Oi, meus amores… voltei! 💋
Vocês sabem que eu não sou de fazer mistério pra vocês, né? Ontem à noite, depois de tudo o que rolou… meu coração parecia que ia pular pela boca quando deitei do lado do Jonas. E não era só culpa do vinho, não… era aquele friozinho na barriga que mistura medo com tesão. Aquela sensação que te deixa entre molhada e preocupada, sabe?
Eu queria abrir a boca e falar na hora, mas também queria enrolar pra ele não desconfiar… só que eu conheço o homem que tenho, e sei quando ele tá pescando alguma coisa. Então acabei soltando tudo, meio tímida, meio com vergonha, e esperando que ele não explodisse. Graças a Deus, ele ficou sério, mas ouviu. Não me julgou, não gritou, não virou as costas. Mas… sei que ficou ali, guardando.
No dia seguinte, a vida seguiu normal. Maurício e Melissa nem apareceram na empresa — o que foi até bom, porque assim minha cabeça deu uma respirada. Fiz meu trabalho, fiquei na minha, sem querer lembrar muito da noite anterior.
Lá pela tarde, depois da academia, acabei encontrando a Luiza no corredor. Ela me chamou pra tomar um suco no apê dela e, lógico, eu fui. Vocês conhecem a Luiza… aquela amiga que ouve, mas também cutuca.
Sentei no sofá, peguei o copo de suco e comecei a contar. Falei que tinha ficado até mais tarde no escritório, só nós três. Que o Maurício colocou música, dançou comigo, e… que teve beijo. Luiza arregalou o olho e riu, tipo “eu sabia que esse chefe ia te dar trabalho, mulher!”.
Eu fui falando tudo — até da Melissa beijando ele na minha frente e começando a se ajoelhar e em seguida chupando a rola dele. Contei que senti um tesão absurdo e que fiquei com vontade de dar pra ele ali mesmo… mas que ao mesmo tempo fiquei com medo. Medo do Jonas ficar puto, medo dele ir atrás do Maurício e virar um barraco.
Luiza, toda serelepe, disse:
— Ai, Lu… isso porque tu é fiel, imagina se não fosse.
E a gente caiu na risada. Depois disso voltei para meu apê. Quando cheguei no apê, já senti que o clima tava diferente. Jonas tava sentado no sofá, com o notebook fechado, braços cruzados e aquele olhar que eu conheço bem. Não é raiva, mas é aquele “a gente precisa conversar” que me deixa gelada.
— Senta aqui, Luana. — ele falou, com a voz calma, mas firme.
Me sentei, meio encolhida, já imaginando pra onde aquilo ia. Ele respirou fundo e soltou:
— Eu tô esperando o dia que você vai me dizer que pediu as contas desse emprego. Porque, olha… uma coisa é o que a gente tem com o Pedro e a Luiza, outra coisa foram as aventuras com o Diego e a Raquel, os gaúchos lá do sul, ou até o episódio com a Marise e o marido dela. Tudo isso aconteceu porque a gente decidiu junto, além do fato de vc ter forçado um pouco. No fim, foi algo que a gente escolheu viver.
Eu fiquei quieta, só olhando pra ele.
— Mas aceitar o seu chefe fazendo de tudo pra te levar pra cama, sabendo que você é casada? — ele balançou a cabeça, sério. — Isso não, Lu. A gente não tá num relacionamento aberto onde você pega quem quer e eu faço o mesmo. Nosso combinado sempre foi claro: as coisas só rolam quando os dois aprovam. Fora disso… não entra na nossa vida.
As palavras dele me acertaram em cheio. Eu sabia que, por mais que tivesse segurado a barra lá no escritório, só o fato de ter deixado chegar naquele ponto já tava mexendo com ele.
— Eu entendo, amor… — falei baixinho. — E você sabe que eu não deixei passar.
— Eu sei — ele respondeu rápido — mas também sei que ele vai tentar de novo. E eu não vou ficar aqui assistindo isso acontecer, fingindo que tá tudo bem.
