EI, CURTE UM ROMANCE FOFO E LEVE? CONFERE ESSA HISTÓRIA:
Diferente da maioria dos alunos do Instituto Discere, Narciso Figueiredo não veio de berço de ouro. Enquanto os colegas ostentavam sobrenomes poderosos e conexões políticas, sua realidade era bem outra. O pai, Eduardo, afundava-se no álcool desde sempre, e a mãe, Helena, sustentava a casa como faxineira. Ainda assim, quando perceberam a beleza rara e a desenvoltura do filho diante das câmeras, decidiram apostar todas as fichas nele. Narciso mal tinha completado dois anos quando foi levado a uma agência de modelos, e dali em diante a infância já não lhe pertenceu.
Os primeiros trabalhos vieram em comerciais de televisão: de brinquedos, de roupas, até de produtos alimentícios. Um após o outro, sem descanso. Logo, os desfiles começaram, seguidos pelas participações em novelas. Sua presença cativava, e os olhares do público se voltavam naturalmente para aquele menino de expressão doce e traços quase perfeitos.
O primeiro grande papel não demorou a surgir. Com apenas doze anos, Narciso conquistou um papel de destaque na novela "Segredos do Coração", exibida pela Rede Mundo, o maior canal de televisão do país. De um dia para o outro, virou estrela teen: capas de revista, entrevistas, fãs em cada esquina. Não seguiu carreira musical, pois sua voz não lhe favorecia, mas aprendeu a tocar diversos instrumentos, sempre disposto a expandir o próprio talento.
Aos quinze anos, brilhou em sua última novela, "Correntes do Amor", interpretando o protagonista masculino. O público abraçou seu trabalho e, por um tempo, Narciso parecia intocável. Era convidado para os mais variados eventos, desfilava nas passarelas mais renomadas e ocupava espaço nos holofotes como poucos de sua geração.
Mas a vida fora das câmeras não tinha a mesma estabilidade. Helena descobriu que Eduardo desviava o dinheiro de Narciso para sustentar uma amante. O escândalo doméstico se transformou em guerra judicial: o pai queria a guarda do filho a qualquer custo. Para protegê-lo, Helena tomou uma decisão drástica — emancipou Narciso, permitindo que ele tivesse autonomia legal, embora continuasse a cuidar de sua carreira com firmeza.
O ápice da crise veio numa noite que deveria ser memorável. Narciso estava indicado como melhor ator em uma importante premiação, e sua vitória era dada como certa. O tapete vermelho se iluminava de flashes quando, de repente, Eduardo, embriagado, surgiu em meio à multidão. Aos gritos, tentou agredir Helena diante das câmeras, expondo a família e manchando a imagem do filho. Narciso, sem culpa alguma, viu seu nome atrelado ao escândalo.
Depois disso, os convites rarearam. O garoto prodígio que encantava as telas agora era lembrado pelo vexame familiar. Restou-lhe adaptar-se. Narciso mergulhou no mundo das redes sociais, onde ainda era possível manter um público fiel, conquistar patrocínios e participar de eventos. Helena, mesmo controladora, encontrava meios de manter o brilho do filho aceso, ainda que em outra intensidade.
Foi assim que surgiu a vaga no Instituto Discere — não por mérito acadêmico, tampouco por herança. Mas por um acordo velado, uma permuta que permitiu a Narciso ingressar naquele universo exclusivo. Para muitos, ele era apenas um rosto bonito tentando se agarrar à relevância. Para ele, era a chance de recomeçar.
Narciso só não contava com uma coisa: João Paulo. O rapaz, vindo de uma família pobre, havia conquistado a chance única de estudar na melhor escola do país. Diferente de Narciso, que carregava nos ombros uma carreira pública desde cedo, João Paulo não vivia sob os holofotes — e talvez fosse justamente isso que o tornava mais livre.
