Na manhã seguinte, o sol já entrava suavemente pelas frestas da cortina, tocando o rosto de Vera com uma luz morna e dourada. Ela acordou com um sorriso discreto nos lábios — ainda sentindo no corpo e na alma os ecos da noite anterior.
Carlos dormia ao seu lado, respirando com serenidade. Vera o observou por um instante. Trinta anos juntos, filhos criados, netos brincando aos domingos, e ainda assim… ontem à noite eles tinham sido apenas homem e mulher. Não marido e esposa, não avós — apenas dois amantes reencontrando o desejo com ternura e surpresa.
Ela se levantou em silêncio, pegou o celular no criado-mudo e foi para a cozinha, começou a preparar o desjejum. O aroma de café já começava a se espalhar quando sentou-se com a xícara quente nas mãos, abriu o site de contos e encontrou o texto de Casanova que havia lido na noite anterior.
Ela deslizou o dedo até o fim da página, onde ficava a seção de comentários. Por um instante hesitou. "Talvez eu devesse agradecer", pensou. "Foi só um conto, mas olha o que provocou em mim…"
Clicou em “Comentar” — mas apareceu a mensagem:
"Para comentar, é necessário estar cadastrada. Escolha seu nome de usuário."
Ela sorriu, quase como uma adolescente criando um perfil secreto. Pensou em algumas possibilidades:
·CoroaCasada? Não… muito explícito.
·MulherMadura? Verdadeiro, mas… impessoal.
·LoiraFatal? Ela deu uma risadinha abafada. Carlos diria que sim, mas não era seu estilo.
·GreenEyes? Soava bonito, elegante… mas algo ainda faltava.
Então, como num sussurro vindo da memória, ela lembrou de algo que Carlos sempre dizia quando a olhava com ternura, principalmente quando iam para o quarto e ela aparecia de camisola:
“Você é a minha musa.”
Ela digitou com calma: Musa.
Simples, direto, íntimo. Perfeito.
Fez o cadastro rapidamente, mãos levemente trêmulas de emoção — e então, escreveu o comentário que vinha do fundo do coração:
Comentário por Musa
“Casanova, que conto maravilhoso… suas palavras me excitaram. Sou casada e ontem à noite, depois de ler sua história, vivi com meu marido uma das noites mais quentes dos últimos tempos. Obrigada por me fazer lembrar que o amor e o desejo podem caminhar juntos, mesmo após décadas.
Você é um dos meus escritores preferidos.”
Ela clicou em “Enviar”.
Fechou o celular.
E, sorrindo, voltou para o quarto.
Carlos ainda dormia, Vera teve de despertá-lo:
— Amor, vamos trocar aquela bolsa? A loja fecha ao meio-dia — disse, sorrindo para ele.
Carlos abriu os olhos, ainda meio sonolento, mas com um brilho diferente nos olhos.
- Vamos sim meu amor! – Disse ele com uma expressão de contentamento
Carlos costumava acordar mais cedo, no entanto a noite tinha sido tão boa que dormiu mais que o de costume. Já eram 10h.
- Eu vou ao banheiro, fazer minha higiene, depois tomo um café rápido e podemos ir!
Tomaram café juntos, trocando olhares, os reflexos da noite anterior ainda se refletiam em suas expressões.
Terminaram o café e seguiram em direção à loja.
Ao entrarem no elevador, a cabine estava vazia. Quando o elevador desceu dois andares, uma mulher entrou. Na faixa dos 35 anos, linda, com roupas curtas e provocantes. Ela se apresentou com um sorriso confiante:
— Eu sou Janaina, a nova vizinha.
Vera reconheceu a mulher do dia anterior, na calçada, falando com os carregadores da mudança. Um leve arrepio percorreu sua espinha.
Conforme o elevador descia, mais pessoas foram entrando, tornando o espaço apertado e quente.
Vera observou o corpo da Janaina se aproximar perigosamente de Carlos. Seus olhos se fixaram no rosto de Carlos, buscando uma reação.
Mas ele parecia alheio, olhando para frente, evitando qualquer confronto.
Um sentimento interno em Vera misturava ciúmes e desconforto.
O elevador parou no subsolo, onde fica a garagem e todos desceram. Janaina se afastou com um sorriso leve, enquanto Vera tentava controlava a tempestade que se formava dentro de si.
Entraram no carro e seguiram, com Carlos dirigindo pela avenida tranquila de sábado. Vera ajeitou a bolsa no colo, ainda com o desconforto daquele encontro no elevador.
— Essa nova vizinha, Janaina... — começou ela, olhando pela janela, tentando parecer casual — é bonita. Tipo, gostosona mesmo.
Carlos lançou um olhar rápido para ela, meio distraído, e deu de ombros:
— Nem reparei direito. Com todo aquele monte de gente entrando no elevador, nem deu pra prestar atenção.
Vera riu baixo, mas seu sorriso escondia uma pontada de ciúmes.
— Pois eu reparei — disse, mordendo o lábio — E não gostei muito do jeito que ela ficava perto de você. Meio provocante demais, sabe?
Carlos desviou o olhar para a estrada, escolhendo as palavras com cuidado.
— Ah, Vera, não tem motivo pra preocupação. Só uma mulher simpática, talvez um pouco... expansiva. Mas você sabe que pra mim você é a única.
Ela suspirou, tentando aceitar a explicação, mas a inquietação ainda se agarrava ao peito.
Depois de um silêncio, Vera mudou de assunto, olhando para ele com expressão séria.
— A loja de produtos evangélicos... não está indo bem, Carlos. Estou pensando em fechar.
Carlos franziu a testa, preocupado.
— Sério? Mas você já fez tanto esforço. Não dá pra tentar mais um pouco? Talvez mudar alguma coisa, anunciar mais, quem sabe?
Ela balançou a cabeça, um misto de cansaço e frustração.
— Já tentei tudo o que podia. Acho que o negócio não é pra mim.
Carlos segurou a mão dela no banco do carro, firme.
— Se ainda te faz sentir alguma coisa, insiste. Mas se mesmo assim não der, a gente encontra outro caminho juntos.
Vera olhou para ele, sentindo uma mistura de alívio e medo do futuro, enquanto o carro seguia na direção da loja.
Carlos estacionou o carro em frente à loja discreta, uma fachada simples, mas com uma vitrine bem-organizada.
Atrás do balcão, uma mulher alta, magra, com cabelo preso em um rabo de cavalo impecável, levantou o olhar e sorriu ao reconhecer Carlos.
— Carlos! Que surpresa te ver por aqui — disse ela, com um tom de voz caloroso, mas profissional. Estendeu a mão para mim. - Sou Rosileine, e você deve ser a Vera!
— Sou eu mesma. Esposa do Carlos.
Rosileine fez um gesto para que eles se aproximassem.
— Claro, como posso ajudar?
Vera colocou a bolsa na bancada, explicando que queriam trocar, pois havia um defeito.
Com cuidado, Rosileine avaliou a bolsa, e logo trocou por outra igual, sem nenhum problema.
— Aqui está, perfeita — disse ela, entregando a bolsa para Vera.
Em seguida, Rosileine se virou para Carlos e pegou uma sacola discreta.
— Ah, e a barra da calça que você deixou para ajustar já está pronta — falou, entregando a sacola.
Carlos sorriu para Vera, explicando:
— É um diferencial da loja, fazem pequenos ajustes para a clientela. Prático, né? – Falou apontando com a cabeça para um quadro simples onde se lia: “Ajustes e pequenas reformas gratuitos para nossos clientes — serviço rápido e confiável”.
Vera ficou parada por um instante, com a bolsa nova nas mãos, olhando ao redor da loja. Tudo ali era exatamente como no conto de Casanova que ela lera: a loja de roupas simples, o aviso na parede sobre ajustes gratuitos para clientes, a barra da calça pronta... E a atendente — alta, magra, com o rabo de cavalo — tão igual àquela personagem do conto.
Só que Rosilene não tinha a sensualidade exagerada daquela figura literária. Não era tão bonita, nem provocante. Mas a descrição batia, sem sombra de dúvidas.
Era como se o conto tivesse se materializado diante dos seus olhos, só que com nuances diferentes, mais reais, mais cotidianas.
Vera sentiu um frio na barriga e um turbilhão de pensamentos se formando.
“Tudo tão igual... será que é só coincidência? Ou o que li não está tão longe da minha vida real?” — pensou, tentando controlar a mente que fervilhava.
Vera pegou uma peça de roupa qualquer da loja, foi ao provador. Lá dentro, sozinha, abriu o celular, acessou o Site das Histórias Eróticas e abriu novamente no conto de Casanova e leu novamente.
Ela apertou o celular contra o corpo, tentando se manter presente, mas a estranha sensação de estar vivendo uma história dentro de uma história não a deixava em paz.
Antes de fechar o conto viu que seu comentário havia sido respondido por Casanova:
“Muito obrigado Musa, fico feliz que meu texto tenha te inspirado”
Casanova publicou a resposta as 10:06:41.
“Nesse horário Carlos estava no banheiro lá do apartamento, se arrumando para vir para cá” – pensou Vera.
Ela saiu do provador, devolveu a peça de roupa, e foi avisada por Rosilene que a loja já estava prestes a fechar.
No caminho de volta para casa, Vera sentia a cabeça girar com as conexões que vinha fazendo. Carlos, seu marido, não era apenas o homem que ela conhecia — ele era Casanova. Aquele Casanova do conto. As histórias, as personagens, tudo parecia baseado em fatos, vividos por ele. Mas, por enquanto, decidiu não falar nada. Guardaria o segredo para si, pelo menos por enquanto.
Um arrepio percorreu seu corpo.
Ao chegarem no prédio onde moravam, desceram do carro e caminharam até o elevador. Entraram juntos, ainda imersos em seus pensamentos.
Ver estava perdida em seus pensamentos “Pode ser que Casanova seja um outro homem da mesma cidade que a gente, e que também frequente a mesma loja”
De repente, o elevador deu uma pane. As luzes piscaram e a cabine parou entre os andares, mergulhando-os em uma escuridão abafada.
O elevador estremeceu antes de parar de vez, mergulhando Carlos e Vera na penumbra. O silêncio foi cortado apenas pela respiração deles.
Num ímpeto inesperado, Vera se aproximou e, sem dizer nada, agarrou-o pelo pescoço e o beijou com força, um beijo intenso, cheio de desejo.
— Vera... o que foi isso? — sussurrou ele, ainda atônito.
Mas ela não respondeu. Só o olhou, segura, como se finalmente tivesse tomado uma decisão.
O coração de Vera acelerou, mas sem pensar duas vezes, se ajoelhou em frente de Carlos, abriu suas calças, tirou o pau dele para fora e começou a chupar;
Carlos levou um susto, olhos arregalados. Rapidamente colocou a mão na frente da câmera do elevador, bloqueando a imagem.
Vera chupava com muita vontade, sugando cada centímetro da piroca do marido.
Começou a passar língua, com muito tesão, desde a cabeça do pau, até o saco.
Carlos começou a gemer baixinho. O desejo explodia no ar, no espaço apertado, como se tivessem anos de carência represada.
Ele estava atônito, mas adorando o boquete, e se segurando para não gemer alto.
- Assim eu não aguento Vera! Vou gozar! – Falou meio baixo, com medo que alguém ouvisse.
Vera olhando de baixo para cima, deu uma piscadinha:
- Manda ver! – Disse ela, com uma expressão que Carlos nunca tinha visto antes – Quero ver do que você é capaz!
