O escravo de Raul - Final - Parte I

Um conto erótico de Pedrinho
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2465 palavras
Data: 04/09/2025 18:01:23

NOTA: O CONTO FICOU MUITO GRANDE, ENTÃO DIVIDI EM DUAS PARTES QUE FORAM POSTADAS JUNTAS.

PARTE I

Sua última condição me deixou um pouco amedrontado. Eu estava, sim, usando as coleiras em público havia um tempo. Mas nunca algo que fosse tão evidente. Além disso, estava sendo algo gradual. A cada coleira nova, Raul me dava também alguma peça de roupa que combinava com ela, e eu já tinha me acostumando com essa pegada mais punk. Mas ainda tinha algum receio. Eu devo ter demonstrado isso com minha feição, pois Raul continuou

- Você não precisa fazer isso se não quiser. Na verdade uma pequena parte de mim quer mesmo que você não faça. Se você não aceitar minhas condições não vou ser eu a recusar a proposta, será você. E, sem você, eu não vou!

- Senhor, eu não faria nada sem sua autorização. Se não é de sua vontade, eu me recuso. Diga a ele que não vai por minha causa, eu me responsabilizo. Eu não iria em lugar algum sem sua permissão! - Respondi.

Raul sorriu satisfeito, afagou meus cabelos e se abaixou encurvando-se para frente, até que seu rosto ficasse mais ou menos na altura do meu.

- O problema é que você estava certo, viadinho. Esse dinheiro pode mudar as nossas vidas! Teu rei te dá, sim, permissão para ir, desde que cumpra minhas exigências.

- Mas o senhor acabou de dizer que…

- Eu sei o que eu disse! - Disse Raul com a voz calma, mas firme, sem deixar que eu concluísse minha frase. - Uma parte de mim quer, sim, que você decline, mas outra parte, a maior parte, enxerga nessa proposta a vida que eu quero te dar, escravinho! Eu não posso nos negar essa oportunidade.

- Senhor, me desculpe, mas eu não vou fazer nada sabendo que o senhor pode não gostar. Por favor, eu preciso saber o que o senhor realmente quer que eu faça.

Raul se levantou. Ficou me olhando do alto por um tempo até que finalmente, com a voz baixa e um pouco envergonhada, disse

- Eu quero que você vá!

Não foi minha intenção deixar Raul desconfortável. Eu jamais faria isso. Quando o percebi assim, sabia que devia agir. Me curvei pra frente em reverência e comecei a beijar seus pés enquanto dizia

- Senhor! Meu senhor! Meu único e eterno senhor! Eu faço o que o senhor quiser! Eu irei, mestre! Eu cumprirei cegamente suas ordens e ensinamentos, e usarei a coleira, meu rei!

Raul sorriu com meu gesto. Ele esperava isso de mim e eu sabia que estava agradando meu homem, o que já me era suficiente. Eu não ligava mais pra como aquela coleira era explícita, obscena. Eu era propriedade de Raul e isso ficaria claro pra quem estivesse lá, mas eu não me importava. Tudo que eu queria era fazer qualquer coisa que meu rei ordenasse.

- Muito bem, puta! - Disse Raul, depois de um tempo. - Nós iremos, então. Mas antes eu preciso treinar você. Você deve, sobretudo, se lembrar o tempo todo de que é meu e obedecer apenas a mim. A coleira vai te ajudar a se lembrar disso. E se te tranquiliza, você muito provavelmente não vai ser o único lá assim.

- Senhor, eu não preciso de coleira pra me lembrar disso. Minha alma já grita pelo senhor.

- Eu sei que grita. - Disse Raul, com a voz calma. - Mas você vai precisar, sim, putinho. Você não sabe com o que está lidando!

Nesse momento eu me senti um pouco mal. Será que toda a adoração que eu tinha por aquele homem não era prova suficiente? Eu não estava me recusando a usar a coleira. Não era isso. Mas eu não precisava disso pra me lembrar a quem eu pertencia e qual era a lei que me governava. Com a voz pouco triste, perguntei:

- Meu rei, o senhor não confia em minha devoção?

- Claro que confio, putinho. Mas eu não posso deixar brechas. Ele vai se esbaldar com você. E, se ele quiser ter você mais uma vez, vai tentar te comprar com qualquer coisa e eu sei que ninguém é de ferro. Veja o que eu estou fazendo por dinheiro. - Disse Raul, abaixando a voz em sua última frase. Eu apenas sorri e disse, com confiança:

- Meu mestre, depois que o senhor se fez meu rei, nada no mundo vale mais pra mim do que o prazer de lhe servir!

Raul sorriu. Eu via a satisfação em seus olhos. Naquele momento eu entendi que aqueles gestos de reafirmação não eram apenas pra mim. Raul precisava sentir que eu não o trairia. Ali, ajoelhado aos pés daquele homem, eu percebi que minha devoção a ele por esses três dias, ainda que eu não soubesse como isso poderia ser possível, deveria ser duplicada, triplicada. Meu corpo estava tenso mas a sensação em meu peito era reconfortante pois eu sabia que podia propiciar aquilo a Raul. Eu me desdobraria em mil, faria o que precisasse ser feito, mas meu homem teria certeza absoluta de que é meu soberano, como o sol que permite que eu viva. Eu encarava seus olhos com adoração e sua feição satisfeita só me estimulava a mostrar mais submissão.

