Melhor amigo (Meu sogro descobriu que era meu sogro)

Da série Melhor amigo
Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 2664 palavras
Data: 15/09/2025 22:06:30

MEU SOGRO DESCOBRIU QUE ERA MEU SOGRO

A viagem de ano novo fez com que meu namoro com Di ficasse ainda mais sério, e sólido também, estar com um cara com ele era bom para minha alta estima. Di era carinhoso, bonito e muito atencioso, tudo que sempre sonhei em alguém para namorar. As coisas de modo geral estavam boas, não só no meu namoro, mas na vida de forma geral.

Janna e Ryan haviam se tornado mais próximos a mim — agora nos rolês que íamos eles sempre ficavam comigo e isso me fazia pertencer aquele grupo de amigos. Com o tempo me tornei confiante e seguro sobre mim. Estava no último ano da escola, namorando um cara lindo e finalmente tinha amigos, nada poderia fazer com que meu ano começasse melhor.

Sobre o Zé logo quando voltamos fiquei sabendo que ele havia decidido permanecer um pouco mais na casa de sua madrinha — devia está com medo de voltar — saber disso foi um verdadeiro alívio, pois meu namorado ainda não havia desistido da sua vingança, Di só iria sossegar depois de pegar o Zé na porrada, torcia para que o tempo aplaca-se sua fúria e assim poderíamos evitar o pior.

O mês de Fevereiro havia começado bem, tinha o carnaval e muitas festas acontecendo pela cidade. Nossos amigos escolheram um fim de semana para curtir o carnaval na casa de praia do Binho, porém Di teve outra ideia — nós quase nunca podíamos fazer algo só a gente — que foi não ir para casa de praia e ficar comigo tecnicamente sozinho. Ele escolheu o Bloco das Cachorras que era uma festa já tradicional da cidade e ao invés de nos juntarmos aos nossos amigos na casa de praia fomos curtir o bloquinho só eu e ele.

Di estava lindo, de bermuda jeans, tênis e camiseta preta, com seus braços fortes bem amostra — muitas vezes me pegava contemplando sua beleza e me perguntava o que ele havia visto em mim — eu era o cara careta e caseiro, mas desde que tinha o conhecido isso havia mudado, Di era rolezeiro desses que ama uma farra e meio que fui seguindo seus passos, para mim tudo que me importava era poder estar perto dele.

Nunca na vida tinha me imaginado em um bloco de carnaval de rua, era tanta gente na rua ouvindo o som estridente da banda, a animação era contagiante, eu estava feliz por está lá com Di e tinha certeza que ele se sentia igual. ele tinha poder sobre mim, seu sorriso me desarma, seus braços me dominavam sem dificuldade, seu toque provocava choques em todo meu corpo.

Diogo tinha uma forma única de ver o mundo e sabia aproveitar ao máximo até os momentos mais simples, ao mesmo tempo em que ele era minha rocha, muito pé no chão, isso me deu segurança de desfilar de mãos dadas com meu namorado gostoso para que o mundo pudesse saber — pelo menos o bloco das cachorras saberiam — que aquele pedaço de mau caminho era meu.

Di estava tomando cerveja, pois como estávamos só nós dois ele não queria ficar muito bêbado, eu fiquei na água e no refrigerante, primeiro porque era minha primeira vez nesse tipo de festa e segundo e eu gostava de cuidar do meu namorado. O bloquinho era na rua e ali não existia distinção de hétero ou gay, foi a primeira vez que me sentir parte de algo, eu poderia beijar o Di e no máximo teria olhares de inveja, isso era simplesmente libertador.

Eu estava “dançando” — está entre aspas porque eu estava pensando que dançava bem — enquanto o Di apenas ria me observando, acho que nem com nossos amigos eu ficava à vontade como estava naquele momento, rebolava para o meu namorado e nos agarramos a todo momento sem medo. Quando a tarde estava próximo do fim Di já estava bêbado, porém ainda lúcido, nos preparamos para ir embora quando um carinha menor que o Diogo veio falar com a gente, ele tinha Glitter por todo seu rosto e usava um macacão jeans, era um jovem bem feliz.

