Meu nome é Flávia, e hoje quero contar a minha história. Talvez muitos me julguem, mas antes de apontarem o dedo, peço que tentem me entender.
Tenho 25 anos, sou nutricionista e casada. Desde cedo percebi que minha beleza chamava atenção. Nunca me achei melhor que ninguém por isso, mas sempre soube do impacto que meu corpo causava. Eu sou loira natural, olhos verdes e boca carnuda. Sonhava em ser modelo, mas não me encaixava nos padrões exigidos, meus peitos sempre foram grandes e minha bunda também, eu fazia mais o estilo panicat do que modelo de pista. Fiz alguns trabalhos locais, ajudei amigas em lojas pequenas, mas logo aceitei que aquilo seria apenas um sonho distante.
Nasci em Santa Catarina e, aos 18, me mudei para o Rio de Janeiro para estudar. Foi lá que vivi uma das noites mais marcantes da minha vida: o Rock in Rio. Era o show do Coldplay, minha banda favorita, e foi ali, entre gritos e luzes coloridas, que conheci Diego — típico carioca: bonito, corpo sarado de praia, sorriso fácil. Jovem empresário cheio de energia e promessas. Ficamos juntos naquela noite e foi uma delícia. Desde que descobri o sexo, me tornei uma viciada, sentia muito tesão a toda hora, mesmo assim nunca fiz loucuras, transei somente com os poucos namorados que tive e assim com Diego.
No começo, tudo parecia perfeito: amor, companheirismo, amizade. Além do amor, na cama nos demos bem desde o início, diego tinha um pau mediano, mas era uma delícia, nunca falei isso para ele, mas adorava chupar aquele pau, além disso não tinhamos nenhuma frescura na cama, fazíamos de tudo, eu até gostava de dar o cuzinho para ele. Diego tinha uma padaria, e eu o acompanhei quando ela se transformou em uma rede. O crescimento parecia meteórico, mas junto com o sucesso veio também a distância. O homem carinhoso que me conquistara começou a desaparecer.
Logo percebi que não era mérito dele: dois funcionários antigos eram os verdadeiros pilares do negócio. Acho que o sucesso tornou Diego arrogante e ele passou a desvalorizá-los, até que um dia eles foram embora para a Europa. A queda foi inevitável. Sem eles, Diego se mostrou perdido — não sabia treinar, não sabia negociar, não controlava contas. E em casa... também não sabia mais ser marido, sempre chegava em casa cansado ou de mal humor e perdia as contas de quantas vezes me deixou na mão(literalmente).
Foi então que surgiu Ryan. Diego apareceu um dia animado, dizendo que tinha contratado um padeiro novo, cheio de talento. Fiquei esperançosa: talvez fosse um sopro de vida para o negócio — e para nós.
Conheci Ryan antes mesmo de vê-lo na padaria. Um domingo de praia. Diego havia saído para buscar água de coco quando o rapaz apareceu. Alto, magro, desengonçado, mas com uma presença que chamava atenção. Estava só de sunga verde que só não chamava mais atenção do que o volume que tinha no meio das pernas, pensei que talvez ele tivesse colocado uma meia dentro, para impressionar. Minha pele ardia de sol e, sem pensar, pedi que ele passasse protetor nas minhas costas. Ele se ajoelhou em silêncio e espalhou o creme devagar e com respeito, mas claro, não passou na minha bunda. Mas acho que deve ter dado uma bela olhada. Agradeci, e logo Diego voltou, sem perceber nada.
Alguns dias depois, encontrei Ryan na padaria. De perto parecia ainda mais jovem, quase adolescente, mas havia nele algo intrigante. Conversamos rápido antes que ele saísse correndo para não perder o ônibus. No caminho de volta, vimos o rapaz sentado no meio-fio, perdido. Disse que tinha perdido o ônibus e, tímido, perguntou se podia dormir na padaria. Oferecemos então nosso apartamento para ele passar a noite.
