Peguei meu marido me traindo com minha sobrinha, mas não deixei barato. Parte 2

Um conto erótico de Solange
Categoria: Heterossexual
Contém 3167 palavras
Data: 05/09/2025 01:43:00

A ducha caia sobre mim, e eu sentia a água tentar fazer seu papel, lavando a minha alma. Porém, a dor e a mancha da traição, insistiam em não sair, e mesmo esfregando meu corpo, eu ainda sentia o peso de ter flagrado minha sobrinha e meu marido juntos.

Depois do banho, eu me enxuguei, e coloquei uma roupa mais casual, de ficar em casa mesmo. Desci depois do banho, ainda com o cheiro do sabonete grudado na pele e a cabeça pesada. A mesa já estava praticamente limpa, só restava meu prato sendo colocado pela Célia.

— Quer que eu chame o senhor Renato pra lhe fazer companhia? — ela perguntou, com aquela voz sempre respeitosa.

Balancei a cabeça. — Não precisa. Minha companhia já basta.

— Está bem senhora, vai querer algo mais para acompanhar? — ela perguntou.

— Não, Célia. Obrigada, e o meu filho? — perguntei, olhando em volta.

— Está no quarto, senhora. Possivelmente brincando ou jogando no videogame.

Assenti. Então, olhando para ela, veio aquele impulso. — Célia, senta aqui comigo. Vamos comer juntas.

Ela arregalou os olhos. — Ah, dona Solange, isso não é certo.

— E por que não? — Perguntei.

— Por que a senhora é a dona, a patroa. E eu, uma empregada.

— Eu insisto. Faz um prato pra você e senta. Hoje eu quero comer com minha amiga. — Levei uma de minhas mãos para as dela, e as toquei, olhando no fundo de seus olhos.

Ela hesitou, mas acabou cedendo. Se serviu com cuidado, como se fosse proibido, e se sentou na minha frente.

Fiquei olhando para o prato, mexendo com o garfo, até que soltei:

— Célia, você acha que tem alguma coisa de errado comigo?

Ela quase deixou o garfo cair, assustada. Prontamente me respondeu.

— Claro que não, senhora. A senhora é uma ótima patroa, uma mulher poderosa, inspiradora. Queria ser como você.

Suspirei. — Então por que você acha que meu marido me trai?

Ela engoliu seco, olhou pra mim com medo. Ficou em silêncio por uns segundos até que falou baixo:

— Sendo sincera, dona Solange… acho que é porque o seu Renato vive acomodado. Ele sempre ganhou tudo, vive às custas da senhora, e por isso não dá valor às coisas.

Depois cobriu a boca com a mão, como se tivesse dito um absurdo. — Me desculpe, eu não devia…

Balancei a cabeça devagar. — Não, Célia. Você tem razão.

Ela tentou se explicar, implorou: — Por favor, não diga ao seu Renato que eu penso isso dele, é capaz dele querer me mandar embora.

— Fica tranquila — garanti. — Você não está errada. E além do mais, ele não manda em nada nessa casa. Eu quem mando.

Terminamos a refeição assim, num silêncio quase cúmplice. Pela primeira vez em muito tempo eu não me senti tão sozinha naquela mesa.

Alguns minutos depois, Renato apareceu na cozinha, depois de descer de seus aposentos, e veio diretamente a mim. Eu já tinha acabado de comer e pedi para a Célia nos deixar.

Ele se aproximou com aquela cara cansada. — A gente precisa conversar.

Olhei direto nos olhos dele. — Claro que sim.

— Não dá pra viver assim, Solange. Eu entendo que você está sofrendo, mas mesmo assim eu preciso de você. Nós precisamos.

Cruzei os braços. — Você precisa, Renato? Será mesmo?

— Claro que sim, como assim essa pergunta? Você sabe que eu te amo. — Ele disse, se aproximando de mim. Eu rechacei a aproximação, desviando-se dele. Olhei em seus olhos:

— Essa foi a escolha que você fez, Renato. Você quis isso.

— Não quis nada, Solange. Foi... Mais forte que eu. — ele me dizia, enquanto tentava se aproximar, me abordar. Mesmo o amando ainda, eu me mantive firme, forte.

— Traição é uma escolha, Renato. Não é um erro, um deslize. Mas tinha que ser com a minha sobrinha? Por que? O que falta em mim, Renato?

— Sol, não falta nada em você, foi só o calor do momento, ela ficou me provocando, eu provoquei de volta, a conversa foi indo, e acabamos transando uma vez, depois outra... Era só uma aventura, com você é real, tente entender, meu amor.

— Renato. — Olhava nos olhos dele. — Eu só não peço o divorcio agora, por causa do nosso filho, mas quero que saiba que não vai mais ter minha ajuda pra nada. Eu cansei de ficar sustentando pessoas que me esfaqueiam pelas costas.

Ele se remexeu, desconfortável. — A gente podia tentar de novo. Se reaproximar. Que tal a viagem para Recife?

Respirei fundo, segurando a raiva e a tristeza. — No momento, Renato, eu só quero ficar longe de você. E pensar no que vou fazer com esse casamento. Como disse, no momento, não quero separar, mas isso pode mudar, se você fizer de novo.

Ele ficou sem reação, só me olhando. Aquilo matou qualquer resto de esperança no ar.

— Solange, meu amor. Eu sei que eu errei, e eu preciso de você. Foi um vacilo meu, eu preciso de mais uma chance. — Ele implorou pra mim, enquanto cruzava os braços.

— Eu irei subir pro meu quarto, Renato. Por favor, só entenda que, no momento, eu quero distância de você.

A conversa morreu ali. E no silêncio que se seguiu, percebi que o amanhã já estava me esperando.

A manhã começou como tantas outras, mas dentro de mim nada estava igual. Sentei à mesa para tomar café e lá estava o Rodrigo, animado como sempre.

— Mãe, vai ter um evento na escola semana que vem, e eu não sei se quero ir.

— Por que não, filho? — Perguntei, enquanto fazia carinho em seu cabelo.

— Porque tem que ir fantasiado. Olha a minha idade pra ficar indo fantasiado pra algum lugar. Isso é ridículo.

— Não deve ser tão ruim assim... — comentei, onde ele em seguida me deu uma lista do dresscode do evento, e eu soltei um riso. — Mas ohhh, que gracinha. Vai ter que ir de gaúcho?

— Mas não vou mesmo mãe, eu odeio fantasia...

Sorri, tentando motiva-lo. — Claro, filho. Você não precisa participar, mas se quiser, eu vou com você.

Enquanto conversávamos, Renato apareceu. O ar pareceu ficar pesado na hora. Mas o Rodrigo estava tão alegre que eu me forcei a manter o clima normal. Falamos de coisas banais: Sobre o dia , a aula de matemática, até do bolo que a Célia tinha feito ontem. Fiz questão de rir, de fingir. Rodrigo não precisava carregar meus problemas.

Depois do café, subi, me aprontei para o trabalho e, quando já estava prestes a sair, encontrei Raquel parada na sala.

— Oi Tia, me desculpe vir sem avisar, me deixaram entrar.

— Você aqui? — perguntei.

— Tia, espera um pouco. Preciso conversar com a senhora — disse ela, baixando a cabeça.

Não deixei terminar. A raiva que eu vinha segurando explodiu. Dei um tapa na cara dela.

— Você, Raquel… você é do meu sangue. Jamais imaginava de você, de me trair desse jeito. Ainda mais com ele. O seu tio.

Ela levou a mão ao rosto, os olhos marejados. — Eu errei… me deixei levar. Ele sempre foi sedutor, tia. Desde antes dos flertes, ele já me assediava. Aquela foto… eu mandei sem querer. E depois… a gente perdeu o controle.

Ouvir aquilo foi como levar outra facada. Respirei fundo, tentando não desabar.

— Como assim, assediava?

— Tia, ele já vinha dando em cima de mim antes, se quiser te mostro mensagens antigas, eu... Eu tentei evitar, eu ia até contar pra você... Mas...

— Olha, Raquel, sinceramente... No momento, não quero te ver, nem te ouvir. Preciso pensar em como vou lidar com tudo isso.

Passei por ela sem olhar pra trás. Entrei no carro e segui para a empresa. Vi Raquel saindo em seguida, cabisbaixa, indo para seu carro também, e indo embora.

No trabalho, me forcei a vestir a máscara de sempre. Não podia deixar que meus dramas familiares atravessassem aquelas paredes. No corredor, encontrei Caio, o rapaz novo. Jovem, educado, ainda com aquela insegurança de quem está começando.

— Bom dia, senhora Solange. Você deseja café pra começar o dia? — perguntou.

— Quero, sim. Obrigada.

Minutos depois ele apareceu na minha sala, trazendo uma xícara fumegante. — Eu mesmo fiz — disse, quase orgulhoso.

Provei. Estava bom, surpreendentemente bom. — Gostei. Você leva jeito.

— Obrigado, senhora. Ah sim, eu já ia me esquecendo!

Ele sorriu, meio tímido, e colocou alguns papéis sobre a mesa. — Separei esses documentos que achei importantes. A senhora deve dar uma olhada.

Assenti. — Vou ler todos com calma.

— Se precisar de alguma coisa, é só chamar — respondeu antes de sair.

Fiquei ali, sozinha, olhando para aquela pilha de papéis. O resto do dia seguiu entre reuniões, telefonemas e minha cabeça tentando não voltar para casa, para Renato, para Raquel. No trabalho, pelo menos, eu ainda tinha algum controle.

Cheguei em casa já tarde, o corpo cansado, a cabeça mais ainda. Só queria um banho e minha cama. Mas assim que abri a porta, senti um clima mais diferente. A casa parecia com outra energia.

O corredor estava meio iluminado, e quando entrei na sala, vi a mesa posta, vinho, música suave tocando. Renato estava ali, bem vestido, elegante, cabelo penteado e barba feita. Ele veio até mim.

— Surpresa… — disse ele, abrindo os braços.

Cruzei os braços, desconfiada. — O que é isso agora, Renato?

— Rodrigo foi dormir na casa de um amigo, e dispensei as empregadas. Hoje eu quero uma noite só nossa. Pra recomeçar...

— Você é louco...

Minha primeira reação foi revirar os olhos. Parte de mim queria gritar, outra queria sair correndo. Mas também havia uma parte, bem escondida, que ainda lembrava o começo, os tempos em que ele me olhava diferente, como se eu fosse a única no mundo.

— Renato, você não devia ter feito isso… — comecei, mas ele me interrompeu.

— Só aproveita comigo essa noite, Sol. É só isso. Não precisa decidir nada hoje.

Suspirei. Sentei junto com ele, de má vontade, mas sentei. Ele serviu o vinho, me olhou com aquele ar arrependido que quase me desmontava. Conversamos pouco, coisas leves, nada demais. Eu tentava não me deixar levar, mas ao mesmo tempo percebia que estava cedendo.

Quando terminei a taça, ele se aproximou, devagar, como se pedisse permissão. Toquei no braço dele, num gesto automático, e o mundo pareceu parar por um instante.

— Você ainda é linda pra mim, Solange — murmurou.

— Não começa, Renato — respondi, mas minha voz saiu baixa, sem força.

Ele insistiu, chegando mais perto. E, contra tudo o que eu vinha repetindo a mim mesma, não desviei. Nossos lábios se encontraram, primeiro de forma hesitante, depois com mais urgência. Foi estranho, familiar e distante ao mesmo tempo.

E daquele beijo, coisas maiores surgiram. De repente não era mais eu ali, era apenas uma mulher com saudades de ser tocada.

— Sol... Sua gostosa.

Renato deslizava suas mãos pela minha cintura e logo levantou a minha saia, deixando minha bunda exposta. Ele então deu um tapa gostoso na minha bunda, e agarrou com as suas mãos passando então a se movimentar enquanto a sua língua se morria de forma lascívia com a minha. Suas mãos passaram a deslizar-se pelo meu corpo e foram me provocando, querendo ou não era um anos de casado e ele sabia muito bem onde me tocar.

— Ah, Renato, não faz isso... Não podemos...

Um gemido foi se misturando entre nossos beijos principalmente quando o Renato me virou e penetrou sua mão dentro da minha calcinha e começou a massagear a minha buceta. Buceta essa que não era tocada há um bom tempo e logo com os seus primeiros movimentos ela começou a melar começou a se contrair, os lábios estavam cheios de desejo e precisavam ser tocados e era isso que ele fazia enquanto desviou o meu pescoço para o lado e começou a beijar minha pele.

— Eu perdi tempo não provando essa pele macia, gostosa. Você é gostosa demais, Solange.

— Pare, Renato... Não posso fazer... Ahhh!

Depois de afastar os lábios próximos do meu ouvido ele então me colocou para ficar com as mãos apoiadas na mesa enquanto deixava minha bunda empinada. Ele então tirou a minha saia, e colocou a calcinha para o lado enquanto ficou esfregando o seu pau. Ele soltou o meu cabelo e os deixou solto para em seguida segurar com uma de suas mãos e começaram a estocar.

— Ah, Solange. Eu vou foder essa bucetinha que é toda minha. Isso, caralho, sente o pauzão do seu marido.

— Ahhh! Ah, isso, cachorro cretino, me come seu safado!

Seu pau já estava praticamente dentro de minha bucetinha, estocando e se empurrando contra meus lábios vaginais, que envolviam a sua tora enquanto este estava ali socando com força. A cada estocada eu podia sentir meu corpo se estremecer completamente, principalmente pela falta de sexo nos últimos tempos.

— Eu... Precisava disso. Ah, ahhh! Caralho...

Eu estava com muita raiva dele principalmente por tudo que aconteceu. Mas naquele instante, talvez a raiva se misturou com uma carência e um tesão e acabamos nos cedendo ao nosso desejo e vontade. Uma mistura de sensações e emoções pairavam sobre minha cabeça e eu não queria pensar muito no momento, apenas curtir o prazer de ser deliciosamente fodida pelo meu marido ou talvez ex-marido.

— Sol, que bucetinha gostosa, você me engole todo, é uma putinha safada mesmo...

Enquanto ele estava me fodendo, ele levou uma de suas mãos até a minha bucetinha e começou a esfregar seus dedos ali. O meu prazer foi tão grande que eu acabei esguichando em seus dedos.

— Gozou no meu pau, vagabunda. — Disse ele, que anunciou que estava perto de gozar.

Antes dele gozar uma primeira vez, eu forcei minha bunda para trás e me ajoelhei perante o seu pau e comecei a chupá-lo. O ritmo da minha boca que se movimentava junto ao pau dele era rápido, minhas sucções eram urgente, balançava meu corpo ao mesmo tempo em que minha boca se movia para frente e para trás até que podia sentir o líquido da porra começando a invadir meus lábios. Engoli boa parte do sêmen dele, porém parte acabou sujando o lateral do meu rosto.

Depois daquilo voltamos a foder mais uma vez até que caímos exaustos na cama. Não percebi, mas, Renato acabou dormindo junto comigo no fim das contas, abraçados como casais, como antes.

No dia seguinte, acordei ali, nua, gozada, entregue, e Renato dormindo, do meu lado. Olhei para ele quando acordou, encostei a testa na dele, respirando fundo. — Isso não muda nada.

— Eu sei — disse ele. — Mas já é um começo.

Fiquei em silêncio, sem saber se aquilo era um erro ou um fio de esperança. Porém, satisfeita com a noite anterior. Acordei animada, mas ao mesmo tempo, sentindo o peso de tudo que eu tinha feito, de tudo que tinha acontecido na noite anterior.

Renato dormia ao meu lado, como se nada tivesse acontecido. Tinha um ar de paz no rosto, mas eu não conseguia me enganar. Uma parte de mim queria acreditar que tínhamos dado um passo para a reconciliação, outra parte gritava que eu estava sendo tola. Será que ele se arrependeu de verdade ou só estava jogando para não perder as regalias que sempre teve?

Levantei devagar, fui até o banheiro e me olhei no espelho. Joguei água em meu rosto, enquanto meus olhos ficaram fixos a minha imagem frente aquele espelho. Não podia negar que o sexo havia me feito bem, eu me sentia mais... Linda.

Passei batom, ajeitei o cabelo e respirei fundo. “Hoje é só mais um dia de trabalho, Solange. Vai e foca no que importa.”

Encontrei meu filho, já de volta em casa. Hoje ele não teria aula, então dei um beijo na testa dele, e prometi chegar cedo hoje em casa. E assim começava meu dia.

No escritório, fiz questão de manter a postura. Reuniões, contratos, telefonemas. Eu podia estar quebrada por dentro, mas ninguém precisava saber disso. Só que, no meio da correria, senti falta de alguém. O Caio. Não o vi pela manhã e isso me chamou atenção.

— Arthur? — Chamei então o diretor de Marketing, que tem um escritório ao lado do meu.

— Olá, senhorita Solange. O que deseja?

— Você viu o Caio? Ele não apareceu aqui e já são duas da tarde.

— Ele disse que precisava se ausentar, iria ligar pra você depois.

Meio que meia hora depois, o meu telefone corporativo tocou. Atendi.

— Olá, boa tarde.

— Dona Solange? É o Caio… me desculpa, mas hoje não vou conseguir ir trabalhar. Minha mãe… ela está muito mal, internaram ela na UTI.

— Meu Deus Caio, o que houve?

— Eu não sei... Estou esperando o médico plantonista. Me perdoa, eu só estou esperando ele chegar e to correndo ai pra fazer o resto do meu turno.

A voz dele estava trêmula, quase infantil. Meu coração apertou.

— Não se preocupe com isso, Caio. Fica com a sua mãe, é o que importa agora. Eu vou dar seu dia de folga. E se precisar amanhã também, pode deixar que eu providencio, basta só apresentar o comprovante no RH. Desejo muita força, tá?

— Obrigado, de verdade… — ele disse, quase chorando.

Desliguei e fiquei olhando para o telefone. Não sei por quê, mas senti uma preocupação estranha, maior do que eu deveria. Ele era só um assistente novo, um garoto, e mesmo assim eu queria saber se estava bem, queria ajudar.

Quando acabou o expediente, entrei no carro decidida a ir direto para casa. Mas no caminho, meu coração me pregou uma peça: pensei em passar no hospital para ver o Caio, só para oferecer uma palavra de apoio. Balancei a cabeça, tentando entender de onde vinha essa vontade.

Mudei o percurso, mas não cheguei nem perto do hospital. Porque, antes, o destino resolveu me dar outro choque.

Na esquina, em frente a um barzinho, vi Renato. Meu marido. Bem ali, rindo e conversando com uma mulher loira, com roupas bem extravagantes, os dois muito próximos. Eu parei o carro, o sangue ferveu nas minhas veias. Foi quando vi: ele se inclinou e a beijou. Sem pudor.

Estacionei o carro bruscamente e desci. Meus saltos bateram forte no chão, cada passo carregado de raiva.

— Então é isso, Renato? — gritei, chamando atenção de todos ali. — Você não tem vergonha na cara? Um homem que não respeita a própria esposa, o filho, nem sequer a noite que passamos juntos ontem! Você é um mal caráter!

Ele tentou se aproximar, balbuciando desculpas.

— Sol, não é o que você tá pensando…

— Cala a boca! — interrompi, e minha mão voou no rosto dele, com um tapa que ecoou mais do que qualquer palavra. — Você não vale nada, seu filho da puta!

A loira, assustada, levantou as mãos. — Meu Deus, eu não sabia que ele era casado… me desculpa!

Olhei direto para ela, com uma calma gelada. — Não precisa se desculpar comigo. Ele já não é mais casado. Se quiser, pode ficar com esse lixo.

Tirei minha aliança, joguei no peito de Renato e virei as costas. Não olhei para trás.

Entrei no carro, tremendo, e comecei a dirigir. As lágrimas ameaçavam cair, mas me segurei. O volante parecia pesado nas minhas mãos, e eu mal sabia para onde estava indo. Só sabia que ali, naquela esquina, meu casamento tinha acabado de vez.

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Comentários

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Já ficou claro que Renato não vale nada. Está óbvio que não é competente como empresário, porque se fosse não dependeria da esposa até hoje. Se fosse um bom pai não levaria a amante dentro da própria casa correndo o risco do filho ver. Se fosse um homem de verdade não agiria com tamanha covardia com a esposa. Ou seja, é só um lixo de pessoa.

Solange passa a impressão de ser uma mulher forte e decidida para as outras pessoas, mas parece que ela só é assim como empresária, como mulher é frágil, em algum momento para mim faltou pulso, decisão e principalmente amor próprio, se entregou fácil demais. Ela pegou o marido com a sobrinha na sua própria casa e logo depois se entrega a ele de novo!?! Tudo bem que ela ainda o ama, mas e o amor próprio, cadê? Tá de brincadeira Sol! Pagou caro por essa fraqueza.

Pelo jeito ela começou a se interessar pelo novinho, seila, é algo que me incomodou também, mas vai que seja algo bom pra ela.

Muito bom como sempre Kayrosk!

Parabéns meu amigo!

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Fico pensando no Renato. O que falarei aqui é só uma alucinação. Será que, no fim das contas, ela vai descobrir que, além de traí-la, ele é um tremendo FDP envolvido em negócios escusos? Parece uma caminho óbvio. Porém, quando penso na postura, nos pensamentos, na ideia de vida da Solange, nossa querida protaganista, fico a imaginar como ela lidaria com toda situação se, no fim das contas, o único problema do Renato seja ser um tremendo de um mulherengo comedor enquanto no resto, ele dá conta com honestidade e competência: como empresário e como pai. Como Solange reagiria diante desse cenário pois, afinal, com filho pequeno tudo fica mais dificil e o menino não tem culpa de nada?

O conto continua de alto nível, que me permitiu até imaginar adiante. Ansioso pela próxima parte.

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Excelente, mas que marido que a Solange arrumou

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