Meus amigos e eu IV

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4024 palavras
Data: 31/10/2025 16:28:13
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo

⚡️ CAPÍTULO 4: A CONFISSÃO NO CONTRALUZ

Depois do jantar, recolhi-me ao meu quarto. O plano era simples: música alta e um livro, uma tentativa vã de abafar a confusão da tarde. Eu estava absorto na leitura quando a tela vibrou. Era Davi.

Davi: Tudo bem? Eu: Sim. Davi: Dorme aqui em casa hoje. Falei com meus pais, disse que você vinha me ajudar a estudar pra uma prova.

A recusa foi o primeiro impulso, mas a fissura por ele era um ímã. A dúvida veio em seguida, ácida e inevitável: Ele convidou o Bruno também? Não havia como perguntar sem expor meu ciúme ridículo. Fiquei um tempo pensando, deixando as interrogações de Davi se acumularem antes de responder que estava "negociando com meus pais". Por fim, cedi. Minha mãe, claro, não viu problema; morávamos no mesmo prédio, e as famílias se conheciam desde sempre.

Apertei a campainha com as mãos suando. O pai dele abriu, sorrindo.

— Que bom que meu filho tem você. Sem essa ajuda, ele ainda estaria no fundamental.

Rimos. Era um fato. Ele me indicou o quarto. Davi tinha uma cama de casal em um cômodo minúsculo, mas acolhedor. Ele estava no computador, vestindo apenas um de seus indefectíveis calções de futebol, sem cueca, o que não me surpreendeu. Ele sorriu ao me ver, fechou a porta e veio em minha direção, beijando-me sem aviso. Fiquei paralisado, a guarda totalmente baixa, sentindo-me um adolescente bobo.

— Pronto. Agora me conta o que rolou hoje à tarde.

— Nada. Esquece. Estresse. Mas foi bom.

— Beleza, vou fingir que acredito. Mas é o seguinte: estou namorando a Cíntia.

A informação me atingiu como um soco frio. Fiquei estático, mas reagi com uma indiferença que não sentia. Eu tentei, juro que tentei, agir como se não me importasse, mas a pergunta escapou, carregada de ansiedade:

— Isso quer dizer que não vai mais rolar?

Ele riu, um som que me acalmou e me destruiu ao mesmo tempo.

— Claro que vai! Te falei que foi o melhor sexo que já fiz. Só estou te dizendo que nosso lance não tem espaço pra ciúmes, entendeu?

— Claro. Você tem toda razão. Mas o que rolou hoje não tem nada a ver com isso. Eu estava com a cabeça quente.

— Se é só isso, então chega mais. Quero terminar o que começamos à tarde.

Davi desceu o calção. Seu pênis, já duro, saltou. Naquele homem, nu e exibido à minha frente, a resistência desabou. Caí de joelhos, abocanhando-o. Eu já o havia chupado tantas vezes, e Bruno também, que me sentia expert. Engolia tudo com uma avidez que mal controlava.

Quando o pré-gozo veio, limpei a glande com a língua, sentindo o sabor característico. O pênis dele era tão colossal que eu o punhetava e o mamava simultaneamente. A adrenalina de não poder gemer alto, com os pais dele no quarto ao lado, tornava tudo surreal.

Davi segurava minha cabeça, fodendo minha boca com força, indo cada vez mais fundo, me fazendo engasgar. Ele só parou quando sentiu que estava perto de gozar. Querendo me foder de novo, tirou o pênis e me puxou para um beijo, controlando a ereção.

Aproveitei para me despir também. Pelados, Davi me virou de quatro na cama. Com as mãos, ele abriu minhas nádegas. Usando saliva para lubrificar, ele enfiou dois dedos de uma vez. Tive que morder o travesseiro para sufocar um grito. Doeu, sim, mas senti uma pontada de prazer que era novidade. Foi o suficiente para eu expor meu rabo ainda mais, inclinando a bunda para cima.

— Caralho, Andrezinho, você sabe como me enlouquecer, né?

— Fode meu cu, vai! Quero te sentir de novo.

— É assim que eu gosto. Todo entregue pra mim.

Vi Davi buscar a camisinha no armário. Meu corpo tremia. Seria a segunda vez, e eu estava feliz por ser com ele de novo. Eu estava tão viciado na pica dele que nenhuma outra me parecia aceitável.

