Ele entrou devagar, quase se arrastando, como se cada passo pesasse toneladas. O corredor cheirava a cigarro, perfume barato e algo levemente metálico que ele não conseguia identificar. O som abafado de música e vozes parecia distante, como se o mundo lá fora tivesse desaparecido.
Quando a porta se abriu, ela estava lá — pronta.
Sentada na beira da cama, perna cruzada, vestido vermelho que grudava no corpo. O olhar dela o atravessou de cima a baixo, e ele sentiu um frio na barriga.
— Primeira vez? — perguntou, um canto da boca se erguendo num sorriso provocador.
Ele respirou fundo e assentiu. — É.
Ela se levantou devagar, se aproximou até quase encostar nele. O perfume dela era doce e quente, quase inebriante. Tocou o peito dele com a ponta dos dedos, sentindo o coração acelerar.
— Então você vai me obedecer — disse, fechando a porta e girando a chave com um clique que soou como um disparo. — E vai aprender.
Ela o empurrou para a beira da cama e começou a abrir os botões da camisa dele, um por um, sem pressa.
— Nervoso? — perguntou, sem tirar os olhos dos dele.
— Muito.
— Bom. Quero você assim.
A camisa caiu no chão. Ela passou as unhas pelo peito dele, deixando marcas vermelhas, e se abaixou para beijar sua barriga. O toque quente dos lábios dela fez seu corpo arrepiar.
— Fica parado — ordenou, antes de ajoelhar à frente dele e abrir o zíper da calça. Ele sentiu o ar frio tocar a pele quando ela puxou o seu pau para fora, e o toque dela foi quase um choque.
Ela começou devagar, primeiro só com a mão, depois com a língua. O prazer veio tão rápido que ele precisou apoiar as mãos no colchão.
— Relaxe — ela murmurou, antes de engoli-lo inteiro.
O som molhado, o ritmo constante, os olhos dela olhando para ele de baixo para cima… tudo era demais. Ele gemeu alto, tentando se controlar, mas ela parou de repente, com um sorriso malicioso.
— Ainda não. Quero você duro quando eu estiver em cima.
Ela se levantou, deslizou o vestido pelos ombros até deixá-lo cair no chão. Ficou de lingerie, se aproximou e beijou-o de novo, molhada, esfregando o corpo no dele. Ele respondeu ao beijo com mais intensidade, apertando sua cintura, sentindo o calor e a textura da pele dela.
Quando ele tentou ir com a boca até os seios dela, ela o empurrou para trás na cama.
— Ainda é a minha vez de brincar.
Ela subiu sobre ele, devagar, esfregando o quadril no dele até arrancar gemidos baixos. Depois tirou o sutiã e deixou os seios balançarem à frente do rosto dele.
— Vem — disse, e ele os abocanhou com força, chupando até ela arfar.
As roupas foram desaparecendo, peça por peça, até não restar nada entre eles. Ela pegou a camisinha, rasgou com as mãos e a colocou nele devagar, mantendo o olhar fixo no dele.
— Agora sim.
Ela se posicionou sobre ele e desceu devagar, sentindo cada centímetro até estar completamente encaixada no pau dele. O corpo dele tremeu.
— Porra... — ele murmurou, quase sem ar.
Ela começou a se mover lentamente, girando o quadril, provocando-o a cada movimento. O som da respiração deles enchia o quarto.
— Vai me segurar ou vai só ficar aí? — ela provocou.
Ele agarrou a cintura dela e passou a ajudar no movimento, cada vez mais fundo. O corpo dela descia e subia no ritmo que os dois criavam juntos. O suor já escorria, e o cheiro de sexo deixava o ar pesado.
Ela se inclinou para frente, beijando-o, mordendo seu lábio, enquanto o quadril dela batia contra o dele num ritmo cada vez mais rápido.
— Isso, me fode — ela gemia, cada vez mais alto.
Ele a virou de costas, colocando-a de quatro. Agora era ele quem ditava o ritmo, cada estocada fazendo o corpo dela balançar e arrancando gritos de prazer.
— Mais! — ela pediu, segurando nos lençóis.
O som da pele batendo, os gemidos, o ranger da cama criaram uma sinfonia selvagem. Ele sentia o orgasmo se aproximar, uma pressão insuportável crescendo dentro dele.
Quando finalmente gozou, foi com um grito que ecoou no quarto. Ele caiu ao lado dela, suado, o corpo tremendo, sentindo o coração disparado.
Ela virou o rosto para ele e sorriu, satisfeita.
— Sobreviveu.
Ele ainda estava sem fôlego.
— Isso foi… — respirou fundo — …muito mais do que eu esperava.
Ela riu baixo, rolando de lado para ficar de frente para ele.
— Esperava o quê? Beijo na testa e boa noite?
Ele riu também, nervoso.
— Esperava não conseguir… Mas agora só consigo pensar em quando vou voltar.
Ela passou o dedo pelo peito suado dele, desenhando círculos. — Voltar, é? Já viciado?
— Talvez. — Ele se virou para encarar o olhar dela. — Mas não é só o corpo… é a sensação. É como se eu tivesse deixado outra versão de mim do lado de fora daquela porta.
Ela arqueou uma sobrancelha, interessada.
— Quer dizer que eu fiz bem o meu trabalho.
Ele ficou em silêncio por um momento, apenas olhando o corpo dela iluminado pela luz vermelha.
— Da próxima vez… — disse devagar — …quero tentar mais coisas.
Ela sorriu, maliciosa.
— Ah, então você já vem cheio de ideias. Vai ser divertido ver o aluno virar mestre.
Ele fechou os olhos, rindo baixinho.
— Então me espere.
Ela se deitou de costas, ainda sorrindo.
Deitado ali, com o corpo ainda suado e o coração acelerado, ele percebeu que não era apenas desejo. Era algo mais profundo. Sentia-se leve, como se tivesse se libertado de algo que o prendia havia muito tempo — do medo, da vergonha, da insegurança.
Ao sair daquele quarto, sabia que não seria o mesmo homem que entrou. Um calor novo corria em suas veias, misto de confiança e fome. Ele queria explorar, ir mais fundo, descobrir até onde poderia ir com ela… ou com quem viesse depois.
E, enquanto vestia a camisa, pensou com um sorriso:
"Da próxima vez, vou assumir o controle."