Derradeira Traição - A Perseguição
O aroma de café torrado escuro e canela enchia o ar enquanto David se recostava na cadeira, observando Rachel se movimentar pela cozinha com uma graça natural. Ela estava vestida de um jeito que lhe caía bem — confortável, despojada, quase boêmia. Uma saia longa e esvoaçante em tons terra, balançava em torno de seus tornozelos enquanto ela se movia, e a camiseta desbotada de banda que ela usava de um ombro só parecia já ter visto dias melhores, mas nela, funcionava. Ela estava descalça, sempre descalça, com anéis de prata em quase todos os dedos e um fino cordão de couro em volta do pescoço segurando um pequeno cristal que ela jurava equilibrar sua energia.
David acabara de sair da academia, ainda de calça de moletom preta e uma camiseta justa colada ao peito largo, úmido do calor persistente do treino. Ele havia envolvido as mãos no saco de pancadas por algum tempo, e as marcas vermelhas nos nós dos dedos ainda não haviam desaparecido completamente. Tomou um gole lento de café, deixando o calor se instalar nele enquanto observava Rachel se mexer.
"Então", disse ela, finalmente se acomodando na cadeira em frente a ele, dobrando uma perna sob o corpo. "Me conte sobre o jantar com os Harts. Você tem me escondido coisas."
David deu um sorriso irônico, pousando a caneca. "Foi... mais ou menos o que eu esperava", admitiu. "Jonathan estava um desastre... o homem se desfazia mais rápido do que eu imaginava. Mas Claire?" Ele riu baixinho, balançando a cabeça. "Ela é incrível."
Rachel arqueou uma sobrancelha, intrigada. "Incrivel, é? Sei!"
Ele se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos na mesa. "Ela é observadora, calculista. Passou a maior parte da noite tentando me entender. Ela está jogando, mas não percebe que já está perdida."
Rachel cantarolou, mexendo o café preguiçosamente. "Presumo que ela esteja interessada?"
David soltou uma risada. "Apareceu na minha academia na segunda de manhã."
Rachel quase engasgou com o café, largando a caneca rapidamente. "Não. Ela não fez isso."
"Ah, sim", confirmou David, com os olhos brilhando de diversão. "Fingiu que estava lá para um passeio, mas era óbvio. Ela mal olhou para o equipamento. Só pra mim."
Rachel assobiou baixinho. "Droga. Ela está muito mal."
"Ela acha que está no controle", refletiu David, com um sorriso irônico e cheio de cumplicidade. "Essa é a parte divertida."
Rachel o observou atentamente, os dedos percorrendo a borda da caneca. "E qual é o seu objetivo final, Dave?"
David não respondeu de imediato. Em vez disso, recostou-se, esticando os braços atrás da cabeça. O movimento flexionou seus bíceps, esticando a camisa sobre o peito. Sua voz era baixa, quase divertida, quando finalmente falou: "Digamos que Jonathan Hart está prestes a entender o que é perder."
Rachel revirou os olhos. "Você é impossível."
David apenas sorriu e tomou outro gole lento de café.
Eles ficaram em silêncio por um tempo, os sons da cidade entrando pela janela aberta. Então Rachel se mexeu, mordendo o lábio, e David percebeu na hora. Seu olhar se aguçou.
"O quê?" ele perguntou, colocando a caneca na mesa.
Rachel balançou a cabeça, um rubor subindo pelas bochechas. "Não é nada."
David arqueou uma sobrancelha.
Ela suspirou, balançando a cabeça antes de finalmente encontrar o olhar dele. "É só... uma coisa que a Emily disse uma vez."
O sorriso irônico de David desapareceu. "É?O que seria?"
Rachel hesitou, depois tomou um gole de café antes de colocá-lo na mesa e encará-lo. "Ela disse que, hum... às vezes a intimidade com você era... desconfortável. Ela reclamava de dores...lá."
Por um momento, houve silêncio. Então, David jogou a cabeça para trás e riu — um som profundo e rico que encheu a cozinha.
Rachel gemeu, cobrindo o rosto. "Eu sabia que não devia ter dito nada!"
David balançou a cabeça, ainda sorrindo enquanto passava a mão no queixo. "Que isso. Não acredite em tudo que ouve."
Rachel inclinou a cabeça, seu sorriso se tornando um pouco tímido enquanto batia os dedos na caneca. "Ah, não acho que seja boato."
David então se inclinou para a frente, sua voz saindo num tom baixo e arrastado. "E o que exatamente te dá tanta certeza?"
Rachel apenas sorriu, mordendo o lábio enquanto o olhava por cima da borda da xícara de café. "Chame isso de intuição."
David balançou a cabeça, passando a mão pelo cabelo curto como se estivesse fisicamente afastando a conversa. "Tudo bem, terminamos por aqui." Ele pegou seu café e tomou um gole longo e lento, na esperança de adiantar as coisas.
Rachel, é claro, não aceitou.
"Ah, não, não vamos", ela respondeu, pousando a xícara com um tilintar deliberado. "Você consegue levantar um carro pequeno e provavelmente esmagar um coco entre os bíceps, mas está tentando me dizer que isso não é impressionante?" Ela deixou o olhar vagar, exagerando na amplitude dele — os músculos grossos dos antebraços, a forma como a camisa mal continha o tamanho do peito e dos ombros. "Quer dizer, olha só você, Dave."
David deu um sorriso irônico, balançando a cabeça. "Ririri--"
"Não, sério", ela interrompeu, inclinando a cabeça, os olhos brilhando de diversão. "Você tem o corpo de uma estátua grega, e tem toda essa coisa" — ela acenou vagamente com a mão na direção dele — "que você tem. Acho que você nem percebe o que faz com as mulheres."
David soltou uma risada curta, recostando-se na cadeira. "Acredite em mim, há coisas que você não consegue lidar."
Rachel riu baixinho, inclinando a cabeça. "É verdade, mas não é disso que estou falando." Ela bateu o dedo na lateral da caneca, observando-o. "É mais do que apenas músculos. É a sua energia. A sua presença. Você entra numa sala e as pessoas notam. Você nem precisa se esforçar."
