A MULHER ERRADA

Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 2128 palavras
Data: 04/09/2025 12:04:01

Fui transferido para uma unidade fabril da minha empresa, junto ao porto do Futuro, no Paraná, transferência que veio acompanhada de uma promoção para Chefe Administrativo e um aumento razoável no salário. Beleza! Lá fui eu conhecer a fábrica, a Gerência e as demais chefias e pesquisar um imóvel para trazer a família e a mudança. Acabei alugando uma casa meio retirada do centro, com terreno grande, e semi mobiliada: quarto de casal, cozinha, estar e jantar. Faltariam apenas os quartos dos filhos e armários para as miudezas e badulaques que a gente sempre carrega. Morei sozinho na casa por algumas semanas enquanto providenciava a transferência do colégio dos filhos e a mudança do que tinha que vir de Curitiba.

No primeiro dia após receber a casa, fui ao supermercado fazer algumas compras para sobreviver até minha mulher chegar e assumir a casa. Fui ao HiperBig com uma lista grande de compras e passei por todas as prateleiras do início ao fim, principalmente para conhecer a loja, voltando pelo corredor seguinte. Ziguezagueei do início ao fim do supermercado. No segundo corredor, passei por uma loura atraente que vinha em sentido contrário ao meu; chamou minha atenção. Cruzamos. No corredor seguinte, nos vimos novamente, de frente quando nos cruzamos; virei levemente o rosto mostrando a ela que tinha me atraído. Andávamos no mesmo ritmo, ou quase, o que faria nos encontrarmos mais algumas vezes.

No terceiro corredor, atrasei meu passo porque ainda não tinha visto ela. Não demorou e dobrou a esquina empurrando seu carrinho: sorri, e, de longe, ela viu e escondeu o rosto, acho que sorriu também. Brincamos de gato e rato por todo o mercado: dez, doze corredores fazendo nosso encontro, cruzando o caminho do outro. Tantas vezes cruzamos nesse mercado que nossos sorrisos para o outro já não eram mais tímidos, eram abertos, sem constrangimento. De repente, perdi a loura de vista. Procurei pra frente, voltei, gastei mais alguns minutos e nada da loura aparecer. Bem, vou terminar as compras. Fui para o açougue.

Olhava as carnes expostas e ia pedir um corte de contra filé ao atendente que estava ali quando escuto uma voz feminina, atrás de mim, dirigindo-se ao açougueiro:

- Chama o Ari para mim, por gentileza?

Virei-me para reclamar de alguém que não podia esperar para ser atendida, furando a fila, e dei de cara ... com a loura, sorrindo para mim e dizendo:

- O Ari é o melhor açougueiro daqui, recomendo que sempre peça por ele. Vou te apresentar para ele, senhor ...

- Carlos, sou o Carlos, muito prazer ...

- Rosane, muito prazer, Carlos. Quase nos trombamos algumas vezes hoje, não é?

- Verdade, Rosane, mas seria uma trombada prazerosa, se acontecesse ...

Chegou o Ari, cumprimentou a “dona” Rosane que me apresentou e me recomendou a ele. Fizemos as nossas compras de carne e saímos juntos do açougue. Convidei-a para um café no Big Cafeteira, num cercadinho dentro do mercado. Conversamos duas horas num papo muito agradável e pedi-lhe que me indicasse um restaurante para jantar. Ela ofereceu dois: um de comida italiana, segundo ela o melhor da cidade e uma churrascaria onde se come um churrasco muito bom. Convidei-a para jantar mas ela declinou; precisava ir para casa pois o marido estaria lá para o jantar. Lamentei, mas convidei-a para um novo café, amanhã de tarde. Isso ela aceitou:

- Durante o dia, meu tempo é livre; só preciso estar em casa até às 6 horas para preparar e servir o jantar.

No dia seguinte, escolhemos uma cafeteria fora do shopping, com vista para o mar, e passamos a tarde toda conversando. Rosane era casada com o diretor de uma empresa da cidade e, duas tardes por semana, fazia trabalho voluntário junto à Santa Casa Souza Cruz. No dia seguinte seria seu turno de voluntariado, por isso não poderia tomar café comigo.

- Então vamos almoçar, falei eu.

- Almoço é difícil, porque posso encontrar meu marido no restaurante e teria dificuldade de te apresentar para ele!

- E se almoçássemos fora do circuito comercial, em uma casa, por exemplo?

- Meu marido pode chegar, não dá!

- Eu pensei na minha, não na tua.

Se ela fosse homem, teria coçado a cabeça ... ficou pensativa mas achou melhor ... não! Não se pode acertar todas, pensei, almoço fica pra outra oportunidade. Marcamos, então, um sorvete nos quiosques beira-mar para dois dias depois, no horário do café.

No dia marcado, ela aparece de short jeans e o top do biquíni, mostrando as curvas do seu corpo que eu ainda não tinha visto. Exuberante! Sentamos sob o guarda sol de uma das mesas da sorveteria e tirei a camisa, ficando só de bermudas; para minha alegria, Rosane tirou o short e ficou só com o biquíni branco, agora sim, mostrando todas a curvas do seu corpo. Era um belo corpo, esguio, com belas curvas nos lugares certos, curvas onde seria muito fácil derrapar e perder o rumo, sair da linha certa da estrada, capotar ... e se machucar!

A conversa foi muito boa, agradável, recheada de insinuações sobre comportamento e relacionamento de casais, abrindo brechas para reclamar do marido dela e da minha mulher. A mulher tinha muitas diferenças com o marido, um sujeito durão e pouco romântico que jamais sairia com ela, por exemplo, para vir à praia tomar sorvete, como eu estava fazendo! Gostei da dica e fomos aprofundando nossas semelhanças e diferenças; até agora, não tinha tocado em um dedo da mulher, e já estava ficando cheio de vontade de agarrá-la na mão, braço, no corpo todo, alisar, acariciar, apertar ... A conversa foi tão boa que o tempo passou rápido e ela tinha que ir embora. Segunda feira tem mais!

Na semana seguinte, segunda feira voltamos ao café do shopping, a Cafeteira Big, para o nosso encontro diário, café ou chá com torta e namoro extra oficial em andamento, desenvolvimento, em crescimento. Ela usava uma blusinha leve, de malha fina, que marcava bem seus seios firmes e deixava os mamilos mostrarem seu perfil, quando endurecidos, e ... eles estavam saltados! Sua saia acima dos joelhos mostrou bastante quando ela sentou à mesa do café e meus olhos divertiram-se com o visual; eu estava comendo a loura com os olhos. Ela? Estava adorando as atenções que eu dedicava a ela.

- Porque só nos conhecemos agora, Carlos? Não seria bom se tivéssemos nos conhecido alguns anos antes?

Seu olhar mostrava decepção com nosso estado civil, naquele momento, e senti a eletricidade que sua expressão carregava e jogava sobre a mesa, entre nós dois. Ela pedia minha ação!

- Teria sido ótimo, Ro, mas ... não foi! Viemos por caminhos diferentes e estamos seguindo esses caminhos por nossa própria escolha. Mas, podemos fazer nossa vontade prevalecer e, embora não possamos mudar a situação, podemos amenizá-la, aliviar nossas dores, confortar nossas horas solitárias com um pouco de carinho, de atenção ... de prazer!

Ela me olhou fixamente, com os olhos brilhando, lábios entreabertos, tremor leve nas mãos ao pegar a chávena de chá ...

- Quero almoçar amanhã, disse num repente decidido, aceitando um convite que fiz na semana anterior.

- Que bom, comentei. O que queres comer?

Ela me olhou sorridente com um olhar safado estampado no rosto e uma expressão esperançosa de ter encontrado uma saída para sua encruzilhada!

- Que tal pizza? perguntei a ela.

- Pizza! Isso! Quero comer tua pizza! respondeu, não deixando margem de dúvidas sobre o que a estava interessando, no momento: a minha pizza!

Depois dessa resposta, queria ir embora para que o almoço de amanhã chegasse mais cedo. Dei meu endereço para ela e avisei que ia deixar a porta da garagem aberta para ela guardar o carro. Disse para chegar antes do meio dia para ajudar a montar as pizzas. Nesse dia, na sombra do estacionamento do subsolo, vazio, peguei suas duas mãos e roubei-lhe um selinho ... Ela roubou um beijo de arrepiar os cabelos da nuca, de fazer o pau levantar de uma só vez e de sonhar com os preparativos do almoço de amanhã! Nossas mãos passearam pelo corpo adversário buscando conhecer um pouco do oponente, parceiro, sócio, colega ... que amanhã seria amante! Passos na escada, separamos, uma pra cada carro ...

Na manhã seguinte, dei a última arrumada na casa, tomei um banho, caprichei nos cheiros e fui aguardar o desenrolar do dia. Abri a porta da garagem, tirei meu carro para a calçada e fui tomar um cafezinho. Não eram dez horas quando ouvi ronco de motor na garagem e fui fechar a porta e receber a querida. Rolou um beijo de sair faísca dos lábios ... a roupa começou a sair ali mesmo, enquanto caminhamos para dentro de casa. Quando chegamos no quarto, já estávamos nus, eu com o pau que era uma barra de ferro, de tão duro, e ela pingando suco, escorrendo seu prazer coxas abaixo. As únicas palavras que falamos foram nossos nomes, nem mais um pio:

- Rosane ...