Ele aceitou. Ficou encantado com o lugar — e eu, sem querer, percebi aquele brilho nos olhos. À noite, abrimos umas cervejas. Antes, Ryan pediu um banho. Pouco depois chamou por Diego, pedindo toalha. Como sempre, Diego não achava nada. Fui eu mesma pegar. Quando bati na porta, Ryan abriu de repente. Fiquei alguns segundos imóvel, em choque com o que vi, o volume que eu achei que era uma meia, na verdade era ele mesmo. Um pau preto enorme, acho que tinha uns 20cm ou mais, bem grosso e veiudo estava na minha frente entreguei a toalha e saí correndo sem falar nada.
Seguimos para a sacada e nem ousamos tocar no assunto com Diego. Eu usava um vestido leve, sem calcinha, porque minha bunda, muito queimada do sol não suportava tecido algum. Bebemos, rimos. O clima era diferente, havia algo no ar que eu não sabia nomear.
Na manhã seguinte acordei antes de Diego. Ainda com o vestido preto amarrotado da noite anterior, fui para a cozinha fazer rosquinhas. Poucos minutos depois Ryan apareceu, cabelo desgrenhado, só de bermuda. Sentou na bancada, curioso.
— Hmm, estou louco para comer uma rosquinha hoje? — perguntou.
— Já já fica pronta. — respondi rindo.
Quando me abaixei para pegar uma panela no fundo do armário, senti o vestido subir e o vento bater bem na minha bocetinha rosada. Não sei se ele olhou, mas o silêncio dele me deixou desconfiada. Fingimos normalidade, tomamos café e decidimos ir à praia.
Ryan hesitou, disse que não tinha roupa. Diego, intrometido, foi buscar uma sunga antiga. Uma branca. Quando Ryan a vestiu, parecia duas vezes menor que o necessário. O volume evidente me deixou sem jeito. Fingi não ver.
Naquele dia, na volta, passamos pela Abricó. Eu, sem saber de nada, quis conhecer. Achei que fosse apenas uma praia bonita, diferente. Diego, de mau humor, cortou logo: "Não." Seguimos viagem.
Dias depois, Ryan tentou me beijar. Disse que eu era especial, eu o empurrei com força, gritei. Diego apareceu e, sem pensar, o demitiu. Com a saída dele, parecia que a sorte também tinha ido embora. O negócio voltou ao caos.
Foi nesse período que conheci Rayssa. Uma mulata deslumbrante, sorriso fácil, corpo de passista. Trabalhando no balcão, sempre prestativa. Logo viramos amigas. Ela sambava em escola de samba, e eu sempre sonhei aprender. Um dia me levou a um ensaio. Me produzi toda, Diego pouco se animou, mas fui. E que noite. Fantasias, bateria, cerveja, risos. Saí cambaleando de tanto samba e cerveja. No banheiro, antes de pegar um táxi, aconteceu: fiz xixi sem nem tirar a calcinha, estava tão bêbada que só depois percebi. Tirei a peça molhada e deixei ali mesmo. Ri sozinha do absurdo, como se não fosse nada. No táxi, o enjoo me dominou. Luzes da cidade entrando pelas janelas, a cabeça girando. Me estiquei no meio do banco traseiro, quase deitando, acho que abri demais as pernas, afinal sempre que olhava para frente o motorista estava vidrado no retrovisor. O mal-estar passou. Em casa, só lembro de Diego perguntando algo... não sei o quê. Mal respondi antes de correr para o banheiro e vomitar. Depois, apagão.
Meses se passaram, e nada mudava. Até que Diego recontratou Ryan. Fiquei furiosa. Mas ele insistia que o rapaz tinha amadurecido.
Algumas semanas depois, parece que nossa vida ia tomar o rumo de onde tinha parado, Diego estava feliz novamente, me dando um pouco mais de atenção, me enchi de esperanças que nosso casamento voltaria a ser que eu tinha sonhado.
No dia do nosso aniversário de casamento, esperei algo especial, mas Diego saiu sem nem me beijar, simplesmente levantou, se vestiu e saiu pela porta. Fui checar minha agenda do dia no notebook dele, e quando levanto a tela, o whatsapp dele esta logado. A primeira mensagem era de rayssa. Eu nunca fui ciumenta e nunca olhei conversas do meu marido, mas fiquei curiosa com aquela. Quando abro, eram fotos, umas 20 fotos de rayssa de lingerie e biquini. Olhei várias vezes, sem acreditar. Será que ele esta me traindo? E ainda por cima fica recebendo fotos de mulher bem no dia do nosso aniversário? Fechei o computador e fiquei incrédula tentando não acreditar naquilo. Abri uma espumante, só o álcool para me acalmar nessa hora.
