Somente a ideia de que Emma se desnudava ante Karl já causava náuseas a Otto.
Era um suplìcio imaginar os delicados seios alvos da garota coroados por duas areolas róseas endurecendo ao toque das mãos rudes de outro homem, sua calcinha pequena enfiada entre o par de glúteos rijos com a pele arrepiada de desejo, as coxas de pelinhos dourados subindo no colo do outro para que se beijassem.
Otto suava frio, sentindo o sangue gelar ao imaginar como eram os seus beijos, o hálito perfumado de Emma dentro da boca de Karl, sua língua tão perfeita passeando pela superfície da língua do outro, explorando seus dentes e sugando sua saliva, lambendo-lhe os lábios e suspirando de vontade - a vontade dos amantes prévia ao ato.
A lembrança confusa e dolorida de quando, em meio à madrugada, Otto inadvertidamente observou os dois sobre a cama, perdidos um no outro, gemendo silenciosos, abraçados ao se moverem devagar, Emma por cima de Karl, Karl cobrindo Emma, entregues em seu mundo particular do qual ele não fazia parte.
A sanidade de Otto ia se derretendo ao ouvir como ela sussurrava pedindo que o outro não parasse, que fosse mais fundo, que a tivesse como quisesse, disposta a tudo em troca de dar a Karl o prazer proibido para Otto, o prazer que lhe fora roubado sem nunca ter sido seu, o prazer de ter Emma para si daquela maneira tão íntima.
Sem dúvida, esse era o pior momento da pior fase da vida do rapaz. Sim, porque a vida na pequena colônia gaúcha no sul do país não costumava ter estes atropelos.
Ali, tudo se resumia ao trabalho no campo terminando com a janta, um prato de caldo quente e temperado numa tigela funda, à semana fechando com a missa do domingo e o sorvete na praça dos casais de namorados e às estações do ano se sucedendo com suas tarefas, plantar, cuidar e colher.
O ciclo natural regia a vida tranquila de seus habitantes, nascer, crescer, adolescer, tornar-se adulto e ter filhos, envelhecer olhando para trás e morrer na cama de sempre, sem pressa nenhuma de chegar a algum lugar.
Talvez, a única pessoa inquieta da cidade fosse Otto.
A alemãzinha chamada Emma, sua paixão desde a infância, chegou à época de florescer e as mudanças eram notáveis: seus seios crescendo, as ancas se desenvolvendo, suas coxas engrossando e, principalmente, o ar de mulher feita que agora exalava.
Karl sempre foi unha e carne com Otto, mas ele também mudara. Os dois cresceram correndo pela plantação, com o outro liderando as brincadeiras e introduzindo Otto nas novidades que surgiam à medida que se desenvolviam, mas, desde que viraram homens, uma espécie de abismo invisível se formou entre eles, uma dissociação incontornável.
Com a maioridade, Karl deixou Otto para trás. Ele agora dirigia a picape velha da fazenda, saía ao cair da tarde rumo à pracinha onde os jovens se reuniam para beber e olhar as garotas não mais como um sonho, mas como uma possibilidade tangível, exercendo plenamente a irresponsabilidade da juventude.
Era inevitável que Karl pusesse os olhos em Emma, assim como foi impossível à garota não se interessar pelo loiro, alto e forte que falava gracinhas toda vez que ela passava por ali. Para o desespero de Otto, Karl e Emma logo estavam namorando.
Emma, a loirinha de olhos azuis que era seu sonho romântico mais caro, a matéria prima de sua imaginação erótica, a ladra de seus suspiros e de seu apetite desde anos, agora tinha outro alguém: Karl, justamente o exemplo imbatível de masculinidade para Otto.
A vida sabe golpear duro quando quer, e não havia poupado Otto.
O rapaz sequer conseguiria descrever o tormento que sentia ao ver Emma frequentando sua casa durante as refeições, presenciar os olhares furtivos entre ela e o outro, ver como saíam de mãos dadas em direção ao galpão dos fundos e ficar imaginando o que faziam quando os dois estavam a sós.
