Aquela noite mudou tudo em nossa relação, todo receio e resistência que vinham em minha mente quando eu interagia com Raul sumiram, deixando espaço para admiração, obediência, veneração e desejo. Não existia mais conflitos em minha mente que me fizessem questionar sua dominância ou minha submissão, tudo agora era claro e eu enfim aceitei com gosto meu lugar.
Eu acordei cedo como de costume, mas nessa segunda feira o dia parecia estar convidativo, eu não parava de pensar na noite passada em como fui humilhado e subjugado por Raul e o quanto eu gostei daquilo.
levanto determinado a dar sequencia na rotina estabelecida por ele, levantar antes dele e fazer seu café da manhã, desci as escadas com cuidado para não fazer barulhos, o sol ainda não tinha saído, comecei a organizar a cozinha e preparar o nosso café da manhã, fiz tudo do jeito que Raul gostava, Enquanto a água do café passava lentamente pelo filtro, o aroma quente começou a preencher a cozinha silenciosa. Cada detalhe que eu preparava não era apenas uma tarefa matinal; era uma demonstração de cuidado.
O céu ainda estava cinza, e o relógio marcava pouco antes das seis. Senti um frio leve percorrer minhas mãos ao colocar a bandeja sobre a mesa com tudo montado com cuidado e alinhado do jeito que ele gostava. Me ocupei em tomar meu café, em breve eu estaria saído para o trabalho, meu coração acelerou quando escuto o som dos passos de Raul descendo as escadas, como se cada pisada tivesse um peso calculado.
Eu não sabia como Raul se comportaria depois da noite anterior, — Será que algo mudaria em nossa relação ou continuaria tudo igual? Eu me perguntava.
Ele entrou na cozinha sem dizer nada, os olhos vagavam observando cada detalhe. Eu senti aquele mesmo arrepio da noite anterior, mas agora era misturado com uma espécie de expectativa.
Raul sentou-se à mesa e, por um instante, o silêncio foi mais forte que qualquer palavra. Então, ele ergueu a xícara, provou o café e pousou-a novamente. Um aceno quase imperceptível com a cabeça foi a única resposta.
Não havia elogios, mas também não havia reprovação. Era a confirmação que tudo continuaria como sempre foi.
Ali parado na cozinha, por alguns segundos meu olhar caiu sobre os pés do Raul, as lembranças da noite passada vinham um atrás do outro, uma onda de calor subia pelo meu corpo, mas rapidamente desviei o olhar e me retirei da cozinha, não queria que Raul percebesse que eu estava observando seus pés com desejos.
uma frase da noite passada ainda pesava em minha cabeça “Não se trata de você querer, se trata do que eu deixo”
Já na sala, olho para o relógio ainda faltavam 15 minutos para eu sair para o trabalho, então por iniciativa própria de querer ajudar o Raul, ou quem sabe conseguir um pouco de atenção, organizei todo seu material para faculdade e liguei o videogame, eu sabia que ele ficava jogando no sofá até dar o horário dele sair.
Depois que terminei, peguei minha mochila e fui para meu trabalho.
No escritório cada tarefa do dia seguia normalmente, mas havia uma parte de mim ansiosa, pensando no momento de voltar para casa e cumprir com as expectativas do Raul.
Como de costume, antes do fim do expediente, eu enviei uma mensagem perguntando o que Raul queria para o jantar. A resposta chegou quase imediatamente, simples e direta —um prato de frango grelhado com legumes refogados, acompanhado de arroz soltinho e uma pequena salada, tudo organizado de forma minimalista, sem exageros. Ele Respondeu.
Ao chegar em casa, dei uma rápida organizada, alinhando tudo e garantindo que a casa estivesse exatamente como Raul gostava. Preparei o jantar com a atenção que aprendi ser necessária, lembrando de cada detalhe que poderia agradá-lo ou, ao menos, não desagradar.
Quando escuto a porta da sala se abrir, mais uma vez meu coração acelera, meu corpo agora sempre que sentia a presença do Raul começava a dar sinais, sempre quando ele chegava já jogava suas coisas pelo caminho. Eu Recolher aquilo fazia parte do ritmo silencioso que tínhamos estabelecido.
Quando Raul se sentou no sofá, o som da voz dele cortou o ar:
— Marcos!!!
Me esforcei para se apresentar rapidamente na porta da cozinha, respirando fundo para manter a calma.
— Traga meu jantar. — Falou firme.
Confirmei com um aceno de cabeça, como se estivesse entendido e demonstrasse respeito por Raul, que estava largado no sofá.
coloquei cuidadosamente o prato sobre as mãos do Raul, exatamente como ele havia pedido, e permaneci ao lado do sofá, quase imóvel. Cada movimento meu parecia pequeno demais, hesitante, como se o ar ao redor estivesse carregado de expectativas invisíveis. Raul começou a comer, mastigando calmamente, sem pressa.
