Vampiro Bissexual - parte III - final

Um conto erótico de Tchelo
Categoria: Homossexual
Contém 5055 palavras
Data: 24/09/2025 21:51:02

Olá. Aqui segue o capítulo final da saga do Vampiro Bissexual. Se você é um dos poucos que chegou aqui, já deve ter lido os anteriores. Se não leu, é melhor ler, senão vai perder várias referências...

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- Esther! – eu disse alto, quase gritando, e empurrando Theo pra longe.

Theo só andou pra trás, sem saber o que fazer.

- E ser penetrado não é um problema pra mim – disse Esther – o problema é transformar seu amante em um eterno!

- Calma, meu amor, deixa explicar...

- “Meu amor” coisa nenhuma. Agora eu vou ter que eliminar ele!

- Não, Esther! Por favor! – e, para Theo, falei – Theo, vai embora, agora!

Theo foi pra fora do quarto, eu tentei conter Esther. Ela estava enlouquecida. Gritava comigo, mas consegui que não fosse atrás de Theo. Tentei explicar, mas ela não me ouvia. Era uma confusão. Ela não se acalmava, eu não conseguia me fazer entender.

De repente, ela deu um grito. Não gritou comigo, foi um grito de pânico, de terror. Olhei pra trás, vi um vulto imenso. Senti uma pancada muito forte na minha cabeça. Acordei na cama, com Esther de um lado e Theo do outro. Eles cuidavam de mim. Minha cabeça doía muito.

Eles tentavam me explicar o que tinha acontecido. Pelo que entendi, um ser monstruoso entrou no apartamento, veio para o quarto, e começou a nos atacar. Theo, que não tinha ido embora como eu tinha pedido, mas permaneceu na cozinha, viu o ser monstruoso e ouviu o grito de Esther. Atacou o monstro com um facão da cozinha. Atravessou seu pescoço com o facão. Esther pegou uma arma, que pelo jeito estava escondida em algum lugar do quarto, e deu seis tiros no peito do monstro. Mas ele conseguiu fugir, cambaleante.

Esse ser monstruoso era Jean, o eterno que transformou Esther em eterna. E a escravizou, mantendo-a em cativeiro por mais de uma década. Ela foi estuprada reiteradamente neste período. Ela não sabe exatamente a idade dele, mas parece que ele tinha bem mais de duzentos anos quando a transformou. Então, atualmente, ele devia ter quase setecentos anos.

- Mas, apesar de já ser um monstro por dentro naquela época, ele não tinha uma aparência monstruosa. Pelo contrário, era bem bonito. Não sei o que aconteceu nesses quase quatrocentos anos, quase não consegui reconhecer Jean.

- Mas o que ele queria? – perguntei.

- Ele nunca superou a minha fuga. Sempre me perseguiu. Mas ele deixava sinais de estar atrás de mim. Eu passei séculos fugindo, me mudando de um lado para o outro na Europa. Ele nunca conseguiu me pegar, mas nunca desistiu. Foi quando decidi me mudar pra muito longe. África e Ásia ficavam muito perto da Europa. América do Norte, muito óbvio. Fiquei entre Oceania e América do Sul. Decidi por América do Sul por ser mais exótico. E deu certo por muito tempo. Já estou aqui há quase oitenta anos. Comecei com Argentina, depois Brasil. A tranquilidade me deixou desatenta.

- Bom, mas agora tudo deve estar resolvido. Vocês mataram esse monstro. Você está livre! – supus.

- Não sei. Depois dos tiros, saí atrás do corpo dele. Mas, logo depois da saída do prédio, o rastro de sangue sumiu. Não morreu. Ele deve ter parado de sangrar. Deve demorar pra se recuperar totalmente, mas vai voltar atrás de mim. De nós, agora.

- Mas você não disse que a gente morre como qualquer humano, com tiro, facada?

- No começo, sim. Mas, com o tempo, a gente vai ficando mais forte, mais resistente. A pancada que ele te deu na cabeça teria matado qualquer humano. Mas você não morreu, e até já parou de sangrar.

- Mas minha cabeça ainda dói muito.

- Claro, mas você não tem setecentos anos como Jean. Ele está muito forte e resistente. Agora, se arrume, precisamos ir para bem longe. Não podemos ficar esperando Jean voltar.

- Theo vem com a gente, né?

- Fazer o quê? Você é um irresponsável que criou outro eterno sem nem saber cuidar de si mesmo. Mas se não fosse ele enfiando o facão no pescoço de Jean, você provavelmente estaria morto e eu, escravizada novamente. Ainda mais neste momento, que estou tanto tempo sem me alimentar.

Fizemos as malas, só com o mínimo necessário. Pegamos o carro e fomos para o aeroporto, pois Esther decidiu que precisávamos ir para a Europa.

- Em Roma, conheci um eterno muito antigo. Deve estar com mais de dois mil anos. E foi muito simpático comigo, me ajudou muito quando precisei. Me ensinou tudo o que sei. Como sobreviver, como não ser descoberta como eterna, como me esconder quando preciso. Se tem alguém que pode saber como eliminar um eterno tão antigo, esse alguém é o Caio.

Compramos a primeira passagem para a Europa disponível. Conseguimos três passagem para Lisboa. Primeira classe. Dois assentos juntos e um isolado.

- Eu vou sozinha. Preciso de paz para pensar...

Eu e Theo fomos juntos, conversando. Tarde da noite, todo o avião já escuro e as pessoas dormindo, falei:

- Agora entendi porque Esther nunca quis viajar pra fora da América do Sul. Sempre países da América do Sul. E também porque nunca tirava fotos, nunca deixava rastros...

- E ela é tão linda. Devia tirar muitas fotos. Será que um dia ela topa transar nós três juntos?

- Acho que sim. Ela até deixou você vir conosco. Mas espera ela propor porque, do jeito que ela descobriu, ela não ficou contente.

- Por que eu tava te comendo?

- Porque ela nos pegou de surpresa! Não tive oportunidade de contar de você pra ela antes. E, sim, porque você tava me comendo. Eu sempre fui ativo, sempre comi os caras. Isso sempre deu muito tesão nela. Chupava e mordia os pintos, mas nunca dava o cu.

- Ah, mas eu acho que ela gostou de te ver dando pra mim...

- Como assim, ela gostou? Vocês conversaram enquanto eu estava desmaiado? Quanto tempo fique desacordado?

- Pouco mais de uma hora. Conversamos nesse tempo. Ela estava irritadíssima com você, por me transformar em eterno. Mas sabia que, se não fosse eu, tudo estava perdido. Ela mesma falou pra você.

- Mas de nos pegar transando, o que ela falou.

- Não falou muito, mas deixou claro que ficou com tesão me vendo comer você, acho que logo acontece novamente!

- Nem sei se tenho coragem de dar pra você na frente dela...

- Ah, vai dar, sim. E me comer, também. Mas tô morrendo de vontade de comer ela junto com você, um metendo na buceta e outro no cu dela.

O papo seguiu nessa linha, e nós dois estávamos com muito tesão. Queria comer Theo ali mesmo, no avião. Mas decidimos só bater punheta, um pro outro. Colocamos as cobertas sobre nós. O avião estava escuro e as poltronas da primeira classe são bem privativas. Baixamos nossas calças e cuecas até nossos tornozelos e começamos a masturbar um ao outro. O orgasmo foi muito bom, talvez pelo perigo de ser pego. Mas faltou o êxtase de gozar enquanto suga ou tem o sangue sugado. Mas isso era arriscado demais.

Chegamos em Lisboa pela manhã. Esther já queria pegar o primeiro avião para Roma.

- Nunca estive na Europa. Vamos ficar só uns dias em Portugal, por favor! – pedi.

- Temos que encontrar Caio logo!

- Só uns dias. Jean não vai conseguir nos localizar tão rapidamente...

- Estive de férias aqui pouco antes da transformação. Em três dias te mostro o essencial de Lisboa e Sintra. Quatro se quiser incluir o Porto... – ofereceu Theo.

- Tá bom. Eu dou cinco dias, e você inclui Coimbra na programação. Mas já vamos deixar as passagens pra Roma compradas!

Compramos as passagens e fomos para o hotel indicado por Theo, para deixar nossas poucas malas.