David arqueou uma sobrancelha, mas havia um vislumbre de algo indecifrável em sua expressão. "Sei-"
"É sério", ela insistiu. "É o jeito como você se comporta. Você é confiante sem ser arrogante."
David deu um sorriso irônico, inclinando a xícara na direção dela. "Ah, eu sou bem convencido quando preciso."
Rachel sorriu, balançando a cabeça. "Viu, essa é a diferença. A maioria dos homens quer impressionar as pessoas. Você não. Mas, de alguma forma, todos que você conhece ficam impressionados."
David sustentou o olhar dela por um longo momento, a provocação desaparecendo um pouco quando algo não dito passou entre eles. Ele podia desviar o olhar o quanto quisesse, mas Rachel não estava errada, e ambos sabiam disso.
Ele suspirou, balançando a cabeça. "Eu simplesmente não tenho energia para me importar com o que as pessoas pensam."
O sorriso de Rachel se suavizou, mas havia algo de sábio em seus olhos. "Talvez", ela admitiu. "Ou talvez você simplesmente não precise se importar."
David soltou uma risada, balançando a cabeça enquanto tentava mais uma vez mudar o rumo da conversa. "O que é isso, Rachel? Algum tipo de verdade ou desafio?"
Os lábios de Rachel se curvaram em um sorriso lento e travesso. "Não", disse ela de leve, inclinando a cabeça. "Mas pode ser divertido."
Antes que ele pudesse responder, ela se levantou, com movimentos rapidos e deliberados. Deu um passo em sua direção, fechando o espaço entre eles até ficar exatamente entre suas pernas abertas, enquanto ele se sentava na cadeira da cozinha. Seu corpo ficou tenso, mas ele não se afastou. Ela estava perto – perto demais. Perto o suficiente para que ele pudesse sentir o leve aroma terroso de lavanda e cítricos em seus cabelos.
Rachel olhou para ele, a voz mais suave, mas não menos provocante. "Eu sei o que senti quando nos abraçamos algumas semanas atrás."
David sentiu o corpo inteiro enrijecer. Um calor subiu pelo seu pescoço e, para seu horror, ele corou. Xingou baixinho e expirou bruscamente, esfregando a nuca. "Porra, é serio isso?--"
"Não me venha com essa", ela interrompeu suavemente, observando-o com algo que não era exatamente divertido, mas também não era totalmente inocente. "Você não precisa se desculpar, Dave. Não há nada do que se envergonhar."
Ele engoliu em seco. Sua confiança habitual, o comando fácil que mantinha na maioria das situações, pareceram subitamente fora de alcance. Rachel era a irmã mais nova de Emily. Ele nem deveria estar tendo aquela conversa, muito menos sentado ali com ela parada entre suas pernas, olhando para ele com algo perigosamente próximo do desafio nos olhos.
"Nós dois somos adultos", ela acrescentou, com a voz mais baixa agora, mas não menos firme.
Ele soltou um suspiro lento, forçando-se a recuar — a restabelecer limites que de repente começaram a se confundir. "Rachel", disse ele calmamente, encontrando o olhar dela. "Você é a irmã mais nova da minha falecida esposa."
Rachel sorriu, lenta e cúmplice. Inclinou-se levemente, a voz ficando mais suave, mais íntima. "Eu não sou mais criança, David."
David desvia o olhar dos dela por tempo suficiente para ver seus seios fartos e bem torneados, soltos sob a camiseta. Rachel também percebe e estende a mão para pegar as mãos do cunhado e colocá-las em seus seios.
David suspira: "O que você está fazendo?"
Rachel sorri: "Não sou mais criança, Dave, e sei o que quero. Você se lembra do que me disse depois do funeral?"
David balançou a cabeça, quase envergonhado com a reação do próprio corpo. Ele acariciava delicadamente os seios dela, provocando seus mamilos até que endurecessem. Ele engole em seco e balança a cabeça. "Não me lembro muito daqueles dias."
Rachel afagou as pernas dele e abriu as suas enquanto montava em seu colo. Ela se inclinou para frente, ainda permitindo que ele tivesse livre acesso aos seus incríveis seios. "Você disse: 'Agora somos só eu e você, garota. A Emy pode ter ido embora, mas eu ainda estarei lá para cuidar de você quando precisar.'" Ela se inclinou ainda mais para frente, com os lábios a centímetros dos dele. "Estou precisando que você cuide de mim agora."
David cerrou o maxilar enquanto todos os músculos do seu corpo se tensionavam. Ele precisava abrir espaço entre eles, encerrar a discussão antes que cruzasse um limite irreversível. Mas seu corpo — seu corpo traidor — não estava captando a mensagem. Rachel estava perto demais, seu cheiro o envolvendo, seu hálito quente contra sua pele. Ele sentia o calor que irradiava dela, a pressão sutil das coxas dela roçando a parte externa das suas enquanto ela se inclinava ainda mais.
Suas mãos se fecharam em punhos sobre o colo, sua respiração deliberadamente lenta enquanto ele lutava para se controlar. Esta é Rachel. A irmãzinha de Emily. Ele repetia isso na cabeça como um mantra. Ele a conhecia desde a adolescência, quando começou a namorar com a irmã dela, mas isso não impedia sua reação a ela.
Rachel, por sua vez, não estava facilitando as coisas. Ela sorriu, sentindo a resistência dele, e em vez de recuar, se apressou. Seus dedos percorreram levemente os ombros dele, pressionando a musculatura densa antes de deslizar pela lateral do pescoço. "Pode relaxar, Dave", murmurou ela, em voz baixa e consciente. "Somos só nós dois."
Ele engoliu em seco. "Rachel..." Ele pretendia que fosse um aviso, mas saiu áspero, irregular.
Ela se inclinou, roçando os lábios na concha da orelha dele antes de prender o lóbulo entre os dentes e mordê-lo, o suficiente para fazê-lo perder o fôlego. "Me diz", sussurrou, "o que você vai fazer com a Claire?"
David se enrijeceu, inclinando a cabeça ligeiramente para trás enquanto a encarava, surpreso com a mudança. Seu pulso batia forte, embora não tivesse certeza se era por desejo ou pela menção de Claire. Rachel sempre fora perspicaz, mas isso... isso era algo completamente diferente.
Ele expirou bruscamente pelo nariz, as mãos agarrando as laterais da cadeira como se estivesse se apoiando no chão. "Rachel, não." Sua voz estava tensa, carregada de algo não dito.
Ela riu baixinho e sensualmente, e o som enviou outra onda de calor pelas veias dele. "Não o quê?", ela refletiu, roçando os lábios no queixo dele, as mãos deslizando pelos antebraços dele, sentindo a tensão se acumulando sob a pele dele. "Não pergunte? Ou não pare?"
David soltou um suspiro entrecortado, o controle por um fio. Precisava dar o fora dali. Precisava se distanciar antes de fazer algo que não devia. Mas Rachel não desistia, e o pior de tudo era que uma parte sombria e egoísta dele não queria que ela desistisse. "O que você quer saber?"
Rachel sabia que agora estava no controle: "Quero saber o que você vai fazer com a minha meia irmã."
Claire era filha do pai dela, quase da mesma idade, fruto de uma pulada de cerca que causou a separação de seus pais. Más não era próxima e nem bem vinda a família.
David rosnou, em voz baixa. "Vou domá-la. Vou deixá-la gemendo e implorando após os orgasmos."
Rachel mordiscou seu pescoço. "Detalhes, meu rapaz, detalhes."
"Que porra é essa, Rachel?", ele rosnou, mas continuou. "Vou empurrá-la contra a parede com a mão na garganta dela. Vou beijá-la, apalpá-la, provocá-la até ela implorar para ser possuida."
Rachel se apertou contra seu pau duro. "Mais ou menos como o que estou fazendo com você agora."
Dave suspirou e sua voz saiu embargada: "Mais ou menos assim, sim. Vou garantir que Jonathan ouça o pedido dela para me chupar. Vou empurrá-la gentilmente pelos ombros para que ela saiba o que quero."
Rachel deslizou do colo dele. "Não preciso ser encorajada." Suas mãos esfregaram a frente da calça de ginástica dele. Ela puxou o cordão sem pensar, David ergueu os quadris, liberando seu pau da prisão. "Caralho, David. Emily tinha razão, você é um monstro". Sussurrou ela enquanto suas mãos iam para o eixo volumoso. "Mostre-me o que vem a seguir", sussurrou ela enquanto movia uma das mãos para a dele e a puxava para trás da cabeça.
David a puxou para frente, abrindo a boca para deslizar a cabeça do pau dele para dentro da boca dela. "Então eu vou fazer ela chupar meu pau, desse jeito." Seus quadris começaram a subir e descer, tentando controlar as ações da cunhada, mas Rachel não queria saber. Ela continuou a deslizar lentamente a boca para cima e para baixo no eixo. Seus olhos nunca se desviavam dos dele.
Ela afastou a boca encharcada quase sufocando. Sua mão continuou acariciando o membro dele enquanto sussurrava: "Você vai fazê-la engasgar também? Safado!"
Antes que David pudesse responder, Rachel o enfiou o mais fundo que conseguiu em sua garganta antes de começar a engasgar. David estendeu a mão e a segurou ali por alguns segundos, o que fez seus olhos lacrimejarem. Quando ele finalmente a soltou, ela emergiu ofegante. "Sim, vou fazê-la engasgar com meu pau na garganta", ele sussurrou.
Antes que sua boca voltasse a trabalhar naquele pau coberto de saliva, ela sorriu: "Você vai fazê-la engolir seu esperma ou vai despejar tudo dentro dela?"
David suspirou quando seu pau foi envolvido pela boca úmida e quente dela. "Não, a primeira carga vai ser enterrada bem fundo na boceta apertada dela."
Rachel teve um orgasmo com as palavras dele, sua cabeça balançando para cima e para baixo enquanto o orgasmo percorria seu corpo. Quando o orgasmo finalmente passou, ela soltou o pau dele da boca aveludada. "Caralho, isso foi excitante. Imaginei esse monstro rasgando a buceta dela."
David sorriu ironicamente: "Pretendo usar ela toda."
Rachel se levantou como um predador pronto para devorar sua presa. Ela deu um sorriso irônico: "Lembra quando eu visitava vocês da faculdade? Eu implorava para a Emily seduzir você para que eu pudesse ouvir vocês dois transando. Era tão excitante, você era uma fera na cama, seguro de si, confiante, exigente. Mesmo assim, eu sempre a ouvia gozar 3 ou 4 vezes. Vocês não eram nada parecidos com os babacas que eu via na faculdade. Então eu aprendi a gozar só de ouvir vocês dois através da parede."
David arqueou uma sobrancelha. "Então terminamos aqui?"
Rachel olhou para a ereção furiosa dele, que pulsava por conta própria. "Não, senhor. Ainda estamos longe de terminar." Ela levantou a saia longa até a cintura e abriu as pernas para sentar-se novamente no colo de David. Só que, desta vez, deixou a boceta pairar sobre o pau dele. "Vai com calma, nunca estive com ninguém desse tamanho."
"Deixa eu ajudar, Rachel." A próxima coisa que ela percebeu foi que estava no ar, erguida pelas coxas abertas, e então sentada na bancada da cozinha, com a cabeça erguida, com o rosto do cunhado entre suas coxas. Antes que pudesse protestar... ou implorar, ela sentiu a língua quente e poderosa dele, que parecia encontrar toda a sua boceta molhada em um único movimento.
Ela olhou para baixo e viu um sorriso enorme no rosto de David enquanto sua língua se movia como um animal, desviando para lá e para cá. Cócegas, lambidas e até mesmo um zumbido; sugando tudo o que ela tinha profundamente para dentro da boca dele. Depois de um tempo, ele encontrou o ponto, o ponto dela. Não o clitóris, mas aquele acima do clitóris que ela encontrava quando precisava gozar, mas poucos amantes já tiveram paciência suficiente para procurar.
David soube imediatamente quando um gemido profundo e primitivo escapou dos lábios dela e sua mão agarrou seus cabelos. Rachel sempre fora uma garota de um orgasmo só. Um e pronto, como seu antigo namorado costumava provocar. Ela não queria gozar tão rápido, queria que o orgasmo durasse e se intensificasse. No entanto, seu corpo tinha vontade própria e ela gozou, empurrando os quadris contra a boca de David, apreciando a sensação da boca dele explorando todos os lugares certos.
Ele olhava para cima, observando o rosto dela, e ela percebeu que aquilo era algo que nunca havia experimentado. Os penetrantes olhos azuis de David observavam cada contorção do rosto dela, sua respiração. Ele assimilava cada informação que conseguia processar e usava contra ela, sem parar. Impactada, o corpo dela não recuou, ansiava por mais.
Sua mente se abriu com sua nova realidade."Sim. Faça isso. Faça isso de novo. Mais forte, isso. Mais rápido, isso. Uh huh. Continue assim. Oh merda, oh merda..." Ela estava acostumada a dar instruções, a assumir o controle de seu próprio prazer, mas com David ela não conseguia formar palavras, mas era como se ele estivesse lendo sua mente. Ela não precisava sentir prazer, ele apenas o dava, e continuava dando. Lendo tudo em seu corpo perfeitamente. Sua respiração ficou mais difícil, mais frenética, ela sentiu que ia desmaiar. E David não dava a mínima. E isso era bom. Ele estava perdido naquele paraíso macio e escorregadio. E Rachel flutuou para cima, para cima até que o próximo orgasmo a fez gritar. Alto, agudo - como nenhum som que já tivesse saído de seu corpo.
Antes que ela pudesse se acalmar e processar que tinha acabado de ter dois orgasmos, ela estava no ar; no ar mesmo, porque David se levantou e a pegou no colo, com uma mão enorme sob cada coxa, e a ergueu bem alto do balcão, e a abaixou lentamente em seu peito e abdômen definido, até que ela sentiu o cogumelo mais duro do que ela esperava; e ela o sentiu empurrando-a, abrindo ainda mais seus lábios inchados. E havia uma bela resistência, uma dor deliciosa; e ela sentiu suas entranhas pulsando, tentando aceitar aquele novo, grande, tão grande...
"Ah, merda", ela sussurrou, "Devagar".
David deu um sorriso irônico: "Sem palavras, você desistiu do controle há muito tempo, Rachel, apenas aceite o que eu vou te dar." Para Rachel, soou como se ele rosnasse quando o bulbo grosso entrou. Mas ele a segurou ali, bem ali, bem dentro, onde a espessura pressionava seu ponto G. Uma pequena elevação, uma pequena queda com aquelas mãos enormes. Ele sabia que havia encontrado o ponto e continuou a fodê-la, apenas alguns centímetros. Seu pau avançou o suficiente para envolver seu clitóris, e aquela crista pronunciada provocou seu ponto G até que seu terceiro orgasmo a percorreu enquanto David a segurava, sem esforço. Rachel arqueou as costas, seus longos cabelos esvoaçando, e David continuou com as pequenas investidas de quadril para levar o orgasmo cada vez mais longe.
Rachel estava exausta, mas David estava apenas começando. De alguma forma, ele moveu as mãos para as costas dela sem que ela se movesse um centímetro e a ajudou a se sentar novamente para envolver os braços em volta do pescoço dele.
Ela estava toda aberta, sentindo-se tão preenchida, esperando até que... sim! Aquele era o ponto. Ela assentiu sem fôlego, a boca ainda aberta. Ela não sabia se conseguiria ter outro orgasmo, que droga, estava chocada por ter tido mais de um, mas ele havia encontrado o ponto, mas queria mais. Rachel se perguntou qual seria o próximo truque que ele teria na manga. Então ele a inclinou, oh, que genialidade... Como ele sabia? Para que a cabeça, a firmeza dela, encontrasse o ângulo perfeito para que, quando ele se movesse, ele penetrasse mais fundo em sua boceta molhada. Seu ventre o acolheu, e ela se contorceu para receber mais, e ele a balançou para que ela pudesse conseguir suportar suas estocadas tão profundas, mas na medida certa.
Então o brilho nos olhos dele e aquele sorriso irônico. O rosnado voltou e ele a largou. Não muito rápido. Mas o suficiente para que a cabeça gorda de seu glorioso pau se cravasse fundo nela. E ele não se moveu, apenas a deixou lá. E ela ficou sem fôlego. Completamente preenchida. E como ela havia imaginado, aquela base larga de seu formidável pau a estava abrindo; e havia uma dor linda nisso.
E algo surgiu dentro dela que realmente queria se mover. Se ele estivesse de costas, ela teria começado a cavalgá-lo com força; talvez começando por se levantar até que ele estivesse quase fora, a borda daquele pau enorme, e então descendo com força. Mas ela não conseguia fazer isso. Lá estava ela, presa na metade do corpo dele, ancorada em seu pau e dependente daquelas mãos enormes e braços musculosos para se mover da maneira que ele comandava.
Que se dane. Ela envolveu as pernas firmemente em volta da cintura dele, prendendo os tornozelos acima da bunda robusta dele, recostando-se um pouco na lateral lisa e fria da parede. Ela não tinha ideia de como ou quando ele a havia movido, mas ele o fizera. Ela deu um leve empurrão nos quadris. Sentia-se tão quente e molhada.
Ela queria que ele a fodesse, que reivindicasse completamente seu corpo como propriedade dele. Ela o olhou nos olhos, as mãos segurando firmemente a parte de trás dos braços dele logo acima do cotovelo e empurrando os quadris com força contra ele. Ele deu um sorriso irônico. "Minha vez", rosnou. Ele sustentou o olhar dela enquanto começava a se mover.
Começando lentamente, era diferente de tudo o que ela já havia sentido, o puxão incrível enquanto a crista daquele grande cogumelo a atravessava, e então uma investida profunda, apertando com força, uma dor, e então uma agitação incrível. Muitas, muitas vezes. Sem ficar mais rápido. Lendo seu rosto para ver exatamente qual ângulo e qual força lhe davam mais prazer. Rachel não precisava dizer uma palavra, seu corpo estava lhe dizendo tudo o que ele precisava saber.
Ela não era passiva. Ela se contraía contra ele. Rebolava quando ele se mexia. Deixava-o saber que era hora de acelerar o ritmo. O que a excitava, quase mais do que qualquer outra coisa, era que ele não era quieto. Cada estocada, cada puxão, cada movimento era acompanhado por gemidos e rosnados da mais profunda emoção. Ela percebia que o acariciava com a mesma força que ele a acariciava.
Algo dentro dela estava crescendo. Ela nunca, jamais, havia gozado em uma relação sexual sem um dedo ou vibrador no clitóris. Ser fodida simplesmente não a levava lá. Mas isso era diferente. Aquele calor, aquela pressão, aquela cócega estranha lhe diziam que ela iria gozar. Ela não queria, ainda não. Ela estava no apice e queria que aquilo continuasse.
Mas eles estavam ficando mais rápidos. Não conseguiam evitar. Ela podia ver os músculos poderosos dos ombros dele se flexionando sob a camiseta. Queria perguntar se era difícil segurá-la, mas então ele empurrou uma vez, fundo e com força, e ela não se importou mais com isso. "Ah, sim, foda-me, foda-me, foda-me, foda-me, sim, continue me fodendo assim."
E ela o fodeu de volta com toda a força que pôde, suas costas suadas pressionando a parede. Rachel não conseguia respirar, mas não conseguia parar.
David rosnou: "Goza no meu pau, Rachel, não vou parar até você gozar no meu pau todo."
Rachel sentiu algo que nunca tinha sentido antes: "Tão perto, tão perto, meu Deus, meu Deus. Vou gozar." Isso era algo que ela nunca tinha experimentado antes, ela estava fora de controle e esse orgasmo era... diferente. David a ergueu até o alto de seu pau e a abaixou três ou quatro vezes, depois a puxou completamente para fora, e ela liberou um jato de líquido que a chocou. Era quente e se espalhou por todo lado, mas David não se importou. Assim que ela terminou, ele a penetrou com força suficiente para que todo o seu corpo parecesse ver estrelas.
Então, chegou a vez de David. Seus olhos ficaram ainda mais intensos quando um rugido escapou de sua boca. No fundo de seu túnel derretido, ela o sentiu entrar em erupção. Era quase quente e continuava vindo e vindo, e isso desencadeou algo nela, e um choque percorreu suas pernas e seu estômago se contraiu ao atingi-la. Seus quadris não paravam de se mover, um estalo após o outro, doendo profundamente sob seu umbigo enquanto aquela força sem nome tentava tomar conta de tudo.
Ele a pressionou com força contra a parede enquanto ambos estremeciam repetidamente. Ela tinha a boca pressionada contra o peito dele e não conseguia conter o choro. Sabia que ele sentia a voz dela penetrando em sua pele. E certamente sentia os dentes dela enquanto ela pegava um pedaço da pele e massageava com força, com a língua. Ele demonstrava uma forte mordida de amor ali. Ela chorava, fosse pela intensidade emocional, pela intensidade física ou por meses de luto compartilhado.
Seu cérebro estava em pedaços e ela se sentia tão segura e protegida envolta em seus braços. Ela não queria que aquilo acabasse nunca. Mas, eventualmente, a ereção dele estravazou lentamente dentro dela, escorreu para fora e ela sentiu os líquidos unidos escorrerem por suas pernas enquanto ele a abaixava até o chão. Rachel se sentiu mais vazia do que jamais se sentira em sua vida.
David a abaixou lentamente até o chão, deixando suas pernas trêmulas se recuperarem enquanto ela mantinha a cabeça enterrada em seu peito. Ele sussurrou: "Estamos bem, Rachel?"
Rachel suspirou: "Ah, sim, estamos mais do que bem. Isso foi...", ela fez uma pausa, procurando a palavra certa. "Incrível. As coisas que você fez comigo." Seu corpo inteiro estremeceu. "Droga. Mas eu tenho uma pergunta."
David riu: "Você sempre tem uma pergunta, Rachel."
Ela deu um soco gentil no peito dele: "Você estava comigo ou estava pensando em Emy?"
David sorriu: "Eu estava totalmente presente, você e ela eram parecidas em muitos aspectos, mas neste. Este não era um deles. Eu estava com você, Rachel." Ele segurou o rosto dela com aquelas mãos grandes e beijou sua testa.
Rachel suspirou: "Beije-me."
David mal havia entrado no escritório quando Alex Mccarty apareceu na sua frente, parecendo o gato que comeu o canário. Não houve hesitação, nenhum constrangimento entre eles, apesar do que acontecera na semana anterior. Ele esperava algo — um momento de espera, um olhar cúmplice, qualquer coisa que reconhecesse que haviam cruzado os limites —, mas Alex estava tão tranquila como sempre. Sem compromisso, ela dissera, e estava correspondendo às expectativas. Na verdade, parecia ainda mais relaxada, como se estivesse se deleitando com o que quer que estivesse prestes a sair de sua boca.
David estreitou os olhos. "Certo, Mccarty, por que esse sorriso de merda?"
Alex cruzou os braços e se balançou sobre os calcanhares, deixando-o em curioso. "Diga um palpite."
Ele suspirou, já sabendo que não aprovava pra onde aquilo estava indo. "Você finalmente aprendeu a cozinhar?"
Ela deu um sorriso irônico. "Bonito, mas não."
"Você conheceu alguém que consegue te tolerar por mais de cinco minutos?"
Alex fingiu estar ofendida, colocando a mão sobre o peito. "Isso sim é grosseria. E também incorreto."
David suspirou, revirando os ombros como se quisesse se livrar do jogo dela. "Só me conta, Mccarty."
Ela abriu um sorriso ainda maior. "Claire Hart me convidou para almoçar hoje."
Suas sobrancelhas se ergueram levemente antes que um sorriso divertido se curvasse no canto de seus lábios. "Ela sabia?"
"Bangkok Garden", confirmou Alex, citando o sofisticado restaurante que rapidamente se tornara um dos lugares mais badalados da cidade. "Escolha interessante, não acha?"
David riu baixinho, balançando a cabeça. "Muito."
Alex inclinou a cabeça, observando-o. Então, sua expressão se tornou positivamente diabólica. "Traga alguém linda e leve-a para almoçar ao mesmo tempo. Isso vai deixar a Claire louca."
David riu, balançando a cabeça. "Você é realmente malvada."
O sorriso irônico de Alex não vacilou. "E você só agora está percebendo isso?"
David passou a mão no queixo, refletindo. "O problema é que a maioria dos meus clientes são homens."
Os olhos de Alex brilharam com um tom travesso, e então ela estalou os dedos. "Já sei! Ela preenche todos os requisitos: poderosa, sofisticada, linda, sedutora e dez anos mais nova que Claire."
Ele arqueou uma sobrancelha. "Quem?"
Antes mesmo que ele pudesse terminar o pensamento, os dedos de Alex já voavam sobre o celular dela. Ela digitou rapidamente, com uma expressão alegre, e então, trinta segundos depois, o celular tocou. Ela virou a tela para ele, mostrando uma mensagem de confirmação.
"Vá buscar Juliette na manicure, às 11h45. Ela estará pronta."
David soltou uma risada baixa, balançando a cabeça. "Você não perde tempo, né?"
Alex piscou enquanto começava a se afastar, mas antes de desaparecer no corredor, gritou por cima do ombro: "Ah, e guarde o BMW. Pegue o Mustang — confie em mim."
Precisamente às 11h45, David parou em frente ao predio mais prestigiado da cidade. O Mustang roncava sob ele, em forte contraste com os sedãs de luxo e SUVs com vidros escuros parados ali perto. Alex havia insistido naquele carro por um motivo, e ele tinha que admitir: ele era marcante.
Então, as portas do prédio se abriram e ela saiu.
Juliette era o tipo de mulher que chamava a atenção sem esforço. Alta e imponente, movia-se com o tipo de confiança que só vinha de quem sabia exatamente quem era. Seu cabelo castanho-caramelo era liso, caindo logo abaixo dos ombros, emoldurando um rosto com maçãs salientes e lábios carnudos. Olhos castanho-claro felinos percorreram o carro com interesse antes de se fixarem nele, com um sorriso irônico repuxando seus lábios.
Ela estava vestida para arrasar. Um vestido verde-esmeralda profundo se ajustava às suas curvas, abraçando-a em todos os lugares certos, mas ainda mantendo um ar de elegância. O decote era modesto – apenas o suficiente para provocar –, mas a fenda em uma das pernas deixava claro que ela não tinha medo de um pouco de atenção. Saltos dourados brilhavam à luz do sol enquanto ela caminhava em sua direção, pernas longas se movendo como se ela fosse dona da calçada sob seus pés.
David se inclinou e abriu a porta do passageiro. "Juliette."
Ela deslizou graciosamente para dentro, cruzando as pernas enquanto se virava para ele com a sombrancelha arqueada. "Então, a Alex me manda uma mensagem, me manda interpretar um papel', e agora estou num Mustang com você a caminho de um almoço. Intrigante."
David deu um sorriso irônico ao sair do meio-fio, entrando no trânsito com facilidade. "Você confia demais na Alex."
Juliette riu, um som sensual que lhe caía bem. "Ela nunca me enganou. Até agora." Ela o observou, com os olhos aguçados de curiosidade. "Então, qual é o papel, exatamente?"
David olhou para ela, divertido. "Antes que eu responda, o quanto você gosta de jogos?"
Os cantos dos lábios dela se curvaram. "Ah, eu adoro. Principalmente quando envolve estratégia."
Ele assentiu em aprovação. "Ótimo. Porque este é muito estratégico."
Juliette se inclinou um pouco, a expectativa dançando em seu olhar. "Conte."
Os dedos de David tamborilavam levemente no volante enquanto ele começava. "Claire Hart — esposa de Jonathan Hart — está esperando um almoço de negócios com Alex hoje. Claire é... uma mulher interessante. Rica, arrogante e muito acostumada a ser o centro das atenções." Ele a olhou de soslaio. "É por isso que você e eu estamos prestes a arruinar completamente o dia dela."
Juliette arqueou a sobrancelha, intrigada. "E por que queremos estragar o dia dela?"
David expirou lentamente, o maxilar se contraindo por um instante. Então, virou-se completamente para ela em um sinal vermelho. "Porque minha falecida esposa, Emily, estava dormindo com Jonathan Hart quando foi morta. E isso...", seus lábios se curvaram em algo perigosamente próximo de um sorriso irônico, mas não havia humor em seus olhos, "é a minha vingança."
Por um instante, Juliette apenas o encarou, processando a informação. Então, lentamente, seu sorriso irônico se alargou, transformando-se em algo quase perverso.
"Ah", ela ronronou, "isso vai ser divertido. Mas você me deve uma."
David sorriu: "Tenho certeza que sim. Jantar, Diamantes... o que você quiser."
Juliette não piscou. "Depois de conversar com a Alex outro dia. Sobre o que aconteceu entre vocês . A Alex disse que você acabou com ela e que eu preciso experimentar também."
Ele riu.
No momento em que David e Juliette entraram no restaurante, todos se voltaram. Não era apenas a confiança elegante com que se portavam, mas a química, a presença que exalavam. David, imponente e poderoso em seu terno sob medida cor de carvão, movia-se com uma autoridade silenciosa, seu olhar afiado e avaliador. E Juliette... ela era a contraparte perfeita, envolta em elegância, mas irradiando sensualidade, seu vestido esmeralda acentuando cada curva graciosa. Juntos, eles formavam uma dupla impressionante, impossível de ignorar.
David imediatamente avistou Alex em uma mesa nobre perto do centro do restaurante, sentada em frente a Claire Hart. A Claire Hart. Rica, impecavelmente arrumada e, naquele momento, envolvida em uma conversa, sem dúvida, presunçosa. Mas, quando David e Juliette se aproximaram, o olhar de Claire se voltou para cima e, por apenas um segundo — apenas um instante —, sua compostura se rompeu.
"Senhoras", David cumprimentou suavemente, sua voz grave transmitindo uma onda pelo momento. Ele não deixou de notar como a coluna de Claire se endireitou levemente, ou como seus dedos apertaram a haste da taça de vinho. Ele a deixou pairar no ar por um instante antes de acrescentar: "Vejo que vocês duas já se acomodaram."
Alex, sempre a mestre das marionetes, deu um sorriso lento e cúmplice. "Sim, sim. Embora eu não tenha percebido que você viria aqui hoje." Seus olhos brilharam ao se voltarem para Juliette. "E com uma companhia tão... requintada."
