Morei com a minha mãe na maior parte da infância e aprendi muito com ela, mas viver e crescer na casa do meu pai depois que ela partiu foi o que moldou quem eu sou hoje.
Meu pai morava numa casinha humilde na Gamboa, não foi um homem fácil de lidar e tinha duas filhas mais velhas que não gostavam de mim, a Lucélia, de 18 anos, e a Daphne, de 20. Elas me odiavam por eu ter chegado de surpresa na vida delas e também por ser o filho que nosso coroa teve fora do casamento, ou seja, rolava separação e diferença no tratamento.
Nunca me senti bem-vindo naquele ambiente e minhas irmãs sempre fizeram questão de me mostrar isso, fosse me impedindo de sair e de ter vida social, ou deixando a casa bagunçada de propósito pra eu arrumar. Pra você ter noção, nem de irmão me chamavam. Eu era o rejeitado, o bastardo, o imprestável, o filho feio. De uma certa forma, Lucélia e Daphne faziam comigo o que nosso pai fazia conosco: não havia amor familiar.
Papai nos criou com muito machismo, era cheio de opiniões problemáticas e hábitos controversos, além de ser um velho orgulhoso e teimoso que não mudava de opinião por nada. Controlava minhas irmãs até nas roupas que vestiam e dizia que elas tinham que se respeitar, mas ele próprio não servia de exemplo: se envolvia com prostitutas na rua, chegava bêbado, cheirava, arrumava briga na Gamboa e aparecia de olho roxo em casa.
Por conta desse ambiente tóxico, eu sempre me policiei no meu comportamento, fiz a linha homão e nunca saí do armário pra ninguém. Meu pai provavelmente xingaria e me chamaria de decepção, minhas irmãs usariam minha homossexualidade pra tentar me diminuir e me atacar dentro de casa, então fiquei na minha e guardei minha orientação sexual só pra mim.
Apesar de quebrar o ciclo e hoje ter meu apartamento e minha vida fora da Gamboa, muitos detalhes da minha criação ainda permeiam minha personalidade e meus gostos pessoais. Porque, veja bem, eu cresci vendo meu pai e os amigos dele de bebedeira na nossa casa, passei a juventude limpando mijão de macho bêbado na tábua do vaso e convivi com minhas irmãs e os namoradinhos marrentos que elas arrumavam na comunidade, um pior que o outro.
Quando nosso pai não tava em casa, Lucélia e Daphne levavam os caras pra lá, eles deixavam um monte de roupa espalhada e adivinha quem era obrigado a limpar? Eu mesmo. Cansei de pegar camisinhas cheias de porra, meias chulezentas e cuecas amareladas que os fanfarrões esqueciam na sala.
Teve uma vez que o coroa ficou três dias fora e Lucélia deu liberdade suficiente pro ficante dela ver futebol no sofá da sala, com o pé imundo na poltrona, xingando à beça e jogando latas de cerveja no chão pra eu limpar.
- JUIZ FILHO DA PUTA! VIADO DO CARALHO! PÊNALTI É MEU PAU! – Marcos segurou a pica no short, sacudiu e cuspiu no tapete, nem aí pra nada.
- Mereço. – revirei os olhos e bufei.
- Tá olhando o que, viadinho?! Pega outra cerva pra mim enquanto tua irmã não sai do banho, bora. Me serve, tu é meu empregado.
- Quem disse que eu sigo suas ordens? Não trabalho pra você, seu sem noção. Levanta e pega, Marcos.
- Vem cá, tá pensando que tá falando com quem, franguinho?! Bora, obedece. – ele me cercou contra a parede da sala e segurou meu rosto com a mesma mão quente que usou pra coçar a rola. – Senão eu conto pra Lucélia e pro teu pai que tu é bicha, é isso que tu quer? Putinha de beira de estrada. BORA LOGO, TINO!
- T-Tá, eu pego! Só não conta nada pra ninguém, por favor. – minhas pernas tremeram de nervoso, mas também de tesão.
Eu ficava meio que na rebarba das minhas irmãs, entendeu? Já tinha meus 18 anos, não era um molecão inocente e os hormônios borbulhavam à flor da pele, mas como eu vivia no armário e não podia levar ninguém em casa, minha única saída era aproveitar quando os namorados delas apareciam.
Infelizmente não cheguei a pegar nenhum deles, porém passei a juventude tirando casquinhas escondidas dos peguetes da Lucélia e da Daphne e, sendo bem sincero, acho que eu fazia de vingança também, pra compensar a forma escrota que elas me tratavam dentro de casa.
