O asfalto estava quente pra caralho, mesmo à noite, e o ronco da Harley de Rafa cortava o silêncio do bairro popular como uma faca. Ele desceu da máquina, a jaqueta de couro preta brilhando sob o poste com a luz queimada, as tatuagens no braço parecendo pulsar de tanta raiva. O filho da puta estava com o pavio aceso, os olhos vermelhos de maconha, conhaque e ódio. Carla, aquela vadia, não só tinha dado um pé na bunda dele pra foder com o Zeca, um merda da gangue rival, como sumiu com os dois mil que ele emprestou pra ela não acabar na rua. Ela achou que podia se esconder? Rafa não era otário. Cuspiu no chão, a saliva grossa se misturando com a poeira, e subiu as escadas do cortiço que chamavam de prédio, o cheiro de mijo e merda subindo pelo nariz.
A porta do apartamento dela era uma merda de madeira fina que cedeu com um chute. O estrondo ecoou, e Rafa entrou, os coturnos pesados esmagando o chão cheio de restos de comida. O lugar era uma zona — garrafas de cerveja vazias, cinzeiros transbordando, uma calcinha suja jogada no canto. Ele ouviu a água parar de cair no banheiro e avançou, o coração batendo como um tambor de guerra. Carla saiu, nua, o corpo magro gotejando água, o cabelo molhado grudado nos seios pequenos. A toalha que segurava tinha caído quando viu Rafa, e por um segundo, o ar ficou parado, pesado pra caralho. Os olhos dela, aqueles olhos de quem já viu o inferno e riu do diabo, encontraram os dele. “Porra, Rafa, que caralho você quer?”, soltou, a voz tremendo, mas com um tom de desafio que fez o sangue dele ferver mais.
“Você achou que podia me roubar e sair de boa, sua puta?”, ele rosnou, dando um passo à frente, o corpo grande bloqueando a passagem. Carla não recuou. Jogou o cabelo pra trás, os peitos balançando, e riu, um som que era puro veneno. “Tava com saudade da minha buceta, é? Ou você é só mais um macho babaca querendo mostrar o pau?” O insulto foi um soco. Rafa avançou, rápido pra caralho, e agarrou os pulsos dela, os dedos cravando na carne macia até ela soltar um gemido. “Me desafiando, é? Vadia ingrata”, cuspiu, o hálito quente contra o rosto dela, cheirando a conhaque e raiva. Empurrou-a contra a parede, o impacto fazendo um quadro barato se espatifar no chão.
Carla não se rendeu. Cravou as unhas no braço dele, rasgando a pele, e cuspiu na cara dele. “Se é homem, mostra logo, porra!” Foi o estopim. Rafa a levantou com um puxão, as mãos ásperas quase esmagando os braços dela, e a jogou na cama desarrumada, os lençóis amarelados fedendo a suor e descuido. Arrancou a camisa, as tatuagens contando histórias de brigas e prisões brilhando sob a luz fraca. Caiu em cima dela, o peso do corpo prendendo-a, e agarrou os cabelos molhados, puxando com força enquanto xingava: “Vou te foder até você chorar, sua cadela.”
O que veio foi uma porrada de luxúria bruta. Carla mordeu o ombro dele, os dentes afundando na carne até ele grunhir de dor e tesão. Ele revidou com um tapa na cara, não tão forte para apagá-la, mas forte o bastante pra deixar a bochecha vermelha e fazer a cabeça dela girar. “Gosta assim, né, sua puta?”, rosnou, enquanto ela ria, os olhos faiscando. “Me fode logo, covarde”, retrucou, as unhas arranhando as costas dele, deixando trilhos de sangue. Rafa rasgou as coxas dela com as mãos, abrindo-as com violência, e enterrou o pau nela sem aviso, o movimento bruto arrancando um grito que era metade dor, metade prazer. A cama rangeu, o colchão afundou, e o quarto virou um campo de batalha — gemidos roucos, palavrões cuspidos, o som de pele contra pele ecoando como tapas.
Ele a fodia com raiva, cada estocada um acerto de contas, os dentes cravados nos lábios dela, marcando a pele e arrancando sangue. Carla não ficava atrás — agarrava o cabelo dele, puxava, mordia o lábio dele de volta até sentir o gosto ferruginoso. “Mais forte, seu merda”, provocava, a voz entrecortada enquanto cravava as unhas na bunda dele, incitando-o. Rafa socava ainda mais fundo na boceta, o suor pingando do rosto, os músculos tensos, o tesão misturado com ódio puro. Ela gozou primeiro, o corpo tremendo, as pernas travando em volta dele, mas não parou de xingar, chamando-o de filho da puta enquanto arranhava o peito dele. Ele veio logo depois, um grunhido gutural escapando enquanto ejaculava a porra grossa dentro dela, o corpo colapsando, os dois ofegantes, suados, destruídos.
Ficaram ali por um tempo com a pica flácida ainda dentro da boceta, o ar pesado com o cheiro de sexo e violência. Rafa se levantou, o peito ainda arfando, pegou umas notas amassadas na mesinha — uns trocados que não pagavam nem uma fração da dívida. “Isso não cobre nem a gasolina que gastei pra vir te foder”, disse, a voz fria, enquanto vestia a calça jeans rasgada. Apontou um dedo na cara dela, os olhos estreitados: “Eu volto pra cobrar o resto, e é bom você ter grana.” Carla, com o cabelo bagunçado, marcas roxas na pele e o lábio inchado, só o encarou com um sorriso torto. Não disse nada, mas o olhar dela prometia que o próximo round seria tão sujo quanto esse.
Rafa saiu, a porta fina batendo atrás dele. O ronco da Harley rasgou a noite enquanto ele sumia na escuridão. No apartamento, Carla se arrastou até a cômoda, pegou o último cigarro do maço amassado e acendeu, a chama iluminando o seu rosto marcado. Soltou a fumaça, o sorriso crescendo. Sabia que ele voltaria. E ela estaria esperando, pronta pra foder aos tapas com aquele filho da puta..