Juliette desempenhou seu papel com perfeição. Ela deslizou os dedos pelo braço de David como se fosse natural, inclinando-se para o lado dele apenas o suficiente para sugerir intimidade sem exagerar. "Bem, eu finalmente consegui levá-lo para almoçar", disse ela, com a voz suave e rouca. "Estou esperando há meses."
Os lábios de Claire se abriram levemente, mas ela se conteve, mudando a expressão para algo mais neutro. Quase entediada. Quase. "Meses?", perguntou ela, com a voz leve, mas os olhos, tudo menos isso.
Juliette sorriu, cheia de confiança e charme. "Ah, com certeza. Você não deixa um homem como David Williams passar despercebido sem tentar reivindicá-lo, não é?" Ela completou com uma risada delicada, apertando o antebraço de David.
Alex soltou uma risadinha suave e tomou um gole lento de vinho, observando a tensão se desenvolver como um mestre escultor admirando sua mais recente criação. "Suponho que alguns de nós sejam mais pacientes do que outros", refletiu. "Mas Juliette tem razão. Ela está de olho nele há algum tempo." Ela inclinou a cabeça, deixando o olhar se fixar em David apenas o tempo suficiente para Claire notar. "E eu entendo o apelo."
David deu um leve sorriso, mas permaneceu em silêncio, deixando as mulheres tecerem a ilusão ao seu redor.
A expressão de Claire mal se alterou, mas houve um lampejo — algo sombrio e latente sob seu semblante, cuidadosamente elaborado. Uma mistura de intriga, irritação e algo mais. Algo faminto.
Alex, divertindo-se demais, recostou-se na cadeira e suspirou, como se estivesse relembrando. "Há algo especial no David, não é?" Ela deixou o olhar vagar por ele, os lábios se curvando enquanto acrescentava: "Quer dizer, fisicamente, obviamente. Mas é mais do que isso. A energia, a intensidade... é palpável."
Claire expirou, respirando lenta e pausadamente pelo nariz, e Alex soube que a havia pego.
Juliette, sem perder o ritmo, passou um único dedo pelo antebraço de David, suas unhas mal arranhando sua pele. "Nem me fale", ronronou ela, dando a Alex um sorriso conspiratório. "Essa intensidade pode ser... avassaladora."
Por um breve segundo, a garganta de Claire balançou enquanto ela engolia.
Alex, fingindo inocência, ergueu o copo novamente. "Mmm. Eu sei exatamente o que você quer dizer." Ela deixou as palavras pairarem entre eles, ambíguas o suficiente para instigar a imaginação. Então, com um piscar de olhos, sorriu para Claire — devagar, sensual e presunçoso o suficiente para magoar.
Claire se mexeu na cadeira, cruzando uma perna sobre a outra.
David pigarreou, passando os dedos pela parte inferior das costas de Juliette. "Deveríamos ir para a nossa mesa", disse ele suavemente. "Bom almoço, meninas."
Juliette assentiu, dando a Claire um sorriso cúmplice antes de passar o braço pelo de David e levá-lo embora.
Assim que eles saíram do alcance da voz, Claire se virou para Alex, com os olhos semicerrados.
"Que diabos foi isso?"
Alex tomou outro gole lânguido de vinho e deu de ombros. "Almoço."
Claire se inclinou um pouco, com a voz mais baixa agora. "Isso é... real?"
Alex inclinou a cabeça, como se estivesse pensando. "Quer dizer, imagino que sim. Mas acho que se você realmente quiser saber, pode perguntar ao David." Ela deu um sorriso irônico. "Ou à Juliette. Ela certamente está.... entusiasmada."
Claire expirou bruscamente pelo nariz. "Meu Deus. Quer dizer, eu sabia que ele seguiria em frente eventualmente, mas e ela?"
Alex arqueou uma sobrancelha. "Ah? Com quem você achou que ele seguiria em frente?"
Claire hesitou — só por um instante — mas Alex percebeu.
Entendi.
Alex se inclinou, abaixando a voz o suficiente para se sentir mais próxima. "Você está abalada."
Claire zombou. "Por favor."
Alex riu baixinho. "Não, sério. Você era quase da familia. Por isso se preocupa. E está tudo bem, Claire. Eu entendo." Ela passou os dedos pela borda da taça de vinho, com uma expressão pensativa. "David tem esse efeito. E eu admito, tem algo... inebriante nisso, não é?"
A respiração de Claire ficou ofegante, tão imperceptível que a maioria não teria notado. Mas Alex? Alex viu tudo.
Ela sorriu, lenta e sabiamente, e então ergueu o copo. "A novos começos", murmurou.
Claire hesitou, então — talvez por desafio, ou talvez por outra coisa — brindou com seu copo no de Alex.
Mas enquanto bebiam, Alex tinha certeza de uma coisa:
Claire Hart ficou incomodada.
David riu baixinho enquanto tomava um gole lento de uísque, seus olhos atentos acompanhando Alex enquanto ela saía do restaurante. "Ah, ela sabe exatamente o que está fazendo", refletiu.
Juliette deu um sorriso irônico, apoiando o queixo na mão enquanto girava a haste da taça de vinho entre os dedos. "Mmm, sedução calculada. Eu gosto. Mas me diga: foi para você ou para Claire?"
David soltou uma risada. "Ambos. Ela adora desequilibrar as pessoas." Ele se recostou na cadeira, esticando as pernas compridas e voltando o olhar para Juliette. "Mais ou menos como você."
Juliette ergueu uma sobrancelha. "Eu? Ah, querido, eu não jogo, eu só ganho."
Os lábios de David se curvaram. "Bom saber."
Ela tomou um gole de vinho, com os olhos brilhando de malícia. "Então, por quanto tempo vamos continuar brincando com a Claire antes que você acabe com o sofrimento dela?"
David refletiu por um instante, passando o polegar pela borda do copo. "Não tenho certeza. Acho que estou gostando de vê-la se remoer."
Juliette suspirou dramaticamente. "Vocês, homens, sempre enrolando quando há maneiras muito mais... eficientes de conseguir o que querem."
David arqueou uma sobrancelha. "E o que você sugere?"