— Vocês são namorados? Meus amigos e eu achamos vocês dois muito fofos.

— Sim, ele é meu namorado — Di tomou as rédeas da conversa e eu agradeci mentalmente.

— Eu sabia, aquelas vagabundas estão me devendo uma vodca, a gente vai esticar na praia — o bloquinho era próximo de uma praia famosa da cidade — vocês não querem vir.

— Você quer ir, Fabim?

— Ah! Assim você vão me matar de tanta fofura.

— Você quem sabe amor! — Os olhos do Di brilham todas as vezes que o chamo de amor, é fofo mesmo.

— Vamos, a gente fica um pouquinho depois, vamos embora beleza? — Sabia que o Di iria querer, ele adora uma farra, mas gosto dele me consultar antes de decidir, mostra que ele se importa com minha opinião.

Concordei dando um selinho do meu namorado, depois acompanhamos a pequena figura que tinha nos convidado. Maumau — que era apelido de Maurício, o carinha que acabamos de conhecer — Maumau estava acompanhado de mais dois amigos, George um cara alto e branquelo e outro chamado Caio, moreno e de boa aparencia, ele era meio forte e tinha um rosto bonito. Em um primeiro momento eles parecem até simpáticos e bem receptivos. George nos ofereceu a vodka que eles estavam bebendo, mas só quem tomou foi o Di.

— Então Diogo, você joga futebol? — Caio perguntou meio que do nada.

— Jogo sim! — Diogo respondeu.

— Dá para perceber pelas suas coxas grossas — nessa hora pisquei algumas vezes me perguntando se estava ficando doido o cara tinha acabado de cantar meu namroado na minha frente.

— Valeu! — Di respondeu ainda sendo educado, mas minha vontade era de pegar esse abusado pelos cabelos e perguntar qual era a dele, para piorar ele ainda continuou.

— E esses braços, minha nossa, com todo respeito, mas acho que você foi o cara mais gostoso que vi hoje aqui no bloquinho.

— Valeu, mas eu tenho namorado mano — Di respondeu me dando um certo alívio, Maumau também riu discretamente.

— Ah foi mau — Caio diz desconversando e um pouco envergonhado por ter tomado um fora na nossa frente.

Só para esse cara ter certeza que não ver ter a mínima chance eu beijo meu namorado na frente dele e de quem mais estiver interessado no meu homem — ele é só meu — ficamos até anoitecer bebendo com eles, a galera é até que divertida, principalmente o George, ele é uma graça não conseguimos parar de rir das coisas que ele dizia. Quando deu nossa hora nos despedimos do pessoal e seguimos para casa, antes pegamos o telefone do Maumau, ele era legal e também morava perto da minha casa, ele se daria bem com a turma nos rolês tive certeza.

Era por volta das oito da noite quando pegamos um ônibus voltando para casa, Di estava bêbado e dando sinais de cansaço. Pegamos acentos no fundo do ônibus, não tinham muitas pessoas e a viagem de volta para casa estava bem tranquila, Di segurava minha mão em seu colo bem próximo ao seu pau, com o balanço do ônibus nossa mão entrelaçada encostava eventualmente em seu volume e isso já foi o bastante para fazê-lo ganhar vida dentro de jeans.

Não consigo me controlar nem um pouco perto do Di então sem pensar muito soltei sua mão e antes que ele pudesse reclamar agarrei seu pau, Di arregalou os olhos e ficou imovel. Era quase como se seu pau ganhasse vida na minha mão, crescendo e endurecendo, não resisti e acabei abrindo seu zíper. O calor do seu membro rígido na minha mão quase me fez gozar, bater uma pro meu namorado dentro de um ônibus era uma completa loucura, mas ainda sim um tipo de loucura que só nós dois tínhamos.