Ele veio roçando a cabeça do pênis na minha entrada. Mordi o travesseiro com força. A adrenalina de estar de quatro para ele, a poucos metros dos pais, era intoxicante.

Forçou a entrada devagar. Centímetro a centímetro, aquela rola enorme me invadia. A dor inicial era lancinante, como se eu fosse rasgar. Mas o simples fato de ser Davi quem estava ali transformou a dor em desejo. Logo, eu estava empurrando meu rabo em sua direção.

O barulho era um inimigo, então ele metia devagar. Era uma tortura, mas deliciosa. Seus gemidos abafados chegavam ao meu ouvido, e eu me deliciava com o prazer que ele sentia.

A posição de quatro era muito barulhenta, então mudamos. Deitei de lado, ele atrás de mim. Sua mão me ergueu a perna, e o pênis dele encontrou minha entrada com facilidade. Ele nem precisou mirar; ia direto, como se fosse o caminho de casa. Virei o rosto, e ele entendeu: beijou-me. Ele ia fundo, segurava, saía. Estava ainda mais intenso que a primeira vez.

A cada penetração, eu delirava mais, sentindo-me à vontade para libertar meus desejos mais íntimos. Comecei a questionar minha sexualidade. Eu queria fazer tantas coisas com ele, e tinha que aproveitar enquanto era possível.

Decidi tomar o controle. Subi sobre ele, sentando-me de costas, para que ele pudesse ver seu pênis entrando e saindo de mim. Meu corpo inclinado para trás, as mãos apoiadas em seu peito. Eu cavalgava com força, sem me importar com o som.

Meu pênis começou a pulsar, gozando sem sequer tocá-lo. Cada espasmo era uma piscada que eu dava com o cu em sua rola. Eu sabia que ele amava esse truque, então piscava com toda a força. Eu não via o rosto dele, mas sabia que ele lutava contra os gemidos.

Senti seu pênis inchar dentro de mim. Ele segurou meu quadril, puxando-me para que eu sentasse em toda a extensão da sua pica. Quando senti o fundo, gemi de prazer e senti o jato quente enchendo a camisinha. Deitei sobre ele, seu pênis ainda em mim, e ficamos assim até ele amolecer e se retirar.

— Cara, se você continuar assim, vai me matar. Você é muito gostoso.

— Você que é.

— Temos que esperar os velhos dormirem pra gente tomar banho.

Assenti, saindo de cima dele. Deitei com a cabeça em seu peito. Davi me fazia cafuné, e ficamos em um silêncio profundo. Se eu não estivesse suado, teria dormido ali mesmo. Eu ouvia seu coração e sentia o ritmo de sua respiração. Mesmo suado, o cheiro de Davi, aquele aroma só dele, era incrivelmente agradável. O beijo era inevitável.

Trocamos beijos e carícias. Antes de irmos para o banho, ainda fiz uma punheta para ele.

— Esse fim de semana, a Cíntia me chamou pra uma casa de praia e perguntou se você e o Bruno não querem ir.

— E nosso domingo de pizza?

— A gente vai estar junto, só que em outro lugar.

— Foi mal, Davi, mas eu não vou.

— Por que não, André? Não tínhamos nos acertado?

— Sim, mas quer saber a verdade? Eu não gosto da sua namorada. E é óbvio que ela também não gosta de mim. Vai lá, curte com ela. A gente se vê depois.

Davi ficou visivelmente irritado com minha irredutibilidade.

— Qual é, cara. Não vai ter graça sem você. O Bruno até vai levar a ficante dele.

Eu não queria passar um fim de semana inteiro assistindo Davi e Cíntia. Não importava o quanto ele insistisse, eu não iria. Não ia ser bom para mim. Ele ficou puto, mas teve que aceitar; ele não deixaria de ir só por minha causa, mesmo que eu quisesse.

Naquele momento, duas verdades me atingiram em cheio: Primeiro, eu estava apaixonado por um hétero. Segundo, nosso trio de amizade tinha se desfeito, pelo menos na forma antiga. Era a primeira vez que as mulheres se colocavam no caminho, a primeira vez que eu ficaria um fim de semana inteiro longe. Maldita hora que eu comecei a sentir ciúmes do Davi.

Naquela semana, só nos víamos na escola. Bruno estava sempre com a ficante, e Davi com a namorada. Trocávamos mensagens, mas nossa rotina tinha mudado radicalmente.