Narciso, no entanto, não tinha essa liberdade. Desde muito jovem, aprendera a reprimir os próprios sentimentos. Ele sabia quem era, sabia que era gay, mas a indústria em que trabalhava não perdoava. Um deslize, um escândalo, e tudo poderia ruir. Já bastava a mancha que um antigo problema familiar havia deixado em sua trajetória; se alguém descobrisse a sua sexualidade, oportunidades sumiriam como fumaça.
E alguém descobriu. Gabriel.
Ele percebera a tensão no ar, os olhares de Narciso para João Paulo, a forma quase imperceptível como ambos se aproximavam. E, como quem segura uma faca, guardava essa informação apenas esperando a hora de usá-la.
Na biblioteca, o silêncio foi quebrado pelo som das páginas viradas e passos que ecoaram entre as estantes. Narciso estava concentrado nos livros, tentando esquecer o mundo à sua volta, quando ouviu a voz inconfundível.
— Narciso Figueiredo. — disse Gabriel, com um tom carregado de falsa cordialidade.
Narciso não ergueu os olhos. — O que você quer? — perguntou seco, folheando as páginas como se aquilo fosse mais interessante.
— Nada. Não posso cumprimentar um colega querido? — Gabriel sorriu de canto.
— Sei... — murmurou Narciso, sem paciência.
O outro se inclinou para frente, os olhos faiscando.
— Resolveu as coisas com o pobretão?
— Cara. — Narciso respirou fundo, tentando controlar a irritação. — Me deixa em paz, Gabriel...
O tom mudou de repente, carregado de veneno.
— Escuta só, atorzinho de merda. — Gabriel puxou uma cadeira, sentando de frente para ele. — Eu preciso de você. Já que você não tem papéis relevantes faz um tempo...
— O que você quer de mim? — A paciência de Narciso se esgotava.
— Preciso que reate a amizade com o mendigo e aqueles amigos dele. Quero saber tudo o que Noah e Valentim fazem.
— Gabriel. — Narciso fechou o livro com força, o encarando pela primeira vez. — Eu não sei qual é o teu problema com os meninos, e nem quero saber. Quer contar para todo mundo que eu sou gay? Vai lá, fale. — Levantou-se, decidido. — Eu tenho uma gravação para fazer com o João Paulo. Com licença.
— Narciso. — Soltou Gabriel, de braços cruzados. Ele sorriu como quem já tinha vencido. — Não faz isso, querido... — murmurou, em tom quase divertido. — Tudo bem. Eu não queria ser malvado com uma estrela teen. Mas é o jeito.
O sorriso dele permaneceu no ar, frio e ameaçador, acompanhando Narciso até a saída da biblioteca.
Narciso e a mãe haviam trabalhado juntos no roteiro sobre a história de "Eco e Narciso", enviando-o com antecedência para João Paulo. No pátio ensolarado do Instituto Discere, Narciso aproveitava o tempo livre para aprender a controlar um pequeno drone com Sérgio, o cinegrafista que, ao longo dos anos, tornara-se uma espécie de pai para ele. Sérgio já tivera um relacionamento com Helena, mas, embora o romance não tivesse dado certo, foi graças às oportunidades que a mãe de Narciso proporcionou que ele conseguira consolidar sua carreira atrás das câmeras.
— Segura firme, garoto. — Sérgio orientava, observando Narciso manobrar o aparelho. — Esse brinquedinho pode parecer frágil, mas se cair de mau jeito, já era.
Narciso sorriu, confiante, e logo o drone deslizava no ar com elegância.
Não demorou para que João Paulo chegasse, com sua postura simples e olhar sempre meio desconfiado do mundo. Narciso sentiu um calor familiar no peito ao vê-lo. Ele gostava daquela indiferença do colega em relação à sua fama — um contraste refrescante, depois de anos sendo tratado como estrela por todos ao redor.
Mas desde a última discussão — sobre ajudarem ou não Noah e Valentim contra Gabriel — algo entre eles havia mudado. Narciso nunca esqueceu o incômodo de ver João Paulo escolhendo outro parceiro para o trabalho de geografia.