Fiquei com aquele nó na garganta, misto de culpa e… uma pontinha de raiva do Maurício por ter me colocado nessa posição. Ao mesmo tempo, não dava pra negar que a tensão do que aconteceu ainda me deixava quente por dentro.
Vou ser sincera com vocês: eu já sabia que aquela conversa com o Jonas ia vir cedo ou tarde. E quando veio… veio pesada. Ele tava ali, com aquela postura de “não vou arredar o pé”, falando que não aceitava meu chefe dando em cima de mim e que não ia ficar assistindo aquilo acontecer.
Mas eu respirei fundo, cheguei mais perto e falei baixinho:
— Amor… espera só até o fim do mês. Eu já tô fechando uns trabalhos por lá e sair agora vai me deixar mal com todo mundo. A gente termina bonito, sem dar motivo pra falatório.
Ele ficou me olhando, sério, como quem tava medindo cada palavra que eu dizia. Eu sabia que se forçasse a barra demais ele ia explodir. Então usei outra tática… cheguei mais perto, sentei no colo dele, passei os braços pelo pescoço e fui falando no ouvido:
— Eu não tô te trocando por ninguém… e você sabe que só tem um homem que eu quero de verdade.
Ele falou que não tava preocupado em ser trocado por outro, mas sim em ser feito de manso. Disse que não é do tipo que sente tesão vendo a mulher com outro, que só tava naquela porque era benéfico pra ele. E que, pra continuar comigo, até aceitava coisas como nosso lance com a Luiza e o Pedro ou as aventuras do passado, mas aceitar a mulher dele como objeto de prazer de outro só porque o cara quer… aí já é demais.
Eu disse pra ele que amava e que não era bem do jeito que ele tava pensando. Mas a Joana ficava batendo na mesma tecla. Aí repeti que amava e que faria de tudo pra manter nosso casamento de pé. Ele disse num tom quase rouco:
— Então prova.
Ah, meus amores… vocês sabem que eu adoro um desafio. Levantei, puxei ele pela mão e fomos direto pro quarto. Nem acendi a luz. Foi roupa voando pra todo lado, beijo apertado, mão onde não devia. Ele tava com aquele jeito possessivo, me segurando forte, como se quisesse deixar marcado que eu era dele.
Ele me virou de costas, me puxou pela cintura e, sem enrolar, veio com força e no ritmo certo, daquele jeito que faz a gente esquecer até onde tá. Cada investida vinha com o gemido dele no meu ouvido e a mão apertando mais forte na minha pele. Por um momento ele parou e procurou outro local onde por a rola, já fazia tempo que não rolava assim, e dessa vez ele nem pediu. Cuspiu duas vezes na ponta da cabeça e foi forçando a entrada do meu cuzinho até entrar. No começo ardeu, como se rasgasse, perdi o prazer por um instante, mas logo meu corpo relaxou e comecei a curtir. Jonas, naquele momento, não parecia preocupado em me agradar — parecia querer me castigar. Batia cada vez mais fundo até que senti ele jorrar o gozo dentro de mim. Por um momento, meu Jonas não parecia o mesmo… mas fiquei quieta. Sabia que, de algum jeito, ele queria me passar um recado.
Quando acabamos, ele ficou deitado de costas, ofegante, e eu ali deitada de lado, passando a mão no peito dele. Ele olhou pra mim e falou:
— Só até o fim do mês, Luana. Depois, acabou.
Eu sorri de canto, dei um beijo rápido e falei:
— Combinado.
Mas, por dentro… ah, por dentro eu já tava imaginando como seriam essas últimas semanas no escritório.
Vocês acreditam que, depois daquela conversa pesada (e daquele “acordo” no quarto), os dois — Melissa e o Maurício — simplesmente sumiram do escritório por uns dias? Pois é. Segunda, terça, nada. Quarta, também não. Só eu e o resto do pessoal tocando o barco.