- Teu rei fica muito satisfeito com você, escravinho. Agora, levante-se e venha.

Raul foi andando até o sofá e se sentou. Eu queria provar minha submissao a Raul. Queria que ele soubesse que eu seria pra sempre sua cadelinha. Na ânsia de mostrar isso a ele, acabei indo de quatro até ele. Raul me observou até que eu o alcançasse e não disse nada até que eu estivesse, novamente, aos seus pés. Ele sorriu, acariciou meu rosto com gentileza, mas então disse, com a voz firme, quase autoritária:

- Eu sei o quanto você quer me agradar, viadinho, mas você tem que escutar seu homem. Você prometeu me obedecer cegamente. O que eu mandei você fazer?

- O senhor mandou que eu fosse até o senhor, mestre! - Disse, a voz desapontada pois sabia onde estava meu erro.

- Não, escravo! Eu mandei que você SE LEVANTASSE e viesse até mim.

- Senhor, me desculpe! Eu não devia! Perdão, mestre! - eu disse, segurando e beijando sua mão.

- Tudo bem, Pedrinho, - disse, com a voz mais contida. - mas isso não vai funcionar se tu não fizer exatamente o que eu mandar. Agora, LEVANTE-SE e busque a guia.

Eu fiz exatamente como ele disse dessa vez. Me levantei, fui até o quarto, busquei a guia e levei até ele. Ele gesticulou, eu me ajoelhei novamente, ele pegou a guia e anexou a coleira e disse.

- Viadinho, é o seguinte, vai fazendo uma massagem bem gostosa nos pés do teu rei enquanto ele te fala tudo que você precisa saber.

Eu comecei a massagear seus pés e pedi permissão para beija-los, o que ele permitiu. Enquanto eu o adorava, Raul me explicava com detalhes o que aconteceria na festa. A medida que ia me contando, Raul me guiava por meio da coleira, puxando minha cabeça até seu pau. Eu seguia o ritual: cheirar o saco, beija-lo, agradecer por poder chupar e, só então, chupar. Naquele dia, Raul passou horas me falando sobre a festa, me fazendo adora-lo e jurar obediência, a maior parte desse tempo, comigo de joelhos, aos seus pés. Meus joelhos doíam, mas eu não declinaria. Meu rei saberia que toda minha lealdade era dele. Quando fomos dormir, Raul já estava deitado quando eu disse:

- Mestre, por favor. Deixe que eu durma com seu saco na boca, meu senhor. Me permita a honra de dormir sentindo seu gosto de macho, meu rei. Eu imploro!

- Caralho, viadinho, é por isso que eu te amo! Mesmo quando eu pego pesado como foi hoje, você ainda me implora por mais, com essa vozinha meiga ainda pedindo “por favor”. Claro, meu putinho! Até pq isso vai ser ótimo pro que eu estou fazendo com você.

Eu não sou burro, e, modéstia à parte, sempre tive a cabeça no lugar. Eu sabia que Raul queria dominar minha mente desde o início. Mas eu também queria que ele fizesse isso. Não pq ele fosse conseguir. Mas pq era tão gostoso quando ele tentava. Eu sentia tanto tesão quando ele demonstrava seu poder sobre mim que até ouvi-lo falar que seria ótimo pro que ele “estava fazendo comigo”, como se fosse uma lavagem cerebral, me deixava excitado. Dormi, feliz, com seu saco na boca. Não vou negar que é um pouco desconfortável, mas foi gratificante saber que o estava agradando. Acordei bem cedo no outro dia. Preparei uma boa refeição para meu homem e levei até ele, que ainda dormia. Coloquei a bandeja sobre a mesa de cabeceira do lado de Raul da cama. Como eu queria muito agradá-lo, prendi novamente a guia na coleira e coloquei suavemente sobre sua mão, me ajoelhei aos pés da cama e comecei a beijar seus pés, enquanto dizia suavemente

- Bom dia, meu rei! Foi tão maravilhoso dormir sentindo o gosto do senhor que quis retribuir trazendo esse café para o senhor.

- Bom dia, putinho. Que surpresa maravilhosa! - Disse, meio sonolento. Então, reparou na guia a seu lado, segurou-a em sua mão e perguntou - E o que é isso?

- Meu senhor, - respondi - eu queria muito acordar o senhor chupando o seu pau, mas eu não queria fazer algo que o senhor não tivesse mandado. Então resolvi te acordar assim, e, caso seja da vontade do senhor, o senhor tem fácil acesso a mim.

- Porra, viadinho tesudo, assim você me quebra logo cedo. Mas olha só a ideia que eu tive: talvez eu possa permitir que você me acorde chupando meu pau toda vez que tiver vontade. Uma permissão vitalícia, não seria legal? Vamos fazer assim: eu vou tomar meu café e, se você me pedir direitinho, eu deixo.

