser uma mulher vulgar e que não merecia o esposo. Lembrei-me das falas duras nos cultos sobre promiscuidade e de como ela poderia destruir relacionamentos e até vidas inteiras. Eu era uma mentira. Uma mulher falsa que vendia uma imagem de pureza enganosa, me aproveitando dela e colhendo um respeito indevido daquela comunidade. Fábio havia dito que não me conhecia mais. Eu também não.

Quando ouvi a porta de entrada abrir, já não estava mais ansiosa. As lágrimas já haviam secado no rosto e no vestido enquanto permanecia sentada na cama. Ouvi com uma serenidade mórbida os passos do esposo até o quarto. Não disse nada, apenas esperei ouvir.

— Heloísa, o que descobri hoje me impactou muito. Foi um tipo de surpresa que não se espera após anos de relacionamento.

A voz dele transmitia uma tranquilidade assustadora. Não havia mais o nervosismo ou a raiva de horas antes. Ele já estava decidido. Eu me mantive sentada na cama, de costas para ele. Não tinha coragem de olhá-lo nos olhos.

— Eu entendo.

— Levante-se, Heloísa. Você não vai dar as costas para mim.

Olhar nos olhos dele enquanto seria mais uma vez humilhada era tudo o que não queria, mas eu não tinha o direito de negar nada a ele. Levantei-me e virei de frente para ele. Seu olhar era intimidador. Havia jogado a Bíblia e uma sacola sobre a cama.

— Você, quando se tranca no escritório, a lê por horas.

— Não só a Bíblia. Também visitei o site em que visitava. Li de novo os contos que encontrei no seu telefone e depois voltei à Bíblia. Precisava entender.

— Sou uma mulher, Fábio. Tenho desejos e fantasias. Não deveria ser tão difícil de entender.

— É difícil, porque você escondeu esses desejos e fantasias de mim.

— Eu já esperava como iria reagir.

— Você não confiou em mim, na minha capacidade de te compreender e, por isso, não te amei por completo.

— Desculpa, Fábio, mas fui humilhada por você e não acho que seria diferente hoje ou há dez anos.

— Você está fazendo de novo, duvidando de mim e da minha capacidade de aprender com você.

Naquele momento, eu não entendi nada do que ele dizia. Devo ter feito uma cara bem estranha porque ele abriu um sorriso discreto e veio me abraçar.

— Me perdoe pelas coisas que disse?

Eu esperava tudo, menos um pedido de desculpas.

— Sim, mas… por que está se desculpando?

— Na primeira vez que li aqueles contos, vi apenas perversão. Depois os li de novo, lembrei de alguns que havia salvo nos favoritos e como eles eram bem peculiares, se comparados com o resto do site. Li muito na Bíblia sobre perdão, arrependimento, assim como os deveres do marido e da esposa. Daí me lembrei de um conto bem erótico que tem na Bíblia.

A voz suave sussurrou no meu ouvido frases que eu não conseguia acreditar — Leu Cânticos? Sempre me disse haver um sentido profundo.

— Sim, “o amor de Deus pela Igreja”, mas escrito numa linguagem carnal. Uma expressão de amor absoluta, íntima, onde o desejo não é pecado.

As lágrimas voltaram a cair dos meus olhos. Apertei aquele homem no meu abraço mais apertado. — Claro que sim, você está desculpado. Vamos esquecer isso tudo.

Eu estava aliviada. Após horas de agonia e medo, meu marido demonstrou me amar de uma forma que eu não esperava. Ele não renunciou à sua religião, mas mergulhou nela para encontrar as respostas para suas dúvidas. Só que, enquanto eu o abraçava e o enchia de beijos, ele se desfez do meu abraço, recusando meus carinhos.

— Isso não quer dizer que vou esquecer tudo. — disse ele, me deixando tensa mais uma vez.

Fábio se afastou e tirou da sacola uma fita de seda e me vendou com ela. — Você me ocultou uma parte de si, merece ser punida.

O toque suave da seda me jogou numa escuridão completa. Fiquei estática, tentando entender o que meu marido queria fazer e, quando senti os botões do meu vestido sendo abertos, meu coração acelerou de novo. Minha pele estava exposta ao ar e os braços dele me envolveram mais uma vez, desabotoando meu sutiã. As mãos dele apalparam meus seios e os dedos brincaram com os mamilos. Um aperto mais forte e gemi. Meu marido não apenas leu os textos, mas aprendeu a brincar com o meu corpo.

