# Capítulo 13: Um Novo Começo
## CENA 1: Tensão na Escola
**Escola Nova Esperança – 11:23h**
A porta do meu novo escritório se abriu com uma batidinha leve, quase tímida.
“Diretora?”
Era Ana. A voz dela, sempre tão firme, soava estranha ao me chamar assim. Um sorriso nervoso escapou dos meus lábios. Era bizarro estar sentada nesta cadeira, com este título.
“Entra, Ana! Pelo amor de Deus, não me chame assim ou vou achar que estou sonhando.”
Ela entrou com aquele sorriso que eu conhecia, mas hoje havia algo diferente nele. Uma luz, um brilho que não estava lá antes. Sentou-se na cadeira à minha frente, e a imagem dela, tão serena e feliz, acendeu uma chama feia e familiar no meu peito. Ciúmes.
*(O sorriso dela... é o sorriso de quem tem um segredo. Um segredo gostoso. Será que é o sorriso de quem passou a noite sendo beijada por ele? De quem sentiu aquelas mãos grandes no seu corpo? Mãos que eu conheço tão bem... Porra, Kyle, se controla. Será que ele a fodeu? Com aquela boca... aquela boca que a Ana tem... ela chupou ele? Engoliu tudo? A imagem me fez cruzar as pernas por baixo da mesa, uma umidade indesejada e quente se formando entre elas. Preciso saber. Preciso arrancar isso dela, de um jeito ou de outro.)*
“E então, Kyle, como está o novo cargo?”, Ana perguntou, me tirando dos meus pensamentos sujos. “A Isabela me pediu pra ser sua assistente, mas disse que só se você aceitasse.”
Forcei o melhor sorriso que pude. “Claro que eu aceito, Ana! Kkkk, você já era minha assistente antes, agora pelo menos vai ser paga pra isso. Quero que você seja a pessoa da minha maior confiança aqui dentro. Você sabe, muitos me parabenizam, mas no fundo queriam era me apunhalar pelas costas.”
Ana notou meu tom, mas manteve a doçura. “Fico feliz que confie em mim, Kyle. Mas acho que o pessoal realmente ficou feliz com você como diretora.”
“Você é ingênua, Ana. Mas vai aprender logo que nem todo sorriso significa amizade”, respondi, um pouco mais dura do que pretendia. “Mas que bom que você ficou feliz. Vamos fazer um ótimo trabalho juntas.”
“Estou empolgada, Kyle!”
O entusiasmo dela era a brecha perfeita. Era agora.
“Ana... o Gabriel dormiu na sua casa ontem? É que... nós tivemos uma discussão besta, sabe? Kkk.”
O brilho no rosto dela vacilou por uma fração de segundo. “Ah... sim, ele dormiu lá. Minha mãe ofereceu uma rede pra ele na sala.”
“Que bom. Fiquei preocupada...”, menti, a voz um veludo. “Fico feliz que vocês tenham se tornado amigos, Ana. O Gabriel é... especial. Ele precisa de alguém pra tirar a cabeça de toda a merda que ele carrega, sabe?”
“Ah, sim... Ele é ótimo mesmo”, ela respondeu, e o jeito que ela disse "ótimo" fez meu estômago revirar.
“Eu soube que vocês foram na árvore dos amantes, aquela lenda idiota. Kkkk.”
A isca foi lançada.
“Você acha? Seu nome e o do Andrews estão lá”, ela rebateu, mais rápido do que eu esperava. “Falando nisso, por que nunca voltaram pra riscar? A lenda diz que o casal que não volta é porque se arrepende de algo. Você não se importa?”
Tentando mudar o rumo da conversa, sua putinha? Mas tudo bem. Eu sei jogar esse jogo melhor que você.
“Kkkk, é só uma lenda besta, Ana. Não deveria levar essas coisas tão a sério”, falei, com um tom propositalmente condescendente. “Aquela árvore não significa nada. Mesmo que você tenha colocado seu nome lá com alguém... vai saber, né? Kkkk. Isso não significa nada. Absolutamente nada.”
“Então você não tem arrependimentos?”, ela insistiu, me encarando.
Um sorriso lento e perigoso se formou nos meus lábios. “Talvez... Sabe, Ana, já que somos amigas, vou ser sincera. Às vezes, me pego pensando em como seria minha vida se eu e o Gabriel tivéssemos ficado juntos.”
Pude ver o desconforto nos olhos dela, mas continuei, saboreando cada palavra.
