Cinzas em Diamantes.

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Heterossexual
Contém 1518 palavras
Data: 02/10/2025 19:11:37
Última revisão: 03/10/2025 18:11:14

A casa de Antônia e Geraldo não era mais a mesma. O ar, outrora pesado pela rotina, agora vibrava com uma eletricidade contida. Geraldo, transformado, tratava Antônia não como uma posse, mas como uma divindade caprichosa que ele tivera a sorte de redescobrir. Os jantares eram acompanhados de vinho, olhares longos e risadas que ecoavam pelos cômodos como nos primeiros anos. Na cama, a paixão tinha a urgência dos amantes e a cumplicidade dos velhos companheiros.

Antônia florescia sob esse novo sol. A culpa que a consumira inicialmente derreteu-se como gelo ao fogo da atenção do marido. Ela se sentia bela, poderosa, a protagonista de um romance proibido que, paradoxalmente, salvara seu casamento. No entanto, uma nova semente de inquietação brotava em seu peito: a fascinação de Geraldo não era apenas por ela, mas pela situação. Ele amava a mulher que tinha um amante.

Enquanto isso, Camilo, o amante, começava a sentir o peso de seu papel. O que começara como um reencontro ardente de almas gêmeas transformara-se em algo mais complexo. Ele recebia Antônia com a mesma paixão, mas notava nela um novo brilho, uma serenidade que não vinha dele. Num dos encontros, após o amor, Antônia, em um acesso de candura intoxicante, contou-lhe sobre a estranha e maravilhosa transformação de Geraldo.

Camilo ficou em silêncio. Esperava ciúmes, drama, um clímax. Não aquela aceitação serena, quase... gratidão. E, para sua própria surpresa, a reação dele não foi de raiva, mas de uma curiosidade profunda e perversa. Quem era esse homem que se excitava com a sua própria humilhação? O desejo por Antônia agora se misturava a uma fascinação mórbida e irresistível pelo marido traído. Ele queria ver de perto aquele fenômeno.

Foi Geraldo, com uma coragem que lhe parecia cômica e sublime, quem deu o próximo passo. Numa noite, após fazer amor com Antônia, ele a segurou nos braços e disse, com a voz um pouco embargada:

— Antônia, não me leve a mal o que vou dizer... mas eu não consigo parar de pensar no Camilo. Não com raiva. É... uma coisa estranha. Quase uma gratidão. Ele me devolveu você. Sinto como se... como se nós três estivéssemos ligados por um segredo muito íntimo.

Antônia ficou pasma. Ele prosseguiu, cauteloso:

— O que você acharia... se nós o convidássemos para jantar? Aqui, em casa. Um jantar civilizado. Gostaria de conhecer o homem que... bem, que nos reacendeu.

O coração de Antônia acelerou. Era um absurdo, uma loucura. Mas era também a confirmação final da nova realidade que viviam. Uma realidade onde as regras convencionais não se aplicavam. Ela concordou, com um nó de excitação e nervosismo na garganta.

A mesa posta com esmero, o melhor vinho na adega. O clima é de uma tensão cortês e eletrizante. Camilo chega, trazendo flores para Antônia e um aperto de mão firme para Geraldo. Os três estão tensos, mas a educação e uma curiosidade mútua os sustentam.

A conversa flui, inicialmente superficial, sobre política, cinema. Aos poucos, alimentados pelo vinho e pela singularidade da situação, as máscaras começam a cair. Geraldo, com uma sinceridade desarmante, olha para Camilo e diz:

— Deve parecer loucura para você, Camilo. Mas eu preciso agradecer. Você trouxe de volta a mulher que eu amo. Reacendeu nela uma chama que eu, na minha cegueira, deixei apagar.

Camilo, embasbacado, responde com um sorriso torto:

—É a situação mais extraordinária da minha vida, Geraldo. Confesso que fiquei fascinado por um homem que consegue transformar cinzas em diamante.

Antônia observa os dois homens, um seu marido, outro seu amante, conversando sobre ela, por causa dela. E, naquele momento, ela não se sente um objeto, mas o eixo central de um universo que ela mesma ajudou a criar. Há um brilho de cumplicidade entre os três. Eles não são mais um casal e um amante. São três pessoas ligadas por um segredo profundo e um pacto não dito.

O jantar termina com um convite para uma taçade vinho na sala. Camilo, Antônia e Geraldo na sala, em silêncio. A atmosfera está carregada de uma energia nova, ainda mais intensa e perigosa.

Geraldo quebra o silêncio, sussurrando:

—E então? O que você está sentindo? Vendo os dois homens que... te desejam... na mesma sala?

A pergunta não é de ciúme, mas de pura volúpia. Ele se aproxima dela, e o beijo que se segue é dos mais passionais que já tiveram.