Cerca de uma hora depois ele me liga, dizendo que íamos para a praia, que tinha uma supresa para mim. Achei que tudo aqui teria uma explicação. Ele chegou com um pacote, me entregou e disse para usar na praia. Fui para o quarto, abri o pacote. Era um conjunto de calcinha e sutiã branco, parecia um biquíni, mas o tecido era bem fininho, algo como algodão. Mas o que mais me chamou atenção era a parte de tras. Um fiozinho bem fininho, que certamente sumiria em mim. Na verdade o biquini todo era pequeno. Mas pensei, Diego gosta de mulher de biquíni, né? Agora ele vai ver, todo mundo vai ficar olhando para a mulher dele. Na hora isso me pareceu uma boa ideia. No caminho fiquei observando a cara de pau dele, nem uma menção sobre nosso aniversário. Irritada, peguei mais espumante e continuei bebendo.
Chegamos na praia. Ele montou tudo, eu tirei o vestido e senti os olhares. O biquíni era o mais chamativo dali. Deitei de bruços, fingindo indiferença, torturando Diego.
Quando ele foi buscar água, abri bem as pernas só para provocar. Eu não conseguia ver, mas acho que o fio era tão fino que os lábios da minha bucetinha deveriam até aparecer. O calor me venceu, corri para o mar. Já estava bêbada. Quando voltei me arrependi de ter ido, o tecido era tão fino que parecia que eu estava sem nada, dava para ver tudo. Mas ainda tomada pela raiva queria que todos olhassem para deixar ele ainda mais sem graça. Diego, com a mesma cara fechada, me enlouquecia.
Decidimos ir embora. No caminho passamos pela Abricó novamente. Dessa vez, desci do carro decidida: "Vamos ali conhecer!" Puxei Diego pela mão. Para minha surpresa, não havia ninguém. Apenas nós, na areia silenciosa.
Chegando na areia, Diego montou novamente nossas coisas — guarda-sol, cooler, cadeiras, toalha esticada no chão. A praia, quase deserta, parecia feita só para nós. Nem pensei duas vezes: tirei o biquini e fiquei completamente pelada, larguei tudo e corri para o mar. Até gostei da sensação de liberdade, nunca tinha ido em uma praia de nudismo antes, mas o fato de estar como vim ao mundo me despertou alguma coisa diferente. A água gelada animou meu corpo, mas na volta, o que me aquecia era imaginar a expressão de desespero no rosto dele.
Eu estava com raiva. Queria fazê-lo provar daquele incômodo, daquela ansiedade, antes de esfregar na cara dele as fotos que eu tinha visto no computador.
Voltei para onde ele estava, sentei-me no chão, sobre a toalha, e retomei minha taça de espumante. Já era a segunda, talvez a terceira garrafa. Ele, por sua vez, mal tocava em uma Skol Beats que eu mesma havia colocado no cooler. Coloquei de propósito, porque sei que ele odeia, vive dizendo que é “bebida de mulherzinha”.
Meu riso ecoava alto pela areia vazia. Um riso espalhafatoso, exagerado, quase forçado. Eu falava sem parar, fingindo estar leve, mas era pura encenação. Então, de repente, notei que Diego tinha congelado. Ficou branco como uma vela, paralisado, os olhos fixos em algum ponto atrás de mim.
— Amor... — ele murmurou, com a voz trêmula. — O Ryan tá vindo ali.
O gelo que o paralisara tomou conta de mim também. Um calafrio percorreu meu corpo.
De repente, todo o meu teatro perdeu o sentido. Eu queria deixá-lo louco, mas não queria me expor diante de alguém conhecido — e muito menos daquele garoto. O arrependimento me caiu pesado: eu devia ter brigado com ele em casa, na hora que vi aquelas fotos.
Encolhi-me de imediato, abraçando os joelhos contra o peito, tentando esconder o máximo do meu corpo. Podia estar visível, mas pelo menos me sentia menos vulnerável. Não me atrevi a olhar de onde estava vindo só o vi quando chegou ao nosso lado, aquela tora ficou bem na altura do meu rosto, ele estava acompanhado de outro rapaz, parecido com ele, que descobri depois ser seu primo, Beto que para minha surpresa tinha um pau quase igual ao dele. Na hora me senti em um filme porno, desses de gangbang.
