FELIPE E JULIANA - OBEDIENCIA (5) - AFTER CARE

Da série Juliana e Felipe
Um conto erótico de JULIANA
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 3688 palavras
Data: 25/09/2025 19:18:35

Quando percebo eu estou no colo de Felipe, ele tirou a tiara, o plug, e está me abraçando bem apertado com uma mão enquanto faz cafune em meus cabelos com a outra.

Em que momento eu parei de estar no chão, na cozinha, para estar no sofá?

- Respira bebê, respira para mim. – Ele inala – isso, boa garota, agora solta – ele expira – isso. – Ele repete isso algumas vezes, sempre pontuando as frases com beijinhos na minha testa.

- Desculpa senhor, desculpa, eu não podia, eu tentei – digo meio desesperada

- Shhhh, Shhh, não tem nada a se desculpar amor. Só respira. Isso – ele coloca a minha mão em seu peito – faz comigo. Isso, pra dentro.... pra fora.

Demora algumas respirações até eu conseguir realmente sentir o ar entrando e saindo de mim, até eu conseguir realmente computar que eu não estou de 4, igual a uma cadela, que eu não estou em nenhum sítio afastado, que o cheiro que sinto é de Felipe, de casa limpa e não de canil.

- Isso, boa menina. – Ele tira as minhas pernas que estão travadas nele – quando virei um bebê coala? – e me coloca sentada nas suas coxas, com os pés esticados no sofá.

Sinto um canudo nos meus lábios, e quando puxo, vem uma água geladinha, fresquinha.

Sério? Quando tudo isso aconteceu?

- Você ficou off uns 5 minutos amor.

Eu falei isso em voz alta?

- Sim amor, falou – ele dá uma risadinha e me dá um selinho mais forte na têmpora.

Eu o encaro sem foco. Não sei direito o que aconteceu. Na verdade, não sei direito nem quem eu sou.

- Desculpa

- Ju, para, não tem que pedir desculpa por nada.

Fico calada. Eu sinto que falhei com ele. Ele queria algo, e eu não consegui atendê-lo.

Ele fica comigo mais uns bons minutos, sempre me lembrando de inspirar e expirar. De repente ouvimos um ronco alto, e se levanta, comigo em seus braços, como se eu não pesasse nada, e me coloca em cima da bancada da cozinha.

- Sopa, yakisoba? Sanduiche? Hoje deixo até você comer miojo. – diz enquanto analisa o conteúdo da geladeira

- Pode ser minha comida mesmo

- Foi você cozinhou ontem? Acho que acabou o peixe Ju.

- Não, do meu..... meu.....a que você tinha me dado antes

Ele me olha com um misto de raiva e surpresa.

- Ela não está mais aqui, mas se você quiser eu peço outra marmita. Quer carne louca mesmo? Posso pedir de parmegiana, daquele lugar que você adora. Você pode comer um pouco de fruta enquanto não chega, o que acha? Temos morango, uva e manga. Tem banana também, mas você não gosta, mas se quiser eu posso fazer uma salada de fruta, colocar um pouco de – ele está com diarreia verbal, falando tudo que vem à cabeça

- Não está aqui? – pergunto, cortando sua divalgação frutífera e olhando para o chão e não vendo mais o objeto dourado. Nem meu tapete. Ele era tão lindo, rosinha, bordado.

Ele me olha envergonhado, acho que esta é a primeira vez que vejo Felipe vermelho, ele chega até a tombar a cabeça para o lado, apoiando em seu ombro.

- É.... quando eu ouvi LIMÃO e vi seus olhos encarando o pote com terror, eu meio que ....- e para de falar e olha para a janela da cozinha. A janela que está toda estilhaçada, com um buraco no meio.

- Você o jogou pela janela ?!?!?!?!?!?

- Eu... veja bem...hum... é que..... ta, joguei.

Isso me faz rir. Realmente rir, com roncos, e gargalhadas.

Meu senhor, controlado e cheio de pose, jogou um pote de metal cheio de comida, pela janela do 10º andar. Jogou não, arremessou, se o tamanho do buraco dizer alguma coisa, só porque eu estava olhando feio para ele.

Ele se aproxima de mim, e faz carinho no meu cabelo, colocando-o para traz das orelhas. Eu paro de rir, e ele me abraça mais forte.

- Não para, por favor.

- Por quê?

-Porque os 5 minutos que você ficou calada foram os mais desesperadores da minha vida. Ouvir sua voz, sua rizada, é uma dadiva bebê. O som mais perfeito do mundo.

- Não, por que você jogou pela janela?

Bem, se eu achava que Felipe estava vermelho antes, é porque não o vi agora. Ele estava roxo de vergonha.

- Ele precisava sumir, tava te deixando nervosa, aí eu vi a janela, e.... joguei

- Jogou?

- Joguei. – diz com um tom que diz “joguei mesmo, e não me arrependo”

Eu o encaro por 1 segundo, e vejo todo o amor que esse homem tem por mim estampado na sua cara.

- Posso mesmo comer miojo? Do saquinho? – Pergunto esperançosa. Felipe nunca me deixa comer miojo, fica falando sobre nutrientes e bla bla bla, todas as vezes que eu quero, e boto pé, ele acaba fazendo macarrão cabelinho de anjo com temperos. É bom. Mas não é miojo de galinha

- Pode – responde me dando um selinho, e se abaixando para pegar a panela no armário – com requeijão?

- Humhum

- Mas você vai ter que comer mais alguma coisa depois amor, algo mais nutritivo. Você só jantou ontem, e já são quase 4 da tarde. Posso colocar um poco de frango?

- Não – digo decidida. Quero miojo!

- Hum, e uns nuggets junto? Bem crocantes?

Faço cara feia. Não quero nuggets, quero só miojo com requeijão.

- Então, uma vitamina de morango com leite moça? Para depois do miojo?

- Taaaaaaaa – falo meio infantil. Me sinto uma criança fazendo birra agora.

Ganho outro selinho. Há! Consegui. Vou comer o que eu quero!!!

Ele coloca a água para esquentar e começa a lavar e picar os morangos, e coloca tudo no liquidificador, junto com o leite, leite moça e whey sem sabor. Safado.... queria me enganar.

- Eu tou vendo!

- Ju, não tem sabor, eu juro que você não vai nem perceber que ele ta ali.

- Mas...

- Amor, por mim? Você precisa de proteína

- Ta

Ganho outro selinho.

Essa história de ganhar o que eu quero até que é legal.

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Felipe me alimenta feito um bebê. Ele até colocou um pano de prato em cima do cobertor que estamos enrolados, feito um babador.

Ele me dá colheradas de miojo, alternadas com goles de Coca Cola trincando de tão gelada e carinhos. Já comi toda a panela, os dois pacotinhos inteiros, e estou quase cheia.

- Quer mais? Demora só 3 minutos.

- Não, ta bom.

- Sobremesa?

- É a vitamina enganadora?

Ele solta um riso solitário

- Não, a vitamina enganadora vem depois que você estiver menos saciada. Agora pensei em chocolate, ou sorvete. Talvez brigadeiro? Prometo que queimo o mínimo possível. – por que ele quer tanto que eu coma agora?

- Chocolate branco? Com pedacinhos de castanha?

- Logico! – ele responde com a voz divertida e corre para pegar em seu estoque secreto (gaveta de meias).

Ele novamente me alimenta, desta vez com golinhos de água. Quando eu vejo a primeira barrinha acabar, eu fico triste. Queria mais.... e aí do nada outra barra já está encostando nos meus lábios.

- Assim você vai me engordar.

- É?

- É

Ele me dá um beijo de língua, roubando meu chocolate de mim. Eu dou uma rosnada e pego de volta a minha sobremesa, o que faz o clima ficar mais leve.

- Filme ou cama?

- Já? Que horas são?

- Quase 5. Pensei em um cochilo agora, para repor as energias e ajudar nossos corpos a se regularem.

- Só um cochilo?

- Sim.

- Pode ser aqui?

- Pode tudo que você quiser bebê.

Ele começa a cantar músicas calmas, um MPB que está sendo uma canção de ninar, e eu acabo dormindo enquanto ouço sua voz melódica.

Abro o olho e já está escuro, e eu não estou mais no colo de Felipe, e sim deitada em suas coxas, ele está fazendo algo com meus cabelos, e assistindo Largados e Pelados. Eu fico alguns segundos em silencio aproveitando o carinho e vendo um cara nu tentando fazer fogo com 2 palitinhos. O que leva uma pessoa a ir a um programa de tv, não ganhar nenhum prêmio financeiro, e ficar de bunda no chão, tentando fazer fagulhas de noite? Aposto que tem formiga no rego dele.

- Oi linda

- Oi.

- Tá com fome? – penso um pouco na pergunta, e sim, tou com fome. De onde está vindo tanta fome?!?!?!?

- Sim

- Algo em especial? Pizza, sopa, macarrão. Ah, podemos pedir risoto de camarão!

- Com queijo coalho e pimenta? – a palavra pimenta me relembra nossas atividades diurnas, e inesperadamente minha buceta pisca.

- Claro. Enquanto esperamos que tal uma manga com mel? O Coco Bambu demora para entregar de sábado.

Faço cara feia. Não quero manga com mel. Sinto uma lagrima escorrer e a limpo em segundos. Estou seriamente chorando porque não quero comer uma fruta? Quando começo a me desculpar ele me corta e me dá um selinho.

- Eu não sei o que está acontecendo comigo hoje.

- Hey, sem problemas, nada de manga. Vitamina? Só um pouquinho?

Faço careta, mas tomo alguns goles do negócio – eu definitivamente consigo sentir o sabor do whey. Quando estou “satisfeita”, ele tira o canudo e me diz que tem outras opções, se eu não quiser mais.

-Uva? Morango? Trakina´s? Oreo?

- Oreo! – Grito. A N I M A D A. Sério, o que diabos está acontecendo comigo hoje?

- Perfeito. Leite quente?

- Morno – exijo com toda a força que eu tenho no momento.

Ele se levanta, me dá um selinho e corre – literalmente corre – para a cozinha para pegar meu lanchinho. Quando ele volta eu estou em prantos.

- Calma amor, respira comigo – fala enquanto me puxa para seu colo. Eu não quero ficar de lado, quero me agarrar nele, quero que a minha pele encoste na dele. Começo a puxar sua camisa, ela precisa sair. Não sei o que está acontecendo comigo, só sei que não vai melhorar até que meu peito esteja grudado com o dele, sem nada atrapalhando.

Ele me ajuda tirando sua camiseta e se levantando, permitindo que eu passe as pernas por sua cintura. Quando ele abaixa, acha uma posição que não incomode minhas pernas, esta apoiado no braço do sofá, com bastante espaço atras para mim. Ele volta a fazer o exercício de respiração e a desenhar círculos nas minhas costas.

Felipe tira uma caixa de lenços não sei de onde, e limpa meu rosto. Quando manda eu assoar o nariz, não tenho nem vergonha.

Alguns minutos depois eu consigo me acalmar.

- Senhor, o que está acontecendo comigo? - digo entre soluços

- Shhh, shhhh, calma, respira. Você está em DROP Ju.

- Que?

- Porque você não se acalma, foca em respirar. Quer que eu te explique agora? Não acho que é o melhor a se fazer, prefiro que você esteja mais calma.

- Mas eu vou melhorar? Não quero ser um bebê chorão, carente e estranho pra sempre.

- Ei! Voce não é estranha e nem carente, mas é meu bebê. – ele diz meio divertido – Mas vai sim, não se preocupe. Agora vamos comer um pouco de oreo com leite?

Eu fico olhando para ele, e pensando em diabos esta acontecendo comigo e como eu fui sortuda a ponto de ter esse homem comigo. Se ele acha melhor esperar para me contar, eu espero. Penso também que quero biscoito, mas para comer eu precisaria tirar as mãos dele.

- Não – respondo, limpando meu nariz nele. Na hora eu tento disfarçar e dou um selinho

Ele dá uma risadinha fraca, e começa a passar as mãos pelo meu cabelo.

- Não quer biscoito, ou não quer descer, bebê coala?

- Não quero descer. – digo petulante. Como ele ousa cogitar que eu quero parar de agarrar ele com toda a minha força?

Ele nos manobra novamente, até conseguir pegar o biscoito e o leite, e volta a me alimentar. Além de coala agora sou um passarinho. Logo eu que não queria ser animal nenhum. Essa ideia me faz dar um sorriso, e sou recompensada com um beijo carinhoso.

Felipe segue uma rotina, pegar o biscoito, molhar um pouquinho, dar uma batidinha em meus lábios, e eu mordo.

Como quase um pacote, até não querer mais e balançar o rosto em negativa.

- Quer ver tv? Saiu Epp novo de Modern Familly e eu salvei.

- Humhum

Começo vendo a Clair e o Phil brigando e em segundos eu durmo de novo.

Acordo com a campainha e Felipe grita para o porteiro deixar na porta. Ele nos levanta, e caminha até lá, e se certifica que estamos sozinhos, para então abrir e nos abaixar para pegar a sacola. Como ele consegue fazer agachamento comigo?

- Você podia me deixar no sofá, vc sabe?

- Da última vez que vc ficou 2 minutos longe de mim não foi legal. Agora está presa comigo neném. – diz com uma voz que tenta ser ameaçadora.

Nossa, que medo....ficar presa a este gostoso.

- Mesa ou sofá?

- Sofá. Tem mais coisa salva?

Ele faz um humhum e nos sentamos de novo.

2 episódios depois eu estou me sentindo melhor, de verdade. E estou com vontade de ir ao banheiro.

- Fe, posso ir ao banheiro?

- Claro. Quer que eu fique com você lá? Ou espere na porta? Eu juro que fico de olhos fechados o tempo todo. Posso até colocar um fone de ouvido.

Eu coro na hora, e eu digo que não e corro para o lavabo. Quando volto, encontro ele no quarto arrumando a cama. E colocando cheirinho nos lençóis.

- Te amo – me declaro com toda a verdade do mundo. Antes já era verdade, mas agora é mais ainda. Ele realmente esteve comigo na “saúde e doença”, já que não sei ainda o que é isso, mas com certeza não foi algo saudável.

- Eu também

Nos aninhamos na cama, virando quase um pretzel e estou no lugar mais delicioso do mundo.

- Fe? – ele foca o olhar em mim, 100 % em mim, como se com um olhar ele conseguisse entrar na minha mente, e as vezes eu realmente acho que ele consegue. - Desculpa mais cedo, eu não sei o que aconteceu comigo. Eu queria tanto ser obediente, tanto te provar que eu consigo ser a pessoa que você precisa, que você merece. Eu queria me redimir por estar rebelde, por te desafiar, te decepcionar. Queria muito te mostrar que você se casou com a pessoa certa. Eu juro que nunca mais te desobedeço, que nunca mais vou interromper nada, eu te assustei, te decepcionei hoje. Eu não vou mais pirar.

- Hey, não Ju. – Ele diz com uma voz forte.

- Vamos por partes tá? Você consegue me ouvir? Se precisar falar algo fique à vontade, mas por favor fique comigo até o fim?

- Tá

- Primeiro, eu não preciso que você faça nada para eu saber que você é a pessoa certa. Você é perfeita PARA MIM Juliana. Tudo em você, sua obediência e sua desobediência. E jamais vou pensar em me separar de você porque você fechou o olho ou me mexeu quando eu mandei ficar quieta. Eu te amo bebê, se você não acreditar em mais nada, por favor acredite nisso

Os círculos param, e um cafune delicioso começa

- Quando você é desobediente, eu tenho a chance de te domar, e eu amo isso. Essa semana foi muito boa, pensando em tudo que eu faria com você.

- E eu acabei com todo o seu planejamento

- Você me mostrou que é forte Ju, forte o suficiente para parar uma situação que não estava legal pra você. Eu quero saber o que aconteceu, para garantir que nada parecido nunca mais vai acontecer. Mas não precisa ser hoje, quando você quiser me falar.

Isso faz com que um sopro quentinho chegue no meu coração.

- E você foi obediente, muito obediente. Qual foi a primeira regra que eu te dei? No nosso primeiro encontro? Que eu falei que era a mais importante do mundo? Que era fundamental que você nunca desobedecesse?

- Que se eu precisasse, ou sequer cogitasse usar a palavra de segurança era para usar. Para sempre parar se eu não quisesse algo ou se me sentisse insegura.

- Isso – selinho na testa – e você me obedeceu, bebê, na regra mais importante. Segurança e consentimento sempre. Não é?

- É

- Minha puta obediente – beijinho estralado

Nesse momento meu coração explode de amor. Eu encontrei a pessoa mais perfeita do mundo. E a culpa que estava me acompanhando o dia todo começa a se esvair. Devagar, só um pouquinho, mas saber que ele não estava bravo comigo, e sim orgulhoso, faz com que eu consiga focar em outra coisa que não seja o sentimento ruim de ter falhado.

Eu sei, e sempre soube, que usar minhas palavras de segurança eram uma possibilidade, e Felipe sempre falou que isso jamais teria consequência, que sempre estaria tudo bem, ele sempre me incentiva a usar, sempre reforça a importância de que eu esteja bem com tudo que fazemos. Mas a dúvida se isso era verdade me acompanha desde o começo do nosso relacionamento, e sinceramente ela ainda está aqui. Não acho que ela vai embora tão rápido, tão cedo, mas o que está acontecendo está colocando um tijolinho na parede que eu pretendo fazer para enterrar ela bem fundo dentro de mim.

Agora ele está falando isso, mas quem sabe se amanhã ele vai mudar de ideia, ou pior, se a partir de agora ele vai me ver como uma submissa fraca e incompetente. Uma inútil que não consegue o mínimo.

A cadelização é algo comum neste meio, a maioria das pessoas gosta de ser chamada de cadela, ou de agir como uma, e eu nunca me importei com a primeira, mas aparentemente meu corpo tem uma reação diferente a segunda. E mais importante, a maioria dos senhores gosta de ter uma cadela, de que as suas se comportem bonitinho.

Eu não sabia que meu passado tinha me travado tanto para isso, caso contrário teria colocado isso como um limite rígido, ou como algo a ser conversado antes. Mas não, como da primeira vez que tentei eu “reagi bem”, jamais me passou pela cabeça que algo assim iria acontecer.

Agora, eu tenho medo de que se não conseguir ser uma cadela para Felipe ele vai procurar isso em outra pessoa. Sei que faz um bom tempo que ele não tem relação com outra pessoa, e que ele cumpre a risco nossos combinados, mas não quero dar a ele um motivo para procurar na rua o que não tem em casa.

E tem mais, eu ainda não sei exatamente o que aconteceu. Ele me falou que eu tive um “drop”, e eu não faço ideia do que seja isso. Preciso conversar com ele e saber o que está acontecendo comigo, e se isso é algo comum. Será que isso é algo que vai acontecer com frequência? Tipo quando se faz o primeiro xixi depois de beber cerveja, e depois tem que ir a cada 5 minutos?

- Hey, fala comigo. Volta aqui Ju.

- Que?

- Você estava longe, muito longe, demais para o meu gosto. O que estava passando nessa cabeça para você ter essa cara tão nervosa?

Eu tento ficar quieta, penso em desconversar, mas não consigo. Preciso tirar esta pergunta do meu peito, se não, vai virar um bicho, um monstro de 7 cabeças vivendo na minha cabeça

- Se eu não conseguir ser uma cadela, você vai procurar outras?

- Não

- Não?

- Não Ju. Eu sei que você não gosta que falemos sobre outras pessoas, mas eu posso te garantir que eu nunca vou procurar em outra pessoa algo que você não conseguir me entregar. Eu não diria nem que vc não conseguiu me entregar hoje, só diria que atingimos um lugar estranho. E que nunca mais vamos nos aventurar por ele. O que aconteceu hoje foi horrível Ju, top 10 piores coisas que já tive no sexo.

- Top 10? – pergunto curiosa, e ele me olha com um olhar divertido, igual todas as vezes que minha mente se fixa em um detalhezinho e esquece o todo – Qual foi o pior?

- Quando o Marcelo caiu de um shibari e quebrou a mão. Mas não desvia do assunto Ju.

- Táááá – falo contrariada.

- Foi tão ruim, pq me pegou de surpresa Ju, e eu acho que te pegou também. Temos que conversar mais e ver possíveis “lugares ruins” para você.

- Eu não sabia que era um lugar tão escuro Fe, pareceu que eu estava em um vórtex de medo – nessa hora ele me levanta, e me coloca em cima de seu peito. Eu estou deitada completamente nele e sinceramente, é o melhor colchão do mundo.

- Respira bebê – ele manda e eu obedeço.

- Mas voltando a sua pergunta. Se você não quer algo, não se sente segura, então é algo que está abolido da minha vida. Eu jamais usarei isso contra você Ju. Seja para te culpar ou para te torturar. Você está sempre segura comigo, eu prometo.

- Eu sei.

Ele me puxa e me dá um beijo de língua longo, passando a língua por todo a minha boca, me marcando com seu gosto.

- Ouve bem Juliana Martines, você N U N C A vai me decepcionar por fazer qualquer coisa para se sentir segura. Eu estaria extremamente decepcionado e magoado se eu descobrisse que você passou por cima de uma situação de LIMÃO por mim. Nunca faça isso. Me promete?

- Prometo – respondo já fechando os olhos. Esta conversa, este dia, foi demais para mim. Eu preciso dormir, e seu cheiro está sendo um sonífero magnânimo.

- Dorme amor, amanhã eu vou estar aqui para te amar.

- E tirar minhas dúvidas?

- Sim, te amar e tirar suas dúvidas. E como eu acabei com seus planos de domingo, que tal irmos tomar café naquele Bistrô que abriu aqui perto?

- Hum, estou começando a achar que compensa este tal de drop hein, miojo, chocolate escondido, cafuné constante e agora um brunch? Maneiro

Agora recebo um tapa, ardido e doído – estava sentindo falta disso já.

- Nem brinca puta. Agora fecha o olho e vai dormir. E se prepara que amanhã sou eu que vou te acordar te chupando.

Ah, sacanagem, agora meu sono sumiumentira, menos de 1 minuto depois já estou roncando.

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