No fim de semana, Davi e Bruno tentaram me convencer pela última vez. Eu fui irredutível. Seria insuportável estar rodeado de casais, com o único cara que eu queria ali ao lado de outra. Bruno até tentou a chantagem, dizendo que também não iria, mas desistiu ao ver que Davi iria com ou sem a gente.

Passei o fim de semana sozinho no meu quarto. No domingo, lá estava eu, de novo, na "nossa pizzaria", sozinho.

— Nossa, sozinho de novo? — perguntou Fred.

— O único solteiro do rolê, deu nisso.

— Te entendo. Todos os meus amigos também estão namorando. É um saco. Mas olha, meu intervalo já está chegando. Se você não se importar, eu como com você.

— Ah, ótimo, pode colar aí.

— Faço assim: trago a pizza pra cá e fico por aqui. Tenho vinte minutos, mas é melhor do que comer sozinho, né?

— Com certeza.

Pela primeira vez no fim de semana, parei de pensar nos meus amigos. Eu ria das piadas de Fred. Ele era garçom, nos conhecemos na semana anterior. Ele era genuinamente engraçado, contava sobre os clientes bizarros que atendia. Seus olhos azuis eram hipnotizantes, e seu ar de surfista lhe dava um charme especial.

— Você surfa, Fred?

— Sempre. Toda manhã. O dia que não vou, fico estressado.

— Sério? Eu não sei nem nadar, acredita?

— Não pode! Mas relaxa, a gente é assim mesmo. Bom em umas coisas, ruim em outras. Eu, por exemplo, sou péssimo em matemática. Acho que vou reprovar na faculdade.

— Faz sentido. Mas e aí, por que a gente não se ajuda?

— Como assim?

— Eu te ensino matemática, sou muito bom, e você me ensina a nadar e surfar.

— Você está falando sério?

— Sim. E aí, topa?

— Claro que topo!

Foi assim que meu domingo terminou, com um novo conhecido. Eu não tinha malícia com Fred; apenas gostava da companhia dele e comecei a achar que seríamos bons amigos. Ele era um gato, inegável, mas minha cota de gostar de hétero tinha acabado. Meu problema não era mais saber se eu era gay ou não — afinal, nenhum hétero quica num pau de vinte centímetros com um sorriso no rosto. Meu problema agora era dar um jeito de voltar a ver Davi apenas como um amigo.

Na manhã de segunda, meus amigos voltaram cheios de novidades da praia. Fingi interesse em tudo. Pelas histórias, tive a certeza de que fiz o certo em não ir; eu morreria de ciúmes.

Depois da aula, Davi me chamou para a casa de Bruno, mas recusei. Tinha marcado de estudar com Fred. Ele não trabalhava às segundas, então estudaríamos no fim da tarde. Fui para casa, fiz os exercícios e esperei a ligação. Acabamos marcando na minha casa. Ele chegou no horário, deslumbrante. Usava uma bermuda de surfista e uma regata que exibia seus braços musculosos. O boné virado para trás era um charme sexy. Fred sorria e tinha um olhar penetrante que me deixava totalmente desconcertado.

— Atrasei?

— Chegou na hora. Quer comer ou beber algo?

— Água, por favor.

Fomos para a cozinha, onde o apresentei à minha mãe. Ele foi muito educado, e ela gostou dele de cara. Fomos para o meu quarto, coloquei uma cadeira extra e sentamos lado a lado. Ele era muito simpático, mas tê-lo sozinho e tão próximo começou a despertar fantasias. Não queria estragar a amizade. Fred era lindo; mulheres deviam cair a seus pés.

— Então, como você sabe tanto de matemática?

— Meu tio é professor. Peguei gosto quando criança e quero cursar a área. Quando não tenho o que fazer, estudo os livros e vídeos dele. Sou nerd.

— Acho fofo esse seu jeitinho nerd.

Congelei de vergonha. Ele riu. Para fugir do constrangimento, comecei a aula. Por sorte, o assunto dele era um que eu dominava. Meu tio dizia que eu tinha dom para ensinar, e eu amava, mas naquele momento, amava ainda mais meu dom para matemática. Fred ficava incrivelmente sexy focado.

Eu o observava resolvendo um exercício. Quando ele levou a ponta da caneta à boca, meu corpo vibrou. Seus braços, ali ao lado, eram mais definidos do que eu imaginava. Por pouco ele não me pegou secando-o quando virou o rosto para tirar uma dúvida.