Emma entre as vacas, a barra do vestido levantada e o decote aberto, as pernas brancas e lisas levantadas, o scan aradas para receber o corpo de Karl, a forma como ele usava suas intimidades, seu rosto de barba por fazer espetando os seios macios e sua língua úmida sorvendo o sabor da garota.
Karl mantendo a Emma inclinada, suas mãos grossas a retendo pela cintura enquanto sua masculinidade a golpeava, a expressão de angústia da garota ao ter o corpo impulsado ápara frente com as investidas, seus seios balançando pendurados e a calcinha jogada ao lado, as nádegas já rosadas pelo contato intenso com o namorado.
O casal resfolegando, se abraçando e beijando durante o ato, seus corpos cheirando a vaca, a suor e a sexo, até caírem deitados no chão de terra batida, os olhares perdidos no teto de zinco e os sorrisos maliciosos no rosto, provocado pelo pecado recém cometido.
Era sufocante para Otto conviver com eles, identificando como um requinte humilhante da cumplicidade entre os dois cada gesto, sorriso escondido ou piscada furtiva que o casal trocava.
Mas a gota d'água mesmo veio naquela noite, quando os observou na cama em pleno coito, vendo-os perdidos um no outro, gemendo silenciosos, abraçados ao se moverem devagar.
Primeiro ele desejou que Karl morresse. Depois, preferiu que Emma morresse. Imaginou como seria se os dois morressem e, por fim, concluiu que ele é quem deveria morrer, porque nada mais faria sentido em qualquer um dos casos.
Mas tais pensamentos eram somente divagações de uma mente confusa.
No fundo, Otto sabia que ninguém morreria e que ele estaria destinado a passar o tempo apreciando o longo ciclo que os namorados haviam iniciado. Sua vida seria desperdiçada, sofrendo de ciúmes, de inveja e de vontade - a vontade que corta a carne e queima a alma de quem é proibido de viver.
Depois de vê-los na cama, a noite insone perdida em pensamentos inúteis foi só mais um capítulo escrito à força no livro daquela história, entre tantos outros que se esboçavam para o futuro: o casamento deles, viver junto aos dois na mesma casa, vendo seus filhos chegarem após muitas outras noites escutando-os na cama.
Pela manhã, enquanto escovavam os dentes, Karl viu no espelho as olheiras de Otto e seu estado decadente, com a postura abatida e o olhar ausente. Foi como se, depois de muito tempo, ele se lembrasse que tinha um amigo - e que por fim se desse conta de que lhe passava algo há tempos.
Karl espremeu Otto o quanto pôde, mas obteve poucas respostas. Tirando de sua própria experiência de quando era virgem, concluiu por conta própria que o problema era mulher - sem desconfiar de que se tratava de Emma.
Na intenção de ajudar, Karl argumantava que o outro não devia sofrer tanto por conta das mulheres: era questão de tempo, bastava esperar, e Otto teria quantas quisesse. Ele mesmo havia passado por isso até começar a namorar Emma.
Contudo, Karl cometeu a indiscrição de contar a Otto sobre sua primeira vez junto a alemãzinha na traseira da picape velha, quando trocaram o primeiro beijo e ele avançou o sinal com as mãos explorando seus seios e outras partes mais íntimas de seu corpo.
A imagem inocente que Otto fazia de Emma foi sendo desconstruída a cada palavra distraída do outro, à medida que ele contava como a garota inicialmente resistia aos seus avanços e, pouco a pouco, foi permitindo que ele tocasse a pele tenra e suave da jovem, por dentro de seu vestido.
Já neste primeiro encontro Emma terminou deixando que Karl a explorasse com a língua entre as pernas, espremendo a face dele com as coxas e se movimentando sobre seu rosto, para então retribuir-lhe a carícia buscando tê-lo entre as mãos e introduzindo-o entre os lábios, degustando o sabor de sua virilidade com ar inocente.
Se a intenção de Karl era boa, o resultado foi catastrófico.