Tô te contando isso tudo pra você entender o seguinte: apesar de podre, a criação com meu pai e minhas irmãs me moldou, me fez quem eu sou atualmente. Quando me envolvo com um cara hoje, sinto o maior tesão em ser dominado e servir. Servir não só sexualmente, servir mesmo. Tipo botar a comida que o folgado vai comer, lavar as roupas suadas depois que ele volta do trabalho, buscar a cerveja que o macho bebe enquanto assiste futebol largadão no sofá da sala, ser o empregadinho adestrado.
Nasci pra ser esposo obediente, aquele que fica de quatro pro marido socar e aliviar o saco depois de uma semana cheia. Dá pra entender de onde vem minha tara, certo? A adolescência machista na Gamboa me transformou num adulto incubado e muito submisso, não é à toa que só me envolvo com homem traste, canalha. A maioria casado, buceteiro e carente de atenção da esposa.
Lucélia, minha irmã mais nova, foi a primeira a meter o pé da Gamboa. A bicha era bonita e frequentava umas festas VIP na Zona Sul com o namorado dela, o Marcos, e acabou que numa dessas os dois foram vistos por um empresário olheiro. Depois disso, ela fez testes, assinou contrato pra modelar pra uma marca chamada Buquê Rosa, se mandou do Rio e nunca mais vi.
Com a saída da Lucélia de casa, pensei que eu ia ganhar espaço e ter menos aporrinhação, mas foi aí que a Daphne apresentou o novo namoradinho pro nosso pai e minha vida virou de cabeça pra baixo.
- Pai, esse é o PC. PC, meu pai.
- Fala, sogrão. Daphne falou muito bem do senhor. – PC esticou o braço e cumprimentou nosso pai.
- Ela não faz mais que a obrigação. Se não estiver satisfeita, pode juntar as coisas dela e ir embora. Já tem homem, já acha que é dona de si. – o coroa respondeu ranzinza, como sempre fazia.
- Que nada, sogro. No que precisar, só me chamar. – o namorado da Daphne me viu no canto da sala e veio me cumprimentar. – Fala tu. Você é o...?
- Ele não é ninguém, PC. Vamo lá pra cima. – a escrota me esnobou.
- Pera lá, doida. Por que eu não posso falar com ele? – foi então que PC viu minha blusa do Vasco, arregalou os olhos e riu. – Ah, agora eu entendi. Meu rival declarado, tinha que ser vascaíno! Gehehe! O que foi aquela coça que vocês tomaram do Mengão anteontem, hein? Não teve pra onde correr, Pedro executou vocês. Tehehe!
- Ah, cara, faça-me o favor. Você acabou de entrar na minha casa, quer namorar minha irmã e acha de bom tom falar do meu time? Já tá errado de vestir esse pano de chão aqui dentro. Bora, tira essa porra pra eu esfregar a cozinha. Tá proibido flamenguista na minha casa. – brinquei.
- Pano de chão?!
Pro desprazer da Daphne, PC parou na minha frente, tirou a blusa do Flamengo e deu beijos no escudo do time, na tentativa de me irritar. Meus olhos automaticamente percorreram seu tórax definido, eu viajei na sovacada cabeluda do garotão e ninguém percebeu o quanto fiquei com água na boca ali na sala. Pra completar, ele vestiu a blusa, tirou o chinelo slide e quis mostrar que também era vermelho e preto, suas cores do coração.
- Aqui é Mengão, porra! Pau no cu dos vascaínos, geheheh! – o desgraçado pulou pra cima de mim na zoação, meio que fazendo bagunça, e isso deixou minha irmã irritada.
- Vamo logo, PC, anda. Deixa esse cuzão aí. – ela resmungou.
Ele obedeceu, bateu no meu ombro e os dois saíram, mas minha mente ficou atribulada com aquele toque, sendo que o momento nem durou tanto. Eu podia falar aqui do corpo definido e do tanquinho do namorado da Daphne, ou então até poderia comentar sobre como ele encheu meus olhos com sua aparência máscula, mas o que me pegou mesmo foi o jeito engraçado e zoeiro do PC: a gente nem se conhecia e o moleque gargalhou à beça, enquanto minha irmã não poderia ter odiado mais a situação.
Naquela época, ele era um meninão de 22 anos e do corpo magro, mas magro definido, sabe? 1,72m, abdome chapado, antebraços veiúdos, ombros compridos e costas abertas, com a pele parda bem clarinha e aquele bronze de quem nasceu e cresceu pisando no asfalto quente da Zona Norte do Rio de Janeiro. PC não era da Gamboa, ele morava em outra comunidade, mas visitava minha irmã lá em casa sempre que podia, geralmente nos fins de semana ou quando não tinha jogo do Flamengo.
