Professor Giuliano - A Proposta (Ep1)

Um conto erótico de Derick, Giuliano
Categoria: Gay
Contém 1499 palavras
Data: 22/09/2025 00:39:13

Eu sou o Derick. (18y), Não sou difícil de encontrar, mas sou um pouco difícil de se aproximar. Talvez a culpa disso esteja no meu jeito antissocial. Sou ruivo, tenho o cabelo curto e bagunçado, como se o vento nunca soubesse para onde soprar (Aquele bagunçado charmoso). Tenho a pele bem clara, quase pálida, como se tivesse sido feito de papel, e os olhos? Ah, meus olhos são claros, mas, se alguém olhar com atenção, vai perceber que não são apenas claros — são olhos que tentam esconder um mundo inteiro de pensamentos e receios.

A verdade é que sou baixo, nada de mais. Uma altura mediana que não me chama a atenção, mas que também não me deixa passar despercebido. Não é fácil ser o tipo de pessoa que sempre se sente fora de lugar. Minha timidez é um peso constante, uma barreira que me impede de dar o primeiro passo, de falar mais alto, de olhar diretamente nos olhos das pessoas. A maioria dos meus dias se passa na solidão silenciosa de uma sala de aula, observando os outros interagirem e me perguntando por que não consigo ser tão simples quanto eles. Não tenho muitos amigos, talvez por causa dessa distância que sempre coloco entre mim e o mundo. A falta de conexões é algo que aprendi a aceitar, por mais difícil que seja. E bom, eu gosto de homens, já devem imaginar como que era..Um garoto femboy no meio de tantos "preconceituosos".

Tudo isso mudou quando ele apareceu. O professor Giuliano.

Giuliano tinha 35 anos, um homem de porte imponente, mas não de uma forma agressiva. Ele tinha um olhar profundo, que muitas vezes parecia me atravessar. Quando ele entrou na minha vida, sua presença me desconcertou de imediato. Não era apenas a maneira como ele dominava a sala com sua voz calma, mas a maneira como ele olhava para mim. Eu sempre fui atento aos olhares, mas nunca havia notado um olhar como o dele: intenso, quase... enigmático.

Nos primeiros meses, nada de mais aconteceu. Ele era o professor, eu o aluno. Mas a relação, aos poucos, começou a tomar uma direção estranha. Ele sempre me elogiava pelo meu desempenho, mas também parecia perceber a minha fragilidade. Às vezes, os outros alunos comentavam sobre o comportamento dele em relação a mim — como ele me dava atenção extra, como sempre me procurava para conversas que pareciam mais pessoais do que profissionais. Eu, como sempre, não sabia o que fazer com aquilo, então deixava as coisas acontecerem, sem reagir, sem questionar. Apenas absorvia o que me era dado.

Até que um dia, depois da aula, ele me chamou para conversar. Estávamos sozinhos na sala, a luz fraca do fim de tarde iluminando o ambiente. O ar estava carregado, e minha respiração acelerava a cada palavra que ele dizia. Ele falou com uma suavidade que eu nunca havia ouvido antes, mas também havia algo no tom de sua voz que me fez sentir desconfortável.

"Derick, você é um aluno excelente, é o que diz os outros professores, mas na minha matéria as coisas não tem ido da maneira que era pra ser, sei que o fim de ano está chegando e a matéria se tornou um obstáculo para você", ele disse, com um sorriso que parecia esconder algo mais. "Eu poderia ajudá-lo, se você aceitar minha proposta."

Eu o olhei, sem entender. O que ele queria dizer com "ajudar"? Mas antes que eu pudesse perguntar, ele continuou.

"Eu posso garantir sua aprovação, Derick, sem esforço extra. Só preciso de algo em troca. Não é nada de mais... apenas a sua companhia, de uma maneira mais íntima."

Essas palavras caíram sobre mim como um peso. Meu corpo congelou. Eu sabia que a proposta não era comum, mas algo dentro de mim, talvez o medo ou a curiosidade, me fez ficar em silêncio.

Ele olhou nos meus olhos, como se estivesse esperando uma resposta. Eu sentia meu coração bater forte, e a timidez, como sempre, me fez hesitar, sem saber o que dizer. Era errado? Era certo? Eu não sabia mais.

Eu fiquei em silêncio por um tempo que parecia interminável. O peso das palavras de Giuliano ainda ecoava na minha mente. O medo, a curiosidade, o desejo de ser visto de uma forma que nunca fui antes... tudo isso se misturava dentro de mim, criando uma tempestade que eu não conseguia controlar.