Raul colocou a bandeja sobre o colo, o pau duro extremamente visível pela cueca, e eu sabia exatamente o que fazer. Comecei a beijar seus pés enquanto dizia

- Meu rei, me conceda esse privilégio. Por favor, senhor, nada alegraria mais a vida do seu escravo que poder acorda-lo assim. Por favor, mestre.

Raul sorria, satisfeito, me vendo implorar pra fazer algo que ele talvez gostaria mais que eu. Nesses dias eu me empenhei ao máximo pra agradar Raul ao extremo. Eu trabalhava apenas no período da manhã e ele tirou folga todos os dias a tarde. Perguntava com devoção o que ele queria que eu cozinhasse e fiz tudo que ele me pediu. As tardes eram todas de dominação. Eu me submetia a Raul sem limites, beijava seus pés, deixava que fodesse minha garganta, que me comesse da forma que quisesse, implorava por mais. Toda noite eu dormia com seu saco na boca e, na manhã seguinte, o levava café na cama e o acordava chupando seu pau. No manhã do dia da festa, depois de gozar na minha boca enquanto ainda tomava seu café da manhã, Raul disse

- É hoje, meu viadinho. Eu vi o quanto você se esforçou pra se provar pra mim, e não consigo mensurar o quanto teu rei está satisfeito com você. Hoje vamos fazer tudo ter valido a pena.

Esse elogio me deixou feliz, é claro. Mas eu sentia que ainda era pouco. Eu queria ver a confiança que Raul transbordava antes. Tinha que me provar mais. Durante o dia não foi diferente dos outros. Raul fez questão de mostrar seu domínio. Pouco antes das 17:00, tomamos banho e nos vestimos. A festa exigia uma vestimenta um pouco mais formal, então estávamos os dois de terno. Raul colocou a coleira com seu nome com delicadeza em meu pescoço, soltou e dobrou a guia, me entregou e eu a guardei no bolso. Ele já havia me orientado em como tudo ocorreria. Iríamos de carro até a casa onde ocorreria a festa, pararíamos já dentro do estacionamento, então não teríamos contato nenhum com quem não houvesse sido convidado. Assim fizemos e, quando chegamos, subimos da garagem para o primeiro andar. Era uma casa ampla, sem divisões tradicionais no andar inferior. Era um ambiente único. A casa em si tinha três andares. O primeiro, único que eu tinha visto até agora, era como um grande bar com sofás e estações de bebidas. O que Ruan havia me ensinado não saia de minha mente, e eu percebia a descrição detalhada que ele havia me dado.

“- Quando chegarmos, vamos direto pro bar. O Marcos e o Tiago devem estar lá. Vai ter uma mulher fazendo teste rápido de IST em todo mundo (…)”

De fato, vimos Marcos assim que chegamos. Antes de entrar, uma mulher nos conduziu até uma área mais afastada, onde tirou uma amostra de nosso sangue e pudemos entrar pro bar. Raul disse que não iria beber nada forte, ficaria a noite toda na cerveja. Eu não queria também, mas ele disse que seria melhor eu me desinibir um pouco e eu acabei pegando uma cerveja também.

“(…) - Quando sairem os resultados e virem que a gente tá limpo, um garçom vai vir, entregar pra cada um de nós um saquinho, e mandar a gente subir. (…)” Dizia a voz de Raul na minha memória e assim acontecia. Um garçom veio até a gente, nos entregou um saquinho a cada um e disse

- Queiram subir, por gentileza!

Nós deixamos as latas em cima da mesa, subimos e a parte de cima era, como Raul já havia me dito, como uma boate. Homens e mulheres circulavam com roupas exuberantes. Eu vi pelo menos cinco pessoas de coleira, sem pudor nenhum, sendo puxados por seus acompanhantes. A cada lugar que se olhava, as pessoas pareciam coladas. Bebiam e conversavam muito perto umas das outras. Até a música no fundo era sugestivamente excitante. Por curiosidade abri o saquinho e olhei superficialmente pra ver o que tinha dentro e vi, por alto, camisinhas, um tubinho de lubrificante, algo que lembrava uma embalagem de remédio e um pacotinho de chiclete.

“(…) - O velho já vai estar lá. Chega antes de todo mundo. Provavelmente não vai querer caçar pois sabe que você vai estar lá. Ele sempre prefere o acompanhante que eu levo, e, como eu neguei das últimas vezes por sua causa, ele deve estar louco pra saber o pq. Ele tem um modus operandi, se te oferecer uma bebida é pq quer algo mais. Você está permitido a aceitar (…)” Lembrava-me de Raul dizer.

O patrão de Raul nos viu e foi até a gente. Senti as mãos de Raul me segurarem pela cintura e me puxarem pra mais perto dele. O velho sorriu pra nós com alegria, e disse.

- Que bom que vieram! - Nesse momento ele focou os olhos em mim, desceu-os até meu pescoço e, com um sorrisinho sacana, disse - Raul, isso tudo é ciúme? Colocou até seu nome no garoto. Agora eu quero até saber o motivo de tudo isso. Aceita uma bebida, garoto?

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