Meu namorado lutava para não dar na cara que estava recebendo uma mão amiga, enquanto eu aumentava o ritmo do vai e vem em sua pica só para provocá-lo, levá-lo ou seu limite. A adrenalina de sermos pegos combinada ao tesão que era segurar o pau do Diogo quase me fizeram melar minha propria bermuda, mas me mantive firme até ver seu pau expelir sua porra quentinha. Di tinha acabado de gozar com minha mão batendo uma para ele e dentro de uma situação onde poderia ter dado merda, eu amo quando ele compra minhas safadezas e a gente acaba dizendo esse tipo de coisa.

— Isso é só o aquecimento do que eu vou fazer com você quando chegarmos em casa — Falei enquanto levava até a boca sua porra que tinha pego na minha mão.

— Assim você vai me martar amor — ele respondeu com um sorrisão tão satisfeito.

Chegando na casa do Diogo tomei um baita susto quando vi a porta e a janela abertas — até porque a casa deveria está vazia — logo de cara na sala vejo o seu Adilson — meu sogro — Estou praticamente carregando meu namorado no meu ombro e meio que não sei o que fazer ou como reagir, meu sogro deveria está trabalhando, porém acabou trocando com um amigo de última hora e ficou de folga.

— Diogo sempre bebe e fica dando trabalho para os outros, não sei o que eu faço com esse garoto, obrigado por trazê-lo para casa Fábio.

— Não deu trabalho nenhum seu Adilson.

— Eu vou te levar para casa Fábio, que já está tarde para você ir só e no carnaval as ruas ficam mais perigosas — ele conhecia minha mãe e também já sabia que o filho dele e eu tínhamos nos tornado amigos, porém nunca tinha ficado em uma situação como essa.

Meu sogro pegou sua moto e me levou para casa, me senti tão frustrado pois tinha tudo planejado para nossa noite juntos. Não tendo muito o que fazer só tomei um banho e fui dormir, pensando no quanto queria está dormindo com Diogo, mesmo que não rolasse sexo, ainda sim dividir a cama com ele sempre era incrivel. O dia amanheceu, quando abri meus olhos tomei outro susto ao ver o Di deitado comigo na cama, ele ainda cheirava a bebida e estava em um sono pesado.

Levantei com cuidado para não acordá-lo. Na cozinha minha mãe que estava cozinhando o almoço para mim antes de sair para o seu compromisso me contou que meu namorado havia chegado a pouco tempo, ela por saber sobre a gente o deixou entrar sem problemas, queria muito que todos fossem como ela, do tipo que conseguem aceitar o meu relacionamento, mas isso não é assim, meu sogro mesmo, Di me falou que ouviu o pai dizer que prefere um filho morto a ter um filho gay.

Deixei meu namorado dormir até a hora que ele quis. Quando passou das uma da tarde foi que escutei ele me chamar com a voz rouca, Di estava melhor, mas manhoso que só. Minha mãe já havia saido e naquele momento só estavamos a gente em casa, por conta disso fiz questão de banhar meu namorado pessoalmente, passando o sabonete por casa parte do seu corpo — principalmente a minha parte favorita que era sua pica — ainda bati uma para ele só para relembrar a loucura que foi punhetar ele no ônibus.

Ele tinha um machucado no joelho que me disse que tinha sido uma queda de bike, pelo o que ele me contou, tipo ontem ele estava bem louco, viu que eu fui embora com o pai dele, porém não fez nada, dormiu quase que na mesma hora em que se deitou, depois quando acordou pegou ab bike do primo e veio me ver, só que no caminho por ainda está tonto da cachaça ele acabou caindo e assim machucando o joelho.