E foi estranho. Ryan não era mais aquele moleque atabalhoado de antes. Nos cumprimentou com calma, falou sobre a praia, sobre o trabalho, sobre como tinha descoberto aquele lugar. Sempre olhando nos olhos, com respeito, com serenidade. Um homem diferente. Já Beto... não dizia quase nada. Apenas me encarava, como se estivesse hipnotizado.
Eles indicaram onde haviam deixado suas coisas, mas, para surpresa de todos, o lugar estava vazio. Nada: nem roupas, nem celulares, nem chave da moto. Saíram correndo, desesperados, revirando areia como se algo pudesse estar enterrado ali.
Foi nesse momento que, sem pensar, levantei para ajudá-los. Meus peitos, minha bocetinha, minha bunda, tudo estava ali para olharem. E quando me aproximei, Beto congelou, o olhar cravado em mim, quase babando. Ryan, ao notar o primo imóvel, também voltou os olhos para o meu corpo. Mas o dele não era um olhar de surpresa, e sim de predador. A mudança foi sutil, mas clara.
Diego, ao fundo, assistia tudo, completamente derrotado. O arrependimento pela praia, pela bebida, por tudo, estampado no rosto.
Voltamos para nossa barraca improvisada. Os rapazes, sem roupas, sem as chaves da moto, sem saída. E eu, novamente embalada pelo álcool, já não ligava tanto, fiquei ali em pé ao lado deles. Agora já viram mesmo, pensei. Pelo menos Ryan mantinha uma estranha naturalidade, como se estivesse ali apenas pela natureza, e não pelo que acontecia ao redor.
O sol caía. Eu me afundava no espumante, eles viravam uma Skol atrás da outra, e Diego permanecia quieto, quase invisível.
No fim da tarde, decidimos ir embora. Prometemos uma carona. Mas no caminho até o carro, minhas pernas já não obedeciam. Cambaleava, tropeçava, caí duas vezes. O mundo girava. Os meninos também estavam péssimos, encostados em um murinho, tentando se equilibrar.
Diego, nervoso, brigava com a tampa do porta-malas que insistia em emperrar. Eu, rindo sozinha, falei algo sobre o banco de trás, sem nem saber o quê. Quando percebi, já estava sentada lá, entre cadeiras e sacolas, encostada em qualquer coisa que me desse apoio.
Apaguei.
De vez em quando acordava por segundos, sentindo frio, me encolhendo mais, buscando calor no que estivesse por perto. Lembranças do início do namoro com Diego vinham como sonho — dias leves, apaixonados, que pareciam de outra vida.
Até que uma sensação me despertou: algo duro pressionando meu corpo, um aperto no meu bumbum. Ardeu por alguns instantes, depois deu lugar a um estranho conforto, uma coisa quente me tocava. Não sei se sonhei, se senti, se inventei.
Acordei apenas na garagem do prédio, com Diego me puxando para fora do carro, sem entender o que tinha acontecido no caminho. Só fui despertar mesmo, algum tempo depois, não sei dizer o quanto, em minha cama, chamei por Diego e perguntei onde estava, ele me disse que em casa, não lembrava muito bem o que tinha acontecido, só sabia que estava muito brava com meu marido. E senti também algo estranho com a minha bucetinha, parecia que eu tinha transado, ela estava vermelha e dolorida.
Alguns minutos depois, lembrei de tudo, das fotos que tinha visto no celular dele. Hoje falando, acho que exagerei um pouco na reação que tive, talvez tivesse que ter apenas perguntado o que eram as fotos, talvez se fosse o Diego que eu conhecera no show do Coldplay, minha reação seria outra, no fim das contas acho que toda a situação que estavamos vivendo me levou a ter essa atitude.
Perguntei pelos dois, ele me disse que estavam no carro, que ia levar alguma roupa para eles e os mandaria para casa de taxi. Nesse momento, resolvi punir um pouco mais meu marido e falei:
— Acho que eles devem subir e ficar aqui hoje.