Ele se afastou, mas rapidamente voltou para colocar algo no meu pescoço. — Seu corpo agora não pertence mais a você, mas a mim. — sussurrou. Eu ouvia a voz grave, suave, e percebia pelo hálito o quão próximo estava do meu rosto. Eu quase podia sentir os lábios dele prestes a me beijar, e projetei a boca e a língua para frente, mas ele recuou. Cega pela fita de seda, meus sentidos afloraram e meu desejo também. Queria beijar e chupar aquele homem, mas ele não deixava. Quando dei um passo em sua direção, Fábio algemou minhas mãos. Com elas presas, fui empurrada até minhas costas encostarem na parede fria. As mãos algemadas foram jogadas para o alto e os dedos deles mergulharam na minha calcinha.

— Já está assim? — perguntou, irônico, enquanto o dedo médio deslizava por entre meus lábios.

— Estou ansiosa para você me punir.

Aquele dedo escorregou até meu clitóris. Apenas a ponta dele, em um movimento sutil, circular, me arrancou um gemido manhoso.

— Eu não conhecia esse gemido. O quanto será que tenho que punir você até mostrar tudo para mim? — sussurrou no meu ouvido.

A pergunta se seguiu de um segundo dedo no meu grelo. Era dois, um de cada lado, fazendo um vai e vem com uma pressão deliciosamente suave. O gemido manhoso ficou desesperado. Apesar de estar com as mãos presas acima, contorci-me tanto quanto meu corpo e Fábio permitiam. Minha respiração acelerava e meus gemidos se intensificaram até quase explodirem.

Então, Fábio tirou a mão da minha calcinha e me soltou.

Prestes a gozar, fiquei sem chão com aquela interrupção. Fiquei ali, em pé, algemada com apenas a calcinha, esfregando as coxas entre si como se pudesse conseguir resgatar o prazer que me fora negado.

— Continua, Fábio. Por favor! — implorei.

— Não. — respondeu com ar autoritário. — Agora fique de joelhos.

Obedeci. Sem conseguir ver nada, fiquei esperando pelo que ele faria comigo. O tempo passava e eu ficava mais ansiosa. Tentei ouvir o que ele fazia e só identificava sons que não compreendia muito bem. Eu continuava molhada, ansiosa para voltar a senti-lo, até que seus dedos se misturaram aos meus cabelos.

Meu marido sempre foi muito gentil. Suas mãos sempre foram firmes e sua pegada muito gostosa, mas jamais tinha me puxado pelo cabelo. Mesmo assim, não foi bruto. Ele só indicava o jeito que minha cabeça se posicionaria ou para onde eu devia mexê-la.

— Sabe o que eu acho? Que você duvida que o pastor fosse capaz de se encaixar em suas fantasias.

— Não é isso, meu amor, é que…

— Silêncio, Heloisa — disse, num tom imperativo, me calando. — A partir de agora, não sou mais o pastor e nem o seu amor. Sou o seu senhor, entendeu?

Nesse momento, dei-me conta do quanto ele se dedicou aos textos que eu lia. Apesar de eu ter apagado eles dos meus favoritos, ele havia decorado os títulos e com certeza se debruçou sobre eles e absorveu tudo. Estava sabendo como me provocar, me dominar, como nas minhas histórias favoritas. Ainda assim, seus puxões de cabelo não eram brutos demais e, mesmo quando falava mais firme comigo, eu ainda sentia sua serenidade habitual. Fabio conseguia ser uma versão melhorada das minhas fantasias.

— Sim, senhor!

A mão que segurava meu cabelo deslizou para o meu rosto. A pressão dos dedos no meu maxilar me indicava para abrir a boca e assim fiz. Era quente, pulsante e me preenchia a boca inteira. Eu gostava de surpreender Fábio com sexo oral, mas ele nunca teve a audácia de empurrar o pau na minha boca. Salivando, fiz o vai e vem lento, do jeito que ele gostava.

A coisa que mais me fascinava naqueles contos era a possibilidade de sair da minha realidade e, por alguns minutos, entrar em outra onde eu podia explorar minha sexualidade por completo. Sim, a mulher do pastor gosta de se imaginar como uma “puta”. Um objeto de desejo que tem seu corpo sendo usado para seu prazer e o de outros. A ideia de estar ajoelhada, submissa, com o pau na boca, por si só, me excitava muito, mas era uma daquelas coisas que eu evitava compartilhar com Fábio, pois tinha muito receio de ser julgada. Foi incrível ele me colocar para chupá-lo daquele jeito, mas ele foi além. A mão dele voltou ao meu cabelo e ele deu um passo para trás. Depois desse, vieram outros que me colocaram de quatro, engatinhando pelo quarto com o pau dele na boca. Minha boceta encharcava.