Como se tivessem ensaiado, Camilo aproxima-se e Geraldo se afasta, não por repulsa, mas por saber que aquele era o momento em que ele dava o lugar ao amante e passava a expectador.

Antônia, com seus cabelos negros soltos como uma cascata de segredos, rendeu-se ao toque faminto de Camilo, cujo corpo moreno, marcado pelos anos, a envolvia com a urgência de um amor que não pede permissão. Ele arrancou o vestido dela, expondo a pele alva, os seios maduros tremendo sob suas mãos fortes, que beliscavam os mamilos rosados até endurecerem como botões de desejo. Antônia gemeu baixo, um som que misturava rendição e fome, enquanto Camilo lambia aqueles peitinhos com a língua áspera, sugando-os como se fossem o centro do mundo. "Antônia, você me deixa louco, mulher", ele disse, a voz rouca, e ela, com os olhos semicerrados, respondeu: "Camilo, me pega de uma vez, que eu não aguento mais esperar." Geraldo, da penumbra da cadeira, observava com um tesão que o consumia como fogo lento, o coração acelerado pela cena inédita e erótica de sua esposa nos braços de outro, quebrando o tabu sagrado da cama do casal — aquele leito onde só eles haviam se amado antes, agora profanado de forma deliciosa, fazendo-o se sentir vivo como nunca, sem um pingo de arrependimento.

Camilo se encaixou entre as coxas carnudas de Antônia, a cabeçorra grossa do caralho preto roçando os lábios úmidos da buceta, melados com gotas pegajosas de pré-gozo que escorriam como um convite silencioso. "Você é minha, Antônia, toda minha agora", ele murmurou, e ela, cravando as unhas nas costas dele, sussurrou: "Então vem, Camilo, me enche com isso que só você sabe dar." Ele a penetrou num golpe firme e lento, a vara imensa afundando até a metade, arrancando dela um grito abafado: "Ai, que bom, meu amor, continua assim!" Os quadris dele batiam ritmados, o som úmido da carne ecoando, enquanto ela rebolava, os peitinhos balançando a cada estocada profunda que parecia tocá-la no fundo da alma. Geraldo apertava os braços da cadeira, excitado pela visão da esposa possuída de uma forma que ele nunca poderia oferecer — aquele vigor bruto, aquela intensidade selvagem que a fazia gemer como uma desconhecida, e ele, longe de se importar, sentia uma satisfação profunda, como se descobrisse que o amor verdadeiro não precisa ser exclusivo para ser completo, o tesão o invadindo como uma onda ao ver o tabu se desfazer na própria cama, transformando ciúme em cumplicidade.

De quatro, Antônia era uma visão de entrega total, a bunda empinada como um altar profano, oferecida ao desejo voraz de Camilo, que lambeu a racha suculenta antes de cravar a piroca preta até o talo. "Você me completa, Antônia, me faz homem de verdade", ele disse, segurando-a pelos quadris, enquanto ela, com a voz entrecortada por suspiros, respondia: "E você me faz mulher, Camilo, me fode mais." As coxas brancas tremiam, os calcanhares batendo na bunda rija dele, a buceta apertada mordendo o caralho em espasmos que arrancavam grunhidos: "Essa xana é uma loucura, Antônia." Ele a beijou no pescoço, um beijo molhado e possessivo, saliva escorrendo enquanto ela tossia, o pigarro anunciando o gozo iminente. Geraldo, imóvel mas fervendo por dentro, absorvia cada detalhe — a forma como o corpo de Antônia se contorcia de um prazer que ele não podia dar, o brilho nos olhos dela que revelava uma satisfação além do que o casamento oferecia, e isso, em vez de feri-lo, o excitava excepcionalmente, quebrando o sagrado da monogamia na cama conjugal como um ritual libertador, fazendo-o se sentir parte de algo maior, sem inveja, só gratidão pelo êxtase alheio que reacendia o seu próprio.

Quando o clímax explodiu, Camilo desabou sobre ela, o pau inchado jorrando porra quente que inundou o útero de Antônia, espirrando pelas coxas brancas em riachos viscosos. "Te amo, Antônia, te amo como ninguém", ele disse, ofegante, e ela, com lágrimas nos olhos, respondeu: "Eu também te amo, Camilo, denti tanto tua falta." Eles se beijaram, o pau ainda pulsando dentro dela, os corpos colados no suor e na gosma do amor. "Você me faz feliz, meu homem", ela sussurrou, acariciando o rosto dele, enquanto ele alisava os cabelos negros, murmurando: "E você é minha felicidade, Antônia." Geraldo observava o aftermath com um prazer que transcendia o físico, o tesão de presenciar aquela posse tão erótica e inédita ainda latejando nele, satisfeito ao admitir que Camilo dava a Antônia algo que ele não conseguia — e não se importar, pois isso só enriquecia o casamento, transformando o tabu quebrado na cama em uma vitória compartilhada, uma excitação que o unia aos dois como nunca.

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