“Eu sei que ele me ama. Eu sei que ele me deseja, Ana. Que me quer. Mesmo que ele se divirta com outras mulheres por aí... e acredite, foram várias... kkkk... isso nunca muda. Ele sempre volta pra mim. Com o mesmo olhar, o mesmo desejo, o mesmo tesão. É... divertido, sabe? Vê-lo tentando se controlar perto de mim, agindo como um cão de guarda, quando sei que no fundo a única coisa que ele quer é me jogar contra a parede mais próxima, rasgar minha roupa e me foder até eu esquecer o meu próprio nome. E a melhor parte?” Inclinei-me sobre a mesa, a voz um sussurro venenoso. “É que ele sabe que eu deixaria. Um dia. E ele sempre, sempre, volta pra mim.”
“Kyle...!”
A porta se abriu de repente.
“Oii, meninas. Uma reunião? Eu atrapalho?”
Era Isabela. A presença dela cortou a tensão como uma faca. O silêncio na sala era pesado. Ana estava visivelmente abalada, o rosto pálido. E eu...
*(Merda. Merda, Kyle, o que você fez? Fui longe demais. O olhar dela... eu a machuquei. E por quê? Porque a imagem dele fodendo ela não saía da minha cabeça. Droga!)*
“Eu vou indo”, Ana disse, a voz fraca, se levantando. “Vou organizar os novos materiais...”
“Claro, meu anjo”, respondi, forçando um tom leve. “Mas não se esqueça do que te falei, hein? Não acredite tanto nessas lendas idiotas. Kkkk.”
Ana saiu sem dizer mais nada. Isabela se sentou na cadeira que ela ocupava, me encarando com aqueles olhos verdes analíticos.
“Bem... que clima pesado. Aconteceu alguma coisa, Ky?”
“Nada demais. Só estávamos conversando sobre as lendas da ilha.”
“Alguma em particular?”
“A árvore dos amantes, ou seja lá o que for. Kkkk.”
“Kkkkk, essa eu conheço. Você não acredita nela?”
“Obviamente não. São só histórias que o povo cria pra tornar este lugar menos entediante.”
“Mas você não foi muito dura com ela, Ky?”, Isabela disse, com uma falsa preocupação que era quase convincente. “Talvez a Ana tenha colocado o nome dela lá com alguém e... você meio que pisou nas esperanças da garota.”
“Melhor agora do que ela ter uma desilusão lá na frente”, retruquei, friamente. “Mesmo que ela tenha esculpido o nome dela ao lado de alguém naquela árvore, isso não garante que eles vão ficar juntos. Quanto mais cedo ela notar a diferença entre uma foda e um futuro, melhor será pra ela.”
Isabela riu. “Ky, que coração de gelo! Kkkkk. Mas não foi pra isso que vim aqui. Tive uma ideia e queria sua opinião. Quero ser sua amiga, Ky, e você é a mulher mais próxima de mim, intelectualmente, nesta ilha. Gosto de discutir as coisas com você.”
A bajulação me aqueceu, apesar de tudo. “Ah, Isa... fico feliz em saber. Qual a ideia?”
“Quero investir na segurança da ilha. Você já deve ter ouvido histórias sobre os ‘acidentes’ misteriosos por aqui, não é?”
“Sim, Isa... eles são recorrentes. Este lugar... é terra de ninguém.”
“Mas não quero que continue assim. Minha ideia envolve o Gabriel. E você.”
Meu coração deu um pulo. “Como... como assim?”
“Pensei em tornar o Gabriel o novo chefe de segurança da ilha. Deixá-lo encarregado de montar uma equipe, treinar os homens, fazer prisões e usar armas de fogo, se necessário. Ele é um ex-militar, totalmente capaz. Tê-lo aqui é um recurso que estamos desperdiçando.”
A ideia era... perfeita. “Nossa, Isa, essa é uma ótima ideia! O Biel é muito capaz, ele vai ficar feliz em ser útil em algo que ele sabe fazer. Que grande ideia! Kkkk. Mas... por que você precisa de mim?”
“Então... primeiro, preciso que você acompanhe o Gabriel até a cidade. Meu pai é o governador e só ele pode autorizar esse tipo de coisa. Quero fazer tudo dentro da lei. Eu te daria uma procuração e meu nome pra você assinar os documentos. A outra coisa... é que você tenha compreensão. É uma viagem longa. Vocês terão que ficar algumas noites lá.”
“Algumas noites?...”
“Sim. Umas três, na verdade, Ky. Meu pai é um homem ocupado e só estará disponível em uma data específica. Vocês assinam os papéis, ele leva para aprovação num dia e, no outro, traz as autorizações.”
“Entendo... Eu não sei, Isa... Eu e o Andrews estamos num momento delicado... tem a escola também e...”
“Calma. A escola não será problema, eu mesma tomo conta. Sobre você e o Andrews... eu posso mantê-lo ocupado pra você.”
“Mantê-lo ocupado? Como assim?”
