Desejo de Verão Entre Primos (Capítulo 10)

Um conto erótico de JustMe00
Categoria: Homossexual
Contém 960 palavras
Data: 06/10/2025 09:07:40

✧ Sob o Céu Aberto ✧

Eles acordaram com a lua alta no céu, sua luz prateada entrando pela janela e banhando o quarto em um brilho fantasmagórico. Tiago piscou, desorientado por um momento, antes de se lembrar de onde estava. Aninhado contra o corpo quente e adormecido de Daniel. A memória dos acontecimentos da tarde e da noite o atingiu com a força de uma onda, e um sorriso se espalhou por seu rosto na penumbra.

Ele se moveu com cuidado, tentando não acordar Daniel, mas o corpo maior se mexeu, um braço se apertando em volta da cintura de Tiago.

"Aonde você vai?", Daniel murmurou, a voz rouca de sono.

"A lugar nenhum", Tiago sussurrou. "Só estava olhando a lua."

Daniel abriu os olhos, piscando para se ajustar à luz. Ele olhou para a janela e depois de volta para Tiago. Um novo tipo de energia começou a crepitar entre eles, diferente da fome anterior. Era mais brincalhona, mais aventureira.

"Você já fez isso lá fora?", Daniel perguntou de repente.

Tiago franziu a testa. "Fez o quê?"

"Isso", Daniel disse, sua mão descendo da cintura de Tiago para sua nádega, apertando-a suavemente.

O rubor de Tiago era invisível na escuridão, mas Daniel podia senti-lo no calor que subia da pele de Tiago. "Não", Tiago admitiu, a voz um sussurro tímido.

Um sorriso lento e predatório se espalhou pelo rosto de Daniel. "Então vamos."

Ele se levantou da cama, completamente nu, sua silhueta escura e poderosa contra a luz da lua. Ele estendeu a mão para Tiago. "Vista-se. Algo leve."

A ideia era louca. Assustadora. E incrivelmente excitante. Tiago se levantou e vestiu sua bermuda e uma camiseta, enquanto Daniel vestia apenas um short de corrida. Descalços, eles desceram as escadas silenciosamente, como dois ladrões na noite.

A casa estava silenciosa e escura. Daniel os guiou pela porta dos fundos, para o jardim. O ar da noite era fresco e cheirava a terra úmida e jasmim. Os sons dos grilos e cigarras eram uma sinfonia constante. Acima deles, o céu era um veludo preto salpicado de um milhão de estrelas.

"Para onde estamos indo?", Tiago sussurrou.

"Tem um lugar", Daniel respondeu, pegando a mão de Tiago e entrelaçando seus dedos.

Ele o conduziu pelo jardim, passando pela piscina que brilhava sob a lua, e em direção a uma pequena trilha que entrava na mata que cercava a propriedade. A trilha era estreita, e eles caminharam em fila indiana, Daniel na frente, abrindo caminho. Depois de alguns minutos, a trilha se abriu em uma pequena clareira. No centro, havia uma grande rocha plana, aquecida pelo sol durante o dia e agora agradavelmente morna ao toque.

"Eu costumava vir aqui quando era criança. Para fugir de tudo", disse Daniel, sua voz baixa no espaço aberto.

Ele se virou para Tiago. À luz das estrelas, os olhos de Tiago pareciam piscinas escuras e profundas. Daniel se aproximou e tirou a camiseta de Tiago, jogando-a de lado. Então, ele desabotoou sua bermuda e a empurrou para baixo, junto com sua cueca. Tiago ficou nu sob o céu aberto, a brisa noturna arrepiando sua pele. Ele nunca se sentira tão exposto, tão vulnerável.

Daniel se ajoelhou diante dele. Ele não disse nada. Apenas olhou para o corpo de Tiago, iluminado pela lua, como se fosse uma obra de arte. Ele estendeu a mão e traçou o contorno da barriga de Tiago, seus quadris, suas coxas.

"Você é lindo", Daniel sussurrou, a voz cheia de uma reverência que fez Tiago estremecer.

Então, a boca de Daniel encontrou a de Tiago, e o mundo ao redor deles desapareceu. Havia apenas a sensação dos lábios de Daniel, o gosto dele, a textura de sua barba por fazer contra a pele lisa de Tiago. As mãos de Daniel exploraram o corpo de Tiago, enquanto as mãos de Tiago se enterravam no cabelo de Daniel.

Eles se separaram, ofegantes, e Daniel guiou Tiago para a rocha. "Deite-se."

Tiago se deitou na superfície de pedra, que era surpreendentemente confortável. Ele olhou para cima, para as estrelas girando lentamente acima dele. Ele sentiu Daniel tirar seu próprio short, e então o peso de Daniel sobre ele, bloqueando a visão do céu.

O sexo deles ali, na clareira, foi diferente de tudo antes. Foi primitivo, terreno. A aspereza da rocha sob as costas de Tiago, a suavidade da grama sob os pés de Daniel. O som de seus corpos se unindo ecoava na noite, misturando-se com os sons da natureza. Não havia paredes para conter seus gemidos, nem teto para bloquear as estrelas.

Daniel foi lento, deliberado. Cada estocada era um ato de adoração. Ele beijou cada centímetro do corpo de Tiago que podia alcançar, sua boca e mãos deixando um rastro de fogo. Tiago se entregou completamente à experiência, seus sentidos aguçados pelo ambiente. Ele podia sentir o cheiro da terra, o toque da brisa, o som dos animais noturnos, tudo enquanto Daniel o levava a picos de prazer cada vez mais altos.

Quando gozaram, foi juntos, um grito uníssono que rasgou o silêncio da noite. Foi uma liberação total, uma entrega à natureza e um ao outro.

Eles ficaram deitados na rocha por um longo tempo depois, corpos entrelaçados, suados e satisfeitos. A lua começou sua descida no céu. Tiago nunca se sentira tão conectado a algo. A Daniel, à terra, ao universo.

"Eu acho que nunca vou esquecer isso", Tiago sussurrou na escuridão.

Daniel o apertou com mais força. "Bom. Eu também não."

Eles se vestiram em silêncio e voltaram para a casa, deixando a clareira para a noite. Mas algo daquela magia selvagem eles levaram consigo. Eles haviam feito amor sob o olhar das estrelas, e essa memória seria para sempre uma parte secreta e sagrada de sua história.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive JustMe00 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários