Eu sou Beatriz, 38 anos, psicóloga e bióloga, especializada em sexologia e psicologia evolutiva. Minha jornada para unir esses mundos foi uma tempestade íntima, que não só moldou minha carreira, mas redefiniu minha essência. Casei jovem com Ricardo, dois anos mais velho, um ateu racional que, por amor, aceitou o casamento civil e religioso. Eu era crente fervorosa, imersa em dogmas que julgava verdades absolutas, convicta de que Deus o guiaria à fé, resgatando-o do que via como um vazio espiritual. Mas foi Ricardo quem, com paciência e lógica, me conduziu para fora das sombras da crença cega, ancorando-me na ciência.
A transição foi lenta, marcada por noites insones durante a pós-graduação, devorando textos sobre evolução e comportamento. "Se a fé é construção cultural, por que sinto essa angústia ao duvidar?", perguntava-me, o peito apertado por uma culpa que parecia me trair. Um momento crucial veio numa discussão com Ricardo, segurando A Origem das Espécies que ele me deu. "A ciência não apaga o sentido, Beatriz; ela o explica", disse, com uma calma que me irritava e atraía. Resisti, sentindo que abandonar a fé era renunciar a mim mesma. Aos poucos, o ceticismo científico venceu – fundamentado em dados, observações, não em revelações. A fé tornou-se tradição cultural, reconfortante, mas não literal. E no cerne disso, vi o sexo, tão demonizado, como instinto puro: uma dança de hormônios guiada pela seleção natural para perpetuar a espécie com qualidade genética.
Ricardo e eu nos tornamos um só. Ele gerencia nossa família e os negócios, incluindo meu consultório de sexologia, onde dividimos o espaço. Nossos dias fluem entre consultas, análises administrativas e momentos de lazer que sempre terminam com nossos corpos entrelaçados. Ricardo exsuda uma presença magnética – o cheiro fresco de sua pele após o banho, a confiança natural em seus movimentos, sinalizando saúde e potência evolutiva. Ainda carrego preconceitos: homens que investem demais em vaidade – sobrancelhas modeladas, músculos hipertrofiados – me parecem desviar de padrões biológicos típicos, talvez sugerindo orientações alternativas. Meus estudos indicam que grooming moderado sinaliza recursos, mas o exagero me soa como compensação. Não me julgo dona da verdade; há narrativas opostas, e a ciência é fluida. Ricardo, com seu cuidado equilibrado, é a exceção – vaidoso, viril, inegavelmente heterossexual.
Despertar dos Instintos
Com o ceticismo enraizado, vi Ricardo com novos olhos. Mulheres o notam – seus olhares o seguem, instintos primitivos em ação. Homens fixam-se em curvas; mulheres buscam sinais de força e estabilidade, de forma velada. Isso não me incomoda; aquece nossa conexão. Atendo principalmente mulheres: casadas presas à monotonia, namoradas com inseguranças, solteiras em busca de si. Após o expediente, em momentos de descontração – um vinho no sofá do escritório –, Ricardo e eu revisamos os casos. Ele cuida da burocracia: cadastros, finanças. "A paciente de hoje parecia carregada de tensões", ele observa, enquanto reflito sobre seus conflitos. "Sim, notei como seus olhos vagavam. Desejos presos, amor, clamando por liberdade."
Foi numa dessas conversas, com o calor de nossos corpos ainda presente, que a ideia germinou. "E se usássemos você para estudar os instintos femininos?", propus, traçando seu peito. Ele riu, hesitando. "É arriscado, Beatriz. Parece antiético." Brinquei com seu ateísmo: "Sem deus, o que é ética senão convenção?" Ele resistiu, citando riscos – processos, reputação. Refleti dias, mas o convenci com argumentos científicos: um experimento controlado, sutil, para observar respostas instintivas. Ele serviria bebidas ou petiscos com roupas que sugerissem, sem exagero, a forma de seu corpo, despertando impulsos naturais.
Iniciamos com discrição. Em um ano, 57 pacientes: 28 casadas, 12 namorando, o resto solteiras. Apenas 10 permaneceram indiferentes, sem reagendamentos desnecessários. As outras voltavam, com problemas "persistentes", olhos famintos. Três casos se destacaram, evoluindo para experiências compartilhadas, guiadas por diálogos terapêuticos que desmontavam barreiras internas.
O Primeiro Encontro: Um Contorno Revelado
Sofia, 32 anos, casada há dez, chegou com queixas de monotonia – desejo apagado, rotina opressiva. Sua blusa justa destacava seios generosos, um sinal de vitalidade contida. Na primeira sessão, introduzi instintos: "O desejo não é erro, Sofia; é seu corpo sinalizando necessidades não atendidas." Ela assentiu, inquieta. Pedi a Ricardo que trouxesse chá. Ele entrou com um moletom cinza, tecido leve que, ao se mover, insinuava contornos masculinos, uma presença que pulsava com cada passo.
Sofia desviou o olhar, bochechas coradas. "Obrigada", murmurou. Na sessão seguinte, reagendou, alegando persistência. Notei seus olhos buscando-o. "O que sentiu ao vê-lo?", perguntei. "Um calor... estranho. Me senti culpada." Usei sua resposta: "Por quê culpa? Seu corpo reagiu a um estímulo natural. Evolutivamente, atração é compatibilidade. O que isso diz sobre suas repressões?" Nas sessões, Sofia questionava normas sobre fidelidade. "Meu casamento é estável, mas não me sinto viva." Propus uma "exploração guiada" à noite. Ricardo serviu vinho, presença sutil. "Quer entender essa sensação?", indaguei. Ela hesitou, confessando: "Quero me sentir viva, com vocês."
Os toques começaram leves – minhas mãos em seu ombro, Ricardo beijando seus dedos. Sofia tremia, explorando a forma dele sob o tecido. No sofá, ainda hesitante, seus olhos buscavam permissão. Sussurrei em seu ouvido: "Não lute, Sofia. Diga o que quer. Diga que é uma vadia faminta por ele. Sinta-se poderosa, você é isso. Deixe esse corpo gozar livre." A palavra "vadia" a fez estremecer, mas seus olhos brilharam, liberando a culpa. Despiu-se, minha língua encontrando sua essência úmida, Ricardo a preenchendo com cuidado, ritmos evocando ondas de prazer. "Quero ser essa vadia", gemeu Sofia, gozando em espasmos, corpo convulsionando. Nossas bocas se uniram em torno dele, sabores misturando-se. Ele se derramou em sua pele, calor espalhado em curvas suaves. Sofia saiu curada da monotonia, reconectada com sua vitalidade.
O Segundo Encontro: Linhas que Guiam
Ana, 29 anos, namorando há cinco, lutava com inseguranças sexuais – corpo atlético, bunda firme, autoestima frágil. "Sinto-me inadequada", confessou. Discuti evolução: "Seu corpo é poderoso; é a cultura que o silencia." Pedi água a Ricardo; ele veio com uma camisa justa, que, ao esticar-se, revelou linhas esculpidas, um V que guiava o olhar para promessas veladas.
Ana cruzou as pernas, inquieta. "Ele parece tão... seguro." Na próxima sessão: "O que essa atração desperta? Vergonha ou força?" Ela refletiu: "Sinto-me viva, mas culpada." Usei mindfulness: "Observe esses desejos sem julgá-los. É seu corpo reivindicando espaço." Nas sessões, Ana explorou: "Quero abraçar essa força." Propus uma sessão noturna: "Experimente com segurança, conosco." Ela tocou o V dele, traçando linhas com fascínio. "Quero sentir meu poder."
No tapete, Ana se entregava, mas hesitava, frágeis inseguranças à tona. Inclinei-me, voz firme: "Sinta, Ana. Você está tomando o que é seu. Diga a ele que quer ser fodida até explodir. Você é uma puta poderosa, merece esse prazer." A palavra "puta" a fez arfar, mas ela gritou: "Quero ele, quero tudo!" Minha língua explorou seus contornos, ela o devorando com a boca, profundidade crescente. Ele a possuiu por trás, eu em seu rosto, línguas dançando. "Mais fundo!", implorou, gozando em tremores. Nossas bocas unidas nele, ele se derramou em suas curvas. Ana saiu empoderada, inseguranças dissolvidas.
O Terceiro Encontro: O Beijo que Acende
Clara, 35 anos, solteira pós-divórcio, buscava reconexão – seios amplos, lábios que prometiam histórias. "Perdi a química", disse. Falei de atração: "Não é mágica, é biológica." Ricardo a recebeu: "Seu sorriso ilumina tudo", elogiou, beijando sua mão, olhos fixos, uma promessa silenciosa.
Clara corou, corpo inclinado. "Senti um arrepio." Perguntei: "O que isso significa? Seu corpo está vivo, respondendo." Usei um tom intelectual: "Atração é reconexão, Clara. É seu instinto se reacendendo." Ela ponderou: "Quero explorar essa química com vocês." Começou com beijos – Ricardo subindo ao pescoço, eu despindo-a, sentindo sua maciez. Na mesa, no auge, Clara hesitou, olhos buscando confirmação. Sussurrei: "É isso, Clara, estar viva. Deixe-o te foder até explodir. Quero lamber cada pedaço da sua alma. É a química que você buscava, sinta essa porra!" A palavra "foder" a incendiou; "Sim, me foda!", gemeu. Ele a preencheu, eu explorando recantos. Gozamos em uníssono, ele se espalhando em seu peito, calor que unia. Clara saiu com desejos florescendo.
O Prazer Eterno
Anos de experimento trouxeram transformação – para mim, superando dúvidas internas; para as clientes, libertando-as de repressões. Muitas concluíram suas terapias, casadas revitalizando uniões, namoradas ganhando confiança, solteiras abraçando sua essência. Nosso sucesso transcendeu o íntimo: com a gestão brilhante de Ricardo, alcançamos nossa primeira reserva de um milhão, um salto financeiro que expandiu o consultório e nossa liberdade. Meu casamento é inigualável. Discutimos casos com cumplicidade, transamos com paixão renovada. Meus preconceitos persistem, mas alimentam reflexões, nunca barreiras. Somos movidos por instintos celebrados, corpos e mentes entrelaçados. Continuamos assim, imersos no desejo, com a conta cheia e o coração transborda.