“Não me olha assim, sua safada! Kkkkk. Estou falando de dar mais trabalho, mais responsabilidades. Assim você só precisaria convencê-lo. Prometo que também converso com ele. Afinal, vocês são amigos, não são? Uma ligação forte como a de vocês não se quebra tão fácil.”
“Hum... você tem razão...”
*(Três dias. Fora de casa. Longe do Andrews, que já está instável. But sozinha com o Biel... Três dias sozinhos. A tensão no barco... as conversas que não tivemos. Aquele cheiro dele... aquele olhar que ele me lança quando pensa que não estou vendo. Meu Deus, é uma péssima ideia. É a pior ideia do mundo. E por que meu corpo inteiro está gritando SIM? É uma chance... de consertar as coisas. De... nos entendermos. Sim, é só isso. Consertar as coisas. Foda-se. Eu preciso disso.)*
“Ok...”, minha voz saiu mais firme do que eu esperava. “Acho que posso fazer isso.”
“Ótimo! Ah, e Ky... você não me convidou para um jantar?”
“Sim, foi.”
“Que tal esta noite? Assim eu posso fazer a proposta ao Gabriel e, de quebra, te ajudo a convencer o Andrews. Que tal?”
“Hum... não é má ideia. Kkkk. O Andrews vai ficar mais calmo vendo que a ideia partiu de você. Perfeito, então!”
“Então está liberada. Deixa que eu e a Ana cuidamos de tudo por aqui.”
“Obrigada, Isa. Olha... eu tinha o pé atrás com você por causa do seu marido. Mas você quer mesmo fazer a diferença. É bom ter alguém como você como amiga.”
“Para, Ky, kkkk, assim eu me emociono...”
Saí da escola e fui para casa, a mente um turbilhão.
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## CENA 2: O Incidente na Varanda
**Casa de Andrews, Kyle e Gabriel – 14:00h**
Cheguei em casa e fui direto para a cozinha. Estava concentrada, procurando ingredientes para o jantar, quando ouvi um barulho vindo da varanda dos fundos. Aquele lugar me dava arrepios, uma passarela estreita de madeira velha sobre a parte mais funda e escura do rio.
“Deus... que barulho é esse?”
Peguei uma vassoura e fui andando lentamente até lá, na ponta dos pés, achando que era algum animal. Cheguei na varanda e vi uma movimentação suspeita debaixo da pia velha. Não me arrisquei a chegar perto. Segurei a vassoura com força e dei uma estocada potente embaixo da pia.
“EIIII! AAAAAAAH!”
Era o Gabriel. Com o susto e a vassourada, ele perdeu o equilíbrio. A varanda estreita, a madeira molhada... ele caiu com um baque surdo no rio.
“Biel? MEU DEUS! Biel, calma, eu te ajudo!”
Corri, esticando a vassoura para ele segurar. “Pega, Biel! Pega na ponta que eu te puxo! ANDA!”
“TEM CERTEZA?”, ele gritou, já rindo.
“ANDA, BIEL, PEGA LOGO!”
Ele agarrou a vassoura, mas em vez de se deixar puxar, ele deu um puxão forte, esperando que eu fizesse contrapeso. Eu não estava preparada.
“A-AAAAAAH!”
Voei da varanda e caí na água gelada ao lado dele.
“Ótimo, Kyle! Ótimo!”, ele gargalhava, a água escorrendo pelo rosto. “Genial! Você não disse que estava pronta?”
“Eu... eu não pensei que... MERDA, BIEL! NADA LOGO!”
“Calma, Ky. É só a gente nadar por debaixo da casa e subir pela frente, onde é raso.”
“Vamos logo, imbecil! Aqui tem jacaré, seu besta! ANDA!”
Nós dois nadamos por baixo da casa, passando pelas colunas de madeira velhas e escorregadias, e emergimos na frente, onde a água batia na cintura. Alguns moradores, ao nos verem, vieram correndo, rindo, para ajudar. Primeiro me pegaram pelos braços, me ajudando a subir na plataforma. Depois puxaram o Gabriel.
“Kkkk, vocês são loucos? Querem virar comida do Dilo?”, um deles brincou.
“Não, kkkk, a gente caiu”, respondi, ofegante.
“Não, não. Você me derrubou a vassouradas.”
“Eu pensei que era um bicho, Biel!”, me defendi, rindo.
“Nossa... que tesão de mulher...”, ouvi o morador murmurar para o outro.
Só então percebi. Meu vestido fino, agora encharcado, colava no meu corpo como uma segunda pele. Estava completamente transparente. Meus seios, com os bicos duros e pontudos pelo frio da água, marcavam o tecido. Minha calcinha rosa era um borrão escuro, desenhando perfeitamente minha intimidade. O homem não parava de me devorar com os olhos. Gabriel notou.