Deprimido com a situação, Otto foi se retraindo mais e mais e já quase nem saia do quarto. Percebendo o rumo preocupante do outro, um dia Karl exigiu que fossem até a represa da fazenda, pensando que a luz do sol poderia lhe fazer bem.
Otto quis voltar quando percebeu que Emma iria também, mas Karl praticamente o obrigou a acompanhá-los. Sob o pretexto de fazer muito calor e não haver trazido suas roupas de banho, Emma ficou só de roupas íntimas para se refrescarem um pouco.
Enquanto Karl se via um pouco aborrecido por sua namorada tirar as roupas na frente do outro, Otto ficou embasbacado vendo como o corpo de seu objeto de desejo era muito mais tentador do que ele jamais imaginara em seus sonhos.
Um conjunto de calcinha e sutiã branco, bordado com tecido semitransparente, era quase uma lingerie de noiva em noite de núpcias, não algo que se use para ir nadar na represa.
Emma agora era uma mulher feita, atraente e sedutora, a soma da inocência e do pecado num corpo muito branco de curvas sinuosas que deixaria qualquer homem imaginando como seria tê-la em suas mãos, ainda mais com aquela lingerie.
Vendo o evidente incômodo de Karl, Otto desconversou e disse que não sentia tanto calor assim para entrar na água. Contudo, desde as margens da lagoa, ele não pôde deixar de apreciar o casal se divertindo.
Enquanto estavam imersos, Emma abraçou Karl fazendo-o sentir o contato de sua pele fria de pelinhos arrepiados e brilhantes pelo sol no corpo molhado. Ela o envolveu com os braços pelo pescoço e as pernas ao redor da cintura enquanto o beijava, deixando seu sexo rente ao dele.
Ao sentir as mãos do namorado sustentando-a sobre ele durante o beijo, Emma sussurrou com voz doce em seu ouvido que eles deviam aproveitar o momento, esquecer-se de tudo mais e dedicarem-se um ao outro. A partir daí, Karl esqueceu-se por completo da presença de Otto nas margens.
Atormentado, o rapaz presenciou o encontro carnes de Karl e Emma, com o corpo da alemãzinha colada ao do rapaz, deixando se invadir por ele, recebendo-o entre as pétalas de sua flor para abri-la e fazê-la desabrochar, gemendo baixinho e sentido o calor abrasador um do outro em meio à água.
Mais que tudo, chamou sua atenção a maneira voraz com que Emma se movia sobre Karl, se esgueirando agarrada em seus músculos, os olhos vidrados enquanto lambia seu rosto, agitando-se colada a ele e fazendo que cada golpe dentro de si fosse sentido profundamente.
Emma não parecia a mesma alemãzinha dócil de sempre, estava em estase, possuída por sabe-se lá qual força existente dentro de si.
A partir daquela tarde, o universo daquela pequena colônia gaúcha mudou completamente para Otto, expandindo-se e abarcando todo um novo mundo. Um ciclo se fechou e outro descortinou-se: Ver Emma assim, possuindo a Karl na lagoa, mudou algo dentro dele.
Emma estava perdida, definitivamente destinada a outro homem - e a forma como se entregara a ela naquela tarde não deixava mais dúvidas. Não havia mais porque sofrer por aquilo. Por outro lado, existia toda uma pequena colônia a seu alcance, ainda por explorar.
Agora, era Otto quem pegava a picape da fazenda e passava os finais de tarde na pracinha com o grupo de jovens, bebendo e olhando as garotas, sonhando sobre qual delas estaria destinada a ele.
O rapaz chamava a atenção entre as meninas, não somente por sua aparência atraente, mas principalmente por seu jeito equilibrado de ser. Otto se tornara maduro, o sofrimento do final da adolescência provocado pelo amor perdido o havia ensinado a ser comedido.
As garotas iam e vinham, jogavam charme, algumas até falando de forma bem direta, mas ele não ia muito além de um beijo furtivo ao final da noite com uma ou outra alemãzinha, antes de descartá-las.
