A manhã silenciosa
O sol mal tinha subido quando ouvi o barulho do carro dele ligando na rua. Da janela, vi Kelly — ou melhor, a Kelly que sempre me tirava o sono — fechar o portão depois de se despedir do marido. Ela voltou devagar pra dentro, mas antes de sumir me lançou um olhar rápido, cúmplice, que fez meu estômago revirar.
Poucos minutos depois, meu celular vibrou.
Era uma mensagem dela:
> “Ele saiu cedo hoje… vem?”
Meu coração disparou. Já fazia tempo que aquele jogo de olhares e provocações estava acontecendo, mas nunca tínhamos passado do limite. Eu respirei fundo, vesti qualquer coisa e atravessei a rua com a sensação de que cada passo era um risco — e ao mesmo tempo um convite ao proibido.
Quando ela abriu a porta, estava de camisola, o cabelo solto e o perfume doce se espalhando pelo ar. Kelly encostou a mão na maçaneta, mordeu o lábio e sussurrou:
— Entra rápido…
A casa estava em silêncio, só se ouvia o eco dos nossos passos no corredor. Eu sentia a adrenalina subir, como se cada segundo fosse esticar até explodir.
Assim que entrei, Kelly trancou a porta e encostou as costas nela, como se quisesse garantir que ninguém mais pudesse entrar naquele mundo secreto.
O olhar dela queimava. Não era só desejo — era urgência.
Me aproximei devagar, e senti o perfume misturado ao calor do corpo dela. Toquei de leve a cintura por cima da camisola fina, e a pele dela arrepiou na mesma hora.
— Eu esperei tanto por isso, Alex… — ela sussurrou, quase sem ar.
Passei a mão pelo braço dela, subindo até segurar seu rosto. A boca dela se abriu pedindo um beijo, e quando nossos lábios se encontraram, foi como se a tensão acumulada por meses tivesse explodido.
O beijo era faminto, cheio de vontade guardada.
Minhas mãos desceram pelas curvas dela, sentindo cada detalhe escondido pelo tecido leve. Kelly gemeu baixinho, puxando minha camisa como se quisesse arrancá-la dali mesmo.
Paramos por um instante, respirando forte, nossas testas coladas. Ela olhou fundo nos meus olhos e disse, firme:
— Hoje você é só meu.
Pegou na minha mão e me puxou em direção ao quarto, cada passo acelerando ainda mais o ritmo da minha respiração.
Ela me puxou até o quarto, mas antes mesmo de chegarmos à cama, Kelly me empurrou contra a parede. O olhar dela estava faminto, como se tivesse esperado esse momento a vida inteira.
— Fica quieto… deixa que eu cuido de você — disse com aquele sorriso malicioso.
Se ajoelhou diante de mim, passando as mãos pela minha coxa devagar, subindo até abrir o zíper da minha calça. Meu corpo inteiro tremeu de expectativa. Quando ela finalmente me libertou, senti o ar frio da manhã contrastar com o calor da boca dela se aproximando.
Kelly começou lenta, a língua explorando cada detalhe, como se quisesse saborear o momento. Eu segurei seus cabelos, puxando de leve, enquanto ela me olhava de baixo, com aquele brilho intenso nos olhos.
A cada movimento, o prazer aumentava. Ela alternava entre o ritmo firme e profundo e pequenas provocações na ponta, me deixando à beira de perder o controle. O som molhado, os gemidos baixos dela e minha respiração ofegante enchiam o quarto.
— Porra, Kelly… — escapei entre os dentes, sentindo meu corpo pulsar.
Ela sorriu com a boca ainda ocupada, acelerando o ritmo, como se quisesse me ver implorar.
Quando achei que não aguentaria mais, puxei Kelly pelos cabelos, fazendo-a se levantar. Nossos lábios se encontraram com gosto de urgência, e em poucos segundos a camisola dela estava no chão, revelando cada curva que eu já tinha imaginado tantas vezes.
Ela me empurrou na cama e veio por cima, roçando a intimidade molhada contra mim, ainda me provocando, mordendo meu pescoço. Eu segurava forte sua cintura, guiando os movimentos dela, até que não resistimos mais.
Com um gemido abafado, ela se encaixou em mim de uma vez, lenta, profunda, como se quisesse sentir cada centímetro. O calor dela me envolveu, e por alguns segundos só conseguimos ficar ali, imóveis, respirando pesado, saboreando a sensação.
— Meu Deus, Alex… eu precisava disso — ela arfou, apoiando as mãos no meu peito.
Começou a cavalgar, primeiro devagar, rebolando, me deixando à beira da loucura. Depois acelerou, cada estocada mais intensa que a outra, enquanto seus gemidos enchiam o quarto. Eu segurava sua bunda, ajudando no movimento, entrando cada vez mais fundo.
Kelly inclinou o corpo pra frente, e quando os seios dela encostaram no meu rosto, a excitação explodiu ainda mais. Eu chupava, mordia de leve, enquanto ela gemia alto, sem se importar com nada além do prazer.
O quarto já cheirava a sexo, nossos corpos suados se chocando com força. Eu inverti as posições, deitando ela de costas e me enterrando com tudo, sentindo a cama ranger. Ela arranhava minhas costas, gritando meu nome, pedindo mais, pedindo mais fundo.
Os corpos suados se encaixavam perfeitamente, cada estocada mais intensa que a anterior. Kelly arqueava as costas, gemendo alto, e seu corpo tremia em cada movimento. Eu sentia a excitação explodindo dentro de mim, cada impulso levando a ambos mais perto do limite.
— Alex… não consigo segurar… — ela arfou, apertando meus ombros, enquanto eu segurava firme sua cintura e guiava os movimentos.
Ela se entregou de vez, o corpo se contraindo, os gemidos se tornando gritos abafados de prazer. A visão dela, os sons, o cheiro, tudo era hipnotizante. Eu a senti apertar cada músculo, e o calor da explosão dela me levou junto, fazendo meu próprio gozo atingir o máximo de intensidade.
Nossos corpos se moveram juntos até o último impulso, tremendo, ofegantes, colados um ao outro. O silêncio que se seguiu era pesado, mas não precisava de palavras. Só sentíamos a respiração entrecortada, o calor da pele e a sensação de estarmos completamente consumidos um pelo outro.
Kelly se ajeitou ao meu lado, apoiando a cabeça no meu peito. Sorriu com aquele olhar satisfeito, ainda corada, e murmurou:
— Foi exatamente como eu precisava…
E ali ficamos, corpos entrelaçados, suados e exaustos, saboreando a intimidade que só nós dois compartilhavamos naquele momento proibido e perfeito.