“Bem, vamos, Kyle”, ele disse, a voz séria, colocando-se na minha frente. “Entra, você tem que se secar.” Ele lançou um olhar mortal para o homem, que ficou sem graça e se afastou.
“Ops. Kkkk.”
Entramos em casa, deixando um rastro de água.
“Nossa, que bagunça! Olha o meu vestido...”, falei, rindo.
“Alguém já olhou até demais”, ele retrucou, o tom seco.
*(Ele está com ciúmes? Kkkk. Ah, que delícia... sempre adoramos esse jogo.)*
“Ah, para, tadinho do homem, Biel”, provoquei, me aproximando. “Ele teve um momento no paraíso. Não é todo dia que se tem uma visão dessas.”
Passei por trás dele e o abracei, como nos velhos tempos, roçando meus seios molhados e duros nas suas costas. Senti o corpo dele enrijecer.
“Olha só quem voltou ao normal... esses dias mal falava comigo.”
“Desculpa...”, sussurrei contra suas costas. Vim para a frente dele, me encaixando em um abraço, o corpo dele quente contra o meu, frio e molhado.
“Eu precisava restabelecer a confiança com o Andrews, depois de tudo... a agressão, a masculinidade ferida dele. Eu precisava dar espaço pra nós dois. Pra ele confiar em mim... em nós. Em nós três. Eu sei que sempre te provoquei, sempre brincamos assim, mas... naquele momento, eu precisava de um tempo. Me desculpa...”
“Ok... Você tem razão. Mas poderia ter conversado comigo. Vocês me excluíram.”
“Hum, desculpa, meu bem.”
Puxei-o até uma das cadeiras da cozinha e, num impulso, me sentei na mesa, envolvendo a cintura dele com minhas pernas, pressionando minha virilha encharcada contra o abdômen dele.
“Kyle, o que você está fazendo...”, ele sussurrou, a voz rouca.
Comecei a beijar seu pescoço, sentindo o gosto de rio e da pele salgada dele. Uma nova umidade, quente e pulsante, que não era do rio, começou a brotar entre minhas pernas. Arranhei suas costas por baixo da camisa molhada e, sem pensar, puxei-a para cima, tirando-a e jogando-a no chão.
“Kyle, para...”
Agora eu beijava seu peitoral, a língua traçando os músculos, subindo pela barriga, voltando ao pescoço. Minha mente era um caos. A raiva da Ana, o ciúme, a viagem iminente... tudo se misturava num tesão desesperado. Peguei seu cabelo com as mãos, trazendo sua boca para perto da minha, ficando a milímetros. Eu sentia a respiração quente e ofegante dele, e sentia outra coisa também... o pau dele, duro como pedra, cutucando minha buceta por cima do vestido molhado.
Recobrando o juízo, ele me empurrou de leve, quebrando o contato.
*(MEU DEUS! O que eu estou fazendo? Se recomponha, Kyle!)*
“Calma, Biel! Kkkkk, era só uma brincadeira”, falei, a voz trêmula, tentando recuperar o controle.
“Kyle, olha... sei que a gente sempre se provocou, but isso foi longe demais. Você é casada agora. Não quero problemas. Antes eu pensava que o Andrews não se importava, mas já vimos que ele se importa, e muito.”
“Ok, ok. Era só uma provocação. Kkkk. Eu não ia passar disso, Biel”, menti. “Na verdade, tem algo importante que quero te falar.” *(Nossa, melhor mudar de assunto rápido.)*
“Tá... ok. O que foi?”
“A Isabela vem jantar aqui esta noite. Quero que você participe. É importante.”
“Eu não confio nessa mulher, Ky...”
“Confia em mim, Biel. Ela não é má. E ela tem uma surpresa pra você. Você vai gostar.”
“Não sei, eu...”
Cheguei perto dele de novo, o abracei com força, o rosto no seu peito nu. “Promete pra mim que você vem, ok?”
Ele hesitou, e então suspirou. “Tá bom... Combinado. Eu prometo.”
“Ótimo! Kkkk. Vou me trocar, estou toda suja.”
Saí correndo para o quarto, fechando a cortina atrás de mim. Joguei-me na cama, ainda molhada, o vestido grudando no corpo. Fiquei olhando para o teto, a respiração ofegante. Minha mão, trêmula, subiu pelo meu vestido, afastou a calcinha rosa encharcada e tocou minha buceta. Deslizei um dedo pela minha fenda e, ao retirá-lo, vi um fio espesso e pegajoso se esticar entre meus dedos.
“Aaaah... eu com certeza estou molhada... mas não é do rio...”, sussurrei para o quarto vazio. “Merda! Será que essa viagem é uma boa ideia? Merda, Kyle... juízo, juízo...”
*Continua no próximo capítulo...*