- Carlos ...

Deitamos na cama e passei a beijar e lamber seu corpo, começando pelos pés, língua entre os dedos, sugando cada um, subi a boca pela perna e cheguei na coxa dourada da mulher, curtida de sol. Mordisquei, lambi e arranhei a pele das coxa e continuei subindo até chegar ao Triângulo das Bermudas, ao Delta de Vênus, sede da Cova dos Desejos, do Boco do Prazer onde ia entrar e me perder, e gozar e ter prazer e dar prazer para a Rosane, mal amada, carente, descuidada que era pelo marido – ela não merecia esse descaso.

A boca estacionou no beicinho da xoxota e a língua se movia pelos lábios, grandes e pequenos, sorvendo aquele líquido delicioso que emanava da caverna quente ... visitou o grelo rosa que já saltava e ficava saliente para ser acariciado, lambido e sugado ... e mordiscado (ai!, ui! ...) ah!, que delícia! Rosane apertava minha nuca forçando minha boca contra sua xana e dizia que estava gostoso, pedia para não parar, continuar ... e começou a se sacudir na cama, arqueando os quadris, enrijecendo as pernas mostrando que ia ter o primeiro orgasmo do dia. E teve!

- Me fode, gritava ela, tô acabando, tô gozando, continua, lambe minha buceta, me leva pro céu, puta que pariu, que chupada gostosa ... aaahhhhh ...

E relaxou o corpo, desabando na cama. Mas eu estava na seca. Não deixei a tesão dela baixar de nível: continuei subindo com a boca em direção aos montes gêmeos da deusa e lambi os picos de chocolate ao leite, suguei os mamilos como se fosse um bebê buscando alimento vital, passei para o pescoço e ombros dela, lambendo e mordiscando. Quando cheguei na boca, nossos corpos estavam encaixados de cima a baixo e, obviamente, o caralho duro encontrou sua parceira de festa, a buceta lubrificada: e a festa começou, e foi magnífica, e foi trepidante, e foi gostosa ... Meu pau foi entrando, mesmo sem convite impresso, apenas porque a porta, digo, as pernas estavam abertas, chamando por ele, e um filete de pelinhos claros apontava a entrada da xana, da xoxota ... e o pau entrava e saia e, cada vez que entrava, ia mais fundo e a mulher pedia mais, uivava, miava cada vez que a clava dura do prazer batia no útero, no fim do canal. Rosane cruzou suas pernas na minhas costas e assumiu meu cacete como se a ela pertencesse e pedia que ele ficasse lá pelo resto da vida ...

Começou a sacudir seu corpo, cravou suas unhas longas nas minhas costas, enquanto eu a fodia e mordiscava seus lábios. Suas tetas firmes, olhando para o teto, vibravam com o movimento dos nossos corpos; eu já senti a aproximação do meu orgasmo.

- Vou acabar, Ro, vou gozar, Ro, vou te encher de leite, Ro, tu me enlouqueceu de prazer, Ro, eu te amo, Ro, amo teu corpo, tua boca, tua buceta, te amo todinha ...

A mulher, enlouquecida embaixo de mim, gritava que estava acabando, gozando, jogando fora seus sucos ... E acabamos! Gozamos! Quase juntos, fomos os dois para o céu do prazer, para o paraíso, para as nuvens, cansados, esgotados, mas plenos, satisfeitos.

Essa rotina se repetiu por mais alguns dias, até que assumi a chefia na fábrica e meu tempo ficou restrito. Ainda assim, por vezes, arrumava um jeito de “almoçar” com a Rosane!

Num determinado dia, o diretor Flávio e eu estávamos no banco e ele precisou passar em casa para buscar uma pasta com contratos que queria passar para mim. Me ofereceu um cafezinho e entramos para esse café. Foi falar com a mulher dele para fazer o café enquanto ia no escritório pegar a pasta; eu fiquei na sala, esperando, olhando uns quadros na parede. Flávio voltou com a pasta e sua esposa vinha atrás, com a bandeja de café.

- Carlos, deixa te apresentar a minha esposa!

- Rosane, esse é o Carlos, o novo Chefe Administrativo da fábrica ...

Não sei como a Rosane conseguiu manter a bandeja em pé!

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Comentários

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Tadinhaaaa… Mas gostei, bastante, amei… Definitivamente a pessoa errada.

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que belo conto, unica coisa que precisa corrigir que curitiba, nao tem mar !! no mais show de bola.

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Verdade! Mas a estória ocorreu no porto do Futuro, no Paraná. Curitiba só apareceu no texto porque minha mudança vinha de lá. Que bom que gostou do texto, e comentou. Isso paga a criação, com sobras! Obrigado!

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