Estudávamos há quase uma hora quando ele pediu uma pausa. Peguei uns lanches e o deixei no quarto. Tive que admitir que precisava de uma desculpa para sair e respirar. Eu sabia que ele era bonito, mas aquela proximidade despertava sensações que eu não queria sentir.

Quando voltei, ele usava a blusa para secar o suor da testa. Meu mundo parou. Tive uma visão completa de seu abdômen. Quase deixei os copos caírem; a falta de ar foi real. Davi era gostoso, mas Fred era de outro nível. Tinha um corpo de homem, peito depilado e super definido. Quando ele vestiu a camisa, voltei à realidade e servi biscoitos com suco.

— Foi mal. Não me acostumei com o calor daqui.

— Você não é daqui, da capital?

— Não, sou do interior, mas moro aqui há um tempo. Mas sou um peixe, gosto de estar no mar.

— Percebi.

Voltamos a estudar. Eu me esforcei para focar, tanto que acabei me distraindo e derramei suco na camisa dele. Pedi desculpas, morrendo de vergonha. Ele sorriu, disse que não tinha problema, e eu insisti em limpar a camisa. Ele recusou, dizendo que já era hora de ir. Insisti para que aceitasse uma camisa minha e que eu devolveria a dele limpa depois. Ele aceitou e tirou a camisa na minha frente.

Fui ao guarda-roupa rezando para que ele não visse minhas mãos tremerem. Éramos da mesma altura, apesar de ele ser mais forte. Encontrei uma camisa que serviu. Fred pediu para ir ao banheiro para não sujar a que lhe emprestei.

Sozinho com a camiseta dele, fui tomado pelo desejo de sentir seu perfume. Mesmo com o suco, eu podia sentir o cheiro. Não resisti, levei a camisa ao rosto. O aroma era amadeirado, delicioso. Quase infartei quando ele abriu a porta. Tirei a camiseta do meu rosto, tentando disfarçar o nervosismo. Ele não percebeu.

Finalizamos o estudo e ele foi embora. Naquela noite, bati uma, inalando o cheiro da camisa dele antes de colocá-la para lavar.

Os dias passaram, e só o vi quando fui ao seu trabalho para devolver a camisa. Ele estava atarefado, e mal conversamos. Davi me chamou para sua casa, e transamos a tarde toda. Essa transa me provou que eu ainda não tinha superado minha "paixão" por ele, mas continuei fingindo que era só sexo casual. Na sexta, fizemos uma brotheragem com Bruno, mas não foi interessante para mim. Toda vez que via Bruno tocando Davi, o ciúme me consumia. Decidi que evitaria as brotheragens por um tempo. Imaginei que eles não fariam sem mim.

No sábado, Davi me convidou para um rolê, dizendo que tinha uma amiga de Cíntia que queria me conhecer. Recusei. Disse que tinha marcado minha primeira aula de surf. Ele riu de mim, mas seu sorriso sumiu quando falei quem me ensinaria.

— Então você virou best do garçom?

— Fred, o nome dele é Fred. Temos um acordo: ele me ensina a surfar, eu ensino matemática.

— Entendi. O que eu falo pra gata que quer te conhecer?

— Diga que não vou.

Eu nem havia notado que Davi estava estranho, mas ninguém sonharia que fosse ciúme. No máximo, ciúme de amigo. Já era a segunda vez que eu trocava um programa com eles por Fred, mas eles não podiam reclamar; faziam o mesmo desde que começaram a namorar.

Cheguei à praia e tive outro mini-infarto. Fred usava uma bermuda preta, colada no corpo de surfista. Seu corpo bronzeado era de tirar o fôlego. Marcamos cedo, em uma área com poucos banhistas. Vi outras pessoas surfando e senti um frio na barriga, uma vontade de fugir. Ele não deixou.

Fiquei mais tranquilo ao saber que a primeira aula não era no mar. Ele me explicava a natação, e eu errava as posições de propósito só para sentir as mãos fortes dele me corrigindo. Eu me divertia. Se eu era um bom professor, ele era melhor ainda. Dava para sentir o amor dele pelo esporte.

No fim, tremi quando ele quis entrar na água. Quase desisti, mas fui. Ficamos no raso, treinando o remo e o equilíbrio. Passei muita vergonha, mas ele foi paciente. No fim, consegui pegar uma onda pequena, e não caí. Comemoramos meu progresso com um abraço, e eu quase pirei com seu cheiro natural. Como ele podia ser tão cheiroso, até molhado?