- Vamos sair, preciso de sangue. Preciso estar o mais forte possível! – falou Esther.

- Agora é perigoso. Vai demorar pra escurecer. Você pode sugar meu sangue! – ofereci.

- O meu também – ofereceu Theo.

- O seu não, bebê. Você é muito novinho como eterno. Mas o seu, meu querido – agora para mim – eu vou sugar, e não vai ser pouco...

- Vai ser um prazer!

Ester abriu um zíper lateral do vestido que usava, que logo foi ao chão, expondo seu corpo nu. Lembrou o dia que a conheci.

- Estão esperando o que para tirarem a roupa?

Eu e Theo começamos a tirar nossas roupas. Ficamos nus na sua frente.

- É, não dá pra dizer que você não tem bom gosto... – falou Esther para mim sobre Theo.

Na sequência, se ajolhou na nossa frente e começou a acariciar nossos pintos, que logo ficaram duros. Duros como só o pinto de um eterno pode ficar. Começou a nos chupar, cada hora um de nossos paus, se revezando entre nossos pintos.

Ela se levantou e me puxou pra cama.

- Vem, eu quero você dentro de mim quando eu sugar seu sangue.

Esther se deitou na cama e abriu as pernas, oferecendo sua buceta pra mim. Theo lambeu os lábios com essa visão. Deitei sobre ela e comecei a penetrá-la. Ela gemeu baixinho.

- Vem – falou pra Theo e virou pra mim – eu quero te ver sendo penetrado!

Theo lambeu bastante meu cu enquanto eu penetrava Esther. Quando eu já estava bem lubrificado pela sua saliva, ele me penetrou. Que sonho, transar com Esther e Theo ao mesmo tempo.

Depois de um tempo, Esther fez um aceno de cabeça a Theo, que atendeu o comando de Esther e me mordeu, começando a sugar meu sangue. Instantaneamente, Esther também me mordeu, e começou a sugar meu sangue. Ejaculei, e senti Theo ejacular dentro de mim. Esther também teve um orgasmo. Ou melhor, êxtase. Os três atingimos o êxtase. Certamente o meu era o êxtase mais intenso, por estar entre Theo e Esther, sendo sugado pelos dois.

Deitamos os três na cama. Esther se aconchegava em meu braço esquerdo, Theo estava de lado, sobre meu braço direito.

- Não pense que eu já te perdoei por ter criado um eterno pelas minhas costas... – falou Esther.

- Eu sei... – falei – E você não pense que agora eu sou só passivo, porque eu como o Theo mais do que dou pra ele!

- Ah, você sabe que eu não gosto de homens com masculinidade frágil, como dizem atualmente.

- Não tem nada de frágil. Se tivesse, não tinha dado pra ele na sua frente...

- Então mostra como você ainda é meu garanhão. Penetre o seu brinquedinho pra mim! – e, para o Theo, seguiu – e você pode me penetrar, consigo ver nos seus olhos o seu desejo por mim.

Theo se deitou sobre nós e começou a chupar meu pinto, me deixando duro. Logo, me trocou pela buceta de Esther. Enquanto a chupava, empinou sua bunda, oferecendo seu cu para mim, para minha língua. Lambi, chupei bem. Ele se abriu pra mim, e o penetrei com minha língua. Nesse momento, Theo se retraiu, deitando-se sobre Esther. Começou a penetrá-la.

Minha cabeça dos anos setenta pensa que eu deveria sentir ciúmes. Mas não. Sinto tesão. Sinto alegria de ver meus dois amantes se amando também. Após um tempo de contemplação, me deito sobre eles e começo a penetrar Theo.

Agora, um sentimento dúbio. Eu gostava mais de penetrar do que de ser penetrado mas, nesta configuração, não tinha contato com os dois como antes. Não consigo decidir como era melhor. Talvez melhor mesmo seja poder fazer de várias formas.

Com seu consentimento, Theo começa a sugar o sangue do pescoço de Esther. Eu logo passo a sugar o sangue de Theo. Êxtase novamente.

Deitamos os três na cama, mais uma vez. Dessa vez, Esther estava no meio. Eu e Theo deitávamos, um de cada lado seu.

- Eu acho que você gostou do Theo, Esther...

- Ele foi heroico no momento que fomos atacados. E, assim como você, permite-se ser vulnerável, ser penetrado na frente de uma mulher. Ele é excelente. O problema é sair criando eternos. Mas não vamos ficar chorando pelo sangue derramado... Desde que os dois se comprometam a não criarem mais eternos sem o meu consentimento!

- Sem mais eternos! – acedi.

- Tem minha palavra! – concordou Theo.

Com a aceitação final de Theo por Esther, saímos para passear por Lisboa, já selecionando locais para nos alimentarmos durante a noite. A cidade parecia ter vários pontos com pessoas mal-intencionadas, assim como qualquer cidade grande. Conseguimos sangue amargo com facilidade.

Como Esther continuava preocupada com Jean, não ficamos parados. Dia seguinte, viajamos para Coimbra e, em seguida, Porto, onde caçamos e dormimos. Voltamos para mais um dia em Lisboa. Dia seguinte, Sintra. Voltamos a Lisboa e enfim, viajamos para Roma.

Eu queria passear por Roma, mas Esther estava decidida a procurar o eterno mais antigo que conhecia. Ela estava certa que ele morava na região central, histórica. Como demoramos alguns dias procurando, tive oportunidade de visitar alguns pontos turísticos. Salvo o Vaticano. “Ele não moraria por ali”, disse Esther.

Depois de quase uma semana buscando, fomos encontrados por ele. Estávamos os três no café Sant' Eustachio, próximo ao Pantheon, que tínhamos acabado de visitar, quando ouvimos.

- Esther!

- Caio!

- “Come stai”?

- “Bene, e tu”?

- “Cosa ci fai qui”?

- “Cerco il tuo aiuto”.

Theo entrou na conversa. Pelo jeito, falava italiano. Não tão bem quanto Esther, mas o suficiente se apresentar e entender o que falavam. Mudaram para português, quando notaram que eu não estava entendendo praticamente nada. Caio era poliglota, teve dois milênios para aprender vários idiomas.

- Alex foi transformado por acaso, e é meu companheiro há mais de 50 anos.

- Prazer! – falei, oferecendo minha mão, mas Caio me abraçou e me beijou no rosto, como já tinha feito com Theo.

- Theo foi transformado de maneira irresponsável por Alex enquanto eu hibernava, e agora se juntou a nós.

- Ah, che belo! Um triângulo amoroso é a forma perfeita. “Purtroppo”, Dimitrius nunca aceitou um amante fixo...

- Que bom, vocês continuam juntos!

- “Sì! Quasi duemilla ani con quella cosa”...

- Ah, Caio. Até parece que você não ama seu grego...

- “Sì, molto”! Mas o que posso te oferecer de ajuda?

- Jean nos encontrou.

- “È qui”?

- Não, acho que ainda está no Brasil, mas ele vai continuar me perseguindo pela eternidade!

- “Andiamo a casa mia”...

Fomos para a casa de Caio, um grande apartamento com vista para o Pantheon. Esther contou todo o ocorrido.

- Aparência monstruosa? – questionou Caio, sem o sorriso de antes.

- Sim. Quase não reconheci.

- Nunca soube de um bestial tão antigo!

- Bestial?

- Não sabemos porque, mas alguns eternos, com o passar do tempo, vão adquirindo feições animalescas. Por isso, bestiais. Algo monstruoso, como você disse.

- Sem explicação alguma?

- Não posso afirmar, mas sempre imaginei que fosse relacionado à não aceitação da eternidade. Quando todos os seus amigos e parentes morrem, acaba sem ninguém. Sem coragem de tirar sua própria vida, vai apodrecendo por dentro, e se animalizando por fora. Mas isso costuma acontecer depois de 40, 50, 60 anos como eterno. E você sempre disse que Jean, mesmo com quase trezentos anos, era bonito.

- Sim, lindíssimo. Se tornou horrendo!

- Assim como as histórias de vampiros são inspiradas nos eternos, os bestiais são a origem de várias lendas. Lobisomem, Frankenstein, Pé grande. Nenhum deles são retratados belos como vampiros. Quer dizer, em alguns locais, as lendas falavam de vampiros horríveis, mas certamente eram baseados em bestiais. Mas há séculos não ouvia relatos sobre um bestial.

- Pelo jeito, Jean se transformou em um bestial. Bom, como eu extermino um bestial?

- Bestiais sempre foram mortos por humanos. Lembre-se de Frankenstein, morto queimado. Mas, como falei, eles sempre tinham menos de cem anos de eternos. Não sei como matar um eterno de mais de quinhentos anos.

- Uns setecentos.

- Pior. Quanto mais velho, mais resistente. Não sei, que tal jogar Jean num vulcão ativo, uma bomba nuclear...

- Não acho essas opções viávies, infelizmente... – falou Theo, se manifestando pela primeira vez.

- Venham morar comigo. Ele não tem como me atingir, eu protejo vocês! – ofereceu Caio.

Apesa de seus dois mil anos, pelo que disse Esther, Caio tem uma aparência muito jovem, bem mais jovem do que eu aparento. Se fosse humano, não diria que era adulto. É até engraçado imaginar que ele poderia nos proteger de um ser monstruoso como Jean.

- A oferta é tentadora. Já vivi com você naquele período em que vocês estavam afastados. Viveria novamente, mas não por medo, para me esconder – declinou Esther.

- Você tem razão. Vou pedir para Dimitrius antecipar sua volta. Pelo que me lembro, uma eterna egipcia, muito mais velha que eu, já eliminou um eterno milenar. Ela não gosta de mim, mas tolera Dimitrius, e eles até que se dão bem.

- Muito obrigada! Nem sei como te agradecer!

- Ah, sabe muito bem! Você sabe que eu tenho saudade do seu corpo. Faz o que, duzentos anos?

- Quase trezentos.

- Trezentos anos com saudade de de penetrar!

- Também tenho saudade, você sabe.

- E você ainda vem acompanhada destes dois jovens deliciosos!

- Estão à sua disposição!

Não fosse pelo fato de Caio ser inacreditavelmente bonito, mesmo sendo ao mesmo tempo tão jovem e tão velho, eu teria ficado chateado de ser oferecido desta forma. Eu e minha criação, Theo. Mas eu conseguia notar que Theo já nem tentava esconder sua ereção, então ele não tinha problema com objetificações.

Como gostava de fazer, Esther tirou seu vestido, deixando-o cair aos seus pés, exibindo seu lindo corpo nu. Caio tirou suas poucas vestes, ficando nu também. Ele devia ser realmente muito jovem quando foi transformado.

- Eu não os excito? – indagou Caio.

- Excita muito – disse Theo.

- Então, dispam-se e venham se divertir conosco!

Tiramos nossas roupas. Ele conduziu Esther até um grande sofá, onde ela sentou. Com um gesto, nos chamou. Sentamos um de cada lado de Esther, como indicado. Ele começou a chupar Esther, enquanto nos masturbava. Aos poucos, começou a revezar e chupar nossos pintos também. Estávamos os três disponíveis para ele.

Depois de um tempo chupando nós três, ele subiu e começou a penetrar Esther. Eu me levantei, fui para o outro lado dos dois e comecei a lamber o cu de Theo, deixando-o lubrificado rapidamente. Comecei a penetrá-lo, ao lado de Caio e Eshter.

- Ah, depois vamos mudar de posição, pois quero penetrar vocês dois! – disse Caio.

- Só depois de nos deixar chupar você todo! – provoquei.

- Nem precisava pedir.

Mas essa troca ficaria para depois. Ofereci meu pescoço a Theo, e Esther foi sugada por Caio. Não posso afirmar que foi simultâneo, mas todos atingimos o êxtase.

- Agora entendi porque você adotou estes dois rapazes, Esther!

- Você me conhece bem, Caio...

- E vou ter três dias pra te conhecer ainda mais, bem como “questi due giovani”! Dimitrius só chega daqui a quatro dias. Agora, vamos dar uma volta, quero mostrar lugares que só eu conheço. “Dopo”... – sugeiru, passando a mão no meu pinto e na bunda de Theo.

Saímos por Roma, entramos em lugares proibidos, túneis, salas secretas. Incrível, inesquecível, ainda que eu viva dois mil anos como ele.

Foram três dias de passeios pela cidade eterna, muito sexo e muito sangue. Transamos em todas as posições e combinações possíveis. O melhor foi poder chupar aquele lindo pinto juvenil de Caio, ainda mais quando fui autorizado a sugar seu sangue ao mesmo tempo. O êxtase da forma que mais tenho obtido nesta minha vida de eterno, mas agora sugando sangue de um jovem eterno de dois mil anos. E lindo.

Também foi especial quando todos sugamos o sangue de Caio ao mesmo tempo. Ele me colocou em sua cama, de frango assado, e me penetrou. Colocou Esther cavalgando meu pinto, de costas pra mim e de frente pra ele. Theo penetrava Caio. Theo e Esther sugaram seu pescoço, enquanto eu suguei seu braço.

O sangue de Caio era grosso. Sempre notei que o sangue de Esther era um pouco grosso, mas nunca tinha sugado sangue de outro eterno, ainda mais um tão antigo. O sangue de Caio era muito espesso.

Dimitrius enfim chegou. Também não devia ter dezoito anos quando foi transformado em eterno. Mas aparentava ser um pouco mais velho que Caio. E era, uns trezentos anos mais velho. Realmente, combinavam muito e era possível ver o brilho no olhar dos dois quando se encontraram.

- Dimitrius está fazendo um curso de filosofia na Alemanha. Mais um! É o que, o centésimo curso de filosofia? – questionou Caio.

- Quase isso! Mas tratemos do que importa. Pelo que vejo, você não me esperou para devorar estes dois jovens eternos...

De início achei que Dimitrius não mencionou Esther pois já devia conhecê-la, ter transado com ela e sugado seu sangue. Depois descobri que ele é exclusivamente homossexual, por isso Esther não permaneceu vivendo com os dois quando eles se reconciliaram, séculos atrás.

- O que importa, mesmo, é ajudar Esther... – desconversou Caio.

- Já dialoguei com Kephra. Ela concordou em ajudar. Adquiri passagens aéreas com destino ao Cairo. Partimos amanhã. Agora, há sangue novo a ser provado, e novos corpos a desfrutar.

- Assim você assusta “i poveri, mio amato”. E não se esqueça de Esther, que é companheira dos dois.

- Evidentemente. Ao contrário do que você insinua, não tenho aversão por mulheres. As admiro, só não as desejo. Mas jamais tocaria em posses de Esther sem a concordância e participação de tão linda criatura.

Eu não conseguia saber se ele falava sério ou estava sendo irônico. Não sabia se havia algum risco, uma vez que Dimitrius não estava sendo muito amigável. Resolvi usar a tática de Esther. Só não foi tão fácil ficar nu pois eu não usava um vestido de alça. Mas, em poucos movimentos, estava nu na frente de todos, me oferecendo para Dimitrius, que sorriu, se ajoelhou e começou a beijar e lamber meu pinto, que ficou instantaneamente duro.

Todos aderiram e tiraram suas roupas. Dimitrius foi o último a ficar nu. Lindo, assim como Caio. Em instantes trocamos de posição e eu passei a idolatrar seu pinto juvenil. Sem tirar a boca de seu pinto, consegui dizer:

- Queria tanto sentir seu sangue na minha boca...

Ele autorizou com um aceno de cabeça e eu suguei seu sangue e sua porra, que jorrou em minha boca. Ao lado, Caio penetrava Esther e chupava Theo.

Dimitrius pareceu bem mais amigável após nosso êxtase. Só voltou a ficar enciumado quando, na próxima rodada de sexo, eu penetrava Caio profundamente, e Caio gemia gostoso. Mal sabe Dimitrius que eu penetrei Caio diversas vezes nesses últimos dias. O ciúme era claro, pois ele quis imediatamente penetrar Theo da mesma forma que eu penetrara Caio, de frango assado e bem exposto.

Mas acho que tudo ficou bem depois de Dimitrius me penetrar e ser por mim penetrado. Ele só não teve contato com Esther, como era esperado. Mas Esther foi bem servida por mim, Theo e Caio.