Depois desse abuso gostoso, ele me fez engatinhar até a cama. Fiquei ali, de quatro. Afastei os joelhos e empinei a bunda na pose mais desavergonhada que eu conseguia e, como recompensa, eu senti o carinho na minha bunda. Acho que ele quis me deixar esperando para interagir comigo, mas meu rebolado foi mais forte. Ele ficou um bom tempo alisando e apertando a minha bunda sem dizer nada.

Quando ele finalmente abaixou a minha calcinha, pude voltar a sentir os dedos dele na minha boceta. Voltei a gemer e cadenciar o meu rebolado para se encaixar melhor nos movimentos dos dedos dele. Sentia-os entrando, saindo, de acordo com o balanço do meu quadril em um vai e vem gostoso.

Só que, de novo, ele interrompeu.

— Não pare, senhor! Por favor.

— Não esqueça de que isso é uma punição — respondeu, sarcástico.

Ouvi o som da sacola sacudir e fiquei apreensiva, pensando no que viria.

— Quer dizer que você fantasia em ser uma — ele fez uma pausa — rameira?

Abri um sorriso, pois não era o vocabulário que eu esperava — não é bem essa palavra, senhor — respondi, com a voz mais doce que eu tinha para oferecer.

Foi quando senti alguma coisa arranhando minhas costas em vários pontos — Qual é a palavra certa para definir você?

— Sou a sua puta, senhor.

Aquilo nas minhas costas eram tiras de couro, de um chicote. Senti a ardência espalhada pela minha bunda.

— Fala mais alto.

— Sua puta, senhor. É isso o que eu sou.

Minha bunda ardeu mais uma vez,

— Não ouvi direito.

Ali entendi que o “erro no vocabulário” era de propósito. Caí no jogo dele, sendo chicoteada na bunda. Fábio se mostrava um dominador hábil, sabendo me torturar sem me machucar. Cada chicotada me fazia sentir mais vadia, e ter que assumir isso em voz alta tirava de mim um lado selvagem além do que eu mesma fantasiava.

— Senhor, eu sou a sua puta, sua vadia. Esse corpo gostoso aqui está doido pelo pau. Essa vadia imunda quer ser purificada pelo senhor!

Nem eu mesma acreditei no que disse. Acho que o Fábio também ficou chocado, mas ele manteve o personagem. Pelo menos me deu algumas chicotadas, mais fortes do que as anteriores, para depois ficar em silêncio novamente. Com a bunda ardendo e a boceta escorrendo, nada pude fazer. Apenas ouvia aquela sacola ser mexida mais uma vez, sem imaginar o que viria. Depois ouvi barulhos de embalagens se abrindo e um som de algo viscoso. Logo, a tal viscosidade estaria circulando as minhas pregas.

Sim, ele leu os contos de sexo anal.

Fábio nunca me tocara ali e de fato era algo que eu também não fazia questão. Imaginava o quanto doía, mas nos contos não existe a dor. Existe apenas a ideia de uma entrega completa do próprio corpo, o que já era bastante para as minhas fantasias. Cheguei a pensar em sair da personagem e dizer ao Fábio que podia deixar aquela parte de lado, mas ele havia sido tão perfeito até ali que resolvi deixar. Até porque aquele dedo lubrificado entrando no meu cu me causava uma sensação maravilhosa. Era quente e aquele vai e vem me dava vontade de dar para ele. Para a minha surpresa, o pau dele entrou com relativa facilidade. Aquela rola grossa me preencheu inteira.

Meu marido, o pastor, comendo o meu cu. Ele deve ter ficado mais tempo fazendo pesquisas na internet do que “meditando sobre o relacionamento”. Ele fazia tudo certo, metendo devagar para não me machucar, e ainda assim, puxando meu cabelo para eu continuar me sentindo uma puta na mão dele. Meu cu foi deliciosamente fodido e o melhor ainda estava por vir. Ouvi vibrações e depois as senti no meu corpo. Meu marido comeu meu cu com um vibrador colado no meu grelo. Ele se aproveitava dos movimentos sutis e esfregava o brinquedo em mim e depois o afastava quando percebia que eu estava muito afoita. Eu gemia descontroladamente e depois o percebi gemendo cada vez mais alto. O vibrador foi encostado em mim mais uma vez e, dessa vez, ele não tirou quando eu estava prestes a gozar. A gente gozou junto, gritando uníssonos naquele quarto, com nossos corpos tremendo.

Desabamos na cama e finalmente pude dar a ele o beijo que quis no início. Longo, quente, apaixonado. Quando tirei a venda, vi que no meu pescoço tinha uma coleira com o nome dele. Ele disse para eu usar com ele, ou sempre que quisesse ler algum conto erótico. O meu senhor voltou a ser o meu amor, porém, a nossa redenção duraria mais algumas horas, pois havia mais surpresas naquela sacola.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 367Seguidores: 340Seguindo: 128Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

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