Ainda assim, ali estavam eles, juntos outra vez. Passaram horas gravando as cenas do projeto sobre o mito grego, inclusive no lago artificial do Instituto, onde a luz refletida na água parecia dar vida nova à história que encenavam. Coube a Sérgio o trabalho de editar o material.
— Ficou ótimo, rapazes. — elogiou o cinegrafista, percebendo a tensão disfarçada entre os dois.
— Obrigado, Serjão. Faça mágica nessa edição, por favor. — Narciso sorriu, voltando-se em seguida para João Paulo. — Ei, Jo...
Mas o colega já havia se afastado. Narciso suspirou fundo, ajudou Sérgio a recolher os equipamentos e, no camarim improvisado, trocou de roupa. Ao sair, pegou novamente o drone.
— Onde será que o João Paulo se meteu? — murmurou, ligando o aparelho.
O drone percorreu os corredores do Instituto até encontrar João Paulo encostado numa parede, espiando algo com atenção. Narciso aproximou o aparelho e quase riu ao ver o susto do amigo.
— Narciso? — João Paulo sussurrou, reconhecendo o movimento do drone. — Ali... o Noah está discutindo com o Gabriel.
Intrigado, Narciso aproximou o equipamento. Primeiro, parecia apenas uma conversa comum, mas logo a tensão explodiu. Gabriel deu um tapa forte no rosto de Noah, arrancando-lhe um arquejo de dor.
— Você sabe o trabalho que me deu? — Gabriel rosnava, os dedos enroscados nos cabelos do ex. — Eu inventei desculpas para o meu pai, passei vergonha, tudo por sua culpa! Eu vou acabar com a tua vida, e se isso significar destruir também a paz de quem está perto de você, melhor ainda. — Ele riu, cruel. — Fui eu quem sabotou a gincana. Eu criei o perfil falso do Valentim. E, pensando bem... ele é até bem gostoso. Quem sabe não faço dele meu, já que você é fraco demais pra segurar um homem?
— Idiota! — Noah gritou, desferindo um tapa que fez Gabriel cair ao chão, atônito.
O choque foi interrompido por uma terceira voz.
— Noah... — A professora Leda surgiu, pálida, cobrindo a boca com a mão. — Gabriel, você está bem?
— Lascou! — João Paulo murmurou, apavorado.
Narciso tentou puxar o drone de volta, mas as mãos trêmulas o traíram. O equipamento se chocou contra a parede e caiu em pedaços. João Paulo, num reflexo rápido, juntou os destroços e disparou pelo corredor.
O coração dele martelava no peito quando, numa curva, colidiu com alguém. Ia pedir desculpas, mas travou ao perceber que era Narciso.
— Ei... tá tudo bem? — Narciso segurou o rosto dele, preocupado.
— Narciso... — João Paulo não aguentou: abraçou-o forte, deixando seus corações baterem no mesmo ritmo.
Narciso o envolveu de volta, sentindo a urgência daquele gesto.
— Desculpa por ser tão idiota... — murmurou, a voz embargada. — Não queria te magoar.
— Eu também fui impulsivo. — João Paulo sorriu de leve. — Não tentei te ouvir.
João Paulo fez algo que desejava desde os tempos em que via Narciso pela televisão. Esticou a mão e tocou os cabelos loiros do colega. Eram macios, sedosos e perfumados. Narciso tentou resistir, mas acabou fechando os olhos e permitiu que João Paulo explorasse seus fios.
— Eu senti sua falta. — confessou, ainda de olhos fechados.
Um estalo suave o fez abrir os olhos: João Paulo havia se afastado, os lábios avermelhados.
— Isso foi... um beijo? — Narciso perguntou, incrédulo, tocando na própria boca.
— Desculpa, eu não devia ter...