Saímos à noite para nos alimentarmos, em especial eu e Theo, que não éramos tão fortes como Esther, muito menos Caio e Dimitrius. Eles raramente precisavam de sangue. Parece que eternos tão antigos não tem tanta necessidade de sangue como jovens eternos.

Alimentados e descansados, voamos para o Egito. Após implorar, consegui que eles aceitassem visitar as pirâmides e a esfinge antes de encontrarmos Kephra. Até porque o local de encontro não era longe. Uma espécie de casa de pedra, que parecia mais um cativeiro que uma tumba. Esse buraco era o local onde vivia Kephra. Ou onde se escondia.

Se Dimitrius não foi amigável de início, Kephra parecia querer nos matar a todos. Menos Esther. Ela parecia devorar Esther com os olhos. Esther contou toda sua história. De abusos anteriores à transformação por Jean. A escravidão e abusos mesmo após a transformação. A fuga. A perseguição infindável. Sua forma monstruosa.

- Eu sei o que você viveu. Eu vivi nessa situação por quase três mil anos. A única diferença é que o eterno não era um bestial. O meu algoz também era quem me transformou em eterno. Ninguém menos que meu irmão, aquele cujo nome nunca mais pronunciarei novamente – disse Kephra, com uma frieza na voz como eu nunca tinha ouvido.

Entendi sua raiva por nós. Os abusos sofridos pelo irmão a vez odiar os homens. Não tiro sua razão. Por isso também o carinho com Esther. Acho que ela tolera Dimitrius porque sabe que ele é exclusivamente homossexual, então não lhe oferece tanto risco.

- E como você fez para eliminá-lo? – questionou Dimitrius.

- Uma bruxa evocou uma espécie de demônio, que queimou meu irmão até desintegrá-lo por completo!

- E existe a chance de esta bruxa ainda estar viva? – perguntou Caio.

- Não. Isso foi há uns mil e trezentos anos!

- Tá aí alguém que merecia ter sido transformada em eterno... – brinquei.

- Jamais transformaria uma bruxa. Muito perigoso. Mas acho que não precisamos dela. Esse demônio não tinha forma material. Ele penetrou meu corpo e, utilizando minhas mãos, agarrou meu irmão pelo pescoço e o incendiou. Ainda sinto um pouco da sua chama dentro de mim, mesmo depois de mais de mil anos.

- Então você acha que consegue eliminar o Jean? – questionou Esther.

- Não. Eu acho que consigo evocar o demônio novamente... – disse, entrando em uma espécie de transe.

- Não, primeiro precisamos encontrar Jean! – tentou advertir Esther, sem sucesso.

Repentinamente, uma chama começou a aparecer flutuando no meio do recinto. Essa chama foi ganhando a forma de um ser humano. Um homem nu. Não era um homem de verdade, mas parecia um homem comum, mas com um brilho incandescente por todo seu corpo.

- Então você quer eliminar um ser que está além do seu poder... – falou esse demônio com uma voz soturna e metálica ao mesmo tempo.

- Sim – concordou Esther.

- Que assim seja! – disse o demônio, vindo em minha direção – Vou me utilizar daquele que você ama para a execução.

E entrou em meu corpo, como espíritos entram em corpos dos vivos nos filmes de terror e comédia. Minhas roupas entraram em combustão, e eu fiquei nu, meio incandescente como ele estava anteriormente. Eu não sei o que ele era, mas não era um demônio. Esse ser se comunicava com minha mente de alguma forma. Ele estava fora do espaço e do tempo, um ser interdimensional, sei lá. Não era bom nem mau. O nome Khron veio na minha cabeça.

De repente, eu estava ao mesmo tempo naquela tumba no Egito e no nosso apartamento no Brasil. Jean estava lá, talvez esperando nossa volta. Veio em minha direção. Seus olhos aparentavam medo e ceticismo. Chegou bem perto. Não sei se ele quis se aproximar ou se Khron o forçou. Eu flutuei e minhas mãos agarraram seu pescoço. Ele começou a ficar incandescente como eu. Suas roupas queimaram. Ele começou a gemer de dor. Jean foi queimando por dentro, o brilho claro ficou avermelhado como larva e depois foi escurecendo, até Jean se desfez em pó.

- Está feito! – disse Khron, ainda dentro de mim – Agora, o sacrifício.

- Ah, sim. – falou Kephra – Ele demanda um sacrifício...

- Com você, foram centenas de vulcões em erupção e milhões de vidas – disse Khron para Kephra.

- Por quê? – perguntei.

- Porque eu sinto prazer com a morte.

- Mas milhões por uma só vida? Não é justo... – tentei argumentar.

- Eu paro a erupção dos vulcões, que já começaram, e troco as milhões de vidas por uma só. Ela não tinha um ser amado – falou indicando Kephra – mas você tem... – agora indicou Esther.

- Não, ele não! – falou Esther em minha defesa.

- Eu aceito! – falei – Pare as erupções e me sacrifique. Mas antes, eu quero propor algo ainda mais prazeroso que mortes. O gozo, pequenas mortes, mas com o êxtase de eternos. Se isso não lhe satisfizer, pode me sacrificar.

- De acordo!

Eu chamei a todos, mas Khron devia estar comandando o que lia em meus pensamentos. Esther veio em minha direção, deixou seu vestido cair ao chão e deitou-se numa espécie de divã. Me deitei sobre ela e a penetrei. Ela gemeu com a incandescência de meu pinto a penetrando. Theo deitou-se sobre mim, me penetrando. Caio ofereceu seu pinto para mim, e eu comecei a chupá-lo. Minha mão direita buscou o pinto de Dimitrius, e comecei a masturbá-lo. Penetrei Kephra com meus dedos médio e anelar da mão esquerda, acariciando seu ponto G na parede de sua vagina enquanto meu dedão acariciava seu clitóris.

Theo e Esther sugaram meu sangue, um em cada lado do meu pescoço. Eu suguei o sangue (e a porra) pelo pinto de Caio. Caio, Dimitrius e Kephra sugaram o sangue um do outro. Não vi como, não tinha como ver, mas conseguia sentir.

Êxtase. De uma intensidade que nenhum eterno jamais havia sentido. Eu senti a força dos vulcões, que retrocederam em suas erupções.

- Não vou sacrificar milhões de vidas, tampouco a sua. Mas exijo este êxtase eternamente.

Proposta aceita.

Khron estava dentro de mim para a eternidade. Mas ele é atemporal e interdimensional, está em vários lugares ao mesmo tempo. Mas a partir de agora, sempre em mim. E um pouco também em Esther, Theo, Caio, Dimitrius e Kephra. Estamos conectados a ele. E uns nos outros. Não temo como nos separar mais.

Cedi aos apelos de Caio e decidimos fincar bandeira em Roma. Esther e Theo estão até com ciúmes de Caio. Até me conectei fortemente a ele, mas ele e Dimitrius são companheiros inseparáveis, assim como Esther e Theo são os mais próximos de mim. E Kephra conquistou Esther, que enfim conseguiu se relacionar com uma mulher. Mas, ao final, somos todos interconectados, com nossas afinidades maiores ou menores. Somos todos uma tribo. E eu sou o líder, pois Khron está mais em mim do que nos outros cinco.

Adquirimos uma pequena mansão na periferia de Roma, servida pela Via Appia. Eternos do mundo todo vêm nos visitar. Foi difundido que nosso sangue fortalece eternos jovens, os torna menos dependentes de sangue. Eu não preciso mais de sangue. Não sugo o sangue de humanos, pois eles não resistem a Khron e morrem. Sugo o sangue de eternos por prazer, pelo êxtase. Assim como lhes ofereço o meu.

Esses jovens eternos passam alguns dias, semanas ou meses conosco, nos servindo (de sexo, sangue e afazeres domésticos, como limpeza e organização). Às vezes, há mais de vinte eternos de diversos cantos do planeta em nossa mansão. Ninguém mal-intencionado adentra a mansão, Khron não permite. E aqueles que entram, entram pelados. Como as roupas queimam em meu corpo, todos ficam pelados também.

Enfim, depois de tantos anos, vivo em uma comunidade hippie naturista, mas de eternos.

********************

Saga vampiresca enfim finalizada, após um longo e tenebroso inverno. Espero que os que chegaram aqui tenham gostado. Há a hipótese de um pequeno epílogo cross-over com a saga do Morcego, quem sabe?

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