Juliette se inclinou para a frente, baixando a voz para um sussurro conspiratório. "Faça-a implorar por isso." Ela inclinou a cabeça. "Nada faz uma mulher querer algo mais do que pensar que não pode tê-lo."
David deu um sorriso irônico e balançou a cabeça. "Você é perigosa."
Juliette brindou com o copo dele, sorrindo. "Só quando eu quero."
David girou o líquido âmbar em seu copo, observando Juliette com diversão enquanto ela se inclinava, com os olhos cheios de malícia. "Tudo bem", disse ele, fazendo-a rir. "Me conta como faço Claire implorar."
Juliette deu um sorriso irônico, pousando a taça de vinho e cruzando os braços sobre a mesa, com uma linguagem corporal relaxada, mas predatória. "Você já está na metade do caminho. Você plantou a semente — a ideia de que seguiu em frente, de que ela perdeu a chance. Mas é aqui que a maioria dos homens erra." Ela inclinou a cabeça, os olhos brilhando. "Eles ficam impacientes. Eles perseguem."
David arqueou uma sobrancelha. "E eu não te pareço o tipo que corre atrás?"
Ela riu, baixo e gutural. "Ah, você é... quando quer algo com muita força. Mas com Claire? Não." Ela traçou um círculo ocioso na mesa com a ponta do dedo. "Você vai fazer com que ela te persiga. Continue fazendo o que está fazendo: sendo visto, sendo desejado. Mostre a ela vislumbres do que ela poderia ter, mas nunca a deixe pensar que está ao seu alcance. Um olhar que se prolonga um segundo a mais. Uma mão na parte inferior das costas que desaparece antes que ela possa se inclinar." Os lábios de Juliette se curvaram perversamente. "Dê a ela apenas o suficiente para fazê-la desejar mais... mas nunca o suficiente para satisfazer."
David riu baixinho. "Você fala como se fosse um jogo."
Juliette deu de ombros. "É um jogo, querido. Quanto mais ela pensa que não pode te ter, mais ela se convence de que precisa de você." Ela pegou o copo e tomou um gole lento, sem tirar os olhos dele. "E então, um dia, quando ela estiver pronta para ceder... você a deixa pensar que finalmente está conseguindo o que quer."
David deu um sorriso irônico. "Deixar ela pensar?"
Juliette sorriu, pousando o copo com um leve tilintar. "E depois se afaste."
David expirou pelo nariz, balançando a cabeça, divertido. "Você é uma mulher perigosa."
Ela deu de ombros, lenta e preguiçosamente. "Você continua dizendo isso." Então, ela se inclinou, apoiando o queixo na mão enquanto o observava. "E daí? Vai seguir meu conselho?"
Ele deu um sorriso irônico, virando o resto do uísque. "Talvez."
Juliette estalou a língua. "Ah, eu sei que vai. O que significa..." Ela bateu a unha feita na borda do copo. "Meu preço acabou de aumentar."
David arqueou uma sobrancelha. "Ah, é? Do almoço para o quê?"
Os lábios de Juliette se abriram num sorriso lento e deliberado, e sua voz se transformou num quase ronronar. "Consultora."
David deu uma risada baixa. "E quanto isso me custa?"
Ela se recostou, cruzando uma perna longa sobre a outra e sorrindo. "Eu vou cavalgar antes da Claire."
David piscou, depois riu baixinho, balançando a cabeça. "Meu Deus, Juliette."
Ela riu, pegando o copo novamente. "O quê? Você não achou que eu estava aqui só pela comida, achou?"
Claire ajustou a inclinação da esteira, tentando se concentrar no ritmo constante dos seus passos em vez da confusão de pensamentos em sua cabeça. David estava ali em algum lugar — ele sempre estava ultimamente —, mas ela não se permitira procurá-lo. Ainda não. Ela precisava acalmar os nervos primeiro.
Ela mal havia recuperado o ritmo quando captou trechos de uma conversa entre duas mulheres a algumas máquinas de distância. Ela não estava prestando atenção no início, mas então... o nome dele.
"Meu Deus, ele parece bem."
"Eu não sabia que dava para ganhar músculos depois dos 40, mas, caramba." A outra mulher zombou. "Ele sempre foi gato, mas agora? O cara é uma máquina. Quer dizer, você já viu a bunda dele? Meu Deus. Se eu fosse a próxima namorada dele, estaria preocupada com a minha pélvis."
Risos. Claire manteve o olhar fixo na frente, mas seus dedos se fecharam com mais força nos trilhos.
"Ele tem estado aqui muito mais vezes desde que a Emily morreu", refletiu a primeira mulher. "Acho que nunca o vi aqui com tanta frequência."
"Provavelmente lidando com o luto." Uma pausa. Então, um pouco mais abaixo... "Ou talvez apenas lidando com outra pessoa."
Mais risadas. Claire se forçou a respirar normalmente, dizendo a si mesma que não importava, que não era da sua conta. Mas então...
"Sabe", disse uma delas, baixando a voz de forma conspiratória, "ouvi uma coisa maluca no hospital outro dia".
Claire não queria ouvir. Ela não ouviu. Mas seu corpo enrijeceu mesmo assim.
"O que?"
"Uma das enfermeiras do pronto-socorro estava falando sobre isso. Aparentemente, havia um boato circulando de que Emily e Jonathan Hart, o cara que dirigia o carro quando Emily foi morta" — Claire ficou realmente atenta à menção do nome do marido. "estavam juntos quando ela morreu."
O zumbido constante da esteira desapareceu no fundo.
"De jeito nenhum", zombou a outra mulher.
"Juro por Deus. Aquela conferência? Só uma desculpa para passarem uma semana fora."
O estômago de Claire se revirou violentamente, a bile subindo tão rápido que ela teve que apertar o botão de parada da esteira antes de se dobrar. Emily. E Jonathan. As palavras a atravessaram, uma lâmina afiada e retorcida de traição e descrença. Não era possível. Não podia ser possível.
Será? Ela mal registrou os olhares preocupados das mulheres enquanto pegava sua toalha e garrafa d'água e disparava para o vestiário, com o pulso martelando nos ouvidos. David sabia. Com certeza já sabia.
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