As palavras foram interrompidas quando Narciso o puxou de volta e uniu seus lábios num beijo de verdade. Bagunçado, urgente, desajeitado, mas carregado de tudo o que guardavam havia tanto tempo.
Não havia certezas, nem promessas. Apenas o desejo de estarem juntos, apesar das dúvidas e dos obstáculos que os cercavam.
Naquele instante, só existia o beijo.
Narciso se afastou, andando de um lado para o outro. O coração batia acelerado, como se quisesse escapar do peito. Aquele beijo tinha sido muito mais do que um gesto — foi um rompimento de barreiras, uma confirmação de tantas dúvidas que o assombravam desde sempre. O toque de João Paulo havia destravado algo profundo dentro dele, algo que nem mesmo a carreira, a pressão ou o medo haviam conseguido sufocar.
As lágrimas vieram sem aviso. Não eram de tristeza, mas de um alívio imenso, libertador.
— Você está bem? — perguntou João Paulo, a voz carregada de preocupação.
Narciso respirou fundo, enxugou as lágrimas com a manga da camisa e abriu um sorriso trêmulo.
— Estou ótimo. — Deu dois passos à frente, segurou o rosto do colega e o beijou novamente, desta vez sem hesitar. — Eu queria fazer isso há tanto tempo.
João Paulo correspondeu por um instante, mas logo se afastou, ainda ofegante.
— Narciso, espera... — murmurou. — Noah...
A palavra ficou suspensa no ar, cortando o clima.
— O que tem Noah? — ecoou uma voz atrás deles.
Ambos se viraram, assustados.
— Valentim! — exclamaram em uníssono.
O garoto sorria maroto, encostado na parede, como se já estivesse ali há muito tempo.
— Há quanto tempo você está aí? — perguntou João Paulo, o rosto em choque.
— Eu vi o beijo, vi tudo. — Valentim deu de ombros. — Eba, vocês se amam. Mas o que tem o Noah?
As expressões de Narciso e João Paulo mudaram na hora, como se algo tivesse sido esquecido por segundos a mais do que deveriam.
— O drone! — exclamou Narciso, recuperando o fôlego.
João Paulo então retirou os destroços do pequeno equipamento da mochila e os entregou a Valentim.
Sem demora, contou toda a verdade: a sabotagem, as provocações, o estopim que foi a briga com Gabriel, e o papel de Noah em tudo aquilo. Valentim escutava com atenção, a expressão entre surpresa e indignação.
— Então já temos provas — disse ele, firme. — Vamos levar isso direto pra diretoria.
Mas quando tentou sair da sala, foi barrado pelos colegas. Narciso o segurou pelo braço, firme.
— Valentim, não podemos agir assim. Se a gente levar só o drone agora, pode acabar recaindo sobre você ou até sobre João Paulo.
— Mas e o vídeo? E a confissão? — retrucou, nervoso.
— Ainda não é o bastante — explicou João Paulo, olhando para os dois. — A professora já viu Noah bater em Gabriel. Se a gente for com tudo agora, podem inverter contra nós.
Valentim suspirou, frustrado, mas entendeu.
— Então o que fazemos?
O silêncio pairou por alguns segundos, até que Narciso ergueu o rosto, os olhos ainda úmidos, mas agora determinados.
— Elaboramos um plano. Vamos pegar o Gabriel de uma vez por todas, mas do jeito certo.
João Paulo assentiu, enquanto Valentim cruzava os braços, esboçando um sorriso travesso. O jogo ainda não tinha acabado.
Noah estava sentado na sala da direção ainda um pouco abalado, mas aliviado por não ter recebido nenhuma punição. Gabriel, mais uma vez, conseguira manipular a situação. Na frente do diretor e da professora Leda, ele fizera o papel de bom moço, dizendo que tudo não passara de uma brincadeira que saíra do controle. Logo depois, saiu da sala com seu ar vitorioso, e o diretor precisou se ausentar para outra reunião.
A professora Leda, no entanto, permaneceu. Ela olhou para Noah com suavidade, como se já soubesse parte daquilo que ele escondia.
— Você sabe que pode contar comigo para tudo, não é? — disse ela, em tom gentil.
— A senhora não ia acreditar. — Noah abaixou os olhos, hesitando.
— Eu estou ao seu lado, Noah. — Ela colocou a mão em seu ombro. — Eu conheço você e o Valentim. Sei que vocês namoram. Isso foi ciúmes?
Noah respirou fundo antes de negar. — Não, longe disso. O Gabriel é meu ex-namorado, mas ele não tem ciúmes de mim. Ele tem ódio.
Aos poucos, ele contou para a professora toda a história envolvendo Gabriel. Falou sobre Brasília, sobre o relacionamento que terminara de maneira amarga, e como Gabriel, insatisfeito, se matriculara no Discere apenas para atormentá-lo. Leda ouviu em silêncio, com um olhar sério e atento. Quando Noah terminou, ela apenas recomendou cautela. Prometeu também que ficaria de olho em Gabriel.
Ao deixar a sala, Noah não esperava encontrar Valentim, Narciso e João Paulo esperando por ele no corredor. O coração se aqueceu com a presença dos amigos, e a tensão diminuiu. Os quatro decidiram sair juntos para jantar em um restaurante próximo ao colégio.
Para João Paulo, a experiência era inédita. Ele nunca havia estado em um restaurante tão requintado, com garçons de uniforme impecável, toalhas brancas nas mesas e cardápios repletos de nomes franceses que soavam como enigmas. O rapaz ficou perdido ao folhear as opções, sem saber sequer como pronunciar alguns pratos.
— Eu não faço ideia do que pedir — confessou ele, coçando a nuca, sem jeito.
— Relaxa, João Paulo. — Narciso riu baixo, se inclinando para o colega. — Eu te ajudo.
Valentim, sempre espirituoso, pegou o cardápio das mãos de João Paulo.
— Vou escolher algo que não te faça falir. — E, com um ar professoral, explicou cada prato com uma seriedade teatral que fez todos rirem.
Noah, por sua vez, observava os três com ternura. Havia algo de mágico naquele momento. Pela primeira vez em muito tempo, Narciso parecia apenas um adolescente normal, rindo de bobagens, dividindo piadas, tramando um plano maligno para derrubar um garoto mimado. A aura de estrela intocável parecia ter se dissipado, dando lugar a um jovem de verdade.
Enquanto esperavam a comida, eles abriram o notebook de Narciso e inseriram o cartão de memória do drone. Na tela, surgiram as primeiras imagens: a atuação de João Paulo e Narciso, as cenas de teste e ensaios. Mas logo chegaram ao vídeo que interessava: a briga entre Noah e Gabriel.
O silêncio tomou conta da mesa enquanto assistiam à gravação. A visão aérea mostrava toda a confusão, e, embora o áudio estivesse baixo, dava para entender as provocações de Gabriel.
— E agora? — perguntou Noah, quebrando o silêncio.
Valentim sorriu, se inclinando na cadeira com malícia.
— Vamos derrubar o filho da puta. Mas antes, acho bom a gente brincar com o rato.
— Que maldoso... eu gostei. — Noah respondeu, um brilho de cumplicidade nos olhos.
— Casal unido até na vingança — comentou João Paulo, divertido.
Valentim, sem perder a oportunidade, lançou um sorriso maroto para o colega.
— Quer falar em casal, JP
— Não precisa. E é João Paulo. — O rapaz ficou corado na hora. — Corrigiu, tentando disfarçar com um sorriso amarelo.
As risadas voltaram à mesa, leves e cúmplices. Ali, no meio das velas, dos talheres reluzentes e do som de taças se chocando nas outras mesas, eles não eram apenas estudantes tentando sobreviver ao colégio. Eram amigos, unidos por segredos, planos e, acima de tudo, pela certeza de que não estavam sozinhos.