Carlos achou aquilo tudo muito estranho. A esposa sempre teve restrições quanto ao sexo oral, até porque a Igreja condenava essa prática. Agora ela estava chupando seu pau dentro do elevador e liberando para que ele ejaculasse dentro de sua boca.
Ela estava sentindo um prazer como nunca antes, até que não aguentou mais e ejaculou ali mesmo.
A luz voltou. Vera recuou rapidamente, ajeitando o cabelo e respirando fundo. Mas o elevador retomou o movimento e, ao saírem, Carlos carregava no rosto um sorriso secreto, satisfeito, quase infantil. Vera esperava alguma pergunta ou comentário, mas encontrou apenas o olhar intenso dele, carregado de desejo contido.
No apartamento, Vera tentou retomar a rotina. Sentou-se à mesa para preparar a aula da Escola Dominical, mas não conseguia ignorar o calor que ainda percorria seu corpo, nem o olhar fixo de Carlos. Cada gesto dele irradiava expectativa. Quando finalmente se deitou, ele estava deitado de lado, esperando, os olhos brilhando com intensidade que era impossível não notar.
Assim que ela se aproximou, ele a puxou para si. O beijo veio profundo e prolongado. As mãos dele exploravam cada curva, cada centímetro da pele dela, alternando firmeza e delicadeza. Vera respondia com igual intensidade, guiando suas mãos sobre o peito e os ombros dele. Cada toque provocava arrepios e calafrios, cada beijo acelerava a respiração.
A entrega era total. Cada movimento dos corpos era sincronizado, cada toque provocava ondas de prazer que percorriam a pele.
Bocas desciam pelo pescoço, pelos ombros, costas.
Mãos percorriam coxas, cintura e braços.
Os dedos habilidosos de Carlos chegaram na bucetinha de Vera provocando-lhe tremores.
O corpo de Vera se arqueava nos braços dele, entregando-se completamente. .
O ritmo cresceu em ondas. Tudo fluía naturalmente.
Vera sentou na piroca e começou a cavalgar num ritmo frenético.
Vera fazia um movimento forte com os quadris e pernas, batendo com força. Jogou a cabeça para trás, fechou os olhos, sentindo aquele cacete gostoso invadindo sua vagina. Gemidos e sussurros misturavam-se, quebrando o silêncio e intensificando o prazer
Carlos acariciava seus seios, despertando para uma paixão que parecia adormecida há anos.
Cada gesto de Carlos provocava um arrepio que se espalhava pelo corpo de Vera; cada reação dela o excitava ainda mais, o que o levou a sugar seus mamilos com voracidade.
Gemidos transformaram-se em gritos de prazer que se misturavam à respiração irregular e ao ritmo acelerado dos corações.
A tensão acumulada finalmente explodiu em clímax de entrega total. O quarto parecia girar ao redor deles, enquanto respiravam ofegantes, exaustos.
Vera se deitou e puxou o marido pelos cabelos, conduzindo sua boca ao centro.
Carlos começou a mordiscar e lamber sua vagina com devoção, como se quisesse dissolver toda a tensão acumulada.
Ela fechou os olhos, sentindo ondas de conforto percorrerem o corpo, e agarrou o travesseiro com força, apoiando-se nele como se fosse seu porto seguro.
Quando Carlos abocanhou sua xoxotinha inteira, e começou a suga-la, o impacto da sensação foi tão forte que ela segurou o travesseiro com mais força — e, num instante de surpresa e intensidade, a fronha rasgou sob a pressão de suas mãos, um pequeno testemunho físico do quanto o momento a havia tomado por completo.
Exaustos, caíram lado a lado, entrelaçados, ainda sentindo o calor e o contato da pele. Carlos beijou suavemente a bunda de Vera. Ela sorriu, sentindo o coração acelerado, a mente embriagada pelo prazer do sexo.
Continua ...