E então, sem conseguir mais suportar a pressão, eu disse, em voz baixa:

"Ok, eu aceito."

Foi uma resposta automática, como se eu não estivesse mais em controle das minhas ações. Era como se, de alguma forma, eu já soubesse que aquilo aconteceria, que, de uma maneira ou de outra, a minha vida seguiria por esse caminho estranho e perigoso. Giuliano sorriu, mas não de uma forma triunfante. Seu sorriso parecia mais uma confirmação, como se ele soubesse que o jogo já havia começado.

Aquela noite foi diferente de todas as outras. Quando a aula acabou, ele disse que me buscaria em casa mais tarde. Eu não tinha noção do que esperar, mas, com uma sensação de antecipação, entrei no carro dele quando ele apareceu no portão. O carro era elegante, com um interior escuro e acolhedor, mas ao mesmo tempo carregado de uma tensão invisível. O motor roncava suavemente enquanto ele dirigia, e o silêncio entre nós dois só aumentava a inquietação que eu sentia.

Eu olhava pela janela, vendo as ruas da cidade passarem rapidamente, mas não conseguia deixar de pensar no que estava por vir. Cada curva, cada semáforo, parecia me levar para mais longe de tudo o que eu conhecia. Eu estava em um lugar que nunca imaginei estar, mas, ao mesmo tempo, não sabia como voltar atrás.

"Estamos quase lá", ele disse, com a mesma calma, como se soubesse o que aconteceria a seguir.

Eu não respondi. As palavras me faltavam, e a ansiedade apertava meu peito. Ele sabia o que eu sentia, sabia da minha insegurança, mas não dizia nada. O silêncio só aumentava, até que, finalmente, ele virou à esquerda e entrou no estacionamento de um motel. O letreiro de neon piscava suavemente, as luzes baixas davam uma sensação de lugar escondido, de segredo.

Ele estacionou o carro em um canto isolado do estacionamento, longe dos outros veículos. O som do motor desligando ecoou no silêncio da noite, e, por um momento, tudo ficou parado. Eu olhei para a entrada do motel, que parecia ainda mais distante e estranha de dentro do carro.

"Saia do carro", ele disse, de novo com a suavidade que misturava autoridade e desejo. Não havia grosseria em sua voz, mas havia algo ali, algo que me fazia obedecer sem questionar. O ar estava pesado, a tensão palpável. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que não poderia voltar atrás.

Com as mãos trêmulas, abri a porta e saí. A sensação do frio da noite no meu corpo era esmagadora, mas algo dentro de mim me puxava para frente. Ele já estava fora do carro, me esperando com um olhar intenso, os olhos brilhando com uma clareza perturbadora. Ele não disse nada, apenas me olhou, e eu soube que as palavras já não eram necessárias.

"Entre", ele disse, apontando para a porta do motel. E, sem saber por que, sem conseguir encontrar forças para resistir, eu entrei. Ele me seguiu logo atrás, e a recepcionista, uma mulher que parecia não se importar com a nossa presença, nos entregou a chave sem mais palavras.

O quarto era pequeno, iluminado apenas pela luz suave de uma lâmpada na cabeceira da cama. A cama grande estava no centro do ambiente, com lençóis brancos e impecáveis, como se o lugar tivesse sido preparado para algo. O ar estava abafado, mas eu estava ciente de cada movimento que ele fazia, de cada olhar que ele lançava na minha direção. Ele parecia em casa, como se estivesse acostumado a estar naquele tipo de ambiente.

Sem dizer nada, ele se aproximou lentamente de mim. Eu sentia meu corpo tremendo, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim parecia ter se aquecido, um fogo que eu não sabia como controlar. Quando ele se aproximou mais, tocando meu rosto com a ponta dos dedos, um arrepio percorreu minha espinha.

"Você tem certeza, Derick?", ele perguntou novamente, sua voz suave, mas carregada de uma intensidade avassaladora.

Eu olhei para ele, as palavras travadas na garganta, mas algo em seu olhar me dizia que não havia mais volta. A resposta que eu daria não viria em palavras, mas em gestos, em entrega.

E foi ali, naquele quarto isolado e silencioso, que o clima se tornou quente. Quente de uma maneira que eu nunca imaginei, algo que fugia de todo o controle que eu pensava ter. Ele me tocou mais uma vez, dessa vez com mais firmeza, e a realidade parecia desaparecer. O mundo ao nosso redor, o tempo, o medo, tudo se dissolveu.

Eu sabia que a partir daquele momento, nada mais seria o mesmo.

(Continua)

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