Quando muito, Otto teve em suas mãos alguma garota que o deixou tocar suas partes, com os dedos sentindo a pele úmida de desejo pelo líquido que dali brotava. Ou então, foi procurado com avidez dentro das calças e sentiu mãozinhas delicadas segurando-o, procurando provocar-lhe a vontade de ir adiante.
Mas a vontade de Otto era paciente, e estes encontros furtivos também nao resultaram em nada mas do que eram: um mero passatempo.
Foi num dia qualquer que Otto a viu passar pela praça. Emma vinha a caminho de sua casa e, ao ver o jovem ali, foi tomada por um certo saudosismo de quando frequentava a pracinha com Karl.
Todos sabiam que ela agora era a noiva do outro, mas ninguém estranharia se ela fosse de carona até a fazenda com Otto. No caminho, Emma jogou no ar frases soltas, elogiando o rapaz e dizendo como ele era capaz de fazer suspirar as menininhas da praça.
Depois, disse que as garotas comentavam o que ele andava fazendo, já lhe haviam dito sobre os beijos escondidos e as trocas de carícias pouco inocentes. Muitas estranhavam que ele sumisse logo em seguida, mas ela o entendia e não se incomodava.
Emma afirmou que isso até a excitava: um homem fácil não é tão apreciado como aquele que se faz de difícil, e saber que ele era desejado por outras o tornava ainda mais interessante para ela.
Por isso, ela mesma tivera muita curiosidade sobre ele, antes de começar o namoro. Sempre imaginou como seria estar ao seu lado, sentir seu corpo, o calor de seus músculos a envolvendo, sua barba malfeita roçando-lhe em partes que não ousava mencionar.
Estas últimas palavras ditas provocaram um silêncio incômodo na cabine da picape avançando pela estrada de terra. Otto não se manifestara e seguia dirigindo sem dar ouvidos à Emma, afinal, ela era noiva de Karl.
Imaginou que aquilo era um teste e que a garota jogava com ele, feito uma gata divertindo-se com um camundongo. Mas o tal teste virou uma prova, quando ele sentiu as mãos de Emma sobre seu colo, buscando o que desejava.
Otto freiou bruscamente e saiu da picape, revoltado. Foram anos desejando a Emma, ansiando por seu toque, sonhando como seria tê-la entregue em seus braços, oferecendo seu corpo…
E justo agora que ela era noiva de Karl isso acontecia?
Não era possível. Parecia que eles brincavam com seus sentimentos. Primeiro Karl, contando sobre como possuía Emma, depois os dois, envolvendo-se num momento íntimo descaradamente na sua frente na lagoa, e agora Emma, investindo sem nenhuma vergonha sobre ele.
Emma saiu logo em seguida, indagando o que havia acontecido. Era impossível que ele não a desejasse, a alemãzinha se via inconformada com aquela reação de sua parte. Otto explodiu, não disse nenhuma palavra, mas explodiu por dentro.
Ele não chorou, nem gritou. Apenas caminhou até Emma com uma expressão determinada no rosto, tomou-a pelos ombros e a encostou contra a caminhonete.
Olhando-a diretamente a poucos centímetros de distância de sua face, segurou seu queixo com uma mão para manter aquele olhar e, com a outra, veio subindo entre suas pernas e levantando o vestido da garota, até posicionar-se sobre a porção que lhe era proibida.
Este gesto dizia muito. Otto pode ver a expressão de Emma transformando-se de indignação em espanto, de espanto em surpresa, de surpresa em aceitação e, finalmente, de aceitação em vontade carnal verdadeira. Agora, já não se tratava mais de um jogo.
Ele a tomaria para si, Emma lhe pertenceria, ainda que fosse somente por aquele momento, ela seria somente dele e de mais ninguém. A loirinha se assustou enquanto os dedos decididos de Otto exploravam com firmeza seu sexo.
Ali não havia carinho, nem amor, somente uma dura realidade de desejo e posse.