Fred comprou duas águas de coco, e fomos para a sombra. Rimos dos meus tombos. Ele me disse que a aula tinha ajudado a entender melhor as matérias da faculdade. Ambos estávamos satisfeitos.

— Eu estou de moto. Te levo em casa, se quiser.

— Quero sim, se não for te incomodar.

— Incomoda nada. Ah, ia te chamar pra um bar de reggae com uns amigos, mas lembrei que você só tem dezessete, né?

— Se eu não beber, não tem problema. Eu super quero ir.

— Show! Passo pra te buscar umas dez, pode ser?

— Dez, perfeito.

Fred me deixou em casa. Pedi permissão à minha mãe, que, a contragosto, deixou. O problema foi que Bruno e Davi me visitaram à tarde, e minha mãe, pensando que eles iriam junto, acabou comentando sobre o bar. Davi foi o primeiro a perguntar quando chegamos ao quarto.

— Fred me chamou, por isso não chamei vocês.

— Eu adoro reggae! Pergunta pra ele se tem problema a gente ir — disse Bruno.

— É, pergunta pra ele — Davi concordou.

Mandei mensagem, e a resposta foi positiva. "Quanto mais gente, melhor." Como ele ia beber, iria de Uber para me buscar. Na nova logística, ele me passou o endereço, e marcamos de nos vermos lá, já que os meninos iriam comigo.

Me arrumei e fui ao encontro dos meus amigos. Davi estava lindo, um moreno gostoso, e seu perfume me encheu de tesão. Inconscientemente, sonhei em beijá-lo e transar com ele no fim da noite.

Meus devaneios foram interrompidos pelo telefone: era Davi falando com Cíntia. Ela iria. E a namorada de Bruno também. Desde a viagem à praia, eles só faziam programas de casais, sempre tentando me arrumar uma menina — mal sabiam eles que a única pessoa que eu queria era Davi.

Buscamos Cíntia e fomos. A namorada de Bruno, cujo nome eu nem sabia, estava com outras amigas. O bar era lindo. As mesas ficavam em um jardim a céu aberto e havia um espaço fechado com palco. Estava lotado. Eu não era fã de reggae, mas a música estava animada, e o ambiente era perfeito.

Fred nos viu e veio ao nosso encontro. Puta que pariu, ele estava lindo de morrer. Usava uma blusa gola V. Ele segurava um copo de caipirinha, o que o deixava ainda mais sexy. No abraço, senti seu perfume e quase pirei de tesão. Ele nos cumprimentou e nos levou a uma mesa onde seus amigos estavam.

Os amigos dele eram muito gente boa e se deram bem com a gente, especialmente com Bruno, que se enturmava com qualquer um. Ele era o palhaço do grupo.

Davi, por outro lado, era mais reservado, mas logo estava entrando nas piadas. Cíntia, a namorada, não estava confortável com o lugar nem com o fato de as pessoas estarem fumando.

Davi estava estranho. Mais próximo de mim, mais carinhoso do que antes de namorar, o que só irritou a namorada. Ela quase surtou quando uma amiga de Fred perguntou se Davi e eu éramos um casal. Davi disse que sim, mas todos entenderam a brincadeira, exceto Cíntia, que se levantou e saiu da mesa. Lá foi meu amigo atrás dela.

Bruno saiu para buscar a namorada. Davi voltou com Cíntia bem a tempo de ouvir um amigo de Fred propor um brinde a mim por ter feito um milagre: fazer Fred estudar. Pronto, Davi não estava mais simpático.

Eu estava evitando bebidas alcoólicas. Falava sobre minha desastrosa primeira aula de surf quando Davi me chamou para pegar mais bebidas. Fred se adiantou:

— Eu vou com você. Tenho que comprar outra. Você quer outro drink, André?

— Relaxa, Fred. Eu compro para ele.

Os dois seguiram para o bar. Davi estava estranho, parecia com ciúmes, mas não fazia sentido. Ele namorava, e a gente só transava, como ele fez questão de me lembrar. E Fred era hétero.

Lana, a melhor amiga de Fred, se aproximou.

— Você está ficando com o Fred? — perguntou perto do meu ouvido.

— Oi? Como assim? Ele não é hétero?

Lana riu da minha reação.

— Fred é bi. Eu achei que vocês estavam ficando porque meu amigo não estuda por nada, e ele deu um fora numa amiga nossa com quem ele sempre ficava.

— Somos só amigos.

— Ok, então, amigo — Lana disse a palavra com malícia.

Fiquei envergonhado. Quando os meninos voltaram, peguei meu drink e agradeci Davi. Com exceção da cara amarrada de Cíntia, todos se divertiam.

Quase meia-noite, Cíntia disse que queria ir.

— Tá, amor, a gente vai. Vou chamar o Bruno. Vai indo pra entrada com o Andrezinho.

— André, se quiser ficar mais um pouco, eu te levo — Fred se ofereceu.

— Vou ficar mais um pouco, sim. Lana disse que vai me ensinar a dançar quando voltar do banheiro.

Davi me olhou com curiosidade, assentiu e foi embora. Cíntia nem se despediu. Eu não entendia aquela garota. Parte do estresse de Davi era por causa dela, que reclamou de tudo.

Lana me ensinou uns passos. Eu era péssimo, mas estava me divertindo. A música tomou conta, e fechei os olhos. Fui puxado pela cintura por um par de mãos fortes e beijado na boca. Aquele gosto de caipirinha na boca me fez alucinar.

Não precisei abrir os olhos para reconhecer o perfume. Meu coração disparou. Retribuí o beijo, passando as mãos pelo seu pescoço. Sua boca desceu para o queixo, depois para o pescoço e subiu para a orelha. Em êxtase, ouvi sua voz rouca:

— Pensei que eles não iam embora nunca. Achei que ia perder a chance.

— Como assim? — Abri os olhos e falei com a boca colada na dele.

— Queria te beijar há muito tempo. Você não sabe o quanto me segurei no seu quarto aquele dia. Estava esperando você me dar uma brecha.

— Está falando sério? Você é tão lindo! O que você viu em mim?

— Fala sério, né, André? Você é gostoso pra caralho. — Ele agarrou minha bunda com força. Fiquei mole nos seus braços.

Ficamos nos pegando na pista até Lana nos chamar, dizendo que ia embora. Ela morava com Fred. Ele me perguntou se eu queria dormir na casa dele, e o tesão era tão grande que eu aceitei.

Mandei uma mensagem para minha mãe. Para minha surpresa, ela respondeu que tudo bem. Devia estar acordada, me esperando.

Pegamos um Uber. Fred morava em um apartamento simpático, menor que o meu: sala com cozinha integrada e um quarto. Lana foi direto para o banho.

— Onde vamos dormir?

— Relaxa. Lana nunca dorme em casa.

— Onde ela dorme?

— Ela é cuidadora de uma senhora. Vai só tomar banho e ir pro trabalho.

— Nossa, ela tem disposição.

— Bem mais que eu.

Fred me puxou para outro beijo. Seus beijos eram perfeitos! Ele me agarrava, as mãos explorando meu corpo. Senti-me à vontade para explorar o dele. Deixei o pênis dele por último. Valeu a pena. Sua rola era muito grossa! Quando agarrei, ele gemeu na hora.

Não vimos quando Lana saiu. Ele me pegou no colo, e passei as pernas pela sua cintura. Levou-me para o quarto e me deitou na cama. Tirou a camisa, e vi de perto uma tatuagem na lateral do corpo.

Tirei a minha. Ele veio por cima, beijando minha boca, depois meu pescoço. Eu estava enlouquecendo. Meu pênis estava duro e dolorido.

— Você já fez isso?

— Sim, mas só com um cara. Eu não sou...

— Relaxa. Não estou achando nada. Só queria saber se você está tranquilo pra gente ir em frente. Achei que tu era virgem e talvez não fosse querer.

— Eu quero. E você não sonha o quanto.

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Comentários

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Que tesão, pqp!! Só senti uma mudada no estilo da escrita, mas nada de ruim não, só notei! Heheeh

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Como esse conto está na conta antiga precisei mudar se não ficava dando erro se liga.

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Ahhh entendi! Tô adorando reler esse conto, lembrar do Andrezinho é tão gostoso! Heheh

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A facilidade que o Rafa tem de prender os leitores é impressionante. Esse conto está uma delícia e estarei esperando mais

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se valoriza e fica curtindo Fred e da um.pe na bunda dos otários

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Show, que beleza, super contente, a foda tem que ser muiti boa e aí adeus Davi e Bruno. Volta logo por favor. Amando esse conto.

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