E, olha… eu não vou mentir pra vocês, isso me deixou com uma mistura de alívio e frustração. Alívio porque, né… depois do que rolou, era até bom não ter aquele clima tenso e cheio de segundas intenções. Mas frustração… ah, meus amores… porque parte de mim, aquela parte mais safada, tava esperando ver de novo aquele jogo perigoso que eles tanto gostam de fazer.
Eu ficava lá, na minha mesa, fazendo as planilhas, mas o pensamento voava. De vez em quando, lembrava da mão do Maurício me puxando pra dançar, do cheiro dele tão perto… e do jeito que a Melissa ficava olhando, como se quisesse me empurrar pra ele. Isso me dava um calorzinho entre as pernas, e eu tinha que disfarçar, cruzando as pernas mais forte ou me levantando pra buscar um café.
Então… quando eles finalmente deram as caras no escritório, parecia até que tinham combinado de entrar juntos pra causar.
Melissa veio com um vestido justo, curtinho, aquele que marca tudo, e um salto que fazia um toc-toc pelo corredor que chamava atenção de qualquer um. O Maurício, todo alinhado, camisa social branca, manga dobrada, aquele perfume amadeirado que, meu Deus… dava pra sentir de longe.
Eu tava na minha mesa, mexendo no computador, e eles passaram pelo corredor falando baixo, rindo entre si, como se tivessem um segredo. Melissa me olhou e deu aquele sorriso maroto, sabe? Aquele que parece que já vem com segundas intenções embutidas.
Durante a manhã, eles ficaram o tempo todo trocando olhares, e a Melissa vinha com qualquer desculpa pra encostar em mim ou perguntar algo bobo. Uma hora, até se inclinou demais, o decote dela quase encostando no meu braço. Eu fingia que tava focada no trabalho, mas por dentro… já tava começando a sentir aquele calor subindo.
Na pausa do café, Maurício apareceu do nada e perguntou se eu ia ficar até mais tarde “pra dar uma força”. Melissa, claro, já se meteu na conversa:
— Isso, Lu… vamos aproveitar que hoje tá tranquilo e adiantar umas coisas.
Na hora, pensei no Jonas… e no acordo. Mas também pensei em como aquele clima tava me atiçando.
Respirei fundo, olhei pro Maurício e pra Melissa, e soltei logo:
— Hoje não dá, gente… já tenho um compromisso com meu marido.
Maurício arqueou uma sobrancelha, como se não esperasse essa resposta. Ele tentou disfarçar, mas eu vi na hora aquele ar de decepção misturado com charme barato. Melissa, por outro lado, ficou meio sem graça, deu aquele sorrisinho amarelo e soltou:
— Ahhh, claro, lógico… Jonas primeiro, né? — riu, mas com aquele tomzinho que entregava mais do que deveria.
Eu aproveitei e cortei ali mesmo, sem deixar brecha:
— Sempre. Jonas é prioridade.
Fui até minha mesa, peguei minha bolsa e me despedi rápido. No fundo, meu corpo até ardia de vontade de ficar, de ver até onde aquilo iria parar… mas minha cabeça gritava o contrário. Jonas já tinha deixado claro o quanto essa história com o chefe não era aceitável. E eu… bom, eu também sabia o peso que isso teria no nosso relacionamento se eu forçasse a barra.
No caminho de casa, fiquei refletindo. Parte de mim tava orgulhosa por ter dito não. Outra parte… confesso… tava frustrada, com o corpo ainda vibrando pelo clima que ficou no ar.
Quando entrei no apartamento, Jonas tava na sala, deitado no sofá, mexendo no celular. Ele levantou o olhar pra mim e sorriu. Foi aí que eu senti a confirmação: tinha feito a escolha certa.
— Chegou cedo hoje, Lu… bom sinal? — ele perguntou.
Dei risada, joguei a bolsa no canto e me joguei no colo dele.
— Bom sinal sim. Nada de ficar até tarde hoje. Tava com saudade.
E foi ali, no silêncio gostoso do nosso lar, que percebi: por mais que a tentação bata forte, o que segura mesmo é essa conexão que eu e Jonas temos.