PARTE II
Eu sorri e aceitei a bebida. Ele pegou de um garçom que estava passando e me entregou uma e deu uma a Raul. Brindamos e tomamos um gole da bebida. Raul mal bebeu e já deixou a taça. Eu terminei a bebida e Marciel também. Ao final da bebida, o Velho estalou os lábios e disse a mim “pq não damos uma volta?” Raul já tinha previsto isso, mas eu queria que ele sentisse que dominava a situação. Olhei em seus olhos e pedi.
- Posso?
- Claro que pode, - Respondeu o velho, se intrometendo. - não é mesmo, Raul?
Raul me encarava com um sorriso de canto e apenas balançou a cabeça positivamente. O Velho me pegou pelo braço e começou a me puxar em meio a aglomeração que havia no centro do salão. Enquanto andávamos, ele dizia.
- Sabe, garoto, eu já fui casado. Fiquei viúvo muito cedo! Você não devia nem ser nascido ainda. Fazem mais de 30 anos! Mas aí ela morreu e eu experimentei um viado. Minha vida mudou. A sensação de ter um homem sobre o seu domínio é completamente diferente. Mas eu estou velho, não me dou bem com as tecnologias, e essas festas são minha diversão! O que você está achando?
- Esta muito agradável! - Respondi
- Ah, mas vai ficar mais agradável ainda! Veja, ali já tem uns casais no clima. Sabe, desde que conheci Raul faço muita questão que ele venha. Tem uma mão excelente pra escolher submisso, o Raul. Você pode imaginar que não gostei nada quando ele sumiu. Qual o lance entre vocês dois?
Lembrei de Raul me dizendo, em casa, enquanto me treinava pro dia de hoje. “(…) - Se ele fizer como fez com os outros que já levei, ele vai te afastar de mim. Daí ele vai te perguntar se a gente tá junto. Putinho, quando ele perguntar isso eu quero que você seja taxativo em dizer que sim.”
- Estamos juntos. - Respondi. - Nos curtimos bastante e eu espero que dure!
Marciel parou abruptamente, se virou pra mim e disse:
- Entendi. Mas isso não explica o sumiço do Raul. Pq ele vem escondendo você?
Eu, que o encarava, ri de sua pergunta.
- Ele não me esconde. Eu que não curto muito a vida social.
- Ele esconde, sim. Que ele te domina eu já sei. Mas não foi só isso. Ele sempre vinha, nunca repetia, quer dizer, o que você tem que os outros não tinham?
- Eu… eu não sei.
- Não importa. - Disse o velho - A noite está começando e eu vou acabar descobrindo. Mas confesso: estou curioso. Venha!
Ele saiu andando, a mão firmemente fechada no meu pulso. Fizemos o caminho de volta. Raul já tinha me dito que isso aconteceria.
“(…) - Depois ele vai te trazer de volta pra mim. Daí ele vai sair, ficar te olhando de longe e, quando perceber que você já tá altinho, vai te pegar de volta e te levar pro quarto (…)”. Mas Raul estava um pouco enganado. O velho não saiu sozinho. Quando nos aproximamos, ele disse.
- Raul, você se importa se apresentar meu quarto ao garoto?
Acho que Raul ainda não estava preparado. Os músculos de sua face contraíram, mas ele se conteve e disse que não. Marciel, que ainda me segurava, voltou a andar, me puxando com ele. Subimos uma escada. Esse andar já tinha uma configuração separada em cômodos. Ele me guiou pelo corredor, abriu uma porta e entramos. Mais uma vez, a voz de Raul rolava em minha memória.
“(…) - Quando vocês tiverem no quarto, ele talvez te ofereça um “comprimido”. Não é nada forte, você pode tomar se quiser. Se achar que vai ficar mais relaxado. O importante é que ele vai querer te dar coisas pra você fazer coisas. Nesse momento, putinho, é que eu quero que você se lembre que tem um rei. Faça o que ele quiser, mas não se entregue como você faz comigo. Você pode chamá-lo de senhor, mas só isso. Não quero que o chame de nada além disso e do nome dele. Você só tem um mestre, só tem um dono e, principalmente, só tem um rei. Daí pra frente, putinho, eu vou ter que confiar em você. Não sei o que vai acontecer.”
Quando entramos no quarto, Marciel tirou o terno e colocou em cima de uma cadeira. Colocou a mão no bolso, tirou um frasco, abriu, sacou um comprimido e levou na boca. Mordeu, dividindo ao meio, manteve um pedaço na boca e me ofereceu o outro pedaço dizendo “toma metade”. Eu nunca tinha feito aquilo. Mas eu também nunca tinha ido numa festa daquelas e estava ali. Estava nervoso e resolvi aceitar, peguei e coloquei na boca. Marciel sentou na cama, recostou as costas mantendo os pés no chão, colocou os braços atrás da cabeça e disse.
- Tem sempre o gosto da juventude! Eu fui jovem nos anos 70… Ah, os anos 70! Se eu soubesse lá o que eu sei hoje… Venha, garoto, faça comigo como você faz com Raul.
Era chegado o momento. Era difícil até imaginar estar com outro homem que não Raul. Eu tinha me programado pra caprichar bastante com a boca, mas, no geral, seria um sexo morno. Eu me ajoelhei entre suas pernas e toquei seu membro. Já estava duro e eu já abria o zíper de sua calça quando o ouvi dizer
- Não é assim que você faz com ele!
Nesse momento eu senti o efeito do comprimido. O mundo parecia estar rodando mais lentamente. Meus olhos pareciam ter uma lente e eu só enxergava o centro da visão, enquanto nas bordas eu só via a cor verde. Meu corpo foi se relaxando e eu ia me sentindo aliviado, solto. Senti uma mão calejada acariciar meu rosto e uma voz dizer: “Vai, faz direitinho. Finge que eu sou o Raul”. Mas tudo que eu ouvi foi “Raul”. Por um momento eu pensei estar com ele. Tirei os sapatos do velho e comecei a massagear seus pés, o que ele gostou muito. Tal qual faço com Raul, me aproximei pra beijar seus pés. Quando beijei, meus lábios reconheceram que não era ele. Eu parei, olhei pra cima e vi Marciel me olhando. Ele disse: “não para, puta”, mas meu corpo sabia que não era Raul. Minha consciência vinha e voltava. Eu lembrava o que estava fazendo ali e massageava Marciel. Hora eu pensava ser Raul e voltava a beijar, depois percebia que aquele não era o cheiro do meu senhor. Marciel estava gostando. Me fez parar e disse:
- Estou começando a entender. Você gosta de trabalhar bem nos pes, né, sua puta? Vamos, responda!
- Sim senhor.
- Responda: sim senhor, mestre!
Lembrei-me de Ruan no mesmo segundo. Apenas ele era meu mestre. Eu não diria aquilo , então tentei o enrolar.
- Sim senhor, senhor!
- Me chame de mestre! - Disse. Meu corpo estava relaxado e minha vontade era o que me governava.
- Não! - Respondi, taxativo.
Marciel me olhou por um tempo. Levantou-se da cama, calçou novamente os sapatos e andou até uma cômoda que tinha no canto do quarto. Abriu a primeira gaveta, pegou algo e voltou andando. Me mostrou um bolo com notas de cem e disse:
- Se você me chamar de mestre, isso é seu.
- Me desculpe, senhor, mas eu só tenho um mestre! - Respondi.
- Você é desses difíceis, então! Tudo bem! Cá entre nós, eu até prefiro assim.
Marciel se sentou novamente na cama e disse “Vamos tirar isso”, começando a desabotoar minha coleira. Até eu mesmo me assustei com o grito que dei dizendo “NÃO”, o que o fez parar. Me recompus e disse:
- Eu não quero tirar a coleira! Meu mestre não iria gostar!
- Olha só, que rebelde. Mas tudo bem. Eu tenho certeza que Raul não se importaria.
- Senhor, isso não é sobre ele! - Respondi
- Você não quer pronunciar uma palavra, não quer tirar essa coleira, o que você está fazendo aqui, então?
- Senhor, eu estou aqui para servi-lo. Estou aqui para fazer o que o senhor quiser. Mas, principalmente, eu estou aqui por vontade do meu mestre. Ele é o único, e a única vontade que vence a minha, é a dele.
Marciel ficou novamente me olhando. Ele parecia me estudar. Eu não desviava o olhar dele. Meu olhar era firme, eu deixava claro que só tinha um senhor, e que eu só queria um senhor. Então, ele sorriu e disse, enquanto fechava o zíper de sua calça:
- Que gracinha. Você o ama! Eu não abro mão de usar você, só que eu tenho meu orgulho. Não vou usá-lo com o nome de outro pendurado em você, e ele parece ter feito um excelente trabalho de lavagem cerebral. Mas isso é fácil de resolver, eu sei que você não negaria a ele. Venha.
Eu me levantei e fui até ele. Marciel envolveu sua mão em meu pulso como tinha feito antes. Abriu a porta e me puxou pra fora. Começamos a andar de volta pro salão, descemos as escadas e demos uma volta tentando achar Raul. Quando o localizamos, ele estava sentado sozinho em uma mesa, na ponta do banco, com uma long neck na mão. Essa cena era a que eu mais gostava de ver. Raul sentado num trono, as pernas abertas, a imponência que ele exalava apenas com sua presença, soberano, como um rei. Eu estava completamente relaxado e a sensação que eu tinha era que o mundo era meu. E, se o mundo era meu, tudo que existia no mundo devia cumprir as vontades dele. Quando nos viu sua expressão ficou confusa e ele se preparou pra levantar. Mas eu, que já não temia nada e nem tinha vergonha de nada, assim que me aproximei dele, me ajoelhei ao seu lado e comecei a beijar suas mãos enquanto dizia.
- Senhor! Meu senhor! Meu único mestre!
Raul sorriu pra mim, passou a mão em meu rosto e olhou para Marciel, que disse:
- Tá me dando trabalho, esse. Não quer tirar essa coleira. Acho que ele precisa de mais uma bebida, eu vou lá buscar. Enquanto isso, por favor, dê um jeito nisso.
Marciel, ao dizer isso, saiu andando. Raul me olhava, a expressão feliz, acariciou novamente meu rosto e me perguntou o que tinha acontecido.
- Ele queria que eu o chamasse de mestre. Mas eu não chamei, senhor, eu não chamei. Ele queria me dar um bolo de dinheiro mas eu não quis, senhor. Eu só tenho um mestre! Depois ele quis tirar a coleira que o senhor me deu, mas eu também não deixei. Quero que todos saibam quem é meu dono.
O rosto de Raul transbordava puro triunfo. Aquela era a maior prova de que aquele submisso era, de fato, só dele. Ninguém se recusaria a falar uma palavra em troca de dinheiro. Ninguém exceto o seu (e só seu) Pedrinho. Ele sorrindo, orgulhoso, passou as mãos em volta do meu pescoço e tirou a coleira. Não vou negar que aquilo me deixou um pouco triste. Eu, que um ano atrás nem cogitaria a ideia de sair em público de coleira, estava triste por ele estar a tirando no meio de pelo menos 200 pessoas. Eu argumentei.
- Meu rei, por favor! Eu quero usar a coleira. Quero mostrar seu nome em mim pra que todos saibam que o senhor é meu dono. Não a tire, eu imploro!
Raul terminou de tirar, segurou meu rosto com as duas mãos, se encurvou pra frente e me beijou. Doce, calmo, em paz. Se afastou um pouco de mim e, ainda sorrindo, me disse.
- Eu te amo tanto! Você não precisa mais dela. Você é só meu. Só meu e sabe disso. E prova isso. Isso é tudo que me importa. - Nesse momento, Marciel vinha se aproximando. - Vá lá e faça o que esse velho quiser. Não tenha receio, isso não vai ser nada perto do que você dedica ao seu rei. Eu permito! Chame-o que ele quiser, menos de rei. Rei você tem apenas um! Vá e, se puder, aproveite. Você nunca mais vai ter outro homem além de mim enquanto eu viver!
Eu sempre admirei a confiança que Raul tinha em seu semblante, e eu não via essa confiança desde que essa história tinha começado. Eu me esforcei tanto pra reverter aquilo, pra mostrar que ele não precisava temer. E agora, finalmente, via essa expressão em seu semblante novamente. Os olhos vivos, olhando do alto, a face relaxada, o meio sorriso. Se existe um estado de Nirvana e eu não o alcancei, cheguei muito perto. Raul confiava totalmente em mim, e isso era tudo que eu queria todos esses dias. Quando Marciel nos alcançou eu levantei e ele disse “Ah, muito melhor! Viu, garoto, eu só queria te libertar. Tome, te trouxe essa bebida. Vamos lá?”, me pegou, dessa vez pelo braço e começou a andar. Raul, que até então estava sentado, se levantou e disse:
- Doutor, - Paramos eu e Marciel, e nos viramos de volta pra Raul, que continuou. - deixe-me garantir que dessa vez ele vai fazer tudo que o senhor mandar. Venha até aqui, Pedro!
O Velho sorriu de forma sacana, certo que iria se dar bem, me soltou e eu fui até Raul, que segurou meu rosto, me olhando no fundo dos meus olhos, a confiança estampada em sua face. Depois chegou os lábios muito perto dos meus ouvidos e começou a sussurrar.
- Não o chame de mestre logo de início. Deixa esse velho desgraçado te dar uma coisa bem cara pra você chamar ele assim. Usa direitinho esse seu jeitinho manhoso e quando ele oferecer, teu rei ORDENA que você aceite! Pode extorquir esse filha da puta sem dó.
Ele se afastou e eu sorri pra ele. Minha vontade era de começar a gargalhar, pois além de ter achado engraçado, eu sentia a felicidade anterior que ainda me era radiante e quase não cabia em mim. Raul me sorriu de volta, com cumplicidade, me soltou e eu fui até Marciel, que estava parado, me esperando. Eu o acompanhei até o quarto. Ele entrou, se livrou dos sapatos, se sentou na cama e disse:
- O que ele falou pra você?
- Pra eu fazer o que o senhor quisesse. - Menti. - Que sua vontade deveria ser a minha vontade.
- Ah, que bom. E você vai fazer tudo que eu mandar, suponho?
- Tudo que estiver ao meu alcance, desde que não desonre ao meu senhor! - Respondi.
- Que bonitinho, você pensa nele mesmo quando ele nem sabe o que vai acontecer aqui.
- Senhor, eu penso nele desde o momento que eu acordo ate a hora que eu for dormir. Nada é mais importante pra mim do que ele.
- E ele, esperto como é, mandou você me tratar bem direitinho, mas não tanto quanto trata a ele!? Tem astúcia, o Raul. Trabalhou bem você. Mas você não quer agradá-lo?
- Sim senhor! - Respondi, mecanicamente.
- Pois então! Me agradando você está agradando a ele! É exatamente o que você quer, não é mesmo!?
- Sim senhor, senhor! Eu quero agradá-lo para agradar ao meu homem.
- Ótimo, já é um bom começo! Vamos fazer assim: se ajoelha, garoto. Agora! - Disse Marciel.
Eu me ajoelhei. Eu o olhava nos olhos, com uma expressão submissa. Ele chegou mais perto de mim, tirou do bolso o bolo de dinheiro que ali guardara mais cedo, colocou próximo ao meu rosto e disse:
- Me chame de mestre!
- Senhor, pq o senhor me pede algo tão difícil? - Resolvi arriscar. E deu certo. Ele foi novamente até a cômoda e voltou com um papel na mão.
- Eu estava guardando isso pra te convencer a sair comigo outro dia. Mas eu já entendi que não preciso nem tentar. Você não vai, não é mesmo?
- Não irei, senhor! - Respondi - O senhor me tem agora, e eu quero agradá-lo. Mas não me peça isso.
- Tudo bem. Se vou tê-lo só agora, é melhor que valha a pena.
Ele me entregou o papel, eu abri e vi que se tratava de uma nota fiscal de algo do preço de um carro novo. Terminei de ler e olhei pra ele, que tirava o relógio que usava do pulso e o erguendo em minha direção.
- Rolex. Um clássico! - Disse Marciel. - Eu tenho uns dez. Você gosta?
- Sim senhor!
- Responda: sim, mestre. E ele é seu.
Era exatamente o que Raul me mandou fazer e eu jamais deixaria de cumprir uma ordem dele.
- Sim, mestre. - Respondi. Ele sorriu, satisfeito. Mandou que eu estendesse o pulso e colocou em mim o relógio.
- Bom garoto! É pra me chamar só assim enquanto tiver aqui. Veja só, que relógio belíssimo. Muito melhor que coleira! - Disse Marciel. - Agora venha. Eu vou mandar de novo e quero que cumpra dessa vez: Faça comigo como você faz com Raul.
Ele saiu andando e se despindo, e sentou, nu, na cama. Eu fui até ele de quatro. Queria terminar logo e voltar para Raul. Quando cheguei perto dele ele esticou o pé pra mim, ansioso. Eu comecei a massagear e beijar seus pés e ele gemia e me xingava. Quando mandou que eu chupasse seu pau, eu fui direto. Não cheirei o saco dele, não beijei e nem agradeci. Esse era o ritual de adoração ao meu rei. Apenas comecei a chupar. Ele tinha um pau enorme e ficava se vangloriando disso. Forçava minha boca em seu pau me fazendo engasgar enquanto dizia “Cuidado! Eu sei que minha rola é maior que a dele. Todos os outros diziam isso”. Quando ele estava satisfeito com o boquete, mandou que eu levantasse pois estava louco pra me comer. Ele colocou camisinha, passou lubrificante e começou a me penetrar. Eu já estava acostumado ao pau de Raul, que não passava um dia sem me comer, mas o dele era realmente maior. Eu rebolava, gemia, e ele forçava e também gemia de volta. Ele me comia e me xingava de puta, de vagabundinha, perguntava se o pau dele era mesmo maior.
- Sim, mestre. É maior. - Respondia, sabendo que era isso que ele queria ouvir.
- É melhor que o dele? - Perguntou, no ápice do tesão.
- Não tem comparação, mestre. - Respondi, sem nenhum peso na consciência por não estar falando dele. Contudo, era a mais pura verdade o que eu disse. Não tinha comparação realmente: Raul era infinitamente melhor.
Marciel mandou que me ajoelhasse de volta e gozou no meu rosto. Caiu na cama e ficou por um tempo. Depois me deixou tomar banho no banheiro do quarto, me agradeceu, disse que tinha sido muito bom e que não queria perder a oportunidade de me pedir pra repetir outro dia, quem sabe, e que de onde veio aquele relógio poderia ter mais. Diante da minha recusa ele me deixou ir. No salão, encontrei Raul no mesmo lugar que antes. Ele se levantou, veio até mim, me abraçou e disse:
- Eu tava louco pra você voltar. Vem, vamos pra casa!
Raul não esperou nem resposta. Me pegou pela mão e me arrastou, só parando quando já estávamos no estacionamento. No caminho pra casa, Raul dizia que estava muito satisfeito comigo, que eu tinha feito tudo certinho e que tinha muito orgulho de mim. Eu também acabei ficando orgulhoso de mim. Raul se divertiu ao ver o relógio, me orientou a talvez vender e comprar uma moto pra mim também, guardar o restante. Quando estávamos chegando, tudo que eu queria era voltar a adorar Raul. Quando entramos em casa, Raul foi arrancando as próprias roupas e jogando no chão. Eu fui andando atrás e recolhendo tudo enquanto dobrava. Quando cheguei no quarto ele já estava nu, olhava pra porta, sua cueca jogada no chão. Seus olhos me acompanharam. Eu peguei a cueca, cheirei e dobrei.
- Eu sempre fico com tesão vendo você fazer isso, viadinho!
- Eu sempre fico com tesão fazendo isso, meu rei!
Nesse dia fiquei quase uma hora beijando e lambendo seus pés. Quando ele me puxou pelos cabelos até seu pau eu cheirei seu saco, o beijei, agradeci e comecei a chupar. Raul fodeu minha boca com vontade, arrancava o pau da minha boca, batia com ele na minha cara, mandava eu abrir a boca e cuspia dentro. Depois disso me fez implorar pra que ele me comesse, o que eu fiz com gosto. Raul me fodeu bem gostoso e, quando gozou, gozou dentro do meu cu. Depois do sexo ele me beijou e disse:
- Viadinho, você fez teu rei tão feliz não se entregando pro Marciel. Foi tão gostoso ver ele ter que me pedir pra te dominar por ele. Eu nunca fiquei tão satisfeito! Você provou ao seu rei que ele é único.
- Meu senhor, eu só quero fazer o que o senhor quiser que eu faço. Eu te amo, rei Raul. - Respondi, com adoração.
- Eu te amo, Pedrinho.
Nós tomamos banho e caímos na cama. Apagamos quase instantaneamente. Depois dessa experiência, nossa cumplicidade cresceu exponencialmente. Raul virou presidente de uma cooperativa de exportação agrícola. Marciel me deu um emprego no banco de sua família, como seu assistente pessoal. No início ele se insinuava pra mim, queria me dar presentes, mas eu não dava abertura. Com o tempo ele foi desistindo, a gente foi conversando cada vez mais e acabamos ficando amigo. Descobri que ele não tinha filhos e queria torrar toda sua fortuna antes de morrer, por isso gostava de dar presentes caros. Eu percebia o quão sozinho ele era e deixava ele falar comigo, o que ele gostava muito. Aos poucos ele começou a ser quase alguém da família, e jantava em nossa casa pelo menos duas vezes na semana. Ele dizia que desde sempre queria ter tido dois filhos, um com pulso, pra conduzir as empresas e um com doçura pra fazer companhia a ele. Dizia que nunca teve esse privilégio mas que éramos como filhos pra ele. Ele sempre era muito bem tratado em nossa casa e nos respeitava ao máximo, e nunca mais nos chamou pra outra festa, mas não deixava de nos beneficiar. Quando faleceu, deixou uma boa quantia de dinheiro pra gente. Eu e Raul depois de um tempo acabamos saindo do país. Abrimos uma empresa no exterior que só cresce e nós trabalhos nela agora. Estamos juntos por muito tempo e a cada dia mais felizes. E eu, todos os dias agradeço ao dia em que o rei Raul começou a governar em minha vida. Todos os dias agradeço pela honra de ser o escravo de Raul.
FIM.
AOS QUE LERAM E GOSTARAM, MEU MUITO OBRIGADO! FOI INCRÍVEL CONTAR ESSA HISTÓRIA! LEIAM LIVROS! A LEITURA ABRE PORTAS.