Em um movimento preguiçoso Raul estica suas pernas e fala — Tira meus sapatos. — A voz de Raul preencheu o ambiente de forma mansa, como se não houvesse necessidade de gestos adicionais, ele estava lidando com um ser totalmente domado que já não oferecia resistência nenhuma.
Lentamente me aproximei e me abaixei em sua frente, aquela sena já estava virando hábito, com cuidado peguei um de seus pés em minhas mãos, cada movimento meu era deliberado, quase ritualístico.
De joelhos diante de Raul, retirei seus sapatos, consegui sentir o cheiro de suor que saia de seus pés, — Faz uma massagem. Ele disse enquanto levava o garfo a boca.
pegando seus pés com cuidado e começando a massagear cada músculo com movimentos firmes, mas atentos, concentrando-se para não errar. Uma excitação já começava a tomar conta de meu corpo. O silêncio da sala era quase tangível, até que Raul começou a falar, quebrando a quietude com um tom calmo, mas cheio de presença.
— Marcos, estive pensando em como você é ocupado, tendo que organizar a casa, fazer comida, lavar roupas e ainda trabalhar fora.
Por um instante, achei achou que Raul estava prestes a aliviar minhas responsabilidades, talvez diminuir minhas funções. Um leve alívio percorreu minha mente, uma expectativa de reconhecimento.
Mas Raul continuou, com a mesma firmeza silenciosa que sempre carregava:
— Vou lhe ajudar a retirar um peso das suas costas. A partir de hoje, ficarei responsável pelas finanças desta casa. Quero que você me entregue seus cartões de crédito e débito, quando receber seu salário, não quero que você gaste um só centavo, deve transferir todo o valor para minha conta, eu decidirei a forma mais correta de utilizarmos nossos recursos.
Marcos sentiu o corpo ficar tenso, os dedos pausando por um instante na massagem. Não era apenas uma mudança prática; era um deslocamento profundo de responsabilidade, uma transferência de controle que reforçava a posição de Raul e, ao mesmo tempo, a própria submissão consciente de Marcos.
Eu engoli seco, continuei a massagem, mas algo em meu corpo denunciava um conflito interno. Cada gesto era preciso, mas os olhos, ainda que discretos, demonstrava hesitação. Eu não precisei falar nada — Raul percebia tudo, como se cada pequeno movimento fosse uma palavra.
Então, sem pressa, Raul levantou um dos pés e o colocou delicadamente à frente do meu rosto. O toque foi suave, quase gentil, eu senti a pele quente o cheiro de suor, o gesto era carregado de significado. Não havia agressividade, apenas a presença silenciosa de autoridade, Ele estava me oferecendo prazer.
Eu tremi, sentindo um arrepio percorrer a espinha. O significado daquele gesto era claro: era hora de confirmar, de aceitar, de verbalizar o que já se passava internamente.
Com a voz baixa, quase um sussurro, eu finalmente falei, timidamente:
— Sim… farei o que você quiser.
Raul apenas assentiu, a expressão neutra, mas cada centímetro de sua postura comunicava aprovação e controle. Marcos sentiu um misto de alívio e tensão, uma confirmação silenciosa de que a decisão, ainda que difícil, havia sido aceita.
Raul se recostou levemente no sofá, e afastou o pé de meu rosto, mantendo o olhar firme em mim, que ainda permanecia ajoelhado à sua frente, os dedos pressionando o seu outro pé com cuidado. A voz de Raul era calma, mas cada palavra carregava autoridade, cada pausa reforçava a expectativa de resposta.
— Você concorda que nossa relação evoluiu depois de ontem, não é, Marcos? — disse ele, e o tom não permitia distrações, nem espaço para evasivas.
Senti meu coração acelerar. As lembranças da noite anterior vieram com força, e ele percebeu, mais uma vez, que a tensão que sentia não era apenas física, mas emocional, psicológica
— Sim… concordo. — A voz saiu baixa, quase trêmula, mas firme o suficiente para que Raul percebesse a sinceridade.
Raul inclinou-se ligeiramente, aproximando-se ainda mais. — A partir de agora, quero você sempre disponível para mim. Está me entendendo?
Sentindo a intensidade daquela frase penetrar em sua mente. A tensão parecia se condensar no ar, e eu sabia que não se tratava apenas de estar presente para realizar seus favores ele me queria disponível fisicamente.
— Sim… entendo. — disse, um pouco apressado, parecendo uma criança agarrando um doce com medo que outra pegue antes dela.
Raul olhou para Marcos com um sorriso quase imperceptível, um traço de deboche no canto da boca. A voz saiu baixa, mas firme, carregada de uma ordem disfarçada de sugestão:
— Sobe para o meu quarto Marcos.
Olá, pessoal! O conto está se aproximando do fim, eu adoro ler os comentários de vocês! Cada opinião, sugestão ou impressão é muito bem-vinda. Fiquem à vontade para compartilhar o que acharam, seja sobre a história ou sobre os personagens.