Além de flamenguista doente, ele jogava bola como ninguém e sonhava em ser jogador profissional, até chegou a treinar na várzea durante um tempo. Só que a vida corrida na favela o levou pra um caminho diferente, o garotão se afastou do futebol e caiu na rotina CLT, virou mão de obra técnica numa empresa de instalação de antenas parabólicas. Seu corpo, no entanto, se manteve cheio de energia e disposição, tão desenvolto quanto na época em que competia no futebol profissional.
Às vezes PC aparecia lá na Gamboa no fim de tarde, por volta das 17h30, quando meu pai tava na rua e Daphne ainda não tinha chegado do curso. Eu escutava o assobio no portão, metia a cara na janela e lá estava o molecão de mochila nas costas, trajado no uniforme suado de instalador de antena, botinas de segurança nos pés e a calça surrada do dia de serviço.
- Fala, vascaíno. Tranquilidade? Tua irmã já chegou?
- Chegou não, PC. Mas entra aí, fica na rua não.
- Tem problema?
- Que nada, pode entrar. É bom que você me faz companhia, tô jogando Call of Duty. – entrei da varanda pra sala, ele removeu os calçados e me seguiu.
- Ih, sarneou! Esse daí é bolado, já zerei.
- E você joga essas coisas, PC?
- Eu sou o cara dos jogos, moleque! Não me conhece, eu esculacho. Por que tu acha que me apelido é PC? Hehehe!
O namorado da Daphne tirou a mochila, sentou no tapete da sala e ficou com as solas dos pés viradas na minha direção, ambos cobertos pelas meias amareladas. Meu nariz amolou na marola quente que vazou das botinas, eu respirei fundo e não soube se admirava as coxas do PC, o volumão amontoado entre elas ou as manchas de suor na altura das axilas dele. E quando o sacana abriu os botões da blusa polo? Tive que me concentrar pra não desfocar da realidade.
- Será que tua irmã vai demorar, Tino?
- Ih, depende do trânsito. Até umas sete ela chega.
- Putz... Pior que essa calça tá me matando, mó calor.
- Quer um short emprestado? Eu tenho um de elástico que acho que dá em você.
- Pode ser. Vai fortalecer, mano.
Fui no quarto buscar o calção, trouxe pra ele e pensei que PC ia pro banheiro se trocar, mas o danado abaixou a calça na minha frente, ficou de cueca e eu me embolei dos olhos, quase fiquei bisonho com o tamanho daquele pacotão roliço embrulhado no pano. Parecia uma tromba, uma borracha, e olha que estava flácida, mas ainda assim era massuda, pesada e tombada contra o tecido repuxado. Detalhe: havia uma mancha de babão na cueca, indicando que o puto provavelmente ficou de pau duro várias vezes no trabalho, por isso acabou melecado.
- Só não sei se vai dar em mim, paizão. Tá ligado que todo flamenguista é pirocudo? – ele apertou a pica, olhou pra mim e percebeu que eu tava manjando, mas levou na esportiva e optou pela zoação.
- Ah, pronto. Começou. Flamenguista se acha, isso sim. Daqui a pouco vai dizer que-
- Todo vascaíno é viado, não tem erro. Tehehehe!
Ciente ou não disso, PC leu dentro da minha mente e me tratou de um jeito que nunca nenhuma outra pessoa tratou, muito menos meu pai ou minhas irmãs. Ele vasculhou meu cérebro sem ter noção dos efeitos que sua encarada causaria em mim, e eu fiquei tão mexido que demorei a responder, meio que confirmando silenciosamente o que o cretino disse sobre vascaínos.
- Tem noção que você tá chamando o irmão da sua namorada de viado, PC? – cobrei postura.
- E daí? Vai dizer que não é? – ele me analisou e aguardou pela resposta, mas ela não saiu da minha boca.
Não precisou. Só do cara chegar chegando assim, era sinal de que eu não tinha o que esconder dele. A mágica da nossa relação se desenrolou dessa forma, sem eu ter que dizer o óbvio e sem PC fingir que não sabia. Tudo tranquilo até então, certo? Certo.
Aí entra o ponto crucial: não era o físico dele que me instigava, mas sim seu comportamento zoador, o jeito de marmanjo brincalhão.
- A prova de que todo vascaíno é biba é que tu não para de olhar pro meu pau, Tino. Tá me deixando sem graça, cuzão. – ele segurou o caralho e riu.
- Olha, PC, brincadeira tem limite. Você não me provoca, cara. – tentei resistir e não olhar, mas foi mais forte que eu.
- Qual foi? Nunca viu rola antes, filhão? Heheheh...
- Tô falando sério, PC. Para de palhaçada, porra, veste logo o calção.
- Ficou curioso, né? – o filho da puta desceu a estampa da cueca, eu vi o início dos pentelhos curtos e também o talo do piruzão, quase babei.
Foi quando ele soltou o elástico, interrompeu a palinha e caiu na risada. Em seguida pôs a mão no meu queixo, fechou minha boca e achou graça da minha cara de bobão.
- Baba não, moleque. Sou teu cunhado, lembra? Hehehe! Tem que andar na linha comigo, não esquece.
- Ah, sai fora. Você que é muito do implicante, isso sim. Eu tava aqui quieto jogando e cê veio mexer comigo. Pra quê?
- Implicante não. Sou zoador, é diferente. Só tô brincando contigo, Tino. É meu jeito, mas se tu quer que eu pare...
- Não, não precisa parar. Já que é zoação, então é zoação. Ninguém tá falando sério aqui.
- Quer que eu continue? – ele esticou a perna e jogou o pezão quente no meu colo.
- É contigo. Quer continuar? – eu resisti e evitei o contato, pois agora já sabia que era só mais uma zoação dele.
- Então já é. Se liga, tá com a mão limpa aí?
- Tô, por quê?
PC abriu as pernas e deixou a piroca acumular no meio da virilha antes de responder. Chegou a formar uma tenda no short, de tanto piru.
- É que eu me amarro em ver vascaíno pegando no meu p-
- Oi, amor, cheguei! – a voz da Daphne invadiu a varanda, ecoou na sala e nos interrompeu às pressas.
Disfarçadamente, o galalau levantou do tapete, ajeitou o entulho no calção e foi na porta da sala receber minha irmã com um beijo. Eu fui fazer a janta, deixei o casal a sós e eles seguiram pro quarto dela por pouco tempo, depois a Daphne partiu pro banho e o molecão voltou pro meu lado pra me perturbar na cozinha.
Quando eu estava no fogão cozinhando, ele passou atrás de mim, fingiu que esbarrou a cintura na minha bunda e me deu uma sarrada explícita.
- Aí, não tô dizendo? Todo vascaíno é tchola, não adianta.
- Eu, né? Não foi você que me encoxou, não? – debochei.
- Eu? Sou macho, tá maluco?! Aqui é Mengão, tu tá de bobeira!
- Então não me encosta, pode ser? Foi você que chegou perto, eu tava aqui na minha.
- É que o espaço é apertado, moleque. A gente tem que se espremer pra passar na cozinha, ó. – outra roçada, só que dessa vez ele prendeu minha cintura e pincelou a pica de um lado pro outro na minha bunda, ainda riu.
- Tá fazendo isso pra me testar, não é possível. Hahahah!
- Tô zoando, cuzão. Behehe! Não posso mais gozar na tua cara? – PC mexeu a mão pra frente e pra trás, gesticulando punheta.
- O QUE VOCÊ FALOU!?
- Tá surdo?! Não posso mais gozar com a tua cara, Tino? – ele segurava o riso e apertava a pica enquanto falava comigo, típica mania de hétero bobão.
- Não foi isso que você disse, PC. Cê não vale nada, cara. Hahaha!
- Na moral. Além de viado, os vascaínos são tudo surdo. Hehehe... – o pilantra saiu de perto de mim e andou na linha, afinal de contas não estávamos mais a sós em casa.
A pior coisa que pode acontecer na vida de um gay é ter um amigo hétero brincalhão e zoador. Porque quando o cara é bem resolvido demais, vira missão impossível não criar intimidade com ele, e você tem que lembrar a todo instante que aquele macho ali é heterossexual. Ele não tem as mesmas intenções que você, não vai te botar pra mamar e muito menos te comer. Brinca de passar a pica na sua bunda? Brinca, mas é zoação. Tudo ilusão. Zoeira de amigos e implicância entre cunhados, nada além disso.
- Que isso, moleque, tá com mó rabão. – ele falou no pé do meu ouvido uma vez.
- E agora você tá reparando no meu rabo, é isso mesmo?
- Rabo? Que rabo? Falei que quero macarrão, vascaíno. Iiih, qual foi! Tá de vacilação, né? Gehehe! – deu um tapa na minha bunda.
- Você não perde a oportunidade, inacreditável. – desliguei o fogão e fechei a panela do feijão.
- Bom é que contigo é pique lavo, passo e “cuzinho”, gostei de ver. Se liga, nunca provei tua rabada. Será que é gostosa, Tino? – assanhado, PC segurou meu ventre, encaixou o short sem cueca na minha bunda e eu me vi de nádegas divididas pela trolha dele.
- Pronto, lá vem você. Deixa eu cozinhar em paz, vai? – até parece que eu não fiquei todo excitado com cada encoxada que ganhei.
- “Cuzinha”, quero ver. Dá conta? – fez a pergunta e grudou o queixo no meu ombro, seu corpo colado nas minhas costas.
- Cara... Mmm... Já mandei você parar com essas brincadeiras tuas. Se meu pai chega aqui ou se a Daphne vê... – sem querer pisquei o cuzinho e a pica do sacana atarraxou no meu rego.
Não fosse a presença das roupas dividindo nossas peles, a penetração teria acontecido nessa tarde. A pressão foi tão cabulosa que o garotão apertou a mão no meu braço, a giromba cantou outra vez no meu lombo e engrossou de tamanho descontroladamente, a coisa extrapolou a zoação. Ele percebeu o estrago, se deu conta do que estávamos prestes a fazer e sussurrou na minha nuca.
- Tô ligado que tu gosta. Tá vendo como todo vascaíno é boiola? Não falha nunca. Heheheh... – e me soltou.
Como sempre, só mais uma zoação escrota do namorado da minha irmã. E como eu disse antes, que desgraça ter amigo hétero, gostoso e zoador feito o PC.
- Você diz que vascaíno é viado, mas todo flamenguista é tarado, porque cê não me larga.
- E tu gosta. Nunca me afasta quando eu brinco contigo. Gosta quando eu pego assim, ó. – passou a mão no meu cabelo, me envergou pra trás, empinou meu corpo a seu favor e largou a outra mão em cheio na minha traseira, deu um puta tapa.
- Hmmm! Já mandei não me provocar, filho da puta... – tesão do caralho, muita adrenalina na cozinha.
- Heheheh! Ó as ideia, mané. Se orienta. – e me largou de novo, mas eu reparei a giromba quase fazendo a curva na cintura dele.
PC me zoar não significava que a gente ia transar e que ele ia trair minha irmã em casa. A questão era a seguinte: por quanto tempo eu ia conseguir levar as brincadeiras só na esportiva? Porque convenhamos, ninguém é de ferro. A cada zoeira, a cada encoxada escondida na cozinha, meu cu piscava na pica dele e eu morria de vontade de deixar aquele flamenguista sem vergonha ser o primeiro a alargar minha carne, confesso.
Teve um dia que ele sabia que eu estava sozinho em casa, entrou sem fazer barulho e me pegou desprevenido na beira do fogão. PC tava de pau durão e louco pra fuder, praticamente debruçou o volume da calça na minha traseira, cravou o corpo no meu e foi uma daquelas situações nas quais, se não fosse a roupa, com certeza teria rolado sexo anal no pelo, sem capa e sem cuspe.
- Sssss! Peguei de jeito, né? Até piscou, a piranha. Hehehe! – nem ele se aguentou, gemeu.
- Que susto, porra! Você ainda vai me matar, cara. – fiquei arrepiado com seu calor físico me cobrindo.
- É hoje que eu vou provar esse teu lombinho, é? – PC encaixou o cacete entre minhas nádegas, pulsou de leve e eu automaticamente pisquei de volta, praticamente sexo de roupa.
- Mmmm... Né possível que isso é zoação pra você. Eu não acredito.
- Qual foi, tá me estranhando? Tô brincando, cuzão. Heheheh!
- Brincando... Sei...
- Iiiih, vou até parar. Tu tá confundindo legal, mano. – ele apertou o mastro no jeans e não escondeu a protuberância latejando sozinha.
- Eu, né? Tá bom então. Melhor parar mesmo, vai acabar dando merda. – concordei.
Como se não bastasse o jeitão zoador e sempre pronto pra piada, o namorado da Daphne era o tipo de cara folgado que sentava sem camisa no sofá, abria os braços, mostrava os sovacões e me puxava pra perto dele, pois queria companhia até minha irmã chegar do curso.
Exausto e suado do trampo, PC cansou de jogar os pezões no meu colo e pedir massagem, ou então me abraçava e não se importava com os pelos do sovaco tocando minha pele, molhando meu braço de suor.
- Bota um papá aí pro teu fechamento que hoje eu cheguei morrendo de fome.
- Aqui virou pensão? Tá achando que eu sou o que, sua empregadinha? – brinquei.
- E não é? Tu faz tudo pra mim, só falta me dar o cu. Heheheh! Eu pego tua irmã, mas minha namorada é tu, pô. Tu sabe que nós vai ser marido e mulher um dia, eu e tu. Heheheh!
- PC, PC... Já te avisei, PC. Tá com muita confiança pra cima de mim, cara, depois fica falando que é só zoação.
- E é zoação. Tá ligado que eu sou brincalhão, te falei. Vai falar que tu não gosta, Tino?
Claro que eu gostava, vou mentir pra que? E era justamente por gostar que sobreviver ao PC foi um desafio pra mim, um teste de resistência durante os três anos que tive que conviver com ele na Gamboa. Esse flamenguista zoador não era como os outros ficantes que a Daphne pegava e depois mandava ralar, pelo contrário, a relação dos dois durou muito tempo e eu sofri pra lidar com ele.
Como se nada disso fosse suficiente pra me fazer sentir tesão no namorado da minha irmã, cansei de pegar o casalzinho dando beijos e amassos até tarde no portão de casa. A rua era escura e ficava vazia depois das 21h, os dois sentavam no canto do muro e era lá que ele cansava de implorar pra Daphne fazer uma chupeta, mas ela dizia que tinha nojo, se despedia e entrava pra dormir.
- Ainda tá aí, amigão? – fui falar com ele numa dessas vezes.
- Tava com a tua irmã, mas ela como... Vacilona. Deixou na mão, como sempre. – PC apertou a piroca na calça e eu salivei no tamanho da ereção, o caralho até pulsou.
- “Quer uma ajudinha?” – me controlei pra não abrir a boca, quase saiu.
- Chegar em casa vou ter que bater umazinha pra dormir leve.
- É, é o jeito. – cheguei a me tremer de nervoso, sério.
- A menos que... – ele me olhou e depois olhou pra minha mão. – Melhor eu meter o pé, Tino. Do jeito que eu tô, capaz de... Valeu. Tamo junto, moleque.
Tirou a mão da pica e estendeu pra se despedir de mim, a ponto de eu sentir o calor do saco dele entre os dedos.
- Tá certo, vai lá. Boa punheta.
- Hehehe. Já é.
Ah, se arrependimento matasse... O foda de oferecer uma ajudinha pro namorado da Daphne é que ele vivia de zoações. Se desse errado, tinha o risco de o PC acabar contando pra ela. Já pensou? Aí sim minha vida viraria um inferno na Gamboa, tudo que eu menos queria. Mas, se por um lado eu fugia dos problemas, por outro, parecia que eles me caçavam dentro de casa.
Por exemplo: a primeira vez que PC dormiu lá em casa.
Meu pai avisou que ia passar uns dias na coroa com quem ele dormia às vezes, Daphne soube que ficaríamos sozinhos no final de semana e levou o namorado pra dormir lá. O casal aproveitou pra meter, rolou gemido até altas horas e eu não consegui ter paz pra dormir no meu quarto, então levantei e fui jogar Call of Duty na sala até eles pararem com a barulheira.
- “Dá vontade de contar tudo pro pai.” – pensei em me vingar.
Tô eu lá jogando, o barulho dentro do quarto para e logo depois vem o ruído da porta abrindo. PC saiu só de samba-canção, já viu? Aqueles shortinhos moles de dormir, tipo pijama. E detalhe: sem cueca por baixo e com a penca do bichão balançando solta. Ele parou de pé do meu lado, sorriu fácil e eu senti um cheiro forte de cloro, custei a perceber seu tanquinho melado de rajadas grossas de leite.
- A noite foi boa, pelo visto. – comentei.
- Tua irmã detesta fuder. Hoje ela tava animada.
- Sério? Ela não dá a pepeca?
- Só às vezes. É raro.
- E você faz o que pra se aliviar?
O garotão segurou a tora, gesticulou como se estivesse tocando punheta e riu, safado por natureza.
- Tá com a mão limpa aí, vascaíno? – ele falou baixinho.
- Não começa com suas piadas. Hahahah!
- Hehehe! Porra, mó canseira... – esticou os braços, mostrou os sovacos e começou a despreguiçar o corpo.
Ver os pés desse filho da puta se abrirem no tapete da sala me deu água na boca, fora o abdome melecado de mingau, o perfume de água sanitária masculina me entorpecendo e o visual veiúdo e suado do PC preenchendo minha visão. Tava na cara que ele tinha acabado de fuder e ainda queria mais, deu pra ver pelo vai e vem vivo da cobra se mexendo na samba-canção.
- Vou dar um mijão e vou deitar. Tamo junto, Tino.
- Boa noite.
- Boa. – bagunçou meu cabelo e se despediu.
Diferentemente da Lucélia, minha irmã Daphne não nasceu bonita, mas era inteligente e metia a cara em tudo quanto era concurso. O sonho dela era conseguir trabalho na Polícia Civil de SP e abandonar de vez o RJ, e PC já tinha dito que viajaria pra lá com ela se tudo desse certo, pois ele não tinha família no Rio e encontrava mais oportunidades de emprego em São Paulo do que aqui.
Por conta disso, eu sabia que era questão de tempo até nosso laço se desfazer, então tentei desapegar antecipadamente e não nego que forcei uma distância entre nós. Diria que fiquei um pouco frio com o namorado da minha irmã durante umas semanas, talvez rindo menos do lado dele e zoando quase nada. O flamenguista ia lá depois do trabalho, eu inventava desculpa e fugia pra tomar banho, em vez de ficar na sala ou na cozinha fazendo hora com ele.
- Qual foi, cuzão? Tá bolado comigo?
- Não. Por que estaria?
- Sei lá, Tino. Parece que tá me evitando.
- Tô nada. Só tô... Focado no curso, só isso.
- Sei. Tendi. Se tu tá dizendo... Bora tomar uma até Daphne chegar?
- Não tem cerveja aí, acabou.
- Relaxa, mano, eu trouxe. – ele levantou o braço e mostrou as cervejas geladas. – Só bora.
- Minha cabeça tá doendo um pouco, eu acho melh-
- Já é, Tino. Tu que sabe, vou ficar te obrigando a nada, não. Valeu.
- Calma, espera. Eu vou, eu vou! Foi mal...
Fomos pra sala, sentamos no tapetão, abrimos as primeiras cervejas e ele se prontificou de jogar o pezão no meu colo pra ganhar massagem. PC se abriu ao meu toque, o cheiro do chulé azedinho tomou minha respiração de assalto e eu fui nutrido pela boa testosterona de um garotão que passou a tarde toda trabalhando na rua, instalando antenas e ficando de pau duro a cada hora.
- Saudade de tu, Tino. Tu já foi mais meu parceiro, meu fechamento, agora deu pra abandonar. O que tá pegando, mano? Fiz alguma zoação errada? Peguei pesado com o teu Vascú?
- Não, é coisa minha. Não tem a ver com você.
- Tem certeza? – ele me fitou.
Eu não respondi, pelo menos não com palavras. Olhei nos olhos do PC, admirei seu peitoral desenhado na blusa do uniforme e mais uma vez me perdi nas manchas de suor perto das axilas. Desci o olhar, acompanhei seu abdome e em seguida a cordilheira empilhada dentro da calça, foi aí que ele dobrou os dedos dos pés na minha mão e captou minha atenção.
- Tá me olhando assim desse jeito... – falou baixinho.
- É que eu te acho bonitão. – meu coração disparou.
- Acha mesmo, Tino?
- Demais. Você é todo lindo, PC. Agora cabe a você adivinhar se eu tô falando a verdade ou se tô aprendendo a ser zoador que nem você. Hahahah... – disfarcei.
- Ora, porra. Tá me testando, moleque?
- Talvez.
- Tá não. Sei que não.
- Como você sabe que não? Posso estar te testando esse tempo todo, desde o início.
- Tá nada. Quer ver?
Sem tirar os olhos dos meus, ele abriu o zíper da calça, abaixou a cueca e mostrou os pentelhos escuros.
- Tá vendo como tu me acha bonito? Né teste não.
- Não é teste, eu acho mesmo. Mas a gente nunca falou abertamente antes, você nunca ouviu da minha boca.
- E preciso? – o puto apoiou os braços atrás da cabeça e eu senti aquele perfume delicioso de macho ferroso banhar meu rosto.
- Seu cheiro me deixa maluco, cara. – eu admiti.
- Tô suadão, moleque.
- Mesmo assim, eu fico doido contigo. Passo mal quando você mostra os pentelhos, sou doido pra cheirar eles.
- Tu quer... Me cheirar? – PC ergueu uma sobrancelha e fez cara de quem ia rir.
- Tá brincando comigo, PC? Se for uma daquelas suas zoações, eu vou ficar muito puto. Tô falando sério. – não sei o que me deu que me senti testado e acabei reagindo.
- Tô com cara de quem tá brincando? – nunca ouvi sua voz tão séria quanto nessa tarde na Gamboa.
O flamenguista pegou minha mão e botou lá dentro da cueca, em contato com a intimidade quente e aplumada dos pentelhos suados pós trabalho. Meus dedos, curiosos, foram tão longe que eu sem querer toquei no talo da pica dele. Nesse momento, nossos corpos chegaram perto demais e ele me olhou de lado, quase cara a cara.
- Você não imagina como cê brinca comigo, PC. Esse tempo todo e eu sendo obrigado a fingir que é tudo zoação, tudo-
- Sssh. – ele calou minha boca com o dedo. – Para de falar e faz o que tu tem que fazer, vascaíno, antes que eu me arrependa.
- PC... – senti a piroca crescer no jeans, agarrei ela lá dentro e foi difícil segurar com a mão inteira, porque era rola demais pra dar conta.
- Tino... Fffff... Que parada esquisita...
Eu até poderia passar a pica dele pra fora da calça e ter um papo sincero com ela, mas não quis interromper o tesão sincero do PC. Além disso, rolou toda uma tensão sexual em não ver o pau que eu masturbei. Meu cuzinho piscou de fome, o pacote inchou no jeans e o cheiro de rola suada subiu poderoso pro meu nariz, cheguei a ficar zonzo nessa hora.
- Caralho, PC... Pena que não vendem essa fragrância. Ficaria o dia inteiro aqui te cheirando.
Calado, ele abaixou ainda mais a calça, exibiu a relva de testosterona e eu não perdi a oportunidade de chegar o nariz perto pra inalar a primazia da virilidade do namorado da minha irmã. Meus pulmões inflaram de feromônios, meus olhos lacrimejaram do excesso de cheiro e nada da pica parar de vibrar entre meus dedos.
- Cê é o cara mais gostoso que eu conheço, PC.
- Tá falando sem zoação, vascaíno?
- Claro! Você ainda pergunta? Tô falando sério.
A mancha de babão transpareceu no jeans, ele se melou todo com meus elogios e não escondeu o talo da piroca inchando na minha frente. Iniciei uma punheta necessitada pro garotão, ele relaxou no tapete e me deixou socar sem neuras, enquanto me observava e gemia baixinho.
- Você nunca mais vai precisar ficar na mão, se depender de mim.
- Será? SSSS!
- Tô aqui pra malhar o braço por você.
- Então malha, acelera essa porra! FFFF! – fechou os olhos, mordeu o beiço e morreu de prazer, entregue ao meu toque sedento.
O puto tava doido pra dar aquela gozada esperta, começou a mexer a cintura e fodeu minha mão sem pena, como se quisesse descontar a falta de sexo com a Daphne na mão amiga.
- Quero te mamar, posso?
- OOORSSS! Continua na mão, tá bom pra caralho!
- Tá gostando mesmo? Sério?
- Demais, pô! Para agora não! SSSSS!
Toquei seu corpo no uniforme, alisei o bico do peito duro na blusa, ele segurou meu braço e controlou o ritmo das minhas mãozadas no porrete.
- Sério, tô babando pra te chupar. Posso pelo menos... – arriei a calça dele, botei o bichão pra fora e finalmente vi a pirocona ao vivo pela primeira vez.
Grande, grossa, com os pelos aparados curtos, ligeiramente mais escura que o tom de pele parda do bonitão e com um sacão de respeito pendurado no talo. Duraça, a cabeça rosa melada de pré-porra e com a pele tão lisa que dava pra ver meu reflexo na superfície dela, envernizada de babosa de macho. Pra mais de um palmo de rola, tem noção? Difícil até de segurar.
- Só uma chupada, vai?
- Melhor não arriscar. Tua irmã vai chegar a qualquer momento, vascaíno. Hmmm...
- Mas a gente já tá aqui agora. – apertei o saco dele, estufei as bolas entre meus dedos e senti o quão cheias estavam.
Em resposta, a pica chorou mais babão grosso na minha mão, o cheiro de rola suada subiu e, além do suor, o tesão tomou conta dos meus instintos. Acho que me senti poderoso demais tendo uma piroca cabeçuda e de mais de 19cm em meu poder. Minha mente sucumbiu aos desejos, eu abri a boca e chupei o ovo esquerdo do PC.
- SSSSS! O que tu tá fazendo, moleque...? FFFF!
Nem respondi, só pensei em aliviá-lo do jeito certo. Arreganhei os beiços, engoli a outra bolota junto, aqueci os filhos do sacana no calor da minha língua e a jeba praticamente MIJOU pré-gozo esbranquiçado na minha cara. Foi aí que ele me olhou, gemeu e riu do que estávamos fazendo, tão mergulhado na adrenalina e no prazer quanto eu.
- Tinha que ser vascaíno mesmo. Hehehe! Boca quente.
- Será que nem nessa hora você consegue parar de zoar? Hahaha.
- Do jeito que tu tá doido pra me mamar? Não. Hehehe! Eu tô suado do trampo e nem assim tu sente nojo, Tino.
- Não tenho nojo de você. – mordi o pezão, lambi entre os dedos, dei-lhe um cheiro no sovaco e voltei a mamar na saca raspada, não resisti.
- Quer mamar mesmo? – ele me olhou torto.
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