Depois de ficar mimando meu namorado com um banho e depois dando comida em sua boca — ele pediu e achei engraçado fazer isso — resolvemos ir em outro bloquinho de carnaval, só que dessa vez iriamos em um bloco chamado Bloco das Travestidas. Ryan que já havia voltado da casa de praia pediu para ir com a gente, ele havia terminado com a irmã da Anna e queria sair para curtir, como gostava dele não vi problema em levá-lo conosco. Lá ainda encontramos com Maumau. Nosso novo amigo tinha levado um bolo dos seus amigos e se juntou com a gente para não ficar sozinho.

Mesmo sendo domingo o movimento nesse bloquinho está bom também. Ryan não demorou até achar uma mulher para beijar, quando pensei que não já estávamos só eu, o Di e o Maumau. Maurício era realmente um cara legal, para não ficar segurando vela nossa resolveu ir para onde o Ryan estava com o pessoal da mina que ele começou a pegar enquanto a gente — Di e eu — ficamos curtindo a festa sozinhos mesmo.

Dessa vez estava tudo diferente, não estava no mesmo pique da festa no dia anterior, mas só em o Di não beber já era uma notícia muito boa. No final da tarde nossos amigos seguiram para outra festa, mas Di e eu só queríamos chegar em casa e nos curtirmos — afinal meu sogro não estaria em casa naquela noite. Enfim íamos fazer o que tínhamos combinado no dia anterior. Meu sogro não estaria, ou seja, teríamos a noite toda.

Quando chegamos em casa já me senti aliviado de ver que meu sogro não estava, essa noite pelo que parecia teríamos mais sorte — pelo menos foi o que eu achei. — No quarto Di tirou sua camisa e deitou sobre mim na cama, ele me beijava com urgência, parecia até que fazia muito tempo que não ficávamos juntos. As coisas foram esquentando como de costume, mas foi ai que ouvimos a voz do seu pai falando com uma vizinha.

Foi um baita susto, Di levantou de uma vez e se apressou em vestir a camisa. Adilson foi entrando em casa chamando pelo filho, pelo seu tom de voz não parece nem um pouco feliz, fiquei preocupado, mas Di estava tranquilo — ou só não queria me preocupar — o problemas é que a cara do meu sogro não melhorou em nada quando nos viu sair do quarto juntos, acho até que ele ficou mais irritado.

— Ainda bem que o Fábio está aqui, que assim vocês dois podem me explicar que porra vocês estavam fazendo aos beijos no bloco de carnaval — meu corpo congelou, falto até força nas pernas, Di percebendo a raiva do pai se colocou entre nós tomando a minha frente.

— Não sei do que o senhor está falando — Di tentou negar, mas isso só o irritou ainda mais e do nada ele acertou um soco no rosto do meu namorado.

— Eu vi filho da puta, ninguém me contou não, tu é tão burro que não lembrou que eu te falei eu ia trabalhar na segurança la do carnaval!

— Senhor Adilson a gente pode explicar! — Não conseguia pensar em mais, nada, só que não queria que ele machucasse o Di.

— Fábio, nesse merda eu posso bater, então eu vou te falar só uma vez e numa boa até porque eu conheço sua mãe, eu quero que você vá embora da minha casa e nunca mais chegue perto desse infeliz.

— Fabim, melhor você ir, deixa que eu me entendo com meu pai — Di me mandou ir, mas não queria deixá-lo, porém entendi naquele momento que desafiar meu sogro só iria deixar tudo pior, então com o coração na mão fiz o que ele me pediu.

Não conseguia conter minhas lágrimas, eu queria poder fazer algo pelo Diogo, apanhar no lugar dele, mas não tinha muito o que fazer então meio que no desespero liguei para o Ryan, que era nosso único amigo na cidade e contei que o Di precisava de ajuda, não conseguia falar só chorava, o Ryan por sorte não tinha bebido muito até porque acordaria cedo na segunda e foi capaz de entender o que eu falava, em casa eu só chorava e esperava por notícias, em geral o pai do Di era um homem calmo e carinhoso com ele, eu nunca tinha visto ele bravo daquela forma.

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Essa tensão entre filho e pai veio a calhar para mais um clímax na história. Conte-nos mais.

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