Ofegante, Emma sentiu a Otto roçando entre suas pernas, passeando por entre seus lábios, apontando na posição exata e, por fim, introduzindo-se ali lenta e progressivamente até estar por inteiro dentro de suas intimidades, sem desviar os olhos dos seus um segundo sequer.
Emma amoleceu, deixou-se entregar, sua tensão se desfazia a cada investida prolongada de Otto, sem pressa nem objetivo final mais que mostrar a ela o que estava acontecendo entre eles: a toma de seu corpo sem resistência.
Os braços abertos da garota sobre a lataria da picape se estendiam para que suas mãos se agarrassem em algo sólido, posto que nada mais havia ali que Otto fustigando-lhe com um gosto latente suas carnes pudendas, agora abertas e expostas ao rapaz para o uso que desejasse.
E sim ele a usou, sem desespero nem pressa, uma e outra vez, até deixá-la em tremores com as pernas fraquejando e o coração palpitando, com o céu girando sobre sua cabeça e uma absurda falta de conexão com a realidade do que se passava dentro de si: o gozo brotando e escorrendo ao longo de sua pele arrepiada de prazer.
Em meio ao orgasmo, a única palavra que surgiu da boca de Emma entre uma respiração urgente e outra foi o nome “Karl”, mas o homem que a penetrava reagiu apertando seu queixo ainda mais e fazendo-a recordar do que talvez quisesse esquecer, rosnando baixo: “Meu nome é Otto! Entendeu bem, sua puta? Eu sou o Otto, porra!”
Depois do ocorrido, durante o trajeto até a fazenda, Otto permaneceu mudo com um certo sorriso meio sádico nos lábios, enquanto Emma, também sem proferir mais palavras, não sabia bem o que pensar em meio à confusão que embaralhava sua mente.
Karl era seu noivo, um amante doce, romântico e, sobretudo, obediente, capaz de atender a todas as suas vontades sexuais. Por outro lado, Otto mostra-se imperativo, um homem que tomou posse de seu corpo para si e lhe fez sexo com uma dinâmica totalmente diferente, impositiva e desapaixonada, o que resultou extremamente instigante.
O conflito em sua cabeça era que os dois pareciam ser opostos - e ela não conseguia definir qual deles preferia. Essa dúvida girou por meses em seus pensamentos, durante os quais ela seguiu com Karl e, eventualmente, encontrou-se com Otto.
Com Karl foram diversas vezes, sempre em lugares diferentes: deitada no galpão quando iam ver as vacas, cavalgando-o em sua cama quando passava a noite na casa da família ou até mesmo em pé no pasto, quando estavam passeando.
Já com Otto, era sempre numa ocasião específica, quando ela pedia carona desde a cidade até a fazenda.
Ele a teve de quatro, gritando agachada na cabine da picape, inclinada sobre o capô do carro, com a boca tampada para fazer siläncio enquanto ele vinha entre suas nádegas, deitada com as pernas para o alto na traseira aberta da caminhonete, com ele espremendo seus seios e dedilhando seu sexo enquanto a penetrava.
Em todas estas vezes, a única constante é que Otto fazia o que bem entendia com ela, sem aviso nem permissão: ele simplesmente a tomava e investia, procurando satisfazer-se mais que dar-lhe prazer. Em outras palavras mais comuns, ele usava e abusava de Emma - e isso era o que tornava tudo mais provocante para ela.
O certo é que Emma tinha certeza de que os dois estariam para sempre em sua vida, já que eles eram inseparáveis e ela não conseguia escolher a um só deles.
E eis que, quando chegou a data marcada para o casamento, diante do padre na igreja, Emma não sabia ao certo com qual deles estava se casando.
A alemãzinha se rendeu ao fato de que seria a esposa de um e a amante do outro.
Por isso, quando o padre perguntou se ela aceitava a “Kar Otto Weimar como seu legítimo esposo”, Emma simplesmente sorriu e respondeu “Aceito este homem, ainda que separado em dois